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História My light, my hope (J-Hope) - Gotas de Sangue : Special Kim Taehyung - Part. II


Escrita por: Pam_Hoseok

Notas do Autor


Olá a todos! ❤

Prontos para verem mais sofrência? Pois é isso o q terá nesse capitulo! :v

Perdoem se eu tenho demorado muito para postar os capítulos ultimamente! As responsabilidades da escola estão tomando grande parte do meu tempo. Mas no meu tempo livre eu tento ao máximo aproveitar para fazer os capítulos! ❤ Peço que tenham um pouquinho mais de paciência comigo, ok? :3 Não se preocupem q eu não vou abandonar e fic! :v

Enfim... Boa leitura! ❤ Perdoem os erros!

Capítulo 42 - Gotas de Sangue : Special Kim Taehyung - Part. II


Fanfic / Fanfiction My light, my hope (J-Hope) - Gotas de Sangue : Special Kim Taehyung - Part. II

Até que de repente minha visão ficou turva, começou a se embaçar e minha cabeça pareceu rodopiar, fiquei tonto por um momento e a única coisa que me recordo é de cair no rio fundo, perder o ar e apagar completamente.

...

 

...Acorde...

...Vamos acorde...

...Seja forte, rapaz...   

 

Ouvi uma voz ao longe, como se fossem sussurros que se aproximavam gradativamente; senti algo errado em meus pulmões, e de repente comecei a tossir e espirrar água; sentei-me ainda confuso, com os olhos fechados ainda me engasgando com a água que tinha ingerido.

Depois de uns segundos de aflição tossindo senti que minha pele estava úmida, abri meus olhos em confusão e encarei minhas roupas molhadas. Olhei ao redor tentando entender a situação e avistei um homem parado ao meu lado com a mão em meu ombro.

— Olá, meu jovem — disse ele em um sorriso preocupado. — Você está bem?

— Sim, — murmurei sentindo um ardor em minha garganta. — O que aconteceu?

— Você caiu no rio. E como eu magicamente andava por aqui quando você se afogou tive que te ajudar. — disse o rapaz que possuía uma cabeleira branca que batia até os ombros, porém aparentava ser jovem. Apontava para si mesmo indicando que também se molhara.

— Você me salvou? Obrigado! — logo as lembranças vieram como um turbilhão em minha mente. Procurei ao redor pela sacola com as bebidas e a vi no mesmo local que eu a deixei mais cedo. Com dificuldade me levantei e fui cambaleando até ela, me sentia fraco e meu corpo pesava. — Agora tenho que ir para casa, obrigado mais uma vez pela ajuda.

Porém quando estava prestes a sair do lugar, o rapaz se levantou rapidamente e barrou-me.

— Você acha que vou deixar você ir para casa nesse estado? — questionou com expressão rígida.

— Perdão? — resmunguei confuso.

— Aish, você sabe o porquê de você ter caído no rio? — cruzou os braços e prendeu o maxilar.

— Eu acho que passei mal. — hesitei um pouco ao respondê-lo.

— Você acha? — repetiu rindo. — Você anda se alimentando direito? Descansado?

Meio desconfiado com tantas perguntas, soltei sem querer: — Por que quer saber? Desculpe, mas não te conheço.

— Rapaz, não me leve a mal, mas você está péssimo! — olhou-me de cima a baixo, fiz o mesmo e percebi que meu corpo parecia mais magro e pálido. Andava tendo tantos problemas ultimamente que quase não comia ou dormia. — Venha, vamos comer alguma coisa, o que custa?

— N-não sei se é uma boa ideia... — sussurrei apreensivo.

— Não tenha medo, afinal de contas eu lhe salvei, certo? — sorriu.

O rapaz, cujo nome era Ji-hu, me levou em uma lanchonete e nem ligou com o fato de estamos entrando todos molhados, disse que eu poderia pedir o que quisesse que não tinha problemas quanto ao dinheiro. Começamos a conversar por um tempo, ele parecia ser uma boa pessoa; depois de um tempo nos despedimos em um aperto de mãos e fui seguindo o caminho de volta para casa.

Minhas forças não estavam totalmente renovadas, porém eu conseguia caminhar sem perigo de desmaiar novamente. Chegando a casa deparei-me com a sala ás escuras, as cortinas tampavam a luz que vinha do dia ensolarado e notei também um forte odor de álcool pairando pelo ar.

Meus olhos vagaram sobre o cômodo até pousarem em uma figura desacordada no sofá. Roncava e deixava um restinho de Soju que restara da garrafa cair sobre o tapete, com certeza encheu-se tanto de álcool que não aguentou e apagou.

Ainda bem que Junggyu iria dormir na casa de um amiguinho hoje. Assim não teria que aturar as provocações e ameaças de Jiwon quando ele acordasse. E também vou garantir que eu esteja trancado no meu quarto quando isso acontecer.

Deixei as bebidas na mesinha em frente ao sofá, fui até as cortinas e num movimento rápido as abri, ouvi um resmungo vindo de Jiwon, mas ignorei completamente. Voltei até ele, abaixei-me e deixei meu corpo pendurado, colocando força nas pontas dos pés. Observei com desdém o rosto de Jiwon coberto de baba, a cena era tão decadente que chegava a ser cômica.

— Será que um dia você irá melhorar? — questionei mais para mim do que para ele, cutucando seu rosto. Estaria eu brincando com o perigo? Talvez, mas ele estava tão chapado que nem um milhão de trombetas soando em seu ouvido o fariam acordar agora.

Segundos se passaram, levantei-me e fui para a cozinha comer algo, havia decidido não me estressar ao ponto de não comer ou dormir, não iria dar aquele gostinho para Jiwon. Depois tentaria tirar um cochilo em meu quarto, de preferência com a porta muito bem trancada.

E tinha que ser rápido, afinal a qualquer momento meu querido cunhado iria acordar com uma ressaca terrível e iria descontar em quem?... Exato... Em mim.

— Hoje o dia vai ser longo... — suspirei pesadamente.

 

Alguns anos depois...

 

Dois anos se passaram, já havia me formado e estava em busca de trabalho, Jiwon não iria pagar minha faculdade e Eunjin não teria condições de me bancar, por isso precisava agir por mim mesmo. Fiz amizade com Ji-hu, o rapaz que me salvara do afogamento de anos atrás, sempre confio nele meus segredos e sempre acabo desabafando. Ele sabia praticamente tudo sobre mim, porém não sabia nada sobre ele... O que era estranho até.

Sempre falava que precisava me contar uma coisa importante, mas sempre desistia na hora de falar. Nunca tive real interesse em saber qual era seu “segredo importante”, mas lembro-me de Ji-hu ter comentado algo sobre Guardiões. Mas enfim, nunca dei muita bola, até porque parecia ser um assunto sem graça.

Era sábado, eu e meus irmãos estávamos em casa assistindo televisão, menos Jiwon que obviamente estava em um bar qualquer. A casa estava tranquila, sem nenhum indicio de reclamação ou provocação, apenas eu e minha verdadeira família num clima de paz; porém o clima aconchegante foi totalmente destruído quando Jiwon atravessou a porta cambaleando.

E vamos nós mais uma vez nesse ciclo sem fim...

Ele entrou completamente bêbado — óbvio — e foi direto para a cozinha, ouvi a geladeira se abrir e logo um baque forte da mesma se fechando.

— Cadê a comida dessa casa? — gritou Jiwon com a voz embargada, vindo para a sala ainda meio desorientado. Eu o encarei em silencio, até Eunjin se pronunciar:

— Ainda está no fogo, vá tomar um banho enquanto isso... — disse ela se levantando vagarosamente. Foi até ele e indicou o caminho para o banheiro, porém Jiwon se afastou dela com ignorância e se sentou em uma poltrona.

— Você não manda em mim — murmurou ríspido. Deu um arroto alto e coçou a barriga parecendo cansado, até que observou Junggyu desenhando sentado e concentrado em frente à mesinha no cento da sala. Estranhei tal ação, Jiwon não prestava muita atenção em nós quando não queria que fizéssemos algo para ele ou quando não queria nos perturbar. Até que num movimento lento e zonzo arrancou o desenho das mãos de Junggyu.

Fiz um esforço e tanto para não agir e dar um soco nele. Então tudo o que me permiti foi encara-lo com raiva.

— Que merda é essa aqui? — questionou levando o desenho para o alto e o analisando com confusão. Até que voltou seus olhos para Junggyu outra vez. — A sua família? Por que eu não estou aqui também? — fez uma expressão falsa de desgosto.

Junggyu estava desenhando o pai e a mãe ele eu e Eunjin. Com certeza. É um dos desenhos que mais fazia de uns tempos pra cá.

Meu irmãozinho mantinha-se quieto, olhava para suas mãos com a cabeça abaixada, não fazia contato visual com Jiwon desde que ele lhe bateu dois anos atrás.

— Me responda quando eu estiver falando com você! — gritou Jiwon com um hálito de bebidas tão forte que era quase de embrulhar o estomago. — Eu não faço parte também?

Junggyu, ainda olhando para suas mãos lhe respondeu hesitantemente:

— Não para mim... — disse num tom quase inaudível. Jiwon o olhou com ódio, coisa que não passou despercebido por mim. Eu estava me coçando para não falar umas verdades bem ditas na cara desse idiota! Porém estava meio incerto sobre ele... Não sabia qual seria sua reação se eu o afrontasse, poderia talvez machucar alguém aqui, e isso é a ultima coisa que quero no momento.

Apertei meus punhos como forma falha de me acalmar. Porém isso não me ajudou a manter a calma quando vi aquela cena horrenda diante de meus olhos.

Jiwon lançou um sorriso suspeito em direção ao dongsaeng. — Isso não está certo! — exclamou ele com sua voz embriagada.

— O que vai fazer Jiwon? — questionou Eunjin já prevendo que algo ruim iria acontecer.

 Jiwon pôs o papel em frente ao corpo e começou a rasga-lo. Junggyu observava calado o homem dilacerando seu desenho bem em sua frente, seus olhos transmitiam uma sensação de agonia e espanto.

E eu não me encontrava tão diferente! Meus olhos estavam em chamas, eu me segurava ao extremo para não avançar em cima dele e quando eu estava prestes a me levantar Eunjin noona interveio e segurou seus braços, o fazendo parar.

— Pare com isso! Não está vendo que isso é importante pra ele? — gritou pela primeira vez com seu marido. Jiwon bufou e soltou os pedaços que restaram do desenho, fazendo tudo cair ao chão. Junggyu se ajoelhou em frente aos estilhaços e observou os mesmos em total choque. Ajoelhei ao seu lado e o envolvi em um abraço que não foi retribuído.

— Na próxima vez faça um desenho certo! Com sua família de agora! — exclamou cruzando os braços.

Ouvi Junggyu fungar, logo após percebi que seus ombros tremiam. Ele estava chorando, mas não emitia nenhum som, era um choro silencioso... E agonizante ao mesmo tempo. Ele pegou alguns pedaços e olhou em total silencio para os mesmos.

— Não vai chorar simplesmente por um pedaço de papel não é? Está na hora de agir como um homem de verdade! — comentou Jiwon sentando-se na poltrona novamente.

Eu tinha que falar alguma coisa! Não podia simplesmente ficar calado vendo meu dongsaeng chorar enquanto Jiwon sorria com orgulho do que fizera!

Estava já prestes a me levantar e defende-lo, mas antes que eu pudesse agir fui interrompido por um sussurrou do mesmo:

— Imundo...

Jiwon levantou-se bruscamente soltando faíscas pelos seus olhos, rosnou de ódio em direção ao pequeno e disse num rugido:

— O que você disse pivete?

Junggyu também rosnou, ergueu seu rosto e lançou um olhar de fúria em direção ao Jiwon, então de alguma forma saiu de meu abraço e levantou-se num pulo.

— Imundo idiota! — bradou em tom firme e choroso. — Você nunca vai ser bem vindo aqui nessa casa!

Plaft!

O som ecoou pelo cômodo, tudo o que ouvimos a seguir foram os sons da televisão ligada e respirações ofegantes.

Jiwon acabara de esbofetear Junggyu!

— Isso é para você aprender a — interrompi Jiwon quando me levantei rapidamente e lhe dei um soco forte no rosto. Ele deu passos para trás caindo na poltrona. Olhou-me confuso com a mão sobre o local onde eu o acertei. Minha paciência estava no limite, meus olhos soltavam fagulhas de tão irado que estava.

— Você não ouse tocar no meu irmão! — gritei ofegante.  — Você não tem esse direito!

Eunjin ouvia tudo calada, estava atordoada demais para dizer algo.

Jiwon se recompôs de sua breve confusão, passou a mão novamente sobre o local do soco e lançou-me um estranho sorriso de canto. — Olha só, parece que a criancinha burra finalmente está tendo coragem...

Meu sangue ferveu mais do que já estava, andei até ele e agarrei sua camisa o fazendo se levantar.

— Eu não aguento mais essa vida, não suporto mais olhar para sua cara nojenta! — gritei apertando ainda mais o tecido em minhas mãos. — Não suporto mais ser ameaçado por um imbecil vagabundo que nem você!

— Ameaçado? Como assim ameaçado? — questionou Eunjin parecendo se recompor do seu espanto.

Eu não vou mais esconder! Eu não posso mais!

— Esse seu marido agrediu o dongsaeng há dois anos, e disse para não contarmos nada para você se não ele iria fazer algo contra nós! Passei esses últimos anos sendo ameaçado, sendo humilhado... Vivendo com medo de esse inútil! — mantive contanto visual com Jiwon que sorria achando graça de tudo. —Porém eu não tenho mais esse medo... Eu vou defender minha família! Eu não vou deixar você tocar em mais ninguém aqui!

Eunjin arregalou os olhos, percebi que estava trêmula. Parecia mais pálida do que de costume.

— Jiwon... — sussurrou ela, olhando fixamente para ele. — Você disse que nunca iria tocar neles! — gritou parecendo tão nervosa quanto eu.

Jiwon se soltou de mim bruscamente, andou por trás da poltrona e se afastou um pouco de nós, deixando escapar uma risada baixa de escárnio.

— Aish, vamos parar com a palhaçada! Sei que vocês nunca farão nada contra mim — disse sem o menor remorso do que fizera. — Afinal, eu que mantenho essa casa! Eu que pago as contas! Eu que pago a comida que comem; a roupa que vestem! Tudo! — gritou erguendo as mãos a apontando para a casa em si. — E também, vocês são tão coverdes que não vão fazer nada!

Ele encarou Junggyu que permanecia quieto no canto da sala chorando espantado com o tapa que levou.

— Não precisamos de você! — exclamei dando um passo a frente.

— Claro que precisam! Se não fosse por mim já estariam morando na rua! — respondeu sorrindo com maldade.

— Ele está bêbado Tae! Não dê atenção para ele! — disse Eunjin já prevendo que o pior aconteceria. Mas novamente fiquei cego de raiva e fui em direção à Jiwon para acerta-lo novamente. Porém ele parecia já saber que eu tentaria ir para cima, porque quando me aproximei o suficiente ele me acertou no olho.

Cambaleei para trás com a dor, me apoiei na parte de trás da poltrona e vi Jiwon andar até mim, porém Eunjin interveio e ficou entre mim e ele, com os braços erguidos em frente ao meu corpo como se tentasse me proteger. Gritou algo como “Parem vocês dois” e então outro tapa.

Um estalo ecoou novamente pela sala, e então vi Eunjin sendo jogada para o lado devido à força da bofetada de Jiwon. Minha respiração falhou de ódio, senti minhas veias pulsando. Ele estava passando dos limites!

Em questão de um segundo já me encontrava agarrado à camisa dele pronto para dar mais um soco bem dado em sua cara feia. Porém não realizei o ato quando ouvi um sussurro vindo de minha irmã:

— Taehyung... Já chega — disse ajoelhada em frente à parede impossibilitando a visão de seu rosto. Sua voz tinha um tom embargado, como se estivesse chorando.

— Noona — ia protestar, porém ela me interrompeu com um grito.

— Já chega! — repetiu levantando-se com dificuldade ainda virada de costas. — Venha vamos cuidar da sua ferida!

— Vem maknae — ela foi até Junggyu e estendeu a mão, logo ele a pegou se levantando também. Os dois andaram até o corredor de mãos dadas, Eunjin parou no meio do caminho e virou-se para mim revelando seu rosto completamente inchado. Chamou-me novamente e seguiu andando com nosso irmãozinho.

— Nunca mais encoste em mim ou nos meus irmãos  se não você verá o que a criancinha burra pode fazer! — lancei um olhar de extremo ódio para Jiwon que respondeu apenas com um sorriso cínico. O soltei de brusquidão e sai da sala em passos fortes.

 

[...]

Estávamos em meu quarto com a porta trancada, Eunjin cuidava do meu olho machucado. Tudo estava em silencio, Junggyu dormia na cama ao meu lado. Eunjin não dizia nada, ação essa que me incomodava de certa forma, pois ela parecia agir como se nada estivesse acontecendo.

— Não vai fazer nada? — perguntei olhando fixamente para seus olhos marejados. Ela continuou em silencio ignorando totalmente minha pergunta. — Vai agir como se nada estivesse acontecendo? Como se fossemos uma família feliz e equilibrada?

Ela parou o que estava fazendo e me encarou sem expressão. — É muito mais complicado do que parece ser... Não posso simplesmente ir á delegacia e denuncia-lo! — deu-me uma bolsinha de gelo.

Peguei a bolsa de suas mãos e coloquei sobre meu olho. — Então você vai deixar isso passar batido? Ele nos agrediu! Não pode deixar Jiwon continuar nessa casa como se não tivesse feito nada! — disparei irritado.

—Você é só uma criança Taehyung!  Você não entenderia! — disse tentando me convencer.

— Eu não sou mais uma criança, Eunjin! Por que todo mundo age como se eu fosse uma? Sabe que eu odeio isso! — gritei me levantando da cama. Por sorte Junggyu não acordou com o meu grito. Percebendo minha raiva, ela se aproximou um pouco mais e tocou meu rosto com delicadeza.

— Você é inocente demais para esse mundo, irmãozinho... — sussurrou com um sorriso triste. — Minha intenção nunca foi preocupar-lhe com meus problemas... Porém aparentemente Jiwon já incluiu vocês nisso.

Suas lágrimas caíram sobre seu rostinho, Eunjin pareceu sentir dor quando suas lágrimas deslizaram sobre o local onde Jiwon a acertou. Imediatamente larguei a bolsa de gelo e a abracei tentando consola-la.

— Eu posso ser meio bobo e até mesmo inocente, mas sei muito bem como esse mundo é... E somos irmãos noona, seu problema é nosso problema... — sussurrei a altura de seu ouvido. Ela deu um suspiro longo tentando controlar as lágrimas. Afastei meu corpo um pouco para poder olha-la: — Diga-me, por que se casou com uma pessoa como aquela?

— Eu juro que ele não era assim antes! — disse com angustia. — Ele não demonstrava ser agressivo, nunca bebeu! Parecia ser uma boa pessoa!Porém fui enganada! Pessoas são enganadas constantemente por pessoas falsas como ele! Que culpa eu tenho se sou uma dessas? — disse chorando novamente. Afastou-se de mim e começou a andar em círculos pelo quarto. — Acha que eu teria coragem de me casar com um monstro e coloca-lo em minha casa? É claro que não!

— Então por que não tentou se separar dele quando viu quem ele realmente era? — perguntei a observando.

— Eu tenho medo, Taehyung! Um dia eu já tentei pedir divorcio. Esperei para pedir em um dia em que ele não estivesse bêbado. Quando eu disse que queria me separar ele ficou possesso de raiva, disse que não iria aceitar... Ameaçou-me e me bateu! Eu fiquei horrorizada! Ele disse que se eu tentasse me separar dele ou sequer denuncia-lo por agressão ele iria atrás de mim, me mataria e mataria vocês também!

— Acha que ele teria essa coragem? — perguntei receoso.

— Claro que sim! Você não sabe como aquele monstro é de verdade! Ele bêbado é até calmo comparado ao que ele me faz quando está são! — disse tentando conter as lágrimas.

Um silencio se formou entre nós, não sabia o que dizer para acalma-la, primeiramente porque eu estava irritado, não conseguiria ajudar ninguém com a raiva que estava sentindo.

— Eu estava com medo dele, mas eu estava muito mais preocupada com vocês! — se pronunciou novamente. — Por isso eu fiz um acordo com ele. Continuaria com Jiwon sem reclamar e não o denunciaria se ele me prometesse nunca encostar em vocês! Porém parece que não cumpriu com sua parte... Ele batia em vocês por bem em baixo do meu nariz...

— Então é por isso que ele não queria que você soubesse que ele tinha batido em Junggyu... — sussurrei mordendo meus lábios. — Você irá então denuncia-lo?

Eunjin olhou-me com desgosto.

— Você não entendeu? Eu não posso fazer isso! É muito perigoso!

— Mas ele continuará nos machucando se não fizermos nada!

Ela suspirou pesadamente, olhou para o chão e logo voltou seus olhos para mim novamente, veio até mim em passos lentos e segurou meus braços delicadamente.

— Mas se eu tentar algo ele vai nos matar! — exclamou com uma expressão de dor, seu olhos se prenderam aos meus. Estavam úmidos, assim como seu rosto. Observei o local do tapa, ia se avermelhando cada vez mais com o passar do tempo. — Por favor, Taehyung! Não me faça escolher! Eu não sei mais o que eu faço!

Voltei minha atenção para seus olhos, transmitiam imensa angustia, imensa tristeza. Passei meus dedos por seu rosto molhado, limpando suas lágrimas. Depois dei a ela a bolsa de gelo.

— Está bem, noona... Vamos achar um jeito de concertar tudo sem que isso nos afete! 

Ela balançou a cabeça em forma de afirmação. Depois olhou para o chão novamente e ficou assim por um tempo. — Eu trouxe destruição para essa casa... Eu tentei ajudar vocês e o que acabei fazendo foi trazer mais uma dor... — murmurou erguendo a bolsa e colocando sobre o rosto vermelho. — Desculpa-me dongsaeng! Eu não queria!

Lancei um sorriso quadrado em sua direção, não queria ver minha noona naquele estado. Era triste para mim também. Então, na tentativa de consola-la lhe disse: — Tudo bem... Não foi culpa sua, você não sabia que ele era assim!

Ela sorriu tímida. — Bom... Vou lá para a cozinha, deixei a comida no fogo.

Dito isto, ela foi em direção ao Junggyu que dormia na minha cama, o acordou e pediu para ele ir para o quarto dele.

— Mas e o Jiwon? — perguntei apreensivo.

Ela foi até a porta juntamente com Junggyu, porém parou na entrada e me olhou pelos ombros.

— Ele irá agir como se não tivesse feito nada! Ele sempre faz isso! ... Jiwon não vai mais nos perturbar por hoje!

Depois disso saiu do quarto, me deixando sozinho.

 

[...]

O jantar ocorreu sem problemas, Jiwon parecia estar imerso em seus pensamentos, comia calado e não nos dirigia nenhuma palavra, parecia nem mesmo estar ali. O que era bom a meu ver. Depois disso fomos todos para a cama e as luzes da casa se apagaram.

Rolei na cama várias e várias vezes, algo não me deixava dormir de maneira nenhuma. Devia estar uns 50 minutos tentando dormir e nem um sinal sequer de sono.

Até que depois de algum tempo finalmente o sono resolveu aparecer, assim que meus olhos começaram a pregar senti alguém se sentando ao meu lado na cama, abri meus olhos com o susto e devido à luz que vinha da janela pude ver quem era.

— Olá cunhado — sussurrou com um estranho sorriso no rosto. — Como vai seu olho?

— O que faz aqui? — perguntei me sentando com rapidez, fui para o canto da cama procurando distancia.

— Você deixou a porta aberta — disse dando de ombros. — Mas... Vamos ao que interessa, sim? Quero que você saia dessa casa. — disse com um sorriso, sorriso tal que me fez arrepiar em ódio.

— Como é? Está bêbado? — indaguei incrédulo. Ele deu um riso de escárnio e sem pressa me respondeu:

— Nem um pouco! Sabe, você anda me irritando muito criancinha burra... — disse virando seu rosto para a janela.

— Já disse que não sou mais uma criança — murmurei entre dentes, segurei com força os lençóis da cama tentando me acalmar.

— Que seja... — bufou voltando a olhar para mim. — Você anda atrapalhando minha diversão e minha paz... Então acho bom você sair daqui antes que faça coisas malvadas com certas pessoas... Afinal, não vai querer seus irmãos queridos mortinhos não é? — disse levantando uma faca de cozinha e brincando com a mesma.

Como eu não percebi essa faca antes?

— Você sempre usa a mesma ameaça de morte, mas eu não caio mais nessa! É só um blefe!

— Você que sabe — sussurrou revirando os olhos, levantou-se e me encarou por certo tempo. — Depois não se arrependa das consequências...

— Você realmente seria capaz disso? — questionei baixo, mas por incrível que possa parecer ele me ouviu.

— Eu não tenho nada a perder... Se eu matá-los só irei para a cadeia, já você... Perderá o que sobrou da sua família! — disse com desdém.

Um silêncio se formou, estava incrédulo com tamanha frieza. Eu não consigo entender o porquê das pessoas serem tão más assim.

— Você é um idiota, você não age com cautela, age simplesmente com a sua emoção. Não tem nenhum sentido você me querer longe, apenas está com raiva de mim, por isso quer que eu vá embora! — disse sorrindo cínico.

Jiwon ouvindo isso me atacou, agarrou meus cabelos e os puxou para trás, colocou a faca em minha garganta, rosnou e disse em tom baixo, olhando diretamente em meus olhos: — Olha só pivete... Eu já estou perdendo minha paciência! Você já sabe do que eu posso fazer! Vá embora, não vou repetir!

Seu tom era sombrio, seu olhar era de puro ódio e maldade. E então me convenci, ele realmente seria capaz de matá-los. O que eu deveria fazer?

Eu teria que realmente fugir? Fugir e deixar para trás meus irmãos? Deixá-los com ele? Era assim que eu os protegeria?

Minha cabeça rodopiava com tantas perguntas, eu estava confuso. Não sabia o que era o certo a se fazer... Jiwon realmente conseguiu me colocar contra a parede!

— Saia — sussurrou ameaçadoramente. Olhei para ele ainda indeciso. Ele soltou meus cabelos e se afastou, apontou com a faca para a porta do quarto e me encarou fixamente.

— Se quiser protegê-los de verdade... Saia! — foi o meu limite. Peguei minha jaqueta e sai às pressas para fora de casa. Se fugir era a única opção para mantê-los a salvo que assim seja.

Corri o mais rápido que pude até me afastar o suficiente da minha rua. Comecei então a andar pela cidade sem saber o que fazer. Ainda estava de noite, uma da manhã mais ou menos... Perguntas rondavam minha mente... Será que foi o certo a se fazer? Será que fiz a coisa certa? O que será que Jiwon vai fazer com eles se eu não estiver por perto?

Depois de horas andando sem rumo, passei por uma ponte e fiquei olhando o mar lá em baixo. Senti o vento batendo em meus cabelos, ouvia os carros passando por trás de mim.

Perambulei pela cidade por horas, pelo sol creio que já são umas nove ou dez horas da manhã.

Suspirei pesadamente, coloquei minha touca na cabeça e voltei a andar. Passeei pela cidade, tudo parecia sem graça.

 O que eu estou fazendo?...Eu estou abandonando eles! Por que eu fugi? Por que por um momento eu pensei que Jiwon cumpriria com o que dissera?

Com certeza só quis se livrar de mim para conseguir maltratá-los sem que eu atrapalhasse!

Como eu pude ser tão burro?

De repente comecei a me sentir mal, senti uma pontada no peito, uma sensação ruim, algo ruim iria acontecer... Eu posso sentir!

— Eunjin! — disse em alerta. Instintivamente comecei a correr de volta para casa. A cada minuto o aperto no peito crescia, era como se minha angustia crescesse cada vez que eu me aproximava mais de casa. A cada segundo eu proferia as palavras “esteja bem, esteja bem”.

Minhas pernas começaram a doer, mas não me permitiria parar enquanto eu não chegasse a casa e checasse se ela estava bem. Depois de muito correr finalmente cheguei a minha rua, permiti-me soltar um sorriso de alivio. Avistei minha casa no final da rua, e parei na varanda de casa. Parei para pegar fôlego e para respirar um pouco, logo adentrei a sala sorrateiramente.

A sala estava escura, estava silenciosa. Coisa que não me agradava muito. Continuei vagando meus olhos por entre a sala, até que ouvi um barulho estranho vindo do corredor. Aproximei-me com cuidado para não fazer barulho. Até que percebi que o som vinha do quarto de Eunjin.

A porta estava entreaberta, avistei lá dentro Eunjin e Jiwon brigando.

— Estava pensando em se separar de mim, sua vagabunda? — dizia Jiwon segurando os cabelos dela.

— N-não... — sussurrou em tom choroso.

— Eu ouvi sua conversa com aquela criança ontem! Eu já disse que você não irá se separar de mim! — dito isto, ele bateu novamente nela e jogou-a na parede.

Ele não tem limites! Eu não aguento mais!

Vi ao meu lado uma garrafa de Soju, no desespero a peguei e adentrei o quarto com rapidez. Corri em direção a Jiwon, e o acertei com a garrafa que se quebrou com o impacto. Ouvi um grito de Eunjin. Jiwon cambaleou para trás e se apoiou na janela atrás dele. Olhou-me confuso.

Eu estava ofegante, minha raiva tinha me cegado outra vez, a ira subiu-me a cabeça e sem pensar muito lhe ataquei novamente no peito com a parte da garrafa quebrada. Uma, duas, três... O acertei inúmeras vezes até minha raiva abaixar. Não sabia o que estava fazendo, apenas deixei a raiva tomar conta de mim. Gotas de sangue espirravam em meu corpo. Senti Eunjin segurar minha jaqueta com um grito.

Afastei-me de Jiwon ainda ofegante, larguei a garrafa ainda confuso; Jiwon caiu sobre o chão, não se mexia... Ele está morto? Eu... Eu o matei?

Vi minhas mãos e nelas continham uma enorme quantidade de sangue. Olhei novamente para Jiwon... Estava morto...

Só então eu percebi o que fiz... Eu o matei... Eu matei Jiwon... Eu matei uma pessoa!

Então, a raiva foi substituída por um enorme desespero. Observei o rosto sem expressão de Jiwon.

— O que eu fiz? — questionei para mim mesmo.

Encostei minhas costas na parede e deixei meu corpo deslizar até o chão. Eu não conseguia acreditar... Eu matei Jiwon... Eu matei Jiwon...

— Junggyu está em casa? — perguntei para Eunjin que estava tão espantada quanto eu. Ela murmurou um não.

Meu desespero foi subindo cada vez mais! Eu não queria chegar a esse ponto! Eu não queria matá-lo!

Não me segurei e então comecei a chorar como uma criança. Minhas lágrimas vinham sem parar... Eu não queria ter feito isso.

Olhei minhas mãos sujas de sangue, as lágrimas caíram sobre elas.

Eunjin se aproximou lentamente do corpo de Jiwon. Sua expressão era de desespero também, ela tentou chacoalha-lo, porém não obteve resposta. Ele estava definitivamente morto.

— Desculpa... Desculpa — sussurrei com a voz embargada agarrando meus cabelos.

Ji-hu entrou de repente pela porta e veio até mim. — Eu já previa que isso ia acontecer... Porem não consegui chegar a tempo! — disse angustiado. O olhei confuso.

— Sabia? Como assim, do que está falando hyung? — como assim ele sabia que eu ia matar Jiwon?

Ele não me respondeu. Retirou um celular do bolso e pareceu ligar para alguém. Minutos depois da ligação apareceram na casa uns policiais. Ji-hu levantou-me com calma e olhou nos meus olhos. — Você precisa explicar tudo o que aconteceu, está me entendendo Taehyung?

Acenei com a cabeça, os policiais se aproximaram de mim. Eles começaram a me fazer perguntas, porém eu estava tão atordoado que não conseguia os responder.

Logo após o incidente fui levado à delegacia prestar depoimento, a policia investigou mais a fundo o caso, ouviu testemunhas e concluíram que meu caso foi em legitima defesa. Fui sentenciado há ficar uns meses na prisão e prestar serviços comunitários.

Não fiquei irritado com a sentença, afinal, eu merecia passar por tudo aquilo. Eu tinha cometido algo imperdoável. Tinha tirado a vida de uma pessoa! Mesmo que essa pessoa fosse o Jiwon, a pessoa que desgraçou minha vida, ele não merecia morrer... Ninguém merecia...

Eu não queria fazer aquilo! Eu não queria! Eu não queria que as coisas chegassem àquele ponto! Mas infelizmente chegaram! E tudo o que posso fazer agora é aceitar meu pequeno futuro atrás das grades!

Jamais esquecerei aquele sangue em minhas mãos... Aquela cena devastadora...

Perdoe-me Junggyu! Perdoe-me Eunjin! Eu fui uma péssima pessoa... Um péssimo irmão...

Enquanto pagava minha pena tive uma sensação que há muito tempo não sentia, a dor e preocupação que eu vinha sentindo desde muito tempo atrás já não existiam mais. Agora em mim só havia calma, não havia raiva, talvez seja porque nesse lugar eu estou livre de provocações, estou livre de ameaças sem sentido.

Depois de muito tempo finalmente sai de prisão, a primeira coisa que pensei foi em ver meus irmãos, porém pensei melhor e decidi procurar Ji-hu; fui até sua casa, conversamos e parecia que ele já sabia o porquê de eu estar ali, pois me convidou para morar com ele. E como era isso que eu ia propor rapidamente aceitei a oferta. Eu queria um tempo para mim, aquela casa tinha me dado muitos traumas. Não suportaria viver mais naquele lugar. Queria descansar de tudo... Esquecer-se de tudo...

Depois fui visitar meus irmãos, Eunjin me recebeu de braços abertos com um sorriso que há muito tempo não via. Sabia que ela estava triste pelo fim de Jiwon, mas não escondia que estava feliz em estar livre finalmente. Conversamos muito, abracei meu irmão.

Finalmente a minha família estava livre daquele monstro! Finalmente iríamos viver em paz!

Dias se passaram, Ji-hu estava um pouco estranho ultimamente. Ele me convidou para me sentar-se à mesa da cozinha. Ele suspirou e então começou a contar-me umas paradas loucas de escolhidos e guardiões... Vampiros, lobisomens e tudo mais.

— Guardião? Do que está falando Ji-hu? Quer dizer que eu sou um guardião do Tempo? — perguntei sorrindo em deboche. Esse cara fumou banana, não é possível.

Ele então começou a me contar e tentar provar que eu era um “guardião”. Disse que eu tinha sensações ruins toda vez que acontecia algo ruim ao meu redor. Explicou-me que também era um guardião do Tempo. E por incrível que pareça ele parecia dizer a verdade.

— Então?

— É meio difícil de acreditar... — disse coçando a cabeça. — Então foi por isso que conseguiu me salvar no lago aquele dia? E também por isso que apareceu em casa logo depois com o incidente de Jiwon?

Ele afirmou e continuou me explicando tudo sobre o mundo sobrenatural. Tudo era tão bem contado e os acontecimentos que aconteceram comigo era tão compatível com a história que eu não tinha como não acreditar. Fiquei horas e horas ouvindo a explicação. O tempo voou de uma forma incrível. Acho que me apaixonei por esse mundo!

— Então quer dizer que o eclipse acontecerá daqui alguns meses... — disse para mim mesmo.

— Sim, e preciso levá-lo comigo... — acrescentou Ji-hu. — É uma grande responsabilidade Taehyung, preciso que seja forte... Você está pronto? — olhou-me com seriedade. Desviei o olhar dele e passei a encarar a mesa.

— É tudo muito novo para mim... Mas... Eu farei o que for preciso para cuidar disso tudo! — disse com firmeza. — Eu estou pronto para virar um guardião! — levantei da cadeira, animado. Era tudo novo para mim, mas confesso que estou animado.

— Ótimo, partiremos daqui uma semana para fazermos a cerimônia... — disse se levantando também e indo até a cozinha. O segui eufórico e logo perguntei: — conhecerei outros escolhidos, não é?

Ele novamente afirmou com a cabeça, abriu a geladeira e pegou um jarro d’água.

 — Aproveite esse tempo e fique com seus irmãos... Eles sentiram sua falta — olhou-me e abriu um sorriso brincalhão.

— Sim... Vou aproveitar ao máximo... — sorri também.

 

 

...Flashback off...

 

 

Taehyung off 


Notas Finais


Terminamos os especiais Kim's do Bts :v

Confesso que tive uma certa dificuldade em colocar os sentimentos certos nesse capitulo, mas dei o meu máximo! ❤

O que acharam? Gostaram?

BJin da Pam_Hoseok! *3*...Fui!

Deem uma chance para minha shortfic, também sobrenatural numa pegada de anjos Te Amarei em Silêncio?(J-Hope): https://spiritfanfics.com/historia/te-amarei-em-silencio-j-hope-8499833

Comentem! ❤


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