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História My light, my hope (J-Hope) - Decepção


Escrita por: Pam_Hoseok

Notas do Autor


⚠(CAPÍTULO REESCRITO - 24/01/18)⚠

Olá turminha ! ❤

Espero que gostem desse capítulo, ficou meio grande, foi mal! ^^'

bom... Boa leitura! *3*

Capítulo 2 - Decepção


Fanfic / Fanfiction My light, my hope (J-Hope) - Decepção

Akira On

Ok. Isso foi realmente estranho. Ela não era para ser assim, era? Uma Escolhida minha deveria saber assustar tão facilmente assim? Quando (S/N) estava me ameaçando e começou a sussurrar meu nome do outro lado da porta... todos os pelos do meu corpo realmente arrepiaram de medo! Senti algo tão esquisito. Ela é a minha herdeira, mas mesmo assim... Será que... O que está pensando Akira? Isso é apenas rebeldia da idade. É completamente normal... (S/N) é minha herdeira. Com certeza é... Tem que ser. 

Naquela discussão toda acabei falando demais, disse algo além do que ela deveria saber no momento. O que eu faço agora? Conto de uma vez ou enrolo um pouco mais? (S/N) deve estar tão confusa agora... São tantas coisas que devem estar passando naquela cabecinha complicada.

— Minha criança. Minha pequena. — sussurrei pra mim mesmo, logo depois suspirei alto.

Contaria hoje. Seria o melhor pra ela e pra mim também. O primeiro eclipse será daqui alguns dias e se eu contar ainda hoje ela terá tempo suficiente para se adaptar e preparar-se para a nova vida.

— É querida... Sua vida daqui pra frente não será nada fácil. — pensei alto, logo depois notei que ainda estava no banheiro – completamente destruído. Queria conversar com ela agora, mas depois de perceber o estado em que meu precioso banheiro se encontrava concluí que o discurso ficaria para depois. Tinha que dar um jeito no estrago que aquela doida havia feito.

— Dando-me trabalho depois de adulta. Só me faltava essa. — resmunguei suspirando em cansaço.

Akira Off                                                                                                

 

 

(S/N) On

 Estive as últimas horas pensando em tudo o que acontecera hoje de manhã. Não saía da minha cabeça de maneira nenhuma. Meu descontrole, a resistência de Akira ao meu golpe...

Joguei-me na cama e encarei o teto.

 

Não podemos tocar em um fio sequer de cabelo de um humano! Vai contra tudo o que somos!”.

 

 O que ele quis dizer com aquilo? “Não podemos tocar em um fio sequer de cabelo de um humano”... Significa que não somos humanos?

— Mas se não somos humanos, o que nós somos então? Alienígenas? — questionei-me ainda observando o teto, como se ele pudesse dar-me alguma resposta. — Aish (S/N), não viaja na maionese garota! Isso não existe! Assim como não existe outra coisa racional nessa Terra que não seja seres humanos! — gritei irritada, pegando o travesseiro ao meu lado e colocando em cima do meu rosto, tentando acalmar o estresse do meu corpo.

— Akira deve estar de brincadeira comigo, não tem outra explicação. Deve ser tudo pra me irritar... — resmunguei tirando o travesseiro do rosto e sentando-me na beirada da cama. — Mas isso não explica o fato dele não reagir à minha força.

Aish! Por que ele tinha que falar isso em um dia tão importante? Eu estava surtando com tanta informação. Era muita coisa pra pensar de uma só vez.

Mas ok, tentaria não pensar muito por enquanto. Tinha coisas mais importantes para resolver. Depois pensaria no que fazer quanto à minha “crise existencial”. Precisava comprar um presente para Jack, não poderia fazer-lhe uma surpresa com as mãos abanando.

O único problema era que eu não fazia idéia do que comprar.

— Hmm... Do que ele gosta mesmo? — murmurei para mim mesma, tentando-me lembrar de algo. Mas nada vinha a mente, já que meus pensamentos no momento giravam involuntariamente em torno do mistério que Akira fizera. — Ahh esquece. Vou sair e procurar algo.

Tomei uma ducha rápida e me vesti – um vestido rodado preto com uma jaqueta Jeans, uma bolsinha bege e umas sandálias rasteiras simples.

Desci as escadas sorrateiramente e assim que passei pela sala vi meu celular sobre o sofá – tinha o deixado ali assim que Akira começou a gritar irritado com minha história. Peguei e liguei a tela vendo que era uma e cinco da tarde. Olhei de supetão para cozinha e notei em cima da mesa as xícaras que ainda tinham um bocado de café frio. Eu até iria lavá-las e guardá-las se eu não tivesse tão ocupada.

Saí furtiva, evitando chamar a atenção de Akira no andar de cima.

[...]

Passei as últimas horas andando de uma loja à outra, tentando comprar algo para meu namorado, mas nada parecia ser o suficiente e nada parecia me agradar. Não sabia que comprar um presente seria tão difícil.

Resolvi parar e descansar numa pracinha mais adiante. Sentei no banco mais próximo, observando as pessoas num parquinho ao lado. Um casal brincava com sua filha no balanço, aos sorrisos e risadas. Não pude conter a leve inquietação ao observar aquela cena, sentia em meu peito uma espécie de tristeza ao lembra-me dos meus pais biológicos.

Akira era um pai incrível e eu o amava muito, mas... Às vezes eu sentia falta da minha família, mesmo que eu não lembre absolutamente nada deles. Suspirei, observando um pouco mais aquelas pessoas, com um sorriso bobo no rosto mesmo que o peito doesse de tristeza, quando de repente vi uma loja logo atrás dos mesmos. No outro lado da rua.

Ela de alguma forma chamou minha atenção então resolvi examinar. Era uma lojinha não tão pequena, vendia conteúdo de séries, blusas camisetas, objetos. Enfim... Jack gostava de séries. Às vezes até me obrigava assistir junto. Tentaria achar algo da sua série favorita, Supernatural.

Adentrei a loja rapidamente e logo fui atendida por um jovem vendedor. Expliquei o que eu queria e ele pediu para segui-lo, e assim fiz. Mostrou-me uma variedade de camisas de diferentes tamanhos, então escolhi o que mais me agradava e do tamanho ideal. Era uma camisa branca, na frente tinha uma foto dos protagonistas, Sam, Dean e Castiel e nas costas estava escrito “Supernatural”.

— Certeza que vai gostar. — sorri observando o traje. Paguei o vendedor, ele dobrou a blusa, embrulhou e colocou-a na sacola. Saí às pressas, checando o horário pelo celular.

Tudo estava indo nos conformes.

[...]

Chegando em casa entrei na sala e sentei-me no sofá, jogando a sacola na mesinha em minha frente. Ainda tinha mais uns minutinhos sobrando então resolvi passar o tempo assistindo filme. Virei o rosto para cozinha e notei que Akira tinha limpado a mesa. Escutei passos vindos da escada e logo o vi sentando ao meu lado.

— E aí destruidora. — encarou-me com um sorriso intimidador. — Você acabou com meu banheiro. O que tem a dizer em sua defesa?

— O senhor me irritou. — dei de ombros e ele revirou os olhos, notando o presente segundos depois.

— O que é isso? — pegou o embrulho, curioso.

— Presente de Jack. — ele largou o embrulho na mesa no mesmo instante, fazendo-me encará-lo com estranheza. — Por que isso? — perguntei com seriedade.

— Por que o quê? — confrontou cruzando os braços.

— Essa atitude infantil.

— Sabe que não gosto dele. Não consigo confiar naquele cara. — disse impaciente.

— Isso é apenas implicância porque ele é meu namorado. — brinquei rindo baixo.

— Seja sincera comigo (S/N). Confia tanto assim nele? — questionou juntando as sobrancelhas.

— Olha... Falando a verdade: Tem algo nele que não me faz confiar completamente... Mas isso é normal, não é? N-Ninguém confia totalmente em alguém. — respondi um pouco nervosa.

— Hmm, ok então. — ficamos em silêncio por um tempo. — Então (S/N), quero esclarecer umas coisas para você. — rapidamente entendi o que ele queria dizer.

 — Eu sei bem o que o senhor quer esclarecer. Sei que não sou uma mulher comum, mas pelo menos por hoje quero fingir ser. Por favor.

— Está ciente de que comum você não tem nada? — perguntou e eu acenei.

— Sim eu sei. Mas hoje é um dia especial e não quero ocupar minha mente com tudo isso. Quero ficar tranquila hoje, sei que minha vida mudará drasticamente assim que eu entender o que sou.

— Sim, mudará excessivamente. Então está bem... Vou lhe poupar a verdade por hoje. — puxou-me para um abraço. Ficamos uns segundos abraçados em total silêncio, apenas assistindo o filme que passava na TV.

— O que você pretende fazer hoje? — perguntou repentinamente.

— Ahn? — me fiz de desentendida.

— Você disse que hoje é um dia especial, aniversário do Jack. O que pretende fazer?

— Eu estava pensando em ir ao apartamento dele e esperar ele voltar do trabalho. — expliquei desvencilhando-me de seu abraço.

 — Esperar ele voltar? Quer dizer que Jack não sabe que você vai lá? — questionou surpreso.

— É por isso que é uma surpresa. — ri do meu próprio comentário.

— E como pretende entrar? Espero que não esteja pensando em arrombar a porta. — perguntou desconfiado.

— Eu sou namorada dele há muito tempo. Não é uma nem duas vezes que entro na casa dele por livre vontade. Jack me disse onde coloca a chave reserva. — dei de ombros.

— Seu relacionamento parece ser bem íntimo. Entrar na casa do namorado sem permissão... — resmungou emburrado.

Mal sabia Akira que Jack entrava aqui várias vezes sem permissão também.

— O que foi? — perguntei após perceber que Akira encarava-me intensamente.

— Estou pensando se te deixo sair ou não. — fez um biquinho, fazendo com o que parecesse um adolescente fofo.

— Por que não deixaria? Eu já tenho dezoito, Akira. Posso muito bem sair sozinha à noite. — sorri provocativa.

— Eu sei... Mas hoje eu estou em casa. Queria passar meu tempo com você... — confessou cruzando os braços, tristonho.

— Desculpa, mas é por uma causa maior. Por favorzinho. — implorei juntando as mãos.

— Vai deixar seu pai sozinho nessa casa gigante? Eu vou morrer de tédio! — exclamou jogando seu peso todo no acolchoado do sofá.

— Não seja tão infantil. — brinquei rindo com sua ação.

— Eu quero passar meu tempo com minha filha, isso é algum crime? — rebateu bufando encarando o teto.

— Deixa vai. — pedi mais uma vez, ele ainda parecia estar em negação, então resolvi usar meu último recurso. — Por favor, Appa! — ele virou o rosto para mim, completamente surpreso.

— D-Do que me chamou? — gaguejou em espanto, seus olhos quase saltavam pra fora.

— Appa. — repeti com uma expressão fofa. Tinha que convencê-lo usando minhas artimanhas.

— Você está mesmo desesperada. — arregalou os olhos ainda sem acreditar do que eu dissera. Eu apenas acenei concordando. Ele olhou-me fixamente e logo depois suspirou lentamente, acenando com a cabeça também. — Ok, pode ir.

Senti meus olhos brilharem com a alegria que me ocorreu. Pulei em cima de Akira e o abracei fortemente.

— Querida, você é forte. Sai de cima. — riu me empurrado. Ele realmente era forte também, mas não falei nada sobre pra evitar que o assunto misterioso surgisse novamente.

— Obrigada mesmo Appa! — agradeci alegremente.

— Você podia me chamar de Appa mais vezes, sabia? É bom ouvir isso de vez em quando. Até mesmo papai se você acha Appa muito infantil. — disse com um sorrisinho meigo.

Levantei do sofá e peguei a sacola com o presente. — Já é estranho ter um pai que não envelhece, ainda mais quando esse pai aparenta ter a mesma idade que você. — dito isto, beijei seu rosto. — Beijos. Fui. Não me espere acordado.

— Não me culpe por parecer tão jovem e bonito. O tempo está ao meu favor. — provocou com um sorriso convencido. — Espere! Não vai tomar banho?

Fui até a saída e abri a porta, mas antes de sair o olhei por cima dos ombros, sorrindo maliciosamente. — Não se preocupe, vou tomar banho lá. — provoquei e saí em disparada, evitando escutar o grito estrondoso do meu lindo paizinho ciumento.

[...]

Assim que cheguei ao prédio à primeira coisa que fiz foi cumprimentar o zelador – já virou um amigo próximo por eu vir tantas vezes aqui antigamente. Mas estranhamente ele parecia nervoso quando me viu.

— (S/N)! — ele me chamou, com certa apreensão na voz. Mas eu passei direto por estar com pressa.

— Ah Sr. Oh, vou ali colocar a sacola na casa do Jack e já volto ok? — avisei subindo as escadas, já que o apartamento era no segundo andar.

— Espera um pou... — não deu pra ouvir tudo porque eu já estava no segundo andar.

Meu plano estava perfeito. Estava doida para ver a reação dele quando voltasse do trabalho e desse de cara com sua namorada que há tempos não via. Pode ser estranho entrar assim sem permissão na casa dos outros, mas Jack fazia isso comigo o tempo todo. Por sorte ele nunca topou com Akira nessas visitas.

Caminhei até o seu apartamento e logo procurei a chave reserva que Jack deixava dentro de um vasinho de plantas do vizinho quando saía. Mas por algum motivo não o encontrei, não estava em lugar algum.

Como eu entraria agora?

Observei a porta.

— Será que... Não... Não vou arrombá-la. — sussurrei pra mim mesma.

Girei a maçaneta, e por incrível que pareça a porta estava aberta. Jack deve ter se esquecido de fechá-la antes de sair. Dei de ombros e entrei sorrateiramente observando o lugar, checando se realmente estava vazio. Vendo que tudo estava em ordem fechei cuidadosamente a porta atrás de mim.

O apartamento era médio, mesmo assim bonito. Fiquei uns segundos admirando-o, até que ouvi um barulho estranho vindo do corredor. Não fiquei com medo obviamente, afinal tinha grande capacidade de me defender caso fosse necessário.  Sendo assim segui o som, percebendo que tal barulhinho vinha de um quarto sem porta.

Espiei o que acontecia no cômodo, e então... Meu coração de repente falhou uma batida.

Não pode ser... Não pode ser.

Seria um sonho?

Eu queria chorar com todas as minhas forças, mas as lágrimas não vinham. Eu queria correr até cansar, mas minhas pernas paralisaram. Tudo o que eu conseguia sentir naquele momento era uma decepção absurda dentro do meu peito.

                                                                                         

   "A vida é realmente uma caixinha de surpresas. Uma hora você está bem, feliz, achando que sua vida está feita, achando que nada de ruim pode acontecer. E de repente o trajeto muda... Seu mundo desaba num piscar de olhos. Bom, foi exatamente o que aconteceu comigo. Digamos que eu nunca tive uma vida fácil, mas me diga: Quem tem? Apesar da vida difícil, eu sabia me cuidar. Sabia resolver qualquer problema que atravessasse meu caminho... Mas agora é diferente, isso nunca aconteceu antes... Eu não sei o que fazer."

 

 

 

Observei calada aquela cena torturante. Jack estava deitando em uma cama, com uma garota sentada em cima dele. Beijavam-se com urgência. Estavam tão focados que nem perceberam que eu estava ali. Fiquei em silêncio, decepcionada, não conseguia pensar em nada. Apenas via a cena calada e sentia meu coração se despedaçando a cada movimento.

Até que Jack abriu os olhos por um momento e paralisou completamente assim que me viu. Encarou-me espantado, como se visse a sua frente um verdadeiro assassino. A garota de costas pra mim deve ter estranhado a reação dele então se virou para ver o que Jack encarava. Olhei seu rosto e então outra dor insuportável surgiu no meu coração. Outra decepção...

— Sook... — sussurrei pra mim mesma.

— (S/N), amor... Não é o que está pensando! — ele levantou bruscamente, fazendo com que Sook caísse ao seu lado na cama.

 — Não preciso pensar se já estou vendo com meus próprios olhos. — respondi fria. — Então era esse o seu trabalho? — questionei ríspida e Jack permaneceu em silêncio. Ele estava com medo. Pela primeira vez eu me senti bem em ter alguém com medo de mim. — Era por isso que não podíamos nos ver? Era por isso que você nunca tinha tempo pra mim? — sentia um aperto no peito a cada palavra pronunciada. Mas por incrível que pareça eu não estava triste por ele ter me trocado – eu gostava, gostava muito, talvez eu estivesse até apaixonada, mas não o amava, felizmente. Estava triste porque traíram minha confiança... Ambos eram meus “amigos”, e ambos me traíram.

— Princesa, e... Eu posso explicar tudo!

— Então explique. — cruzei os braços. — Vai Jack, explique! — gritei impaciente.

— Será que você ainda não percebeu? Ele não gosta realmente de você garota. — Sook se intrometeu. — Ele só te namorou por puro interesse! — se levantou irritada.

— É... Percebi. — a encarei com um olhar sombrio.

— Cala a boca, Sook! Não se intrometa! — Jack repreendeu talvez amedrontado com minha possível reação.

Sook ignorou a repreensão levada. — Eu ficava com ele muito antes de você, sabia? Só que ele não queria namorar comigo porque estava de olho em você por certos motivos óbvios. Então, tive que me aproximar para não desconfiar do nosso caso e da nossa “amizade”. — olhou-me de cima abaixo e tentou abraçar Jack, porém foi impedida pelo mesmo.

— Eu já disse pra calar a boca! Não piore a nossa situação! — ele gritou aborrecido e Sook sentou-se na cama, bufando.

Eu apenas os olhava, decepcionada, meus olhos ardiam com as lágrimas se formando, mas elas não conseguiam sair. Eu realmente gostava de Jack... Eu não o amava, mas gostava o suficiente. E no momento todo aquele sentimento estava se transformando em ódio. Um ódio que me fez querer que Jack, e Sook também, desaparecessem da minha vida o mais rápido possível.

— Por quê? Por que teve que fazer isso? — perguntei baixo, tentando suprimir todos aqueles sentimentos ruins.

— Princesa... — meu namorado sussurrou. Aquilo foi o suficiente pra fazer todo meu sangue ferver.

— Eu juro que se você me chamar de princesa outra vez eu faço sua cara atravessar a parede! — gritei irada. Ele engoliu em seco, parecendo intimidado. — Você queria que eu te protegesse, não é? Queria proteção contra os brutamontes que sempre ameaçavam bater em você! Sabia que eu tinha força por isso se aproximou de mim na cara de pau! — ele ficou calado por uns segundos, mas logo acenou confirmando minhas acusações. — Por quê? Por que teve que fazer esse jogo comigo?

— Eu precisava da sua ajuda! Eles me ameaçavam todo dia, e eu sabia que você tinha capacidade de me ajudar se eu precisasse, eu tinha que me proteger de algum modo! — exclamou, percebi que lágrimas se formavam em seus olhos, mas não senti pena.

— Você poderia simplesmente ser meu amigo! Não precisaria de uma traição! Eu lhe protegeria do mesmo jeito... Não teria a necessidade de me trair assim... — senti minha voz falhar no final e as lágrimas finalmente caindo. — Uma pena que tenha escolhido o jeito mais difícil... — sussurrei entristecida. Joguei a sacola em sua direção, fazendo questão de ser forte no lance.

— Mas o que... — resmungou pegando-a com dificuldade.

— Seu presente. — ele abriu o embrulho e seus olhos de repente brilharam. — Feliz aniversário, amorzinho! — pus um sorriso falso em meus lábios assim que Jack olhou para mim. — Você gosta de coisas estranhas, não é? — lancei uma expressão de total desprezo. Sequei minhas lágrimas e virei para ir embora, mas antes, os olhei pelos ombros. — Quando quiserem fazer algo errado... Certifiquem-se de que estão seguros, idiotas.

— Do que está falando, garota? — Sook perguntou cruzando os braços.

— A porta estava aberta, babacas! 

Corri o mais rápido que pude. Queria sair o daquele lugar o mais rápido possível. A única coisa que me acalmaria naquele momento era o colo de Akira. Estava com tanto ódio, aquele cretinos me usaram sem dó!

Akira estava certo, por que não dei ouvidos a ele antes? Jack não era confiável! Nem Jack nem Sook!

Passei pelo Sr. Oh sem nem o olhar direito. Não queria falar com ninguém no momento. Parei para respirar e me acalmar na calçada do lado de fora do prédio, quando senti uma mão me puxar pelo braço, era Jack.

— (S/N) vamos conversar, por favor! — antes que eu pudesse respondê-lo um caminhão desgovernado atravessou à calçada e veio em nossa direção. Não deu tempo de pensar na situação então agi por mísero impulso. Joguei meu corpo pra frente para tentar proteger Jack. Não daria tempo de empurrá-lo.

Fechei os olhos em temor e no segundo depois senti o grande impacto de algo atingindo meu corpo com grande força. Fui arremessada contra o chão e ali fiquei sentindo uma onda intensa de dor se apoderar de mim.

 

"Eu precisava de ajuda. Vi uma luz forte me cegando e um barulho ensurdecedor tomou conta do lugar que segundos atrás estava puro silêncio. Alguém me ajude! Eu não entendo! Tudo o que me lembro é sair correndo pelas ruas e de repente... Vi apenas borrões e sangue. Muito sangue. Tudo ficou escuro, tentei me levantar, mas não consegui, minhas forças foram embora... A dor era insuportável.

Eu não conseguia me mover!"


Notas Finais


Mais uma vez obrigada por lerem! *---*

E calma meu povo, os meninos ainda vão aparecer! /o/


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