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História My light, my hope (J-Hope) - Guardiões


Escrita por: Pam_Hoseok

Notas do Autor


⚠(CAPÍTULO REESCRITO - 27/10/18)⚠

Olá, espero que gostem do capítulo *3*
Boa leitura ❤

Capítulo 5 - Guardiões


Fanfic / Fanfiction My light, my hope (J-Hope) - Guardiões

Passei minhas últimas horas em casa arrumando minhas bagagens e minha mochila. Akira havia dito que após o primeiro eclipse iríamos ficar num pequeno chalé protegido em uma floresta, para treinar e aprender a controlar meu futuro poder.

Provavelmente ficaríamos por lá mais ou menos três meses, já que esse é era o tempo entre o primeiro e o segundo Eclipse.

Pensei em não levar muita coisa além do necessário; somente roupas, coisas de higiene e meu carregador, fone e celular.

Akira comentou que os outros Escolhidos ficariam hospedados ali também, então enquanto eu dobrava minhas calcinhas me perguntava se eles seriam boas pessoas. Me perguntei também se conseguiria me aproximar ou quem sabe fazer amizade com alguns deles.

Eles não iriam ter medo de mim, afinal são como eu, não são? Não estranhariam minha capacidade sobre-humana. Ao lado deles eu seria normal...

Pensamentos como aquele já foram o suficiente para encher meu peito de expectativa e esperança. Nada poderia dar errado outra vez.

Nada.

— Ok. Tudo pronto! — exclamei agitada, pegando minhas coisas e descendo as escadas às pressas.

Akira já me esperava na estrada, com suas coisas perfeitamente alojadas no porta-malas. Estava encostado no nosso carro preto brincando com as chaves, parecendo terrivelmente entediado.

— Desculpe a demora Akira, foi uma luta decidir que roupas levar! — me expliquei, colocando as coisas no porta-malas.

— Finalmente, achei que ia ter que te tirar a força! — Riu entrando no carro e eu fiz o mesmo.

Akira ligou o automóvel e deu partida. Observei a janela e percebi que o céu estava escuro e completamente salpicado de estrelas, deveria ser umas dez ou onze da noite.

Horas foram se passando e meu humor foi ficando para trás também. Já estava entediada, não tinha joguinhos no meu celular porque tive que excluí-los para conseguir baixar mv’s dos meus grupos favoritos.

Akira se concentrava na estrada e por conta disso quase não falava, deixando o clima completamente silencioso.

Só me restava observar a paisagem lá fora... O quê não era grande coisa.

Árvores, mais árvores. E mais e mais árvores... Fazia horas que não via uma casinha sequer.

— Quando o senhor disse chalé eu não imaginei que seria em um fim de mundo como esse — comentei entediada e ele riu.

— Já faz tantos anos. Nem sei como o caminho ainda está intacto na minha memória, mas não me lembrava que era tão longe assim.

— Nossa, o senhor é velho mesmo — resmunguei ajeitando-me na poltrona.

— Um velho muito bem enxuto por sinal — ele murmurou naquele tom transbordado de ego.

— Falta muito para chegar? — perguntei, evitando que aquele orgulho se prolongasse por muito mais tempo. Um dos grandes defeitos dele.

— Um pouco ainda, querida. — Seu sorriso metido se suavizou, voltando ao velho sorriso amável que eu preferia.

— Mas estamos quase... — Chequei a hora no meu celular. — ... quase oito horas dirigindo! — expressei inconsolável.

— Por que não dorme então? — sugeriu. — Já está amanhecendo e não tenho previsão de quando chegaremos ao chalé.

— Acho que não conseguiria dormir nem se quisesse. — Não quando eu havia descoberto um mundo que não fazia ideia que existia antes. Não conseguiria adormecer tão cedo sabendo que seria a responsável por cuidar de todo aquele imenso mundo mágico e sobrenatural.

— Quer que eu te ajude a dormir? — Me deu uma olhada sagaz.

— Consegue fazer isso? — O encarei com curiosidade.

— Consigo acalmar seus ânimos. Isso deve bastar. — Seus olhos agora estavam concentrados na estrada iluminada pelo início da manhã. — Aqui. — Estendeu uma das mãos, ainda sem me olhar. — Pegue.

O obedeci. E novamente aquele sentimento de paz me inundou, retirando e lavando-me de todas as minhas preocupações e inseguranças.

— Akira — chamei baixinho, relaxada. — Por que nunca me contou isso antes? — perguntei, ainda segurando sua mão.

— Isso o quê? O fato de você ser uma Escolhida a Guardiã? — Me olhou e eu assenti. — Descobri que eu era um Escolhido muito cedo, e depois disso, tudo começou a mudar. Muita responsabilidade foi jogada em meus ombros de uma vez só, foi difícil de carregar... Eu era jovem demais para conseguir lidar com tudo. E bem... Tive medo que o mesmo acontecesse com você.

Um sorriso bondoso foi posto em seus lábios, mas eu sabia que ele se obrigou a mostrá-lo.

— Eu só queria que você tivesse uma vida comum o máximo possível. Até chegar a hora certa de revelar sua identidade e sua grande responsabilidade.

— Obrigada — murmurei meio sonolenta. Akira ainda não parara de bombear paz para minha alma. — Obrigada por se preocupar comigo.

— Por que não me preocuparia? Você é minha herdeira, minha Escolhida. E mais do que isso: Minha preciosa filha. — Seu sorriso largo foi verdadeiro dessa vez. Akira apertou um pouquinho mais minha mão, como se pudesse passar outros sentimentos além de paz e tranquilidade. Como se pudesse transmitir seu amor.

Ele não me largou nos minutos seguintes. Portanto, o sono foi avançando com mais força. A luz do sol nascente não conseguia pará-lo.

Fechei os olhos e me ajeitei no banco, me entregando, mas antes que eu pudesse realmente adormecer, Akira fez um carinho cuidadoso com o polegar em minha mão entrelaçada, saindo do nosso pequeno enlace e afagando meus cabelos logo depois.

[...]

Quando acordei nas horas seguintes, percebi que ainda estávamos na estrada. Chequei as horas novamente e ainda era uma da tarde. Passamos a madrugada e a manhã inteira na estrada e ainda não chegamos onde devíamos estar.

— Bom dia — cumprimentou Akira.

— Bom dia. — Devolvi mesmo estranhando o bom dia seco e o tom de voz fora do habitual. O olhei e notei que parecia preocupado com algo. — O que foi?

— Eu errei as contas — murmurou com um toque de angústia.

— Contas? Que contas? — questionei rouca e confusa pelo sono. Meus olhos foram de encontro a estrada e vi que estávamos correndo em alta velocidade.

— As contas do dia do eclipse! Eu estava tão preocupado por você ter sofrido um acidente que errei a contagem dos dias. O eclipse é hoje! Temos que chegar a tempo, ou perderemos a cerimônia!

— M-mas podem fazer a cerimônia sem nós? — Minha boca secou de repente.

— Não é nem um pouco aconselhável, mas se nos atrasarmos sim. Eles farão sem nós. — Akira apertava o volante com tanta força contida que seus dedos se esbranquiçavam.

A qualquer momento aquele volante poderá se partir ao meio.

— O que pode acontecer comigo? Eu não poderei me transformar? — Sei que minha enxurrada de perguntas só estava estressando mais ainda Akira, mas eu precisava de respostas.

— Eu ainda poderei te dar meus poderes de outra forma, mas te garanto que você não vai gostar nada disso. — Lançou-me um olhar com uma seriedade que gelou cada pedacinho da minha espinha.

— Pisa fundo então! — exclamei em pânico e assim foi feito.

Me segurei com força no cinto respirando forte quando vi que as árvores gigantescas lá fora se transformavam em meros borrões verdejantes.

[...]

Busquei de todas as formas me acalmar naquela velocidade absurda. Se batêssemos dificilmente sobreviveria pra contar história.

Não sabia mais quanto tempo estávamos viajando depois de acelerar. Afinal, não abri os olhos para espiar nada mais com medo de vomitar de nervoso.

— Olha! — Akira exclamou e eu vagarosamente tomei coragem para olhar ao redor. O carro tinha desacelerado e consegui ver pelo vidro uma casinha lá na frente em torno de várias árvores. A primeira que vi depois de séculos.

Certeza que era o chalé depois de ver o alívio no rosto de Akira. Ele parou o carro na entrada e eu suspirei alto, acalmando meu coração aos pouquinhos.

Chegamos a tempo.

Parei um momento para observar o lugar. Olhando melhor era um chalé exageradamente grande, mas bonito, portões altos e um jardim em frente cheio de flores e plantas. Ao redor fileiras e mais fileiras de florestas infinitas, que tapavam o horizonte.

— Realmente. Um fim de mundo. Por que tinha que ser tão longe? — resmunguei, saindo do carro e pegando minhas coisas no porta mala.

— Porque assim nós evitamos que algumas criaturas ou humanos venham aqui — Akira apareceu de repente atrás de mim e respondeu animadamente ao meu resmungo, me ajudando a pôr as bagagens no chão. — Temos um escudo de proteção em volta do chalé e por todo jardim. Precisamos de sossego para treinar, e é por isso também que apenas os Guardiões conhecem esse lugar.

Pegamos nossa bagagem e atravessamos o portão. Era uma casa rústica, emanava um cheiro bom de flores do campo e madeira. Com certeza seria agradável viver ali por um tempo.

Uma mulher negra de cabelos longos e cacheados apareceu pela porta. Seu olhar intenso fixou em nós por um momento e logo sorriu quando reconheceu Akira.

Ele parou e a olhou de igual modo, acenou e abriu os braços, largando as bagagens no chão ao ver a mulher correr para abraçá-lo.

— Akira, meu velho! Há quanto tempo não te vejo! — a moça disse com alegria.

— Verdade, faz tantos anos. E você linda como sempre — ele disse soltando-a depois de tê-la abraçado.

Confesso que me senti um pouco deslocada, parecia que segurava vela para os dois e eles nem percebiam. Apenas olhava meu pai calada, esperando que ele percebesse.

— Ah me desculpa (S/N), nem apresentei vocês. — Sorriu sem graça, após perceber meu desconforto. — (S/N), essa é Erika, Guardiã do Fogo. E Erika, essa é minha filha (S/N), futura Guardiã da Luz.

— Filha? — perguntou, enquanto apertava minha mão com um sorriso amigável.

— Sim, minha linda filha adotiva. — Akira sorriu bobo dando tapinhas fracos na minha cabeça.

Nós três conversamos por um tempinho. Ela parecia ser legal, e também agitada.

Logo depois entramos no chalé. O primeiro cômodo que vi era uma sala grande, com várias pessoas sentadas e outras no batente dos sofás. Eram os Guardiões. E todos começaram a me encarar curiosos. Akira me obrigou a cumprimentar cada um deles.

— Muito prazer em conhecê-la, (S/N). Me chamo Min-Jun, Guardião dos Céus. — O primeiro a se apresentar foi um homem de cabelos pintados de azul, que usava óculos redondos de grau e possuía traços suaves em seu rosto.

— O prazer é meu. — Sorri tímida. E foi assim com todos os outros.

— Meu nome é Chiyun, como vai? — A próxima foi uma moça loira de cabelos curtos que se aproximou e se curvou como cumprimento. Tinha uma aparência jovem também, suas bochechas eram rechonchudas e rosadas e suas roupas tinham vários babadinhos, o que a deixava um pouco infantil. — Sou a Guardiã da Água!

— Young, Guardiã da Terra. — Uma mulher de cabelos vermelho vivo se pronunciou, essa tinha feições mais severas e sérias, o que a deixava com um ar mais envelhecido.

— Meu nome é Sung-soo, e aí? — Dessa vez foi um homem de aparência mais madura, em torno dos seus vinte a vinte e cinco anos, era muito bonito por sinal, charmoso, e quando sorriu senti minhas bochechas esquentando. Seus cabelos eram castanho claro e eram jogados pra trás espontaneamente. Foi difícil não suspirar. Mas tal sensação saiu de mim rapidamente quando lembrei que na realidade ele tinha idade para ser meu avô ou mais. — Sou o atual Guardião da Natureza.

— Ji-hu, Guardião do Tempo. — O último acenou de onde estava sentado, por algum motivo ele era um jovem adulto de cabelos grisalhos, não sabia dizer se eram reais ou pintados.

Todos se apresentaram, mas eu já havia esquecido o nome de metade deles.

— Onde está Riki? — Akira se pronunciou, preocupado. — Já era para estar aqui, está quase na hora!

— Até agora não chegou — disse o bonito Sung-soo.

— Aigoo. Espero não ter que fazer a cerimônia sem ele. — Akira massageou as têmporas.

Senti-me desconfortável ao participar daquela conversa, afinal, eu era a única Escolhida na sala. Sentia que ali ao lado deles não era meu lugar.

Meu lugar era ao lado dos outros Escolhidos. Ao lado de pessoas que não eram monges em corpos de adolescentes.

Balancei a camisa de Akira num movimento calmo, enquanto sussurrava:

— Posso ver onde fica meu quarto?

Akira me olhou de esguelha e disse:

— Claro. Chiyun, pode levá-la até o quarto, por favor?

Ela assentiu e me pediu educadamente para acompanhá-la.

Subiu as escadas, vez ou outra lançando olhares rápidos e meigos em minha direção.

— Você se incomoda em dividir o quarto? — perguntou e eu neguei. — Ótimo. Basta seguir os vasos de flores. É a última porta. — Indicou a entrada do corredor com um sorriso.

Eu acenei confirmando, então Chiyun virou-se e saiu.

Dividir o quarto com outro Escolhido... É, não me parecia ser uma má ideia. Nada de mal poderia acontecer. Talvez eu até fizesse amizade com meu companheiro.

Ou companheira. Com certeza Akira faria de tudo para que meu companheiro não fosse um rapaz.

Fiz então o que me foi informado. Segui os vasos cor marfim, com flores da espécie Urze Branca. Significava proteção. Bem trabalhado e até engraçado, tendo em vista que o imenso chalé estava envolto em um escudo aparentemente poderoso.

Realmente, era um chalé imenso. Exagerado, poderia dizer. Mas belíssimo, por dentro e por fora.

Segui até o final do corredor, onde se encontrava a última porta e consequentemente o quarto que eu dividiria.

Assustei-me quando ouvi barulhos altos de dentro do cômodo. O que será que está havendo? Será que pode existir uma pessoa bagunceira ao ponto de fazer todo esse estardalhaço?

Suspirei fundo, tentando abaixar a tensão. Girei a maçaneta e abri a porta com cautela, mantendo ao máximo a postura amigável.

E o que havia ali dentro estava totalmente fora do que eu imaginava. Tanto que travei no meio da passagem, sem saber ao certo o que fazer diante daquilo.

Não... Não era um rapaz. Eram vários! Vários homens dentro de um único quarto. Quais as chances de isso dar certo?

Havia três rapazes brincando entre si como criancinhas, imitando uma luta inofensiva. E outros três deitados nos beliches. Dois deles lendo, e outro dormindo.

Quando criei coragem para finalmente entrar no quarto, todos os acordados passaram a me olhar.

Tentei me manter calma, mas era difícil quando a atenção toda se voltava em minha direção.

— O-oi. Como vão vocês? — tentei dizer, dando um sorriso ao mesmo tempo amigável e nervoso.

Vi suas cabeças abaixando como um pequeno cumprimento; alguns com mais intensidade do que outros. 

— Oi! Seja bem vinda! — Um rapaz alto de cabelos prateados que antes estava deitado lendo se sentou em sua cama e acenou, me chamando. O dito cujo fez sinal para que eu subisse na parte de cima de seu beliche e assim fiz, agradecendo.

Coloquei minhas coisas em cima do colchão e passei a observar melhor o cenário. Os meninos já não me encaravam mais, o que era um alívio.

Assim como o chalé o quarto também era grande. Era de se esperar já que oito pessoas dormiriam ali.

Ah sério. A única garota Escolhida entre tantos outros Escolhidos homens. Quem diria... Eu, dormindo com vários homens de uma vez... Não levando para o mal sentido, é claro!

Ri de nervoso com minha própria piada idiota, percebendo logo depois que havia quatro beliches e que todos estavam ocupados, exceto a parte de cima do beliche em que o jovem de cabelos verdes dormia.

Outro Escolhido ainda não tinha chegado. Espero que ele ou ela não demore muito mais tempo.

Fui tirada de meus devaneios quando o mesmo homem que me dirigiu a palavra subiu a escadinha da minha cama.

— Olá. — Deu um sorrisinho meio sem graça. — Sabe, eu reparei que você estava olhando muito para o beliche do Yoongi. Não se sinta obrigada a dormir aqui se não quiser, por favor. 

— Não... Não, aqui está ótimo, obrigada! — exclamei avoada e ele sorriu com doçura.

— Ah, nem nos apresentamos! Muito prazer, meu nome é Kim Namjoon e eu sou o Escolhido da Terra. — Estendeu sua mão e a apertei sem hesitação.

— O prazer é todo meu. Me chamo (S/N), futura Guardiã da Luz — me apresentei com um sorriso amigável.

— Wah! Guardiã da Luz... — Seus olhos se arregalam em admiração. — Será uma das melhores daqui.

— Você acha?

— É claro! Tenho certeza! — Sorriu abertamente, revelando lindas covinhas em suas bochechas. Namjoon, uma pessoa muito gentil pelo que posso ver. — Você terá um dos poderes mais fortes entre nós, junto com o Escolhido das Sombras, é claro.

— Eu soube na sala que ainda faltava chegar um Guardião. Todos os outros foram-me apresentados, menos o das Sombras.

— Correto. Até agora não tivemos notícias dele e do Escolhido. Espero que não demorem já que hoje é o dia da cerimônia. — Namjoon começou a observar distraidamente os meninos agitados do outro lado do cômodo.

— Então... Há quanto tempo estão aqui? — puxei assunto e ele voltou novamente para mim.

— Têm umas semanas, consegui me familiarizar com todos. — respondeu, pensativo. — Você deveria fazer o mesmo.

— O quê? Nã... — tentei protestar, mas já era tarde.

— Hyung! — desviou seu olhar para o rapaz de cabelos rosa, que estava lendo. — Chame os outros, devemos nos apresentar para nova colega de quarto.

O belo rapaz com cabelos tingidos de rosa chamou a todos. Estes vieram, e me assustei quando um dos três que brincavam se aproximou rapidamente de mim com um pulo.

— Me chamo Kim Taehyung! — o moço de cabelos castanhos claro exclamou, exibindo um belo e charmoso sorriso quadrado. — Mas pode me chamar de V ou Tae se quiser. — Piscou. — Serei o Guardião do Tempo daqui a três meses.

— Muito prazer, Taehyung. Eu me chamo (S/N), Escolhida da Luz.

— Minha vez, com licença. — O bonito homem de cabelos rosa empurrou Taehyung de levinho, tomando o espaço a minha frente. — Olá, sou Kim Seokjin ou só Jin se assim desejar. Sou Escolhido da Natureza.

O encarei encantada. Todos os que são destinados a serem Guardiões têm o dever de serem belíssimos?

— Sei que sou lindo, minha nova companheira. Mas não olhe desse jeito ou acharei que você arrancará um pedaço meu quando eu estiver dormindo. — Arregalei os olhos com vergonha e Jin sorriu amável. — Desculpe, estou brincando. O próximo.

Foi a vez de um moço de bochechas fofas se apresentar. — Park Jimin. Sou o futuro Guardião da Água. — sorriu docemente. Seu cabelo era loiro, assim como Chiyun.

O próximo manteve uma distância considerável. — Meu nome é Jeon Jungkook — o rapaz de cabelos sedosos e negros disse timidamente, um tanto corado. Meu lado emotivo se acendeu, achando aquela cena extremamente adorável. — Sou Escolhido dos Céus.

Sorri e minha atenção se voltou para o último que ainda não havia se apresentado; o rapaz de cabelos verdes que dormia momentos atrás, cujo nome era Yoongi.

Uma sensação gélida subiu pela minha espinha quando vi que seus olhos praticamente faiscavam desdém e frieza ao me ver.

Ele não parecia ter gostado nada de mim. Mas eis a questão: Por quê?

— Não vai se apresentar? — questionou Jin sem graça, depois que se passaram segundos e Yoongi não se pronunciou.

— E por que eu faria isso? — retrucou ele, colocando as mãos nos bolsos de forma simplista.

— Porque ela será nossa companheira. Devem se conhecer. Se apresente. — Jin o incentivou, com um sorriso amigável e paciente.

Mas Yoongi não colaborou.

— Se apresente. — O sorriso de Seokjin se findou depois de ser ignorado mais um vez. — Vamos, Yoongi — disse, dessa vez com feições sérias de impaciência.

O rapaz de cabelos verdes suspirou derrotado. — Como você bem sabe, meu nome é Yoongi. Min Yoongi. Futuro Guardião do Fogo. — comprimiu os lábios e me analisou. — Mas você só pode me chamar de Suga.

— Aish! Não seja tão desagradável — retorquiu Jimin.

— Por que ele estaria sendo? — questionei confusa, não entendendo o tom que o Suga usara.

— Você não entendeu. — Ele deu um sorrisinho seco, piscando para mim. — Você pode me chamar de Suga, não deve me chamar pelo nome real.

— E por que não devo, Yoongi? — perguntei, provocando-o. Alguns dos meninos riram com a afronta, já outros se entreolharam nervosos.

— Apenas meus amigos podem me chamar pelo nome real. Apenas os mais íntimos. O que não é o seu caso, é claro. — estreitou os olhos, tentando conter a raiva. — Você nunca será alguém próximo a mim. Nunca.

— Como se eu quisesse. Não faço questão alguma — murmurei para mim mesma, não deixando-me abalar.

Ele se afastou sem pressa, voltou ao seu lugar e se deitou outra vez.

— Desculpe por isso (S/N). É o jeito dele, eu acho — explicou Jin envergonhado.

— Não tem problema. Sério. — De fato não. Não seria um rapaz de personalidade problemática que iria acabar com minha viajem.Talvez eu até consiga sua confiança com o tempo. 

Só não entendi muito bem o porquê de tanta revolta.

— Onde é que o Escolhido e seu Guardião das Sombras estão afinal? — questionou Taehyung olhando o pôr-do-sol pela janela, alarmado. — Já está quase na hora do eclipse e nem sinal de vida! O que acontecerá se eles não chegarem a tempo?

— Vamos ter que começar realmente sem eles — Namjoon comentou preocupado.

— O que pode ser um problema sério — murmurou Jin para si mesmo, fitando reflexivamente o sol se pondo.

— Como assim problema? O quê pode acontecer? — perguntou Jimin ao ouvi-lo.

— Não sei bem... É mais um palpite. — Jin coçou a cabeça, como se estivesse em conflito com ele mesmo. — Quero dizer, não tem como saber. Mas talvez... Só talvez, o equilíbrio da Terra pode se quebrar. — Cruzou os braços nervosamente.

O clima ficou tenso de repente. Todos pareciam não saber o que dizer naquele momento para aliviar a sensação de estar perdendo o chão.

— É... Com certeza não vamos querer pagar para ver — Namjoon comentou e alguns soltaram risinhos nervosos.

Algum tempo se passou. Aquele clima difícil que se instalara ainda não havia passado. A cada segundo esperávamos que o Escolhido das Sombras aparecesse pela porta de última hora e se apresentasse.

— Escolhidos! — uma voz gritou do lado de fora do cômodo, fazendo todos nós nos assustarmos.

— Quê? Aii! — Suga, que pegara no sono nos últimos minutos acordou e se levantou num salto pela surpresa, o que fez ele bater a cabeça com força na cama de cima.

— Se preparem! — Ji-hu, o Guardião dos Céus, apareceu correndo pela entrada, avoado. — O eclipse é daqui a minutos, então se preparem! Por favor, todos devem seguir imediatamente ao jardim atrás do chalé!

— Mas e os que ainda não chegaram? — Jungkook perguntou com a mesma agitação e desespero que Ji-hu.

— Não podemos esperar mais tempo, já está na hora. Faremos sem eles! — o Guardião exclamou e saiu com rapidez, fazendo todos ali presentes temerem pelo pior.


Notas Finais


Então alguém tem alguma ideia de quem seja o futuro guardião das Sombras? :v

Obrigada por lerem!
Até o próximo capitulo! ❤


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