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História My light, my hope (J-Hope) - Encrenqueira


Escrita por: Pam_Hoseok

Notas do Autor


Olá! ❤

Mais uma vez demorei para atualizar ;^; Sorry...


Enfim... Boa leitura! ❤

Capítulo 40 - Encrenqueira


Fanfic / Fanfiction My light, my hope (J-Hope) - Encrenqueira

— Cobras? — questionou Hoseok com certo receio. Olhei para o seu rosto e o mesmo estava suando. — Por que cobras? — perguntou novamente aumentando o tom. O Alfa o olhou com certa indiferença, e sem pressa respondeu: — Porque eu quero... Existe explicação mais simples?

Nós nos entreolhamos meio incertos, mas logo voltamos nossa atenção para Yejun que começou a rir histericamente.

— É brincadeira... Tenho um bom motivo sim — sorriu misterioso. — Acompanhem-me — ordenou indo em direção à saída. Nós, obviamente, o acompanhamos. — Vocês podem vir se quiserem assistir seus amigos — disse virando-se rapidamente para os outros meninos que ali se encontravam, mas logo voltando a andar em direção a saída.

Seguimos ele e Yoora até um corredor, logo depois descemos uma escada... Será que essas cobras estão no subsolo ou algo parecido?

E a resposta é sim...

Assim que chegamos ao subsolo às luzes rapidamente se acenderam me possibilitando ver um enorme buraco no meio do lugar imenso, tinhas grades nas laterais, provavelmente para que ninguém caísse na enorme cova. Aproximei-me das grades e observei o fundo do buraco, e vi centenas de cobras dentro dela. Engoli em seco, e logo pedi para que Jin se aproximasse também.

— Que cobras são aquelas? — perguntei com certo receio de serem perigosas. Jin observou bem lá no fundo, e depois deu um longo suspiro. — Não são venenosas, mas tomem cuidado... Não deixe que elas se enrolem em vocês.

Assim que Jin nos explicou ouvi um gemido estranho sair de Hoseok. — Ai meu Paizinho amado. Me ajuda por favor — sussurrou nervoso com as mãos apertando fortemente as grades. O observei melhor e percebi que o mesmo estava tremendo muito. Aproximei-me dele, coloquei minha mão em seu ombro, tentando o acalmar.

— Está com medo? — perguntei, com um sorriso gentil. Ele olhou pra mim com os olhos levemente arregalados, mas logo tentou disfarçar... Inutilmente, pois já percebi o medinho.

— Claro que não! Medo de cobras?Eu, Jung Hoseok? Até parece! Aqui é pura coragem! — disse soltando um sorriso de canto e bufando em zombaria e logo ri com o comentário, não convencida.

— Sei... Você exala coragem... — comentei irônica.

— Então... Pode nos contar qual é o motivo pra isso tudo? — perguntou Suga para Yejun, o Alfa.

— Quero que vocês encontrem algo em particular... Lá em baixo — disse o Alfa se escorando nas grades sem ao menos medir seu peso, apontando para o buraco... Por um único momento, apenas por um momento, desejei que aquelas grades se quebrassem magicamente e que aquele cara caísse entre as cobras... Mas logo espantei esses pensamentos.

— Preciso que vocês encontrem um bracelete ali em baixo entre todas aquelas cobras... Viram como o desafio é fácil? — disse ele sorrindo de lado, com a maior cara de deboche. — Esse bracelete era da minha falecida avó — disse dramático, colocou uma mão no peito e uma nos olhos, fazendo uma cena ridícula de choro. — É muito importante pra mim e pra minha irmã... Era o bracelete favorito dela, e por coincidência caiu das minhas mãos justo na hora em que eu estava pensando em quais seriam os desafios que vocês iriam fazer... Então eu pensei que vocês poderiam fazer esse favor para nós, como primeiro desafio — disse fungando.

— Hm... Coincidência... Sei — resmunguei em reprovação.

— Mas é isso... Resumindo tudo: Achem o bracelete e tragam para mim. Esse é o primeiro desafios de vocês dois! Vão, vão — ordenou.

Eu e Hoseok nos entreolhamos rapidamente, mas logo abaixamos nossos olhares em direção ao buraco.

— Como vamos descer? — perguntei virando-me para o Alfa que se encontrava um pouco afastado dos meninos.

— Só pular... — disse indiferente.

Engoli em seco e logo depois que abaixei meu olhar novamente meu corpo inteiro estremeceu. Eu definitivamente não me dou bem com alturas. Mas logo deixei meu medo de lado e me preparei psicologicamente pra pular.

— Fighting! — gritaram todos os meninos para nos dar apoio.

Depois de ouvir isso impulsionei meus pés e pulei no buraco. O impacto foi leve, tranquilo; ergui meus olhos e vi Hoseok ainda lá em cima, olhando para cá com preocupação e incerteza. Acenei e fiz sinal pra ele pular também. Ele permaneceu hesitante, mas depois de alguns segundos pulou. Chegou ao chão, e olhou com nojo e apreensão para as cobras rastejando ao seu redor.

Senti também cobras deslizando sobre os meus pés, tomei um leve susto, mas logo tratei de me recompor, pois eu estava em meio a várias e várias serpentes, tinha que me manter equilibrada.

— Procure pelo bracelete, deve estar aqui em algum lugar... Verifique por entre as cobras também — expliquei me virando de costas para Hoseok, andei vagarosamente pelo lugar com medo de pisar nelas. Tentava procurar entre os ninhos algo que pelo menos aparentasse ser um objeto. Até que meus olhos instintivamente fitaram um imenso buraco na parede a minha frente, como se fosse uma espécie de caverna, covil ou coisa parecida.

Por que tem um buraco dentro de um buraco? E por que é tão grande? 

— Ai! Que horror! Que bicho medonho — ouvi reclamações constantes vindas Hoseok logo atrás de mim. Não dei muita atenção e continuei procurando o bracelete entre as cobras.

— Aish! — outra reclamação. — Aigoo... AI esse bicho encostou em mim! — gritou outra vez, assustado.  Olhei ele entre os ombros e percebi que o mesmo usava a foice de Morte pra tirar as cobras de perto dele.

Estou percebendo um cagaço enorme por cobras da parte dele! Tadinho...

— Estão por todos os lugares Hoseok. É óbvio que vão encostar em você  — disse rindo com sua reação. Virei pra frente novamente e olhava o chão, concentrada em achar o bendito bracelete.

Ainda não entendi o que tem de desafio nisso. As cobras estão dóceis, não tem perigo nenhum.

— Ai (S/N)! Me ajuda, me ajuda! — gritou Hoseok desesperado. Virei pra ele rapidamente, preocupada. E logo vi umas das cobras em Hoseok. Não estava o sufocando ou se enrolando, simplesmente estava se deslizando no seu corpo, ri com a cara de aterrorizado que Hoseok fazia, parecia que iria ter um ataque a qualquer momento, e os sons que ele emitia quando a cobra se mexia nele, era simplesmente hilário.

— Para de rir! Tira essa coisa de mim! — gritou escandaloso, tentava tirar o animal de cima dele, mas ele mal conseguia tocar na cobra, por medo. Fiquei parada tentando controlar o riso, apenas vendo a guarda de Hoseok baixa... Nunca o vi tão amedrontado antes, é engraçado.

Nunca pensei que ele fosse tão medroso assim!

— Agora! Pra ontem! Tira essa coisa de mim, mulher! — gritou mais aterrorizado ainda fazendo com que todos os que estavam assistindo, inclusive eu, caíssem na gargalhada. Fui até ele, tentando ao máximo parar de rir, tirei a cobra de seu corpo e coloquei-a no chão.

 — Eu odeio! Eu odeio cobras! — disse praticamente se jogando em cima das minhas costas como se eu pudesse protegê-lo.

— Hoseok... Se acalme, vamos continuar procurando — disse em tom gentil e mais uma vez voltei minha atenção para o chão. Hoseok ainda gemia e emitia sons de pavor que arrancavam muitas risadas do Alfa, sua irmã e dos rapazes. — São inofensivas! Não vão te machucar! — gritou o Alfa com falta de ar devido às risadas histéricas.

O tempo foi passando e mesmo com toda minha atenção, com toda a minha convicção em achar esse bracelete, não tinha encontrado absolutamente nada. Ergui meus olhos para o Alfa que se encontrava logo em cima e perguntei em alta voz: — Tem certeza que esse bracelete caiu aqui?

— Absoluta! — confirmou com rapidez.

— Aish! Quando essa tortura vai acabar? — murmurou Hoseok enquanto tentava ao máximo não encostar nas cobras... Atitude inútil, diga-se de passagem. 

— Aff, eu entendo seu medo, mas tente pelo menos me ajudar um pouco. Até agora você não moveu uma palha pra me ajudar — murmurei um pouco cansada. Mas mesmo assim, continuei em busca do acessório. Devido a minha reclamação, Hoseok tomou coragem e tentou me ajudar — apesar de quase não conseguir tocar nelas, a cada segundo gritava histericamente e escandalosamente.

— Hoseok — o chamei depois de certo tempo.  Aproximei-me dele e em seguida sussurrei: — Não acha que tudo está muito calmo? Até agora eu não vi nada de mais para ser um “desafio”.

— Pois eu vi, vi várias coisas que pra mim são desafios tenebrosos! — disse com os olhos arregalados.

— Eu falo sério, tem algo errado... Tudo está normal de mais para o meu gosto — disse já começando a suspeitar de algo. Olhei para os arredores e tudo o que via eram cobras... Tudo normal, mas algo estava me incomodando.

— O que vocês tanto cochicham? Sabem que não adianta nada não é mesmo? — gritou o Alfa, fazendo-me erguer os olhos com confusão. O mesmo deu um sorriso logo que me fitou e apontou seu dedo para o ouvido. — Sou um lobisomem, consigo escutar tudo o que cochicham... E concordo com você... (S/N)! Tudo está muito calmo, o que acham de agitar um pouco esse lugar? — sorriu perverso, mesmo estando longe o seu sorriso fez todo o meu corpo tremer em alerta.

De repente senti cobras deslizando sobre meus pés, até aí tudo normal. Mas de repente as cobras começaram a subir pela minha perna, e subindo pelo meu corpo, se enrolando em questão de segundos. Quando olhei para Hoseok procurando ajuda, vi-o no mesmo estado que eu. Estávamos presos, as cobras finalmente nos atacaram.

Vi que ele começou a se desesperar, e dessa vez com razão. As cobras começaram a nos apertar com força tremenda. Tentei me mexer, mas não conseguia, eram muitas serpentes se enrolando em por todo nosso corpo. Debati-me e tentei soltar minhas mãos, tentei fazer força pra sair, e aparentemente estava conseguindo, mas fui forçada a parar quando senti um dor forte em meus braços.

Duas cobras abocanharam com força minha pele, senti minha carne ser cortada pelos seus dentes afiados e presenciei então meus braços sendo encharcados de sangue.

Olhei com preocupação para Hoseok que se encontrava ao meu lado, e vi em seus olhos o desespero. Ele estava berrando muito, se debatia e xingava coisas desconexas... Tudo por causa de seu medo pavoroso; estava enlouquecido por estar completamente preso.

Preciso fazer alguma coisa! Hoseok não pode me ajudar! Só eu posso nos salvar agora!

— Vamos começar a brincadeira! — gritou o Alfa com um sorriso vitorioso em seus lábios. Assim que essas palavras foram ditas, senti algo de anormal, instintivamente virei em direção ao buraco na parede lá ao fundo.

Senti uma vibração estranha no solo, e rapidamente fiquei em alerta quando senti as cobras reagindo às vibrações. Elas se enrolaram mais ainda em nós e as que estavam sobre o chão se agitaram. Senti-as retirando seus dentes de meus braços. E assim vi algo se aproximando do buraco, uma coisa grande se deslizava lá dentro e vinha em nossa direção. Assim que saiu para luz, ouvi um grito estrondoso de Hoseok.

— Misericórdia! Isso é um pesadelo! — gritou aterrorizado. Vi a coisa enorme saindo com lentidão do buraco em que se encontrava segundos atrás. E por um momento parei de respirar ao contemplar a gigante cobra que saíra para luz, deslizava com lentidão, observando toda a área. Ela foi se levantando e erguendo sua cabeça lá no alto, e então observei hipnotizada animal gigante diante de mim.

                                                                              

“— Nada de mais — sorriu. — Ele só queria que eu fizesse alguns animais crescerem e ficarem mais fortes — disse bagunçando levemente seus cabelos negros.”

                                                  

Logo me lembrei do que Jungkook disse pra mim algumas horas atrás. Então será que o Alfa mandou o Jeon usar magia para crescer esse animal? Ele disse animais... Então significa que tem mais animais gigantes?

 Engoli em seco, senti minhas pernas ficarem bambas e minhas mãos suaram. Vi que os meninos tentaram pular para nos ajudar, mas guardas apareceram de repente e impediram o ato. — Trato é trato! Só eles podem se salvar! Esse é o desafio!  — disse Yejun autoritário. Infelizmente ele estava certo.

— É uma naja, (S/N)! Cuidado! São venenos! — bradou Jin agarrando-se com forças nas grades. Assim que ouvi aquelas palavras, juntei todas as minhas forças e me esforcei ao máximo para tirar essas merdas de mim. Forcei meus braços para os lados pra tentar me mover, fiz o máximo que força que conseguia. Pouco me importava se as cobras iriam se machucar com o nível da minha força, o importante no momento era me salvar e salvar o Hoseok.

Consegui desenrolá-las com dificuldade, joguei-as o mais longe possível, tirei também as cobras enroladas em Hoseok, ele estava horrorizado, apavorado e estático. Puxei-o e corri para longe na tentativa de me distanciar o mais longe possível da Naja. Chutei longe cada cobra que estava ou atravessava nosso caminho... Danem-se essas pragas!

Chegamos ao limite do buraco e vi Hoseok respirando pesadamente, apoiou suas mãos no joelho e olhou para o chão, ainda com algumas cobras aos arredores.

— Calma! Calma! — disse tentando apara-lo. — Eu quero sair daqui — disse entre dentes olhando diretamente para o chão.

Senti um movimento rápido atrás de mim, virei e vi a Naja nos atacando repentinamente, abriu a boca enorme e veio em nossa direção com seus dentes à mostra. Num salto peguei o braço de Hoseok e nos esquivamos com dificuldade, novamente a cobra se moveu e vi seu rabo vindo com rapidez para o nosso lado, mais uma vez desviei e levei comigo Hoseok, que permanecia totalmente espantado.

Corri mais uma vez, praticamente puxando ele comigo, o coitado estava com tanto pânico que simplesmente petrificou, até que ouvi a cobra se mover outra vez, ouvi o rastejar dela pelo chão e deduzi que ela nos seguia sem muita rapidez.   

— Me dá sua foice! — gritei para Hoseok enquanto ouvia o deslizar de seu corpo sobre o chão arenoso e percebi que se aproximava cada vez mais. Hoseok instantaneamente materializou a foice e me entregou.

Soltei o braço de Hoseok e virei em direção à cobra que vinha se aproximando, vi-a se deslizando com mais velocidade e esperei aproximação suficiente. Assim que vi sua boca se abrir e vir em minha direção com seus dentes venenosos ergui a foice e a golpeei com força na cabeça, corri para longe outra vez, e a foice ficou grudada nela. A cobra se remexeu atordoada, mas a foice simplesmente não saiu de sua cabeça.    

Cobras são extremamente ágeis e rápidas. Minha sorte é que sou tão rápida quanto.                     

Ela ainda estava com a foice cravada nela, balançava sua cabeça de um lado para o outro tentando inutilmente tira-la de lá. Ela abriu rapidamente sua boca em um dos balanços e pude ver algo peculiar. Algo brilhante preso em um dos dentes dela. Rapidamente chamei a atenção de Hoseok que se encontrava atrás de mim: — Olha pra aqueles dentes! Os dentes!

— O que têm eles? — perguntou confuso. — O bracelete! Está preso em um dos dentes dela! — disse me mantendo focada a visão a minha frente.

— E como vamos pegar?

— Vamos ter que entrar na boca dela e tirar aquilo de lá — disse me virando rapidamente pra ele; percebi que o mesmo estremeceu no mesmo momento.  Ele num pulo pegou minhas mãos e se aproximou de mim com angustia em seu olhar.

— Eu já enfrentei tanta coisa por você, (S/N)... E tudo sem o menor receio... — apertou minha mão de leve, e em seguida olhou profundamente nos meus olhos. Mordeu o lábio e bradou: — Mas, por favor, estou te implorando! Não me faça enfrentar essa coisa! Isso eu não vou conseguir! — disse em tom suplicante, com a voz falha. Vê-lo assim cortou meu coração completamente. Abaixou seu rosto e olhou para o chão desolado. 

— Ei... — coloquei minha mão em seu queixo e o forcei a olhar pra mim. — Confia em mim? — balançou a cabeça em forma de sim. — Então não se preocupe! Apenas confie em mim! — lancei-lhe um sorriso amável. Coloquei minhas mãos por cima das suas e as apertei com certa força. — Tudo vai dar certo!

Expliquei ele meu plano, e ele me olhou com incerteza. — Por que você tem que ir lá? Não é melhor eu ir? — perguntou hesitante. 

— Eu sei que você não vai conseguir bater de frente com aquele monstro — disse brincalhona. Afastei-me dele e fui me aproximando da cobra gigante, que ainda estava se balançando atordoada. Ela me viu e me atacou, mas me desviei, dei um pulo e acabei caindo em cima da cabeça dela, agarrei a foice e puxei com força. Logo dei um salto rápido e cai sobre o chão.

Ela meio confusa tentou me atacar, mas eu fui mais rápida e entrei na boca dela, coloquei a foice de pé de forma que a Naja não pudesse fechar. Olhei em direção a suas presas e vi o bracelete, e sem pensar muito tentei pegá-lo, só que no mesmo momento, a cobra usou sua língua para tirar a foice de sua posição. A foice escapuliu pra fora e o animal tentou fechar sua boca comigo aqui dentro.

Rapidamente usei minha força e impedi o ato. Usei minhas mãos e apoiei no céu de sua boca, e forcei para cima tentando manter aberta. Sem pensar muito gritei: — Hoseok!

Em um estante o vi do lado de fora, me olhando com preocupação: — Rápido! E... Eu não vou aguentar muito tempo! — disse tentando ao máximo manter a boca dela aberta. Mas ele ficou parado com a maior cara de pânico, sem paciência gritei mais uma vez: — Anda logo Hoseok! Rápido!       

— O que eu tenho que fazer? — gritou me encarando com preocupação.

— Pega a porcaria do bracelete!

Ele ficou ofegante de repente. Então respirei fundo e tentei me acalmar. — Você consegue... Por favor, tente — disse quase suplicando. Hoseok hesitou, mas veio a minha ajuda. Entrou na boca da cobra, e pela expressão não ficou nem um pouco a vontade. Tomou cuidado com as presas, e logo chegou ao bracelete. Pegou o bracelete e com dificuldade retirou do dente enorme da cobra... Como isso foi parar ali? Também queria saber!

Hoseok pegou o bracelete, percebi que o mesmo estava tremendo intensamente, o mandei sair e assim fez. Logo o segui pulando rapidamente da boca da Naja. Vi que a mesma estava prestes a atacar de novo então peguei a foice que estava caída no chão e me defendi, cravei sua foice embaixo de sua cabeça e retirei com força logo em seguida. E ficamos assim por mais algum tempo, até que me cansei e resolvi acabar com isso de uma vez. Não queria ter que a machucar tanto assim...

Segurei com firmeza a foice e num salto me vi em cima dela novamente, ergui a arma e a cravei novamente na cabeça da Naja, continuei assim até que a mesma se cansasse. Ela começou a se deslizar em direção ao buraco e eu percebendo, saltei de cima dela e desci rapidamente.

Vi a Naja gigante desaparecer nas sombras assim que entrou na caverna, e então suspirei vitoriosa. Peguei as mãos de Hoseok e lhe lancei um sorriso doce. O mesmo ainda estava meio assustado, mas percebi que se acalmou um pouco.

Fui até o limite do buraco e pedi pra Jin nos subir, rapidamente raízes cresceram debaixo de nossos pés e nos levaram até lá em cima. Assim que me aproximei o suficiente, pulei a grade e fui em direção ao Alfa que sorria pra mim.

— Pega essa coisa — murmurei com uma vontade louca de avançar naquele pescoço exposto. — Pode me explicar o porquê de isso estar naquela cobra? Não tinha simplesmente caído lá dentro? Como num passe de mágica isso apareceu na boca daquela coisa? — explodi de uma vez. Os guardas vieram em minha direção alertas, mas Yejun fez um sinal para que ficassem no lugar.

— Quem sabe... — sorriu sarcástico. — O importante é que completaram o primeiro desafio! Parabéns! — piscou pra mim. Olhei para Yoora e ela me lançava um olhar suspeito... Como se estivesse animada? Isso não está me cheirando bem...

— “Parabéns” é o caramba! Hoseok quase morreu do coração lá embaixo — apontei para ele que saia de cima das raízes — E por um momento eu também... Nem ouse fazer outro desafio hoje, que se não eu vou virar essa mansão de cabeça pra baixo! — exclamei andando em passos largos para a escada, deixando os meninos pra trás.

Subi as escadas e fui para o jardim novamente, já estava escuro. Depois de mais ou menos 15 minutos, fui para o quarto tomar um banho... Tinha esquecido que eu estava “fedendo”.

Chegando lá, observei bem o cômodo e percebi que Namjoon, Tae e Hoseok não estavam... Um momento perfeito. Despreguicei-me, e comecei a desabotoar minha blusa e quando estava prestes a tira-la, ouvi a porta ser aberta, me virei e vi Suga entrando com uma carinha “inocente”.

— O que tu queres? — perguntei. 

— Conversar apenas — comentou pulando em cima da cama e deitando-se.

 — Diga — disse curiosa. Ele olhou-me de cima a baixo e logo disparou depois de morder os lábios.

— Assim não vou conseguir me concentrar — murmurou com um sorriso malicioso. Segui com meus olhos para onde ele estava encarando e percebi que olhava para o meu sutiã á mostra. — Hm... Rendinha preta... Bom gosto — imediatamente fechei minha blusa, levemente envergonhada. Terminando de fechar todos os botões, dei continuidade à conversa. 

— Diga...

— Eu estou curioso — murmurou me olhando misterioso. Apoiou sua mão no travesseiro, ainda deitado. Fiz uma expressão confusa, e ele imediatamente explicou-me. — Eu ouvi sua conversa com Hoseok um tempo atrás, quando estávamos no carro... É verdade que você gosta dele? — perguntou arqueando uma sobrancelha.

— Eu pensava que você estava dormindo naquele dia... — murmurei levemente irritada. — Mas enfim, isso não te diz respeito... — disse já me virando para ir para o banheiro, mas fui impedida pela mão dele segurando meu pulso.

— O que tu viste nele? — perguntou com certa seriedade. Fitei seus olhos, e os mesmos me encaravam como se pudessem ver através da minha alma. Não respondi e tentei me soltar, mas Suga em resposta, me puxou, me fazendo cair na cama. Ele subiu e ficou em cima de mim, me observando misteriosamente. Colocou as mãos na altura da minha cabeça e logo suspirou. — O que ele tem que eu não tenho?

— Ele é mais legal...  — disse olhando para o lado, evitando contato visual.

— Isso é porque você não viu meu outro lado (S/N)... Eu posso ser doce quando eu quero ser... — disse alisando carinhosamente minha bochecha. Então, olhei para seu rosto, que mantinha um sorriso amável.

Esse é o mesmo Min Yoongi que eu conheci lá no chalé? O mesmo? Não parece!

— Eu posso ser legal... Divertido... Atraente... — sussurrou se aproximando alguns centímetros. Olhei para todos os lugares, tentando não olhar diretamente para o seu rosto, mas de nada adiantou. Sua voz baixa me fez olha-lo novamente. — (S/N) não adianta fugir de mim... Você me acha um cara chato, mas sei que também consigo balançar seu coraçãozinho de psicopata — disse mordendo os lábios.

— Quem te disse isso?

— Eu vejo nos seus olhos... E também percebi quando você me viu nu... Você me comeu com os olhos... Desejou-me de uma forma intensa... Sentiu-se atraída por mim... E não vou negar, fiquei extremamente excitado em ver você observando freneticamente cada movimento meu... Como se estivesse hipnotizada — murmurou olhando para minha boca, com um grande sorriso malicioso estampado em seus lábios.

— Suga... — murmurei tímida. Senti-o colocando um pouco de seu peso sobre mim, colocou um joelho entre minhas pernas pouco abertas. 

— Essa distancia não te deixa sem jeito? Não te deixa tímida? — perguntou se aproximando mais ainda.

— Extremamente — disse sem nem ao menos tentar tira-lo de cima de mim. Ele deu uma gargalhada gostosa perto da minha orelha e logo sussurrou depois de dar um selar rápido na minha pele:

— Vamos revolver isso — dito isso colou seus lábios nos meus. Pediu passagem e eu inconscientemente cedi. Sua língua explorava minha boca como se a muito ansiava por isso. Suga deitou-se sobre mim por completo, pôs sua mão direita na minha cabeça, me guiando desesperadamente. Puxou meus cabelos levemente e fez com que meu pescoço ficasse a mostra, imediatamente se desfez dos meus lábios e mordeu meu pescoço, dando um chupão logo em seguida. Sem querer deixei um gemido de dor escapar e Suga rapidamente se afastou um pouco de mim, sorrindo safado.

— Sem gemidos... Por enquanto — depois de dito, voltou a me beijar vorazmente, mordiscou meus lábios. O beijo era intenso, profundo. Suga pegou minhas mãos com delicadeza e foi alisando com seus dedos enquanto os erguia para o alto. Estava quase perdendo minha sanidade quando ouvir algo estalar, e quase que imediatamente Suga foi desacelerando o beijo. Até que se desfez do beijo completamente. Abri meus olhos e vi Suga me olhando com uma carinha inocente, fiquei sem entender até que senti algo frio ao redor de meus pulsos.

Ergui meus olhos e então vi algemas, tentei me soltar, usar minha força e tal... Mas não funcionou, as algemas mal estalaram com minha força.

— Algemas mágicas, pedi para o Kookie fazer pra mim... Não vai adiantar de nada você se debater — disse se ajoelhando na cama, em cima de mim. 

— O que está fazendo? — perguntei ainda desorientada, pelo fato da intensidade do beijo de segundos atrás.

— Vingança — disse sorrindo. Pegou uma caneta de DVD do bolso e sorriu perverso. — Não me leva a mal linda... Mas eu disse que eu iria me vingar... — disse indo até meus botões da camisa e abrindo-os vagarosamente.

— Nem pense nisso — gritei. 

— Ei, calma garota! Não é isso que está pensando — disse se defendendo. — Isso é por ter me deixado praticamente pelado ao ar livre — sussurrou enquanto desabotoava o ultimo botão da minha blusa, abriu-a minha blusa por completo deixando meu sutiã à mostra. Abriu a caneta e começou a escrever algo na minha barriga.

 

...Encrenqueira...

 

Escreveu isso e logo me observou vitorioso. Começou a escrever algo na minha testa também. — “Hoseok me possua!” — leu começando a gargalhar. Levantou-se e pegou uma chave do seu bolso — provavelmente era das algemas — e colocou sobre o criado-mudo. Começou a se afastar, mas antes pude ouvir um sussurro quase inaudível. — E isso é por ter me deixado com ciúmes... — não entendi direito o que ele disse, mas só sei que ele saiu fechando a porta.

Acho que agora é hora de me desesperar... O que eu vou fazer se Hoseok me pegar nesse estado? Meu Deus! Eu vou enfiar minha cara dentro da terra e nunca mais sair!

Ouvi a porta do banheiro ser aberta repentinamente me assustando... Era Taehyung saindo de um banho.

— Você estava aí o tempo todo? Por que não me ajudou? — gritei já irritada.

— Eu pensei que vocês dois estavam se divertindo... — sorriu malicioso. Observei melhor e percebi que o mesmo estava só de toalha amarrada à cintura.

— Claro que não! Vem cá, me ajuda!

Ele veio em minha direção, sentou-se ao meu lado e me observou com uma expressão misteriosa. — O que foi? — perguntei.

— Você não se sente incomodada de eu te ver assim? — perguntou ignorando totalmente o fato de eu estar algemada na cama. 

— Não... — respondi hesitante. No mesmo instante ele fechou a cara.

— Eu não sou atraente? — questionou com a cara emburrada.

— Oi?

Ele chegou perto de meu rosto e começou a me encarar, até que subiu na cama e se sentou em meu colo. Como estava de toalha, a mesma subiu um pouquinho quando sentou em cima de mim, revelando um pouco de suas coxas.

O que está acontecendo com esse povo? Tá todo muito com hormônios a flor da pele!

— Não me vê como homem? — sussurrou mordendo os lábios, colocando a mão no nó da toalha ameaçando tira-la.

— Chega dessas brincadeiras Kim Taehyung! Não tem graça! — gritei o fazendo sair de cima de mim num salto.

— Pra mim é muito engraçado! — disse gargalhando histericamente.

De repente, ouvi um barulho de porta se abrindo... E então eu vi... Hoseok e Namjoon... Assim quem me viram abriram a boca e arregalaram os olhos gaguejando coisas desconexas.

— O que... Você... Meu... Nossa... Paraíso... Linda — soltavam os dois em múrmuros.  

Hoseok me possua — leu Hoseok o que estava escrito em minha testa.  Ficou vermelho que nem um pimentão. Taehyung rapidamente expulsou os dois do quarto, pegou a chave, e soltou-me. Tomei um banho, tirei aquelas palavras de meu corpo enquanto eu esfregava a esponja na minha barriga e testa e troquei de roupa.

Depois de um tempo, jantamos todos juntos... Olhei para Suga que me lançava um sorriso perverso a cada segundo. Não vou nem tentar me vingar dessa vingança... Depois do que ele fez comigo, eu não vou perturba-lo por enquanto. Depois fomos pra cama, Hoseok e Namjoon tiveram uma leve discussão pra ver quem iria dormir ao meu lado. E acabou que foi Taehyung.

Alguns minutos se passaram e vi que todos já estavam dormindo... Até Namjoon que é mais ativo a noite. Quando eu estava prestes a pegar no sono, ouvi um grito estrondoso ecoar pelo quarto, acordando todos em um pulo fazendo-me despertar e ficar em alerta. Virei assustada e vi que Tae tinha acordado, estava extremamente ofegante, seus olhos estavam vermelhos e cheios de água. Ele olhava para um ponto fixo com horror, como se estivesse em um transe.

Parece que ele teve um pesadelo... Ou uma visão!

— O que aconteceu? — perguntei me sentando e colocando uma mão em seu ombro.

— Nada... Está tudo bem... — murmurou cabisbaixo. Olhou para mim e me deu um sorrisinho mínimo. Olhei para Namjoon e Hoseok que estavam na outra cama, e os mesmos me olhavam sem entender nada.

— Tem certeza? — insisti.

— Está tudo sob controle — disse aumentando o tom um pouco. 

— Taehyu... — fui cortada repentinamente.

— Eu já disse que está tudo bem! Que saco! — gritou irritado me assustando, levantou-se de supetão e calçou suas sandálias. 

— Eu só estou tentando te ajudar! — gritei o afrontando, mas muito surpresa. Ele nunca agiu assim comigo. 

— Me deixa quieto! Eu já disse que estou bem! Que merda! — bradou saindo do quarto, batendo a porta com força em seguida.

Não vou deixar essa passar... Aconteceu algo muito sério pra ele estar desse jeito! E eu vou descobrir!

Minha vez de te ajudar, Taehyung!

O segui silenciosamente até o terraço da mansão. Estava frio e o vento estava forte... Ele ainda estava ofegante, respirava pesadamente. Até que percebi que o mesmo estava chorando... Uma vontade insuportável de ir até lá e abraça-lo invadiu todo meu ser. Não me segurei e fui até ele em passos lentos. Abracei-o por trás e fiquei em silencio esperando que ele se acalmasse. Ele não tentou reagir, apenas deixou sem reclamar.

Fiquei assim abraçada com ele por um tempo, até que ouvi sua voz me dizendo em um sussurro: — Desculpe... Fui muito grosso com você.

— Tudo bem... — disse sorrindo. — Vai me contar o que aconteceu agora?

— Eu tive uma visão... — disse sem rodeios. —... Dos meus irmãos, eu vi que eles estavam sendo levados pra algum lugar... Com mais um grupo de pessoas que não conheço — disse apoiando-se no muro do terraço.

— Levados? Estavam sendo sequestrados? — questionei preocupada.  

— Eu vi o Riki, (S/N)! Eu vi ele e seus vampiros levando meus irmãos para algum lugar! Eu estou com medo... O que ele quer com meus irmãos? Por que com eles? Como conseguiu encontra-los? — questionou-se começando a se desesperar.

— Calma Tae... Isso foi uma visão, não aconteceu ainda! — exclamei tentando acalma-lo, apesar de saber que isso irá acontecer uma hora ou outra.

— Mas vai acontecer... Muito em breve! E essas pessoas desconhecidas que vi na minha visão... Será que não são as famílias dos meninos? — perguntou se virando para mim com preocupação.

— Eu acho que sim... — murmurei em resposta. —Nós vamos impedir... Nada vai acontecer com essas pessoas! — exclamei segurando suas mãos, tentando passar segurança.

— Que Deus te ouça (S/N)... 


Notas Finais


Então foi isso... Morri de vergonha de fazer esse capitulo, vocês não tem noção :v

Mas enfim... Capitulo que vem, especial! *u*

Espero que tenham gostado! ❤

Bjs. Até! *3*

Comentem! ❤


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