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História My light, my hope (J-Hope) - Army... Você é nossa força!


Escrita por: Pam_Hoseok

Notas do Autor


Oi meus amores! ❤

Não sei se a ação está tão boa hoje, mas eu tentei e fiz com muito carinho! Espero que gostem!

O que meus olhinhos veem... 350 favoritos... Posso surtar? JÁ TO SURTANDO! OLHA SÓ! Você pessoa, você mesmo que está lendo isso. Amo você demais! Sabia disso? Te love! ❤

Recadinho pra os leitores da minha Short do J-Hope (Te amarei em silêncio?), eu estou tendo um pouco de dificuldades para escrever o capitulo, mas não é devido ao bloqueio, e sim a forma de escrita. ^^ Peço que tenham um pouquinho mais de paciência, ok? Estou dando o meu melhor! <3 não desistam de mim, pfr! ❤ kkk

Chega de ser amorzinho e bora pra ação u.u
Boa leitura! ❤ Perdoem os erros!

Capítulo 45 - Army... Você é nossa força!


Fanfic / Fanfiction My light, my hope (J-Hope) - Army... Você é nossa força!

Hoseok percebeu minha reação inesperada e perguntou preocupado: — O que foi (S/N)?

Engoli em seco e disse suspirando tentando não surtar: — Os meninos estão presos lá embaixo!

...

Após me ouvir Hoseok engoliu em seco e apressou o passo para ver com seus próprios olhos. Ele agarrou as grades entre os dedos e olhou para baixo em uma fração de segundo; viu os meninos presos em uma jaula com vários leões em torno dela tentando arrebentá-la com os dentes. Eu não entendia, eles poderiam muito bem sair dali com facilidade. Por que não tentavam sair? Por que não tentavam escapar de lá?

— Antes que estranhem, eles estão acorrentados, com aquelas correntes que drenam os poderes e sugam energia, sabe? Pedi isso ao garotinho também. Por isso não conseguem sair dali sozinhos... — pronunciou o Alfa atrás de nós. O olhei pelos ombros, estreitando os olhos em impaciência, sendo acompanhada por Hoseok. — Pelo visto terão que ir lá ajudá-los. — sorriu debochado.

— Quantos têm lá dentro? — perguntou Hoseok, voltando sua atenção para os leões novamente.

— Uns trinta praticamente. Pelo meu ponto de vista, somente um exército seria capaz de derrubar todos eles.

Engoli em seco e observei os animais, eles eram maiores do que era considerado normal. Tinham no mínimo uns três metros, pareciam ter o dobro da força e pareciam raivosos. Tentavam morder a todo o custo as grades das jaulas que separavam eles dos meninos.

Aparentemente a jaula era resistente, porque apesar de toda aquela força as barras de aço não se rompiam.

— Vão ficar só ai olhando? Não vão fazer alguma coisa? — questionou Yejun. Virei-me bruscamente pra ele, já irritada com tamanha audácia. Ele era dissimulado, se fazia de sonso e não poupava os tons de deboches.

— Eu realmente quero muito rasgar sua cara, — rosnei estreitando os olhos; segundos depois dei passos a frente me aproximando dele. — e fazer seu rosto ficar da mesma cor que seus cabelos! — ameacei agarrar seu pescoço, mas Hoseok segurou minha cintura e me puxou o suficientemente longe, impedindo minha ação. Yejun ria em escárnio, fazendo meu sangue ferver ainda mais.

— Huh, tão ousada! Gosto assim! Porém, sugiro que guarde sua raiva para os monstrinhos ali; seus amigos precisam mais de atenção do que eu no momento. — Hoseok segurou ainda mais forte minha cintura quando percebeu que eu estava prestes a voar pra cima do Alfa.

— O que temos que fazer? — perguntou ele, ainda com as mãos fixadas em mim. Yejun passou a ponta dos dedos pela cicatriz e olhou para o chão, sorrindo misterioso.

— Vão até lá e salvem seus amigos, de preferência antes que os leões consigam quebrar a jaula. É só isso que eu quero.

— Só isso? Qual o sentido? — os desafios até agora não aparentavam não ter sentido algum, era como se ele apenas estivesse mandando fazermos qualquer coisa que vinha em sua mente. Era como se o primeiro e esse desafio não passasse de uma coisa fútil.

— Entretenimento, diversão. — deu de ombros, logo em seguida apontou para a arquibancada que gritava agitada. — Não é todo dia que um grupo de futuros Guardiões aparece em nossas terras. O povo quer ver o verdadeiro poder de um guardião... Mostre a eles, (S/N)! Mostre tudo o que você é capaz! Mostre tudo o que me mostrou na floresta! — seu tom era de empolgação. Percebia os pulinhos que dava a cada palavra pronunciada, percebia as mãos mexendo de maneira ansiosa, percebia seu sorriso animado. Ele ansiava ver meu poder outra vez.

Mas... Por quê?

 

“Talvez sua força tenha despertado certo interesse nele.”

 

Rapidamente lembrei-me do que Yoora disse. Será que realmente Yejun estava “afim” de mim? Será por isso que queria tanto me ver lutando? Disso eu não sei, mas se for esse o caso então ele não está atraído por mim, e sim por meus poderes.

— Ah sugiro serem rápidos. — anunciou ele interrompendo meus pensamentos. — Somente com algumas mordidas aquela jaula irá virar só mais um pedaço de aço. E seus amigos... Virarão comida de gatinhos crescidos.

Virei-me para Hoseok, nos olhamos por alguns segundos, demos as mãos e pulamos na arena. A arquibancada inteira levantou-se em excitação – alguns gritando outros vaiando. Assim que chegamos ao chão fomos recebidos por diversos leões correndo em nossa direção. Nos separamos cada um para um lado para desviar dos leões.

Alguns deles me seguiram enquanto outros seguiram Hoseok. Dois deles vieram pra cima de mim com os dentes à mostra preparando um ataque. Desviei deles pulando por cima de ambos – eram gigantes. Assim que meus pés tocaram o chão fui atacada por outro que vinha correndo. Ele partiu para cima expondo as garras e abrindo a boca. Quando ele estava quase me alcançando meu corpo instintivamente reagiu e segurou seus dentes a tempo.

Estava tendo dificuldades para manter aqueles dentes longe de mim, eu era forte, porém aquele animal também era. Ficamos nessa disputa de força por alguns segundos e quando meus braços estavam prestes a fraquejar vi um vulto chegando pela lateral e erguendo o leão pra o alto, era Hoseok. Fiquei perplexa com tamanha força, nunca tinha reparado que ele possuía tal habilidade.

Mas parando pra pensar, sempre que ele exibia a força eram em momentos de batalha, ou seja, eu não reparava em tal poder, afinal eu também batalhava e minha atenção era voltada ao momento e não aos detalhes.

— Não sabia que você tinha essa força toda! — soltei sem querer, ainda pasma. Hoseok me olhou confuso por um momento, mas logo desviou o olhar e lançou o leão em direção a outros leões que se aproximavam, na tentativa de atrasá-los.

— Do que está falando? Sempre demonstrei ter essa força, — olhou-me de novo enquanto se aproximava. — inclusive usei-a várias vezes. Cuidado! — agarrou meus braços e impulsionou-me para baixo. Numa fração de segundo senti meus cabelos se esvoaçando com um vulto que passou como uma bala por cima de nossas cabeças. Olhei para trás e vi que tinha sido outro leão que tinha pulado em nossa direção, mas que por sorte passou direto; o mesmo bateu na parede da arena e ficou ali caído.

Hoseok, com o pensamento rápido, levantou-se e me fez ficar de pé também. Olhei para a jaula lá na frente e avistei os meninos acorrentados num círculo, todos juntos. Tentavam se soltar enquanto viam leões avançando nas grades. Vimos mais leões correndo em nossa direção. Conseguíamos sentir o tremor causado pelas patas enormes que iam de encontro ao chão.

Hoseok apertou minha cintura e eu passei o braço em torno de seu pescoço, já sabendo o que ele faria. Assim que os leões avançaram ao mesmo tempo nós pulamos para o alto fazendo os animais trombarem uns nos outros. Assim que voltamos ao chão corremos em direção à jaula, porém um deles nos pegou de surpresa e surgiu por trás pulando em cima de ambos.

O impacto nos fez ir de encontro ao chão e assim que cai senti patas me esmagando. Grunhi de dor e tentei chutar o bicho pra longe. Assim que escapei de suas patas levantei-me e voltei a correr em direção à jaula. Hoseok chegou primeiro e foi recebido por uma boca gigante pronta para arrancar sua cabeça fora. Hoseok agiu rápido e materializou sua foice, dando um forte golpe na cabeça do leão com a parte do cabo.

Eu não queria ter que machucá-los... Só estamos nos defendendo...  

Apressei o passo e tentei abrir a porta da jaula, porém fui interrompida por mais alguns leões que nos atacaram, então mais uma vez desviamos deles e nos afastamos do local. Aquilo já estava ficando chato. A multidão lá em cima gritava a cada passo que dávamos. Tentávamos nos aproximar das grades várias vezes para soltar os meninos, mas cada vez que tentávamos as feras vinham com força total.

Havia um aglomerado deles rondando aquela gaiola. Eles passaram a ignorar nossa presença por um tempo e começaram a dar total atenção aos rapazes lá dentro. Devido a tantas mordidas e investidas que aquela jaula recebia já conseguia notar que as grades estavam prestes a ser partir.

Precisávamos ser rápidos!

— O que vamos fazer? Sempre que chegamos perto somos atacados. — disse Hoseok impaciente ao meu lado.

— Eu vou distrair aquelas coisas, enquanto isso você vai lá soltá-los! — expliquei e Hoseok assentiu concordando – não tinha tempo para questionar o quanto aquilo era arriscado. Dei passos a frente e suspirei tomando fôlego, Hoseok se afastou e seguiu um caminho contrário ao meu, esperando minha deixa.

Comecei então a andar vagarosamente em direção à jaula, tentando chamar a atenção dos “monstros”. Após ver que eles perceberam minha presença comecei a apressar o passo, correndo rapidamente em direção a eles. Assim que uns se viraram pra me atacar ganhei impulso e pulei, atravessando por cima de seus corpos e caindo bem no meio deles. Olhei rapidamente para a jaula e vi os meninos perplexos com minha ação. Sorri brincalhona pronta para o ato seguinte, assim que percebi que iriam me atacar pulei novamente, fazendo todos se trombarem – podem ter ficado grandes e mais fortes, mas em compensação ficaram mais burrinhos. Oh dó.

Esperei eles se levantarem, e logo chamei a atenção deles, correndo pra longe esperando que me seguissem. Alguns seguiram outros não, mas consegui distrair uma boa quantidade. Hoseok já conseguiria abrir a gaiola sem grandes dificuldades. Enquanto me desviava das garras e mordidas consegui ver Hoseok se esquivando de alguns e entrando na gaiola. Ele tentou quebrar as correntes que prendiam os meninos e depois de alguns instantes conseguiu livrar todos.

Estavam muito fracos, com certeza as correntes sugaram uma grande quantidade de energia. Já aliviada, estava prestes a me esquivar dos grandalhões e ir em direção aos meus amigos para sair da arena, porém o que aconteceu em seguida me fez perder completamente o foco na batalha.

As grades que protegiam os meninos foram quebradas... Os leões conseguiram arrebentar a jaula. Minha respiração falhou ao ver os leões adentrando vagarosamente a prisão. Olhei ao meu redor rapidamente e percebi que aquele mínimo segundo de distração foi o suficiente para os leões me cercarem. Vi-me presa, e ao invés de tentar me livrar e pular pra longe dos leões voltei a olhar para a gaiola em pânico.

Tentei sair do meio deles para ir ao socorro dos meus amigos, porém os animais fecharam minha saída e não consegui pular daquele circulo. Mantive meu olhar firme a prisão e tentei sair daquela barragem de alguma forma, mas não consegui. Eu estava literalmente presa entre leões.

Meu coração batia em uma velocidade incrivelmente grande assim que os animais se aproximaram deles. Eles estavam fracos, Hoseok não conseguiria proteger todos. Estavam encurralados, pois a jaula era pequena. A multidão que nos assistia vibrava em êxtase e aqueles gritos só faziam minha adrenalina aumentar.

Os leões perto de mim começaram a avançar em minha direção e passaram a me pisar, como se estivessem “brincando com a comida”. Encarava a cena na gaiola com desespero do que viria a seguir. Não conseguia reagir com as pisadas que recebia. Meu corpo não sentia absolutamente nada, estava em choque. E então o que eu mais temia aconteceu. Lágrimas de ódio rasgaram meu rosto e a multidão explodiu num grito potente.

Os bichos avançaram nos meus amigos. Hoseok numa fração de segundo quebrou as grades que estavam atrás deles e todos saíram da gaiola tentando fugir. Eles corriam com rapidez, mas estavam fracos e logo as feras o alcançariam. Quando os animais estavam a poucos centímetros de os alcançarem minha visão foi barrada por uma pata gigantesca. Uma chama de fúria se acendeu em meu interior, meu coração foi a mil e pareceu que o mundo ficou em câmera lenta.

Eu precisava salvar meus amigos! Eles precisavam de mim! Eu tinha que ajudá-los!

— (S/N) use os poderes! Só assim você poderá salvá-los! — ouvi a voz do Alfa se sobressair em meio a toda aquela gritaria. Meu sangue ferveu de ódio ao ouvir a voz do culpado de toda essa situação. Minha visão se escureceu com o ódio que tomava conta de todo o meu ser e então senti aquela sensação outra vez... Senti aquele poder saindo de dentro de mim. Aquela energia em forma de luzes negras e brancas. Os leões se assustaram e pareceram perceber que aquilo era perigoso, pois no mesmo instante eles saíram de cima de mim e fugiram para as laterais – paredes.

As luzes cortaram os céus juntamente com a gritaria que podia ser ouvida a quilômetros de distância. Não consegui ter um único pensamento lógico naquele momento em diante. Quando dei por mim me vi correndo a uma velocidade incrível em direção aos leões que atacavam meus amigos. Graças aos céus não comenti nenhuma atrocidade, pois os leões fugiram assustados deixando os rapazes em paz.

Quando cheguei perto o suficiente e vi o estado em que eles se encontravam senti um aperto no peito tão forte que fez meu poder diminuir a intensidade um pouco. Todos, menos Hoseok, estavam feridos, com arranhões e hematomas – foram pisoteados assim como eu. Até mesmo Namjoon não escapou.

O Alfa mandou que seus guardas abrissem um portão para nós podermos subir. Tentei me acalmar para o poder passar e depois de alguns segundos as luzes desapareceram. Segurei Jin e Taehyung e os ajudei a subir os degraus até em cima enquanto Hoseok carregava Jimin e Jungkook, um dos guardas nos ajudou e levou em seus ombros Suga e Namjoon.

Assim que chegamos ao andar de cima fomos recebidos por um grito gigantesco e aplausos fortes da multidão. O Alfa se aproximou com um sorriso animado, a raiva que eu senti alguns minutos atrás voltou com muito mais força ao ver aquele sorriso. Quando ele estava prestes a dizer alguma coisa o interrompi dizendo:

—Precisam de ajuda... — foi só isso que consegui pronunciar com tamanha raiva que eu sentia.

— Seus braços est...

— Agora! — interrompi mais uma vez, já sabia que meus braços estavam machucados. Isso já era comum para mim, quem precisava de ajuda agora eram eles, não eu. — E não farei nenhum outro desafio até que todos estejam bem!

[...]

Depois de cuidarem deles, uma das enfermeiras disse que tudo que eles precisavam agora eram descanso e um tempo para se recuperarem – e analgésicos para suportarem as dores no corpo. Elas tentaram cuidar de mim também, mas expliquei minha situação e me deixaram em paz. Olhei para meus braços e vi que já havia me curado totalmente. Fiquei horas ali na enfermaria observando os meninos enfaixados e desacordados naquelas camas. Estavam muito machucados e ver aquilo me doía profundamente.

Se eu pelo menos tivesse ajudado antes...

Fui tirada dos meus pensamentos quando vi Namjoon acordando e tentando se levantar.

— Namjoon... — fui até sua cama e o parei com as mãos. O empurrei levemente para a cama, fazendo-o se deitar. — Descanse. Você precisa. — ele sorriu fazendo suas covinhas aparecerem e pegou minhas mãos, se levantando outra vez.

— Eu já estou melhor, não se preocupe. — sentou-se na cama e se aproximou de mim, sussurrando: — Eu sou um vampiro, eu me curo rápido também. — e piscou, ainda sorrindo.

 Sorri aliviada e resolvi deixar ele assim mesmo. Observei Namjoon por uns segundos e então uma dúvida sobre ele surgiu. Aproveitei que os outros estavam inconscientes e resolvi perguntar: — Namjoon, eu posso... Fazer-te uma pergunta pessoal?

— Fique a vontade... — me olhou curioso.

— Você herdou o dom da hipnose da sua namorada, certo? — ele assentiu arqueando de leve as sobrancelhas.

— Então por que não usou no Yejun para fazê-lo nos dar a pedra sem dificuldades? Quero dizer, nos pouparia tantas situações desnecessárias, não perderíamos tanto tempo...

— Ah, claro... Eu realmente sinto muito, por tudo isso que você passou, mas sabe (S/N)... É muito difícil acordar todos os dias e perceber que sou o que sou hoje... Pode não parecer, mas dói. Talvez seja difícil pra você entender o meu lado, e confesso: Também não entenderia se eu estivesse em sua posição, — suspirou e olhou para a janela ao fundo do cômodo. — porém eu mantenho uma condição sobre mim para manter-me firme diante de todo meu “dia-a-dia”.

— E que condição seria essa? — questionei me encostando à cama pra ficar mais perto dele.

— Desde o dia em que virei o que virei, decidi jamais usar realmente esse poder que herdei da minha namo... Ex... Namorada. Não quero usar os recursos que tenho por ser... Isso. Entende? — voltou a me olhar. — Por isso, eu resolvi arriscar e fazer tudo sem necessitar desse dom irritante. Não precisa tentar entender meus motivos, mas, por favor... Não me obrigue a usar essa hipnose, nunca. Eu não sei se eu suportaria...

— Tudo bem, Nam... Não se preocupe, eu jamais irei lhe obrigar... Eu só queria entender seus motivos. — apoiei minha mão em seu ombro, tentando confortá-lo. Ele sorriu outra vez, porém foi um sorriso triste.

— Sei que você pode não entender, afinal, você não é aquilo que você odeia. — riu sem graça, mas logo expressou uma feição séria. — Eu nunca precisei usar essa hipnose, e deixarei claro que nunca usarei.

— Entendido... — me acomodei numa cadeira que ficava perto da janela, e passei a observá-la com o pensamento longe. Depois de alguns minutos em silêncio, uma voz rouca e fraca soou pelo lugar me chamando, me virei e vi Taehyung acordando; parecia meio tonto e tentava se sentar. — (S/N)... — me chamou outra vez e fui ao seu encontro rapidamente. Não deixei que se sentasse, pedi para que continuasse como estava, mas diferente de Namjoon Taehyung não resistiu e voltou a se deitar.

— O que foi Tae? — perguntei. Ele sorriu e seus olhinhos brilharam, existe ser mais fofo que esse?

— Você foi ótima hoje, sabia? Obrigado por não nos deixar morrer. — abriu ainda mais o sorriso e seus olhos se fecharam. — Você realmente é a mais forte entre todos nós, não sei o que seriamos sem você, linda... — seu tom era fraco, como se estivesse juntando todas as forças que lhe restara para falar.

— Não foi nada... Agora durma OK?

— Não, eu preciso de te dizer. Você enfrentou todas aquelas feras por nossa causa. Fez-se de isca, se arriscou... Tudo por nós. Para deter aquelas feras era necessário um exército de homens inteiro, mas você... Você enfrentou todos aqueles bichos sem medo! Você é muito foda! — tinha animação em sua voz apesar da fraqueza, ele dizia tudo com tanta verdade que senti minhas bochechas pegando fogo. — Você é a nossa protetora, (S/N)! Você é nossa força! Possui a força de um exército! Você é nossa Army!

O olhei emocionada, aquelas palavras me inundaram de alegria. Tive até vontade de chorar, mas me segurei. — Army? Vai me chamar assim a partir de agora?

Ele sorriu outra vez. — De vez em quando você me chama de Taetae ou V, certo? Todos nós temos um apelido, você também precisa ter. — piscou enquanto inflava as bochechas. — Nossa Army! Você é nossa força. Nosso escudo... Nosso exército. Gostou?

Acariciei seus fios lisinhos enquanto refletia sobre o apelido: — Army... É, gostei sim. — ri brincalhona. — Agora descanse você precisa dormir pra sarar. — não me questionou, apenas fez uma carinha emburrada e fechou os olhos, olhei para Namjoon que ria baixo enquanto nos observava.

Depois de observar e zelar pelos meninos por mais algum tempo, resolvi sair dali para respirar. Assim que abri a porta deparei-me com Hoseok sentado em um banquinho logo na saída da sala de enfermagem.

Assim que me viu levantou-se num pulo e veio até mim, correndo. — Por que ficou tanto tempo lá dentro? Aconteceu alguma coisa com você? — perguntou Hoseok enquanto observava meus braços, com uma expressão preocupada.

— Não, não... Eu só fiquei ali vigiando, não queria que o Alfa aparecesse de repente e fizesse algo com eles, sabe? — esfreguei meus braços nervosamente. — E você? Por que não entrou?

— Eu fiquei com receio, — sorriu sem graça enquanto afagava seus cabelos. — não faço parte do grupinho de amigos, então...

— Como assim não faz parte? Claro que você faz! — retruquei franzindo a testa.

— (S/N), fora você, quem mais eu converso entre eles? — perguntou com um leve tom de deboche.

— Hm... — tentei refletir, mas não consegui pensar em ninguém. Devido ao meu silêncio, ele logo falou:

 — Exatamente. Ninguém. Bom... Como eles estão? — cruzou os braços.

— Estão bem.

— E você?

— Eu ainda estou triste. Foi minha culpa, se eu não...

— (S/N), chega! — me interrompeu. — Para de ficar se culpando por tudo o que acontece com a gente. Entenda, você não teve culpa de nada, OK? Você os salvou. Devia estar aliviada! — senti meus olhos marejarem, mas tentei não deixar as lágrimas caírem. Ele, percebendo o que estava acontecendo se aproximou e me abraçou forte. — Vem aqui... Não precisa ficar assim, está bem? — sussurrou no meu ouvido, me fazendo derramar as lágrimas de uma vez, mas não as de tristeza, e sim as de alivio.

Ele acariciou meus cabelos e o senti sorrindo. —... Army... É um belo apelido. Combina com você. — deixou uma risada gostosa escapar. Então ele estava ouvindo atrás da porta? Hmm, espertinho...

[...]

No dia seguinte, já ao entardecer, os rapazes saíram da enfermaria, já estavam um pouco melhores – ainda cheios de hematomas e dores, é claro, mas já voltaram ao normal. Inclusive questionaram Namjoon sobre suas feridas. Perceberam que ele já não tinha nenhum indicio de ferimentos, então Namjoon, inteligente como era, disse que não havia se machucado tanto, pois era um escolhido da Terra, ou seja, era resistente acima de tudo.

Foi um pensamento rápido admito, se eu não soubesse da verdade eu acreditaria facilmente. Quando o Alfa soube que todos eles estavam bem imediatamente nos chamou para sua sala, a fim de anunciar o ultimo desafio. Já no local e com todos ali presentes, o Alfa não perdeu tempo e disse:

— Vocês foram muito prestativos nesses últimos desafios, ficamos muito felizes que vocês aceitaram pacificamente a nossa proposta de diversão, — sorriu debochado enquanto brincava com aquela bendita pedra azul. — Creio que vocês dois não falharão nesse último desafio, suponho! — olhou para mim e Hoseok, e logo lançou um olhar cúmplice para a irmã.

Lá vem bomba...

— Conseguem adivinhar qual será esse último para fechar com chave de ouro? — questionou não conseguindo esconder o sorriso animado. Nós negamos, não queríamos participar dos seus jogos, apenas queríamos a pedra.

— Então me permitam dar as honras. — levantou-se do sofá em que estava sentado, e logo se aproximou alguns passos, parando a poucos metros de nós. Olhou-me e sorriu largo: — Quero que você, (S/N)... Tenha uma noite de amor comigo!

Todos nós ficamos em silêncio tentando processar a informação. Acho que não ouvi direito, não é possível. — Como é que é?

Yejun riu alto, e olhou para a irmã que ria também. Somo palhaços, por acaso? Acho que não! — Quero que você tenha uma noite de amor comigo, (S/N). Ou melhor, quero que tenha um filho comigo! E no caso do Hoseok, que passe a noite com Yoora. Inicialmente não era esse o plano, mas Yoora logo entrará no cio e ela me encheu tanto o saco no dia que vocês apareceram aqui que tive que incluí-la nisso tudo. — deu de ombros.

Se antes eu estava com raiva, agora eu estou puta da vida com esse infeliz. Antes que eu pudesse protestar Hoseok grita também irritado: — Você está louco de pedir uma coisa dessas? Nenhum de nós dois vai fazer nada disso! — Hoseok passou o braço ao redor da minha cintura e me puxou contra ele, como uma tentativa falha de proteção.

— Ora, vocês deveriam nos agradecer. Ter uma noite de prazer conosco é uma verdadeira honra. Muitos lobos sonham com esse momento. — disse Yoora finalmente. Então era isso que ela queria dizer com “meu prazer” há um tempo.

— Espera aí um pouco... Quer dizer que você quer que eu engravide de você, é isso? — questionei olhando para Yejun, tive que me conter ao extremo pra não voar pra cima daqueles dois. Eu não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo, era uma verdadeira humilhação.

— Bom, sim... — sorriu malicioso.

— Por quê?

— Você é uma Guardiã! Quero que meu filho tenha grande poder e quem sabe se eu tiver um filho contigo ele não herdará esse dom tão poderoso? — aparentava estar extremamente animado com toda essa situação. Hoseok parecia ficar cada vez mais irritado, assim como eu.

— Isso seria possível? Um guardião conseguiria passar seus poderes para o filho? — perguntou Jungkook pra Jin.

— Não sei. O poder não é somente de um individuo, e sim de várias gerações. Ele passa por várias e várias pessoas a milhares de anos. Não acho que seria possível um filho herdar tal poder... Mas não temos certeza de tal fato, afinal nenhum Guardião na história teve filhos enquanto ainda era Guardião. — respondeu Jin e Yejun ouviu a explicação.

— Não custa tentar, não é verdade? — cruzou os braços, tombando a cabeça levemente para o lado.

— E como acha que eu engravidaria só com uma noite apenas? — questionei incrédula, apertando meus punhos fortemente tentando inutilmente me controlar.

— Meu tiro é certeiro, se é que você me entende. — sorriu malicioso outra vez, e me olhou de cima a baixo.

— Então aqueles animais serviram pra quê? — perguntou Hoseok, olhando para Yejun com uma raiva jamais vista antes por mim.

— Para despistar minha verdadeira intenção e deixar vocês surpresos. E também porque eu queria ver os poderes dela novamente... E também porque eu queria me entreter. Juntei o útil ao agradável, legal, não é? — bateu palminhas, alegre, mas logo sua alegria deu lugar a uma expressão extremamente séria. — Bom, foram anunciados. Hoseok com Yoora e (S/N) comigo. Assim que vocês fizerem o que pedi darei pra vocês essa pedrinha sem graça. — balançou a lasca azul, a causadora de tanta confusão.

Hoseok pareceu estar no seu limite e logo tirou seus braços da minha cintura e foi em direção ao Alfa. — Escuta aqui seu...

Segurei seus braços e o impedi. O puxei de volta para a posição anterior e sussurrei, apoiando uma mão em seu peito: — Hoseok... Se acalme. — o olhei séria, ele inicialmente me olhou incrédulo, não entendendo minha ação. Mas logo após olhar nos meus olhos assentiu e bufou impaciente: — Faço questão de resolver isso... — sorri e lancei meu olhar para Yejun. — ...Do meu jeito... 


Notas Finais


EU ESTOU SENTINDO UMA TRETA! ¬u¬ Vish, esses lobos estão impossíveis... O que será que (S/N) irá fazer? :v

Link do Trailer: https://youtu.be/GMt6uAau7u8

Link da minha short, pra quem quiser <3: https://spiritfanfics.com/historia/te-amarei-em-silencio-j-hope-8499833

Até a próxima! *3*
Comentem! ❤


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