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História My light, my hope (J-Hope) - Tentador


Escrita por: Pam_Hoseok

Notas do Autor


Olá, meus amores!


Mais um capitulo fresquinho pra vocês!


Não tem muito o que falar hoje! kkk

Boa leitura! <3

Capítulo 11 - Tentador


Fanfic / Fanfiction My light, my hope (J-Hope) - Tentador

Quando chegamos ao chalé, logo veio Akira correndo da varanda até mim. Abraçou-me e perguntou o que aconteceu enquanto estava com a Morte. Não contei sobre a situação entre Hoseok... Mas contei sobre meus pais.

Perguntei se ele sabia que meus pais estavam vivos, mas o mesmo disse que não fazia ideia... Eu estava muito abalada com tudo isso que acabei de descobrir, e Akira notou instantaneamente. Por isso ele me levou até o jardim e ficamos ali por um bom tempo.

Ele me colocou no colo como uma criançinha, e começou a fazer cafuné em meus cabelos na tentativa de me acalmar. Era bom ter esse momento com ele, ele me acalmava... Trazia-me paz.

Ele realmente se importava comigo. Não agia como se fosse uma obrigação cuidar de mim, não me tratava bem porque era necessário já que eu sou uma escolhida... Ele me tratava bem porque ele se importava... Por que ele me vê como uma filha de verdade... Meu pai...

Comecei a chorar de repente, eu não aguentava mais segurar, eu estava triste porque fui abandonada pelos meus próprios pais quando eu era pequena... Mas feliz ao mesmo tempo... Porque Akira me acolheu, me deu carinho... Deu-me amor paternal...  É uma mistura de sensações que não consigo explicar.

Ele percebeu meu choro... E mudou minha posição. Fez-me ficar de frente pra ele e ficar entre suas pernas. Logo em seguida me abraçou fortemente. Como se esse fosse o ultimo abraço que iria me dar. Akira me aperta ainda mais até que ouço um sussurro ao pé da orelha.

— Não chore criança... Eu sempre estarei aqui pra você! — Disse mexendo nos meus fios de cabelo. — Eu nunca irei te abandonar; não importa o que aconteça! — Diz afastando um pouco sua cabeça para olhar para mim, segurou meu queixo fazendo-me olhar para seus olhos verdes.

— Promete? — Minha voz falhou, por causa da intensidade das minhas lágrimas.

— Prometo... — Diz passando seu polegar entre minha face. Secando minhas lágrimas.

— Não me deixe nunca... Eu não sei o que vai ser de mim se você me abandonar também! — Digo começando a chorar novamente enquanto afundo meu rosto em seu peito.

— Não vou te deixar... Nunca! — Diz brincando com meus cabelos. Ficamos ali até anoitecer, logo em seguida me levanto e aviso a Akira que eu iria para o quarto pensar um pouco.

 

 

Subo as escadas e entro no quarto, estava escuro e tinha apenas a luz da lua entrando no quarto através da janela que estava aberta, resolvi deixar do jeito que estava.

Fico olhando as paisagens... Aqui tinha uma ótima vista, dava pra ver o campo e também a enorme floresta.

— Ah... Por quê? — Suspiro alto, não importa o quanto eu tente, essa noticia não saia da minha cabeça. Meus pais estavam vivos quando a minha vida toda eu pensava que tinham morrido... Isso é demais pra minha cabeça. O que mais falta acontecer? Será que ainda tenho mais e mais coisas para descobrir sobre mim e sobre o meu passado?

A questão é... Como eles eram? Será que eles me abandonaram por uma causa maior ou será que foi apenas por que não me queriam? Essas perguntas martelavam em minha cabeça, e o pior de tudo é que provavelmente nunca saberei responde-las.

Suspirei alto, e fiquei ali estendida sobre a janela, depois de um tempo ouvi a porta se abrir lentamente atrás de mim.

— (S/N)? — Pela voz parecia ser Namjoon.

— Oi Nam, o que foi? — Pergunto meio perdida em meus pensamentos. Ainda estava de costas pra ele.

— Vim ver como você está. Você parece tão distante... — Diz ele em tom preocupado. Ouço seus passos em minha direção e dou espaço para ele se apoiar sobre a janela também.

— É mesmo? Só impressão sua! 

— Tem certeza? Não parece, parece tão triste agora... Aconteceu alguma coisa enquanto estava com a Morte? — Pergunta olhando para mim, ele parecia preocupado.

Lanço meu olhar a ele. Será que devo contar? Eu nem sei se posso confiar nele; conheço-o não tem nem dois dias... Eu não sei se posso confiar de novo em alguém...

 Mas pensando bem, nem todos são que nem Jack e Sook... Nem todos são falsos, nem todos traem... Talvez... Talvez eu possa confiar nos guardiões... Parecem boas pessoas. Não tenho o que temer... Eu acho. Mas acho melhor não contar sobre Hoseok...  Namjoon parece realmente preocupado comigo, mas é melhor deixar isso apenas para mim.

— (S/N)? — Diz me chamando a atenção.

— Eu descobri uma coisa que... Abalou-me profundamente. — Digo olhando para fora da janela, sinto meus olhos enchendo de lágrimas.

 Eu não sou muito de chorar por qualquer coisa. Mas de uns dias pra cá eu tenho chorado o tempo todo. Que droga... Por que toda essa historia me machuca tanto? Eu nem os conhecia para eu me sentir assim tão triste... Mas só o fato que nem eles gostavam de mim, já me abalava profundamente. Quase nunca tive amigos por causa dessa merda de força, e os poucos que tive me traíram friamente. Isso está doendo demais.

— O que descobriu? Sei que não me conhece muito bem, mas pode confiar em mim... Pode desabafar! — Exclama preocupado, coloca as mãos em meus ombros, e pude sentir sua mão fria.

— Descobri que meus pais estão vivos... — Resolvi não criar rodeios. Eu estava me segurando ao máximo pra não desabar diante dele.

— Mas isso não é uma coisa boa? — Pergunta arqueando uma sobrancelha.

— Sim, mas... Eu fui criada em um orfanato; sempre me falavam que meus pais tinham morrido... Eu não entendo... Se eles estão vivos porque nunca vieram me buscar? — Pergunto começando a me alterar.

— E-eu não faço ideia! — Diz Namjoon me fitando com preocupação em seu olhar.

— Mas eu faço... Talvez porque não me queriam, me abandonaram... Talvez o pessoal  do orfanato disseram que tinham morrido pra eu não me machucar tanto! — Digo tentando manter a calma.

— Mas não acha que é pior pra uma criança achar que seus pais morreram? — Pergunta ele franzindo o cenho.

— E-eu era pequena...  Provavelmente nem sabia o que era morte! — Digo colocando as mãos em meu rosto. Tento me conter, mas as lágrimas estão quase impossíveis de segurar. — Mas pensa bem... É bem mais fácil aceitar que uma pessoa não pode ficar com você por que ela se foi, do que saber que essa mesma pessoa te deixou porque não gostava de você! 

— Entendo... Mas veja pelo lado bom... Você conheceu Akira... Ele cuidou de você, se importa com você... Ele é seu pai de verdade! — Diz na tentativa de me consolar. Ele sorri e aquelas covinhas que eu acho a coisa mais bonitinha aparece. 

— Sim eu sei e sou grata por isso, mas é tão ruim saber que meus próprios pais... Os que deviam me amar profundamente... Deixaram-me sem a menor piedade... Isso prova o quanto eles não davam a mínima pra mim. — Digo batendo na parede ao meu lado.

— Eu sei que pareço estar fazendo drama, mas eu sempre fui sozinha, ninguém se aproximava de mim... Não sabe o quão ruim é pra uma criança crescer sozinha, sem alguém que possa conversar ou brincar? — Exclamo já alterada, eu não aguentei e deixei minhas lágrimas rolarem novamente.

— Todos tinham medo de mim. Todos se mantinham longe de mim. E os que se aproximavam, tinham apenas interesse... Isso dói muito, me faz parecer que não sou importante pra ninguém... Faz-me sentir uma inútil... Fazem eu me sentir um lixo sem valor! — Exclamo completamente desesperada. Só sentia as lágrimas vindo sem parar. Não importa o quanto eu tentava secar, elas insistiam em vir com mais e mais força.

Namjoon vendo meu desespero se aproxima de mim e pega gentilmente na minha mão, ele me leva até o beliche em que compartilhávamos; faz-me sentar na lateral da cama dele. Depois disso ele se aproxima e me abraça fortemente. Seu corpo era muito frio e no mesmo instante que seu corpo fez contato com o meu, eu estremeci.

Apesar de tudo eu consegui me acalmar um pouco, mas minhas lágrimas ainda não paravam; eu aproveitei o abraço e o aperto forte, no mesmo instante ele corresponde e me prensa mais ainda contra ele. Namjoon aproveita essa aproximação e coloca seu rosto entre a curva do meu pescoço.

— Você é muito importante, não pense assim, todos tem seu valor. E você com certeza é muito importante para seu pai! — Sussurra, sua voz rouca ao pé da minha orelha me fez prender a respiração por um momento.

— Eu sei, mas ele nunca ficava em casa comigo... Sempre saia... Eu ficava em casa sozinha... Eu me sentia sozinha! — Fecho meus olhos aproveitando o grande abraço que ele me dava. Coloco minhas mãos em seu pescoço e as entrelaço enquanto apoio minha cabeça em seu ombro.

— Não se preocupe com isso... Porque agora você não está sozinha... Você tem a todos nós... Nós vamos cuidar de você pequena! — Murmura, seu halito em meu pescoço me fez arrepiar completamente... O meu ponto fraco é meu pescoço. E com certeza ele percebeu, pois soltou uma risadinha logo após minha reação.

— Obrigada! — Começo a sorrir que nem uma boba, o que ele disse me fez pensar que realmente posso confiar neles. Namjoon tem razão, eu não estou mais sozinha.

— Sabe você não é a única que sofreu quando pequena! — Exclama enquanto pega uma mecha do meu cabelo e começa a brincar com ele.

— Como assim? — Pergunto franzindo o cenho.

— Todos os guardiões... Todos nós já sofremos algo assim, todos nós carregamos nas costas um passado sombrio... Isso faz parte de nós. Não é só você que cresceu menosprezada por ser diferente... Todos nós já sofremos com a solidão... — Diz ele enquanto me apertava mais ainda contra seu peito, como se isso fosse possível.

—... Por isso tenho certeza que todos vão te acolher aqui, porque sabemos o que você passou! — Namjoon sobe suas mãos até minha cabeça e me faz um carinho... Eu acho que agora ele está mais a vontade comigo. Eu achava que ele era tímido, porque ele ficava vermelho com absolutamente tudo o que eu fazia com ele. Mas agora vejo que era só falta de intimidade.

— Você também esconde um passado sombrio? — Pergunto sorrindo.

— Você não faz ideia... — Diz soltando uma pequena risada. — Eu não quero te soltar agora! — Solta um longo suspiro ao pé da minha orelha. Acho que ele está fazendo de propósito só pra me provocar.

— Não tem problema, podemos ficar aqui por mais alguns minutinhos! 

Nós continuamos assim por um tempo, e conversamos um pouco sobre coisas aleatórias. Até que Namjoon afunda seu rosto entre a curva do meu pescoço outra vez e alisa seu nariz na minha pele, no mesmo momento eu arrepio.

— Ah... Seu cheiro é tão bom! Eu não vou aguentar por muito tempo! — Diz ele suspirando. Eu acho estou ficando envergonhada com essa situação.

— O que você quer dizer com não aguentar? — Pergunto nervosa, eu acho que ele está com segundas intenções.

— Não pense que eu sou atirado (S/N)... Isso é uma questão do meu passado... O seu cheiro é muito provocante... É impossível aguentar muito tempo! — Diz ele me deitando na cama gentilmente. Como assim passado? O que isso tem haver? Bom não importa. Eu não fiz nada e apenas deixei rolar. Sei que no máximo o que pode acontecer é ele me beijar. Não é errado dar uns beijos de vez em quando. Isso não vai machucar ninguém e vai me distrair um pouco dessa tristeza que estou sentindo nesse momento.

Ele é um carinha legal e vai ser divertido, além do mais Namjoon é bem charmoso, devo admitir.

Ele se posiciona em cima de mim e me olha intensamente. Começo a ficar meio nervosa. Jack nunca chegou ao ponto de ficar em cima de mim antes.

— Muito tentador! — Diz Namjoon mordendo seus lábios, não resisti e acabei olhando intensamente para os mesmos. Ele percebeu e sorriu vitorioso.

Namjoon vai chegando perto e beija meu pescoço, mais uma vez ele toca seu nariz por aquela área. Logo após ficar alguns instantes só me cheirando ele começa a me morder levemente. Sem querer eu acabei soltando um suspiro longo, ele ouviu e sorriu maliciosamente. Quando ele subiu um pouco sua cabeça pra me beijar ouço a porta do quarto se abrindo e Jungkook entrando, ele olha para nós e rapidamente vira de costas.

— Oh, meu Deus, desculpa, desculpa! — Diz Jungkook completamente envergonhado.

Rapidamente empurro Namjoon de cima de mim e me levanto rapidamente.

— Pode virar kookie! — Diz Namjoon rindo.

— Os guardiões me mandaram chamar vocês pra ir jantar! — Diz Jungkook olhando para Namjoon.

— Ok, já estamos descendo! — Diz Namjoon.

— Se quiserem podem terminar, eu dou cobertura caso perguntem por vocês lá embaixo! — Diz Jungkook olhando maliciosamente para Namjoon e logo após pra mim. Senti meu rosto queimar de vergonha. Esse garoto só tem cara de inocente.

— Não tem nada pra terminar, avise pra eles que já estamos descendo! — Digo olhando para o chão, envergonhada.

— Ok, eu vou falar, mas só uma coisa... Se quiserem fazer isso no quarto pelo menos façam no banheiro pra evitar flagrante! — Diz Jungkook rindo logo após saindo do quarto.

Eu e Namjoon ficamos em silêncio nos encarando, depois de uns segundo ele sorriu e quebrou o silêncio.

— Então vamos? — Perguntou sorrindo gentilmente.

— Claro! — Retribuo o sorriso. Andamos até a saída do quarto, mas antes que pudéssemos sair Namjoon me prensa na parede.  Ele coloca suas mãos a altura da minha cabeça. E me encara seriamente.

— Não pense que não vamos continuar outro dia (S/N)! — Diz ele com sua voz rouca ao pé da minha orelha. Arrepio-me no mesmo instante.

— Muito tentador! — Digo sorrindo maroto. Ele sorri e aparece mais uma vez as lindas covinhas. Com certeza é o maior charme que ele tem.

Ele me solta e me da passagem pra sair primeiro do quarto, descemos como se nada tivesse acontecido e jantamos normalmente em volta da enorme mesa. De vez em quando nós trocávamos olhares. 

 

(...)

 

Depois de comer resolvo dar um passeio no enorme jardim, mas não é exagero. O jardim é realmente muito grande. Depois vou um pouquinho ao campo, a lua está cheia e brilha intensamente, possibilita ter uma linda visão da noite.

Fico em silêncio e me lembro da batalha com Suga aqui nesse campo. Por que eu ainda não consegui minhas habilidades de guardião?  O que tem de errado comigo?

Vou andando distraída e logo percebo que estava na entrada na enorme floresta. Paro instintivamente e fico analisando a sombria floresta. De dia era linda de se ver, pássaros cantando e outros animais passeando por ela, mas a noite tudo que se ouvia era o vento balançando as folhas das árvores.

Esse lugar está começando a me dar arrepios, não dava pra ver nada por dentro, pois as folhas tapavam a luz da lua. Resolvo sair daqui e entrar pra dentro do chalé pra ficar com os outros.

Viro de costas, mas no mesmo instante ouço um barulho de passos lentos vindo de dentro da floresta. Olho rapidamente pra trás, mas não vejo nada. Começo a encarar a entrada da floresta. Ela estava escura, mas pude ver algo vindo vagarosamente em minha direção. Estremeci mas me mantenho firme no lugar.

Pela silhueta parecia ser uma pessoa. Ela para no meio da entrada, não consegui ver quem era. Essa pessoa parece me encarar e fica imóvel. Isso começa a me incomodar.

— Quem está aí? — Pergunto autoritária. Não recebo resposta.

— Está com medo? Venha até mim covarde! — Exclamo sem paciência.

Essa pessoa sai da entrada da floresta e vai pra luz me possibilitando identificar seu rosto. Quando vejo seu rosto meu corpo estremece.

— O que está fazendo aqui? — Pergunto engolindo em seco.


Notas Finais


Namjoon, Namjoon... Você está muito safadinho! kkk

Espero que tenham gostado! <3

Qual será o passado sombrio dos guardiões? E o que será que aconteceu com os pais da (S/N)? E tem mais... Quem ela viu na floresta??

Até a próxima!


Comentem! <3


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