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História My little husband - Capítulo 10


Escrita por: J-Lau

Capítulo 10 - Capítulo 10


Estava desconcertado, não esperava que Hyukjae fosse ter aquela atitude. Seu coração estava acelerado ainda, pelo choque, e apenas alguns minutos após o ocorrido, a realidade lhe atingiu, como um soco na boca do estomago. Ele havia lhe beijado, e ele havia se afastado.
“Droga, Donghae, que tipo de estupido você é?” “Espera, que pensamentos são esses? Me afastar foi o correto, não deveria corresponde-lo. Não devo esquecer que foi ele quem me abandonou”.

Sua mente e coração, estavam em conflito, tanto um com o outro, como com si próprios. Metade de seu coração estava magoado e ferido, ainda, embora parecesse infantil, alimentar esses sentimentos ruins por algo que parecia tão pequeno, aos olhos alheios; e sua outra metade teimava em sentir aquelas coisas que não deveria estar sentindo. Seu coração não deveria alegrar-se tanto a cada vez que o loiro lhe olhasse, como ocorria desde que este voltara de viagem, ou com um simples toque, e aquele beijo, quase fizera seu coração explodir. Sua mente não poderia estar em pior situação, sua razão falava, mas não conseguia escuta-la, pois haviam um turbilhão de pensamentos e sentimentos em favor de Hyukjae, gritando para abafar sua voz.
Parecia que esta já era uma batalha perdida, mas resistiria o quanto pudesse, pois admitir que sentia algo pelo mais velho, seria como dar um tiro em seu ego já tão ferido.

  Hyukjae não entendia o motivo de Donghae continuar fugindo. Queria mudar, queria ser alguém melhor, pelo outro e para o outro, mas este não lhe dava a oportunidade. O que deveria fazer para que seu pequeno hae, voltasse a ser consigo, como fora no passado? Sentia falta de abraça-lo, tê-lo sempre ao seu lado, como uma sombra a fazer-lhe companhia, ter conversas longas, sem ser cortado pelo outro. Queria que o outro não fugisse de si e de seus carinhos, de seus beijos, e nem de seus sorrisos.
Será que o menor lhe odiava tanto? Ou melhor, a pergunta correta seria “Algum dia essa magoa que o moreno sentia de Hyukjae, iria passar?”.

Lamentava-se tanto, mas tinha plena consciência de que a culpa do mais novo trata-lo de tal forma, desde que voltara ao país, era toda sua. Se houvesse dedicado ao menos 1 segundo de seu dia, para atender alguma chamada do menor, ou se tivesse ao menos escrito uma carta, mostrando que ainda lembrava de sua existência, de todos os anos, e coisas boas que viveram juntos, ou mandado alguma lembrança que fosse em um de seus aniversários. Mas fora tão estupido, que nem mesmo no aniversário do outro, fora capaz de dar algum sinal de vida. Logo o aniversário do moreno. Lembrava-se como se fosse ontem, o quanto Donghae aguardava esta data, apenas para poder comemorar com seu amado amigo, que sempre tinha uma surpresa aguardando por si. Nada comprado, muitas vezes nem físico, mas o que poderia valer mais que um dia no lago, ao lado do outro? Ou um piquenique cheio de guloseimas e conversas atoa, mas sabia que os presentes favoritos de Donghae, eram os feitos por ele, com todo amor de carinho.

Presentes estes que encontrou guardados em uma caixa, no quarto do outro, enquanto este almoçava com Jungsoo. Todos os desenhos que fizera para Donghae, em cada aniversário, cada bilhete, carta, ou lembrança de ambos juntos, sufocados naquela caixa. Olhar para cada uma daquelas coisas, o fazia divagar, e viajar para o dia em que foram feitas. Eram tão unidos.
Toda vez que era obrigado pelos pais, a ir viajar com eles, ao invés de ficar na casa de Donghae, escreviam cartas um para o outro, como forma de amenizar a saudade que sentiam.
Todo esse tempo, o menor ainda pensava em Hyukjae, mesmo com toda a magoa e tristezas causadas por este.

Se soubesse que nunca lhe respondeu, ou o procurou, após a viagem, por estar sempre ocupado com mulheres diferentes a cada dia, enchendo a cara, e sendo um cafajeste, para tentar não pensar em si, será que o perdoaria, ou o odiaria ainda mais?
Conhecendo Donghae da forma que conhecia, era capaz de nunca mais querer olha-lo.

Suspirou, criando coragem para dizer alguma coisa e quebrar o silencio sufocante, que tomava conta daquele quarto.

- Você nunca vai me perdoar, não é mesmo? – sua voz embargada, e os olhos umedecendo-se sem que pudesse ter qualquer controle sobre eles.

O mais novo poderia contar nos dedos quantas vezes vira o outro naquele estado, e isso o machucava mais do que qualquer coisa que o outro possa ter feito.
Não sabia o que responder-lhe, era claro que não ficaria com raiva do outro para sempre, mas também não sabia se poderia abaixar a guarda tão cedo. Ainda tinha medo de decepcionar-se mais e acabar ruindo por completo, a imagem boa, que guardava no fundo de seu coração, de Hyukjae.

Permaneceu em silencio, não tendo como responder às dúvidas do outros, fitando seus pés, ainda em cima da cama.

- Donghae, olha pra mim – puxou o rosto do mais novo, fazendo-o lhe encarar, com as bochechas coradas – eu sinto tanto a sua falta na minha vida, hae – acariciou lhe a bochecha, com o dedo, carinhosamente. Era tão bom poder senti-lo tão próximo, o calor de suas bochechas fofinhas, ver o tom róseo das mesmas, tão de perto e analisar a respiração alterada do menor, por conta de seu simples e inocente toque.

- Sentiu minha falta? – riu sem humor – não foi o que pareceu, durante todo seu intercambio. Inclusive, pareceu muito mais feliz sem mim – debochou, controlando a voz para que não denunciasse que logo choraria.

- Eu sei que errei, tenho consciência, mas se você soubesse meus motivos, se você conseguisse ver o quanto eu sinto por tudo que fiz e o quanto me dói não poder te ter perto de mim, como antes.

“Como antes”, ou seja, queria apenas sua amizade. Aquilo doeu, como se uma flecha o atingisse bem no peito.

- Como antes? Então faça o favor de não me beijar mais, pois amigos, não beijam amigos, Lee Hyukjae – despejou com raiva, não importando-se mais em esconder, ou segurar as lagrimas.

Um sorriso surgiu nos lábios do loiro. O moreno estava levantando-se para sair do quarto, quando foi puxado pela mão quente e macia de seu “noivo”, fazendo-os cair embolados, na cama.
O maior novamente o beijou, naquele dia, mas dessa vez um beijo real, e não apenas um selinho, e fora correspondido pelo outro, com ternura.

- Me dá apenas uma chance, para te provar que posso melhorar e te fazer feliz – olhou nos olhos de seu pequeno, para então abaixar seu olhar, analisando cada detalhe de seu rostinho envergonhado, parando na boca inchadinha pelo beijo, e mais uma vez sorriu – por favor, eu sinto que você também quer isso, tanto quanto eu. Aceita levar nosso noivado a sério?

- Não – viu a expressão do outro murchar e tornar-se triste no mesmo instante, então continuou rapidamente, antes que acabasse havendo um mal entendido – eu não posso aceitar levar esse relacionamento a sério, sem antes você me provar que realmente posso confiar em você, depois disso, sim – sorriu, vendo o semblante do outro iluminar-se novamente.

- Eu prometo, hae, eu serei o melhor marido que você já viu. 


Notas Finais


Erros? Me avisem


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