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História My Little MudBlood - Single Chapter


Escrita por: Eady_Evellyn

Notas do Autor


Minha primeira one de harry potter :3
Sejam pacientes! u.u
Boa Leitura! >3<
Bjs de uma doninha nervosinha <3

Capítulo 1 - Single Chapter


Fanfic / Fanfiction My Little MudBlood - Single Chapter

Hermione G. Pov On

Faltava menos de uma semana para o Natal. Hogwarts está mais linda que nunca. As decorações estão por todos os lados, dá um certo frenesi, só de olhar.

Harry e Rony, como sempre, devo acrescentar, são os primeiros à ir. Rony me convidou também para visitar sua família na Toca, mas recusei, precisava de um tempo sozinha, pra pensar. Gina, ou Giny, como a chamo quando estamos sozinhas, estava de malas prontas.

Apenas alguns alunos, de maioria Sonserina, ficavam em Hogwarts, eles me tiram do sério, mas tem um em especial, um que só não avanço porque tenho bom-senso, o doninha nervosinha do Malfoy. Argh! Sério, existe alguém mais insuportável? Ele sempre acha que pode ter todas as garotas aos seus pés, mas admito, que a maioria cai na lábia desse bruxo conquistador barato.

“Mione”, volto de meus devaneios, ao ouvir uma voz muito bem conhecida por mim.

Abaixo o livro que estava lendo, e vejo Gina, a weasley-ruiva, que apesar de ser um dos apelidos que Malfoy deu, admito que me apeguei a ele, pelo menos ela gosta quando eu a chamo assim.

“Você já está indo?”, reparo na mala dela.

“Sim... Tem certeza que não quer vir?”, Gina sentou-se ao meu lado, esboçando um sorriso fraco e distante.

“Não. Você me conhece... Gosto de ficar aqui, mas espero que se divirta e tome.”, lhe entrego uma pequena caixinha e ela a abre.

“Um porta-jóias!” exclama exibindo suas sardas, Gina o abre e fica de boca aberta. O porta-jóias era de porcelana com detalhes banhados á ouro, dentro tinha uma pequena bailarina, que dançava ao ritmo da música.

“Que bom que gostou.” Dei meu melhor sorriso, e a abracei.

“Bom, já vou indo. Beijos e feliz natal!” A ruiva me abraça uma última vez e corre para fora do Salão Principal.

Volto a atenção ao livro, deve ser a milésima que leio Hogwarts: Uma História. Devo dizer, que meu hobby preferido é, literalmente, enterrar a cara nos livros, me sinto em um mundo completamente diferente.

“Olha só! Se não é a sujeitinha de sangue-ruim”, a minha leitura é interrompida novamente. Suspiro fundo e levanto a cabeça, seus olhos se encontram com os meus e como sempre, não consigo decifrar suas emoções.

“Crabbe, Goyle e... Malfoy”, trinco os dentes, esse garoto ainda vai me tirar do sério.

“E ai, Granger? – Ele joga meu livro bruscamente na mesa, e se senta, sem ser convidado. Estávamos os quatro no Salão Principal, isso não vai dar certo.

“O que você quer?”, respondo ríspida, tentando pegar o livro, mas o sonserino é mais ágil e o pega, agitando para cima.

“Preciso que faça uma coisa por mim...”, os “escravos” de Malfoy saem do Salão, nos deixando a sós.

“Eu não acredito! Draco Malfoy, o Sr. Popularzinho, me pedindo um favor? Me belisquem!”, debochei, fingindo um desmaio.

“Hn... “ Ele pigarreia. “Não me provoque, Granger...” , seus olhos estavam mais sombrios, mas seu sorriso demonstrava o contrário.

“Ai, que lindo... Estou tremendo.”, o encarei, ”o que você quer?”

“Então, você vai me... Ajudar?” , ele fez uma pequena pausa. Draco quase não conseguia expressar suas emoções, tenho que admitir, estou me divertindo muito com isso.

“Depende desse favor, Doninha Nervosinha...” cochicho em seu ouvido, fazendo-o engolir um seco.

“Primeiro: Não me chame assim, sua sujeitinha de sangue-ruim...”, as palavras dele ainda machucam, mas me forço a ignorá-las. “Segundo: Meus pais vão dar uma festa daqui uns dias, e eles querem que eu leve alguém...”, as últimas palavras foram tão baixas, que tive que me aproximar para ouvir.

“E como eu entro nessa história? Hogwarts está cheia de garotas Sonserinas, acredito que elas podem ir com um idiota como você. Que tal convidar a Astoria? Ela vive no seu pé mesmo."

“Está certa... Tem mesmo várias dela, incluindo Astoria... Mas, ela e nem as outras estão a minha altura.”, Malfoy responde calmamente, ainda me olhando, aqueles olhos cinzentos penetrantes.

“E eu estou?”, entro em estado de choque, me segurando pra não rir. “Conta outra, Malfoy...”, jogo o cabelo pra frente, segurando no alto, fazendo um coque bagunçado, alguns fios insistiam em cair sobre minha face, Malfoy me olhava mais ainda, sinto um arrepio.

“Você aceita ou não, Granger?”, pergunta perdendo a paciência, sua mão pousou sobre minha, sinto uma onda de choque me invadir, puxo-a de volta.

“Vou pensar no seu caso...” Sorri e me levanto, estou enganada ou ele esboçou um sorriso de canto? Deve ser imaginação.

“Vou considerar como um sim. E por favor, use algo descente.” Draco advertiu. Além de me irritar, ainda vou ter que usar o vestido que ele quer? Por favor, né?

“Agora, tenho que ir, não se preocupe, Vossa Alteza...”, faço uma reverência, rindo, ele deu um risinho, mas tentou rapidamente esconder.

“ Boa noite, Granger.” Seus lhos em fitavam, ainda mais intensos. Seu tom demonstra passividade. Ele está bem?

“Boa noite...”, respondo, “Malfoy."

Pego o livro de volta de suas mãos, e me retiro do Salão. Caminho pelos corredores, e vou para meu quarto, troco de roupa, ficando de camisola e deito na cama, ainda com o livro em mãos, estou exausta, coloco ele na minha escrivaninha. Ainda vou me arrepender de ter aceitado o convite. A pergunta mais importante é: Por que ele ME chamaria e por que eu aceitei?

XXX

Sinto um arrepio no pescoço, abro os olhos lentamente, e tento me acostumar com a claridade, me levanto com dificuldade, ainda cambaleando, não consegui dormir direito, pensando na proposta de Malfoy. Encaro meu relógio de pulso, eram 04hrs da manhã.

Escovo os dentes, coloco uma roupa qualquer, olho na janela, estava nevando. Caminho para fora do quarto e vou pras escadas, indo até o Salão Principal como se costume, coloco um bolo de morango no prato e me sento na enorme mesa da Grifinória, estava quase vazia.

“Ainda vou me surpreender com seu despertador...”, a aproximação repentina de Malfoy, me fez engasgar. “Não sabia que te causava essa agitação toda, Granger”, ele debocha.

“Pensei que estava no soninho da Beleza”, permito que ele se sente.

“Ei! Um cara também precisa dormir. Mas, e você, o que faz aqui tão cedo?”

“Não é óbvio? Não estava com sono”, ignoro ele e como meu bolo. “Sou uma garota diferente. Acordo cedo, odeio me maquiar e não sou de cair na lábia de certos sonserinos”, arqueio a sobrancelha.

“Espero que não esteja se referindo a mim, Granger”, ele ergueu as mãos pro alto fazendo-se de inocente.

“Se a carapuça servir...”, Dou de ombros e me levanto. Ele segura meu braço, antes que eu dê o primeiro passo. “Me solta, Malfoy!”

“Repita, Granger. Duvido repetir.”

“Se eu repetir, vai fazer o quê?” Eu o encaro, determinada.

“Você não vai gostar de saber, Hermione.”, Espera um pouco, ele me chamou pelo meu primeiro nome?!

“Se a ca-ra-pu-ça ser-vir...” Dou ênfase em cada sílaba, sorri debochando, Malfoy fechou a cara, agora me deu medo.

Malfoy se levanta, ficando a minha frente, sua mão segura meu queixo, ele se aproxima. O que ele está fazendo?

“Você pediu, Granger...”, sua boca estava no meu ouvido, não pude deixar de tremer, engulo seco.

“Nem pense, Malfoy!”, meu olhar se encontra com o seu, uso uma das mãos para afastá-lo.

“Você não achou que eu iria te...Te beijar, achou? Pobre e ingênua Granger... Sabe, eu prezo pela minha reputação. Não irei ser visto beijando um sujeitinha de sangue-ruim, como você”, aquilo me destruiu, reprimo a lágrima querendo desesperadamente escorrer por minha face.

“Engraçado, você dizer isso! Ontem, você me implorou para ir a estúpida festa de seus pais, se esqueceu, foi?!”, ele paralisou, completamente sem reação. “Quer saber, não vou mais! Pensei que você pudesse mudar, que pudesse pelo menos parar com esse preconceito com trouxas, mas eu estava errada. Agora, me dê licença, não perder meu tempo com um arrogante que nem você!”, bati o pé no chão com força e começo a andar.

“Granger! Espera!”, ele exclama,  mas eu saio, deixando-o ali, sozinho.

Como eu havia pensado, me arrependi de ter aceitado o convite daquele estúpido! Idiota! Imbecil! Que muitos conhecem como Malfoy. ARGH! Espera... Não! Ele não vai me irritar e ficar por assim mesmo. Você não perde por esperar, Malfoy...

Ainda irritada, vou pro meu quarto, tenho que esfriar a cabeça. Percebo o clima estranho que tinha ficado no quarto, algo estava errado.Olho em volta, vejo um embrulho em cima da minha cama. Assim que o abro, não consigo conter, minha boca se abre em O.

Era vermelho, alças e comprido. O que esse vestido faz aqui?... A imagem de Draco e o que tinha dito na noite anterior me vêm a cabeça... Não pode ter sido ele que colocou o vestido aqui. Não é nem possível, os únicos que podem vir aqui são os da Grifinória... E infelizmente, só tem eu e o Neville, quer dizer, eu dei a senha pra ele, caso precisasse de algo, o que nunca foi o caso...

Arregalo os olhos, mas o que ele estaria fazendo aqui? Ele tinha ido com Luna, não é? Decido ir até o quarto dele, apanho minha varinha, colocando-a por entre minha calça, ficando escondida e bato na porta. Ele a abre, um emaranhado estava em sua cabeça, que bagunça. Neville usava um suéter vermelho e calças pretas, sem pedir, entro e ele fica me encarando.

“ NEVILLE! O que você estava fazendo no meu quarto?!”,  mando a pergunta diretamente e aponta a varinha pra ele, claramente irritada. Odeio quando invadem meu quarto!

“M-Mione? Do que v-você está f-falando?”, ele ergue as mãos, se rendendo.

“Não se finja de desentendido! Você é o único que tem a senha do meu quarto! Eu te dei pra te ajudar com Luna, se lembra? E logicamente, agora, só tem eu e você da Grifinória! Se eu não coloquei aquele vestido lá, o único que poderia é VOCÊ!”

“Calma, Mione... Abaixa isso...”, ele pediu com jeito, então o fiz.

“Foi você, não foi?”, guardo a varinha, ”Por quê?”

“Sim, eu coloquei o vestido lá, mas foi um pedido do...” Ele faz uma pausa.

“Do?”, espero sua resposta, sem nem precisar, ”Do Malfoy, não é?”

“Isso. Desculpe invadir seu quarto, mas ele pediu daquele “jeito” dele, sabe? Não pude recusar...”

“Está tudo bem... Mas, agora fiquei curiosa, por que está em Hogwarts? Não tinha ido com a Luna?”

“Sim, mas eu acabei esquecendo o presente dela, então me aparatei aqui, mas eu estava exausto, cai num sono.” Neville sendo Neville, como sempre.

“ Melhor voltar pra Luna, ela pode ficar preocupada. Feliz Natal, Neville... E se invadir de novo meu quarto, te lanço um Crucio.”, Ameacei e sorri como se nada tivesse acontecido. “Até mais. E se puder, diga ao Malfoy que eu... agradeço o vestido.”

Decido ir pra fora, respirar um ar, ultimamente tudo está uma bagunça. A neve cobria toda a imensidão de Hogwarts, estava tudo branco e frio, faço uma colcha aparecer com minha varinha e me sento, os flocos de neve se prendiam nos meus cachos, o sol estava ali, mas não fazia seu trabalho devidamente.

Fecho os olhos, respirando fundo. Sinto uma mão gelada pousar sobre minha mão, abro os olhos e vejo a imensidão misteriosa de um olhar cinza, me fitando.

“Draco Black Malfoy.” Digo seu nome completo pela primeira  vez, e puxo a mão de volta. “Á que devo a honra de sua presença?”, insisti em debochar.

“ Hermione Jean Granger”, ele faz o mesmo, e eu sorri.

“O que você quer? Dizer que convidou a Astoria e jogar na minha cara?”

“Do que está falando? Eu convidei você, não ela.”, um certo calor me invadiu, então ele não desistiu do pedido?

“ Eu deixei bem claro que não iria mais.” Desvio o olhar e apoio a cabeça nos joelhos.

“Eu sou um Malfoy, e não aceito um não como resposta, e você não sabe mentir, quando tenta, torce o nariz.”, como ele sabe?

“Neville disse que você agradeceu o vestido.”, Malfoy esboçou um risinho. Sinto meu coração acelerar.

Fico pensando nas minhas palavras: “Até mais. E se puder, diga ao Malfoy que eu... agradeço o vestido.” Ele soube então.

“Nem vem, não irei repetir...”, Vejo Crabbe e Goyle, me olhando e rindo. Malfoy percebe que tremi, e virou-se para eles, mandando-os embora.

“É falta de educação não agradecer pessoalmente”, continuou,”E não é você, a pessoa mais educada de Hogwarts?”

“Está bem... Eu falo...”, bufei, vencida.

“Estou esperando...”, ele cruzou os braços.

“Obri...”, respiro fundo e o encaro, “Obrigada... Pelo vestido.”, bufo no final, ele nunca cansa?

“E então? Doeu falar um “obrigado”?

“Você não sabe o quanto!”, pego um pouco de neve e taco nele, acertando-o em cheio. “Você mereceu...” Não consegui parar de rir.

“Você não fez isso!” Ele me encarou, desaprovador.

“Calado!”, acerto ele de novo e volto a rir, me levantando.

“Vai se arrepender, Granger!”, ele pega um pouco de neve, entendi, começo a correr.

“Você não me alcança, Doninha Nervosinha!”

Desci por uma grande escada, indo em direção a casa de Hagrid, ele ainda me perseguia, me esquivo da bola de neve que Malfoy jogou, assim que os degraus acabaram, eu parei, junto mais neve nas mãos, e acerto seu casaco preto.

Uma guerra começara entre nós. Ele chegava cada vez mais perto de mim, pela primeira vez, não sinto raiva dele, um sentimento diferente me invade. Malfoy me acerta na cabeça, e eu caio de costas, ele correu pra me ajudar, decido enganá-lo, finjo uma dor, e Malfoy me estende a mão.

Assim que a agarro, eu o puxo pro chão, o que eu não contava era com a gente rolando até o barranco. Draco faz algo que eu não esperava, ele me puxou pela cintura, e segurou minha cabeça, fecho os olhos e continuamos caindo.

“Vai ficar tudo bem”, escuto ele sussurrar no meu ouvido, a medida que caíamos.

A queda finalmente termina, e ele ainda me abraçava, quando abro os olhos, percebo que ele estava em cima de mim, meu coração acelera, nossas testas estavam suadas, e encostadas. Seus olhos encontram os meus, vejo ele sorrir, e tento esconder minha face ficando vermelha.

Minha vontade era jogar ele longe com um Expelliarmus, mas eu nem me mexo, e a culpa é desses olhos que penetravam minha alma. Escuto o grito de Crabbe e Goyle, sou tirada do transe, Draco me ajudou a levantar e nos encaramos, eu sorria, mas por quê? Felizmente, eles não me viram.

“Draco! Está tudo bem?”

“Sim! Foi só uma queda. Estou subindo!”

Os rostos deles somem de vista, quando dou por mim, vejo que ainda estávamos de mãos dadas, no impulso, puxo a minha, e olho pra ele, Draco estava arranhado no rosto, mas não era grave.

“Melhor subirmos... Se não, eles vão vir aqui.”

“Sim, mas antes vou deixar tudo claro. Eu ganhei!”, me viro e tento achar um lugar pra subir. Logo, encontro e começo a subir.

“Nem nos seus sonhos, Granger!”, ele passa minha frente e eu tento alcançá-lo.

XXX

Depois de almoçar, algumas corvinas vieram ao meu encontro, de início estranhei, mas depois, de conversarmos, percebi que elas não eram tão ruins assim.

“ Hermione! Nós ficamos sabendo de você e do Draco! Parabéns, hein?”

“Como é que é?!”, exclamo indignada.

“Crabbe nos contou que vocês estão de namorico por Hogwarts, está podendo hein?”, responde Cho.

“Cho, você me conhece... Então, acredite em mim, eu e o Doninha Nervosinha, não temos nada.”, ela me olha de um jeito que acaba me fazendo corar bruscamente.

“Não é o que eu percebi... Sabe, fiquei sabendo de uma certa festinha...”,  Ninfadora Tonks se aproximou de nós, cantarolando. Seus cabelos próximos dos ombros, transmitiam força

“Ninfadora!”, arqueio a sobrancelha, como ela sabe?

“Ai, Mione, não é nem segredo isso, todos já sabem...”, Cho admitiu, me fazendo encolher os ombros.

“Estou ferrada... Mas, é sério, não tenho nada com ele!”, gritei irritada.

“É melhor se acalmar...”, Ninfadora deu um risinho.

“E por que eu deveria?”, fuzilei ela com o olhar.

“Por que o Sr. Delícia ali, está vindo na sua direção.”, Cho e Ninfadora falam em uníssono. Elas gargalham e vão se afastando.

“Esperem! Não me deixem sozinhas! CHO! NINFADORA!”, Exclamo, chamando-as, mas inutilmente, elas apenas me mostram a língua e saem.

Draco caminhava me olhando, seus olhos profundos, ele estava com as mãos no bolso da frente, sinto o coração querendo sair pela boca, mas reprimo a idéia, assim que ele está próximo o bastante, sentou-se ao meu lado, percebo Astoria me encarando, ela transmitia uma aura vermelha.

“Ignore-a”, disse enfim, chamando minha atenção.”Vim confirmar se o convite ainda está de pé.”

“Certo... Certo... Eu vou, mas por favor, chega dessa crise de bipolaridade, não aguento mais.”, jogo as mãos pra cima, me rendendo. Assim que coloco a mão na mesa novamente, ele a segura, dessa vez, eu cedo.

“Fico feliz que tenha aceitado...”, tento encontrar sarcasmo em suas palavras. Nada. Não percebo nada.

“Eu sei honrar meus compromissos. Não se preocupe.”, ele solta minha mão, ainda me observa. “O que foi? Tem algo na minha cara?”

“Não. É que... Eu nunca reparei o quanto-", ele é interrompido com a risada da Astoria.

“Draquinho! A festa ainda está de pé?”, ela pergunta tão casualmente, que meu coração dá uma pontada. Ele chamou ela? Como pôde?

“Do... Do que v-você está f-falando, A-Astoria?”, minha voz sai trêmula, ela gargalhava, esboçando um sorriso.

“Draco, não disse? Eu vou a festa com ele!”. Percebo pela expressão dela, um divertimento inconfundível.

“Me solta, ASTORIA! Não a escute é mentira! Eu não chamei ela! Chamei você!

Me levanto, ignorando qualquer desculpa que ele pudesse dar.

“T-Tudo bem... E-Eu não queria ir mesmo... Um clã inteiro de Malfoy´s me encarando... Divirtam-se. Ele tenta pegar minha mão, mas eu a esquivo. “ME DEIXA!”

“HERMIONE! POR FAVOR!”, escuto alguém me chamar, mas ignoro, nem me preocupei em saber quem era.

Corro com as lágrimas suplicando pra sair, como pude ser tão idiota? Por que me importo tanto se ele vai com ela, ou não? Dói! Dói muito! Será que existe uma poção ou feitiço que faça parar? Assim que fico longe o bastante, me desmancho em lágrimas, caindo de joelhos, ponho as mãos no rosto, e continuo a chorar.

“Hermione...”, levanto a cabeça e vejo Rabastan Lestrange, ele dobrou o joelho e me olhou.

“Me deixa em paz!”, aponto a varinha pra ele, ainda trêmula. Me levanto e tento correr, mas ele agarra meu braço com força.

Lastrange, uma vez, tentou me estuprar, claro que no dia, eu consegui fugir com a ajuda de Harry e Rony, mas ele prometeu que iria se vingar, o que ele faz aqui? Minhas pernas tremem, ele puxou minha cintura para perto de si.

“ME SOLTA! SOCORRO! SOCO-“, ele tampa minha mão, e joga minha varinha longe.

“Shh... Vou cuidar de você...”, suas mãos passeavam pelo meu braço, ele fez questão de levantar a aba da minha blusa, seus dedos frios faziam caminha na minha barriga.

Não consigo segurar as lágrimas de desespero, ele beijava meu pescoço, e mordiscava minha orelha. Alguém me ajuda, suplico mentalmente.

“Vamos nos divertir tanto, Mione...”, ele coloca a cabeça nos meus cachos, cheirando-os. E venda minha boca, com um pano, que não sei identificar e amarra forte.

Com sua força, Lastrange jogou meu corpo na parede, me prensando com a perna, sua boca mordiscava minha clavícula, suas mãos prendiam meus braços pra cima, fecho os olhos com força. Rapidamente, tento me mover e acerto-o em cheio no estômago, assim que caio, tento fugir, ele soltava fogo pelos olhos.

“Crucio!”, exclamou Lastrange, claramente irritado.

Uma dor indescritível me atinge, como se tivesse sentindo mil facas em penetrarem devagar, me contorço de dor, ele se divertia com cena. Não tinha ninguém ali, tento gritar, mas o pano abafava o som, não vou suportar muito tempo.

“Agora, irei em divertir.”, ele se abaixa e rasga a parte de cima da minha roupa, deixando meu sutiã verde-esmeralda a mostra, Lastrange lambia os lábios, excitado.

Suas mãos tentavam de qualquer jeito abri-los, me contorço ainda sobre o efeito do feitiço, tentando de qualquer jeito desatar o pano, até que logo consigo. Sem pensar mais nada, exclamo seu nome, ainda chorando.

“DRACO! DRACO!”, grito o mais alto que posso. Recebo um tapa de Lastrange, que cobriu minha boca de novo.

“ESTUPEFAÇA!”, alguém grita, mas o cansaço e a dor me fazem perder a consciência.

XXX

“Hermione... Acorda...”, uma mulher me chamava, assim que abro os olhos, vejo a Sra. Pomfrey. “Olá, querida... Como se sente?”

“Eu estou bem...”, tento sentar, e logo consigo. Percebo meu braço enfaixado, "o que aconteceu? Não consigo me-“, as imagens retornam, Lastrange.  As lágrimas brotam, sem eu perceber. “Ele... Ele me...”, não consigo dizer.

“Não... Ele não fez nada... Pelo menos, não graças ao garoto Malfoy. Ele chegou a tempo.”, espera... Malfoy me salvou?

“O Sr. Malfoy não saia do seu lado, já tem três dias. Eu pedi que ele fosse descansar, mas ele insistiu, Draco está ali.”, ela aponta para a cadeira do meu lado, Malfoy dormia, sorri comovida, ele era tão inocente dormindo.

“Quando serei liberada?”, pergunto ainda olhando ele, assim que percebo, seus olhos querendo abrir, viro-me pra ela, mantendo-me sentada.

“Assim que se sentir disposta.”, ela sorriu e nos deixou a sós.

“Hermione! Fiquei tão preocupado”, ele me abraça forte, o som abafado de sua voz, me fez deixar uma lágrima deslizar solitária por minha bochecha.

“Shh.. Acabou...”, acaricio seus cabelos. Tão macios. Escuto um pequeno som, Draco estava chorando?

“Não! A culpa é minha... Eu... Eu devia ter te protegido...”, ele ergue o rosto e me fita, seus olhos estavam inchados, não de cansaço, mas de tanto chorar.

Fiquei paralisada, ele realmente estava destruído... Nunca pensei nesse lado dele. Num momento de impulso, tomo seu rosto com as mãos, limpando suas lágrimas, fitando seus olhos cinzas, que emanavam dor e sofrimento.

“Draco”, falo seu nome e ele arqueia a sobrancelha. ”Eu estou bem. Ok? Não fica assim... Está tudo bem”, solto seu rosto e seguro uma de suas mãos.

“Hermione... Te ver daquele jeito, me fez querer matar o infeliz, você estava desesperada... Quando saiu do Salão, te procurei por toda parte, mas nada. Eu estava com uma dor, que eu não entendia, mas quando ouvi sua voz gritando por mim, eu... Eu estraçalhei por dentro. Assim que te vi, no chão, com a roupa aberta e aquele psicopata sorrindo, eu não consegui me conter...”, ele acariciava meu rosto, fecho os olhos, acompanhando a sensação.

“E graças a você, eu estou bem. Você me salvou, Draco.”, encaro seu pequeno sorriso fraco.

“É difícil pra mim, encontrar as palavras certas pra isso, mesmo depois de te chamar de sangue-ruim, aquilo me deteriorava por dentro...

“Draco, não precisa se explicar...”, tento ignorar o fato dele pedir desculpas por me chamar de sujeitinha de sangue-ruim.

“Eu estou apaixonado por você, Hermione.”, paralisei, não esperava por essa confissão, mas ele continuou. “Desde o nosso primeiro dia, eu fiquei vidrado em você. Seus olhos, sua boca, seu sorriso, aquele emaranhado castanho, que você insistia em chamar de cabelo...”, não contive uma risada. “Te chamar de sujeitinha de sangue-ruim foi a forma que encontrei pra reprimir aquele sentimento, mas eu via... Eu via o quanto aquilo te machucava, mas eu não queria admitir que tinha sentimentos por uma trouxa... Merlin! Como eu queria me matar quando você chorava aos cantos...”, ele soca a parede, irritado.

“Draco. Ei...”, chamo sua atenção, beijando seus dedos da mão direita. “Eu te perdôo. Eu também tenho que confessar... Eu também amo você, Draco. Mesmo com você, me ignorando, me irritando, me humilhando quando éramos crianças... Eu tentei ignorar, principalmente quando, fiquei com o Rony, ano passado, mas esse sentimento nunca se esvaia, sempre vinha você na minha mente. Quando Astoria apareceu no Salão Principal, e disse que ia com você na festa, aquilo me destruiu, aquilo foi a confirmação do meu amor por você...”, as lágrimas saiam enquanto eu falava. "Do quantk eu me importava e me importo".

“Eu estou tentando me segurar, mas não consigo mais...”, ele passeia a mão em minha face, e para, puxando um emaranhado de cabelo de minha nuca. Sua boca ficou próxima da minha, “ Eu tenho que te beijar agora.”, suas palavras fazem meu coração acelerar, meu corpo enrijece.

“Minha permissão você já tem.”, falo provocando-o.

“Me provocando, Granger?”, ele arqueia a sobrancelha, ainda segurando minha nuca.

“Esse é meu objetivo de vida...”, sussurro em seu ouvido, e mordo o lábio, fazendo com que seus olhos brilhassem de satisfação.

Eu estava um pouco apreensiva no começo quando ele começou a se aproximar de mim, afinal toda vez que ele chegava perto meu coração queria pular de meu peito, senti minhas mãos suarem frio enquanto fechava meus olhos, meus lábios se encaixaram perfeitamente aos dele conforme ele virou sua cabeça de lado e eu ao lado contrário, levei minha mão até seu rosto e o segurei firmemente, fui sentindo sua língua úmida entrar em minha boca e o desejo tomou conta de mim.

Seu corpo se colou ao meu como nunca havia colado antes o de alguém, eu queria aproveitar cada segundo daquele beijo. Quente, apaixonado e molhado. Essa é minha definição. Pela falta de sorte, ou de ar, como queira expressar, tivemos que nos separar, mas eu ainda segurava sua face.

“Eu te amo, Doninha Nervosinha.”, sorri e o olhei.

“Eu te amo, minha sujeitinha de sangue-ruim.”

“Pensei que não me chamaria mais assim.”, arqueei a sobrancelha, fazendo bico.

“Mas, mudei algo importante. Agora, você é a MINHA sujeitinha de sangue-ruim.

“Você não muda nunca.”, jogo os braços em seu pescoço.

“Você me ama, por isso.”, ele debocha, e se aproxima novamente, selando nossos lábios.


Notas Finais


Espero que tenham gostado <3


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