1. Spirit Fanfics >
  2. My Little Princess >
  3. I Can Not

História My Little Princess - I Can Not


Escrita por: Marlenetommo

Notas do Autor


Oi meu amores, como vão? Sei que demorei imenso para postar, peço imensa desculpa, mas estava em tempo de provas. É o meu último ano de ensino médio e preciso muito me focar para ter boas médias para entrar para a universidade. Mais uma vez, me desculpem pela demora.

Obrigado por todos os comentários e bem vindos os novos leitores. Amo vocês e obrigada por tudo

Espero que gostem deste capítulo e desculpem-me caso haja algum erro.

Boa leitura
Lene

Capítulo 5 - I Can Not


Joseph chorara a noite inteira e Babara entrara em desespero por não saber o que fazer nem saber que se passava com a criança. Só me restou tentar ajuda-la. Dividia a atenção entre a criança e a princesa, até que optei por prestar totalmente a minha atenção a Barbara enquanto os pais desta se dedicavam ao neto. Barbara precisava de alguém que a acalmasse e Joseph... Ninguém sabia o que o menino necessitava. Foi então que percebi que Barbara não estava pronta para um novo começo, apesar de ter sido ela a propô-lo. Recusara o meu toque e expulsara-me da sua beira. "Afasta-te de mim, tu és um monstro", gritara ela, fazendo com que todos a olhássemos atónitos. Barbara não tinha esquecido e muito menos perdoado, o que me levou a perceber que fora Luke quem a fizera propor um novo começo. Também percebera que tinha voltado à estaca zero do nosso relacionamento.

A noite nascia por detrás das habitações escocesas à medida que o últimos raios de sol se despediam e prometiam voltar para aquecer um novo dia. Eu, por minha, vez, observava este fenómeno natural afogado na minha tristeza desmedida enquanto saboreava amargamente a minha solidão optada. Decidira eu permanecer escondido, sozinho, durante o dia todo, sem intensões de ver Barbara ou quem quer que fosse . Somente uma aia me vira e oferecera-se para me alimentar, informando-me, sempre que me "visitava", que os monarcas me procuravam e eu respondia sempre que estava ocupado e que não faria as refeições com eles. Prometendo segredo, lá voltava a aia aos seus afazeres.

Cogitei voltar para a Inglaterra. Os meus pais sentem a minha falta e eu sinto a falta deles. Seria um ótimo pretexto para fugir a esta constrangedora situação. Mas tudo em mim negava-me essa possibilidade, aprisionando-me ao constrangimento de voltar a ver Barbara. Era inevitável, já que permanecia a "habitar" no palácio dela. E este momento levava-me de volta ao passado quando Barbara viera pela primeira vez para o meu palácio. Negava-me a aproximar-me dela, pois nunca tinha convivido com crianças e, para mim, ela era uma aberração. Negava-me a conviver com ela e escondia-me para não ter que me cruzar com a Barbara. Assim como ela se sentia naqueles momentos, eu sinto-me agora. Deslocado, intruso, desconfortável. E se, antigamente, eu percebera que rejeita-la fora um erro, agora, eu percebo melhor esse facto.

Sorrateiramente, quando calculo que todos já estejam nos seus aposentos, caminho para os meus, sempre a vigiar o mundo a meu redor, temendo que algum dos monarcas ainda esteja a vaguear pelo palácio. Para minha felicidade, não se encontrava ninguém nos corredores, o que facilitou a minha chegada ao cómodo.

Dispo a minha roupa e visto uma mais adequada para dormir. Em seguida,  sento-me na escrivaninha e abro a carta que aí se encontra repousada. O nome que consta na carta é o do meu irmão e sorrio, iniciando, assim, a leitura. A cada palavra lida, um sorriso cresce no meu rosto. Neste momento, ler algo vindo da família é reconfortante e elimina qualquer emoção negativa. Assim que termino a leitura, procedo à escrita da resposta. Mergulho a ponta da pena no frasco de tinta e passeio-a pela folha. Não me esqueço de comunicar-lhe que tenho saudades deles e que tentarei ir visita-los brevemente.

Posteriormente, rumo até à minha cama e sento-me nesta, mas antes que me possa deitar, Luke entra nos meus aposentos sem pedir autorização, recebendo um olhar indignado da minha parte. Repousou as mão na cintura e começou:

- Porque é que estavas desaparecido o dia inteiro?

O seu tom de voz é de repreensão, mas ignoro para não causar nenhuma discussão desnecessária, já que é tudo o que menos almejo.

- Estava ocupado com assuntos pessoais.

- Esses assuntos pessoais possuem nome e sobrenome e tu fugiste deles. - acusa.

- Não fugi de nada, Hemmings. Como já disse, estava ocupado. É complicado não duvidares do que te digo?

- É, Horan, é. Não posso acreditar em ti quando sei que fugiste do que aconteceu com a Barbara. - aponta-me o dedo e semicerra os olhos - Custa-te admitir?

- Pronto, Hemmings, eu admito! - esbravejo - Foi esse o motivo! Está feliz?

- Não precisavas de o ter feito e preocupares todos à tua volta.

Encaro-o fixamente, com se o meu olhar fosse magoá-lo de qualquer forma possível. No entanto, Luke não parece ter percebido o meu desejo, já que somente cruza os braços e continua a olhar para mim.

- Para ti é fácil falar, Hemmings! Não tens que suportar os teus erros do passado! Não tens que suportar o facto de a mulher que amas te odiar e amar outro homem! Um homem morto para ser mais específico! Não tens que suportar as falsas esperanças que recebes para depois serem destruídas! Não tens que suportar não saber o que fazer para a reconquistar porque a tua vida não é nada sem ela! Não tens que suportar o peso na tua consciência e o ódio próprio! E não sabes o quanto suportar isso tudo dói! - liberto.

Como se tivesse tirado um peso que me atormentava suspiro e busco a minha calma. Mesmo que não tivesse conhecimento, estava a precisar de libertar os meus sentimentos que me atormentavam e que, por vezes, me tiravam o sono. Será que era isto que a Barbara sentia? Será que assim como a mim também a atormentavam e lhe tiravam o sono?

Volto a suspirar e baixo a cabeça. O que mais queria para hoje era não pensar na Barbara e muito menos falar sobre ela. Não falar seria fácil caso Luke não invadisse os meus aposentos e inicia-se uma conversa sobre ela, mas não pensar seria praticamente impossível, já que não se consegue tirar da cabeça o que não sai do coração. E Barbara ocupa totalmente o meu coração e permanece permanentemente no meu pensamento. Será que haverá algum dia que não pensarei nela?

- A Barbara não reagiu assim para te magoar. No momento de desespero, quanto te viu, tudo o que lhe viera ao pensamento fora o passado.

- Ela não consegue esquecer a minha pior fase... - choramingo - É óbvio que não consegue! Fui muito estúpido com ela. Se eu não me perdoo nem esqueço, como é que ela vai perdoar e esquecer?

Uma gargalhada amarga escorre da minha boca antes das lágrima decidirem viajar pelo meu rosto alvo. Rapidamente, limpo-as e tento segurar as outras que persistem em querer descer. Nunca irei desmoronar à frente do Luke nem de ninguém.

- A Barbara queria pedir-te desculpa.

- Não quero que me peça desculpa. Não tem que se desculpar. O único errado aqui sou eu, Luke.

- Porque é que te agarras tanto ao passado?

- Porque é o que me atormenta mais. Olhar para trás  ver naquilo que me tornei atormenta-me. O facto de não me conseguir perdoar também atormenta-me. Tudo me atormenta, Hemmings. - suspiro.

Pelo canto do olho, vejo Luke caminhar lentamente até mim e, posteriormente, senta-se ao meu lado. Sinto uma das suas mãos nas minhas costas e, em seguida, fala:

- Devias conversar com ela. Amanhã quando ela acordar e tomar o pequeno almoço, leva-a até ao pomar e conversem. - aconselha - O pomar é um lugar muito especial para ela.

Ergo a cabeça e encaro o príncipe, recebendo da sua parte um sorriso.

- Conservar sobre o quê?

- Acho que está na hora de te abrires e contares-lhe o que sentes.

***

O meu trajeto até à sala de refeições é feito lentamente, querendo adiar o meu contato visual com Barbara e o diálogo também. Não me acho capaz de me abrir com ela, de lhe dizer que a amo e que sempre amei, mesmo que não demonstrasse. Não estamos assim tão próximos para eu confessar os meus sentimentos, e duvido que algum dia estejamos.

- Bom dia. - desejo, querendo fugir dali o mais rápido possível. E tudo se intensifica quando Barbara pousa o seu olhar sobre mim.

Os olhos castanhos parecem censurar-me e, de certa forma, isso é desconfortável, fazendo com que a vontade de fugir aumentasse loucamente. Sentir ser um intruso é horrível e com ela a olhar daquela forma para mim é ainda pior, fazendo-me sentir desconfortável com o meu próprio corpo.

Antes que eu possa sentar-me para proceder à refeição, a princesa informa que precisa de conversar comigo e ordena-me a segui-la. Sem protestar, sigo-a para onde que que ela vá enquanto esta ignora os protestos da sua mãe. Os seus passos apressados e furiosos indiciavam que Barbara não estava muito pacífica e que a minha posição em relação a ela seria destruída por completo.

O meu interior tremia de desconforto e de receio pelo que viria. Com certeza, não me abriria com ela, não diria que a amo, nem diria a razão para estar aqui. A proximidade a que estamos e a que estaremos não o permite. Também não me quero sujeitar a mais humilhações. Não ser perdoado e ser atormentado pelo passado já é humilhação suficiente.

No momento em que Barbara para, percebo que estamos no local em que me foram entregues falsas e dolorosas esperanças. O sol brilhava por detrás das poucas nuvens cinza do chuvoso inverno e o povo a vaguear pelas ruas parecia agradecer por, finalmente, o sol estar a brilhar. Para além do povo, os restantes seres vivos pareciam também agradecer pelo sol que os iluminava e aquecia. No entanto, o sol trazia-me lembranças que me magoavam imenso.

- Nunca te imaginei tão cobarde, Niall! - Barbara começa. Rude como nunca imaginei que pudesse ser - Um momento mau e tu foges, escondeste! Achas que isso resolve alguma coisa?

- Tenho os meus motivos que tu não entendes, Barbara. - chuto enquanto observo a paisagem. Prefiro evitar o contato visual.

- Não entendo? Claro que não entendo! Já nem te conheço! A única coisa que sei sobre ti é que és um estúpido que só sabe magoar quem se preocupa realmente contigo!

Barbara dispara e, por momentos, penso em contestar, mas logo desisto e somente fico a fita-la. A expressão de fúria deixa-a ainda mais linda.

- Muita coisa mudou, Barbara...

- Que tipo de coisas?

- Não te posso confidenciar. Não é o momento certo.

A morena bufa e coloca as mãos na cintura.

- E porquê? Desde quando é que me escondes segredos?

- Não somos assim tão próximos para eu te contar. Afastei-nos e sei que te lembras bem disso. Mas podes ter a certeza de que o jogo se inverteu.

- Eu não te entendo! De rude e estúpido passas a misterioso e cobarde! Qual é o teu problema? - esbraveja. Os seus movimentos com as mãos são tão agressivos que me vejo com medo de que ela me possa bater.

- Só não te posso contar! Não consegues entender isso?

- Não, eu não consigo! Quero respostas, Niall, e tu vais dar-mas! Quero saber porque voltaste, porque estás tão misterioso! Quero saber tudo o que escondes e que, definitivamente, me diz respeito!

Engulo em seco não sabendo o que responder. O antigo Niall saberia responder usando a sua personalidade rude, mas mesmo desejando ser o antigo Niall para lhe poder responder, reprimo esse desejo, pois não a quero magoar.

- Não tenho essas respostas para te dar, Barbara, assim como não te posso dar o que precisas.

- O quê? Não acredito que estás a fugir ao assunto!

- Não estou, Barbara, eu não estou! - esbravejo, encarando-a - Tu queres essas respostas todas porque sentes falta do Harry, porque talvez ele tas pudesse dar! Mas eu não as tas posso dar enquanto o amares! Enquanto amares o Harry, não terei nenhuma resposta de que precisas! E não te posso trazer o Harry de volta por mais que precises dele!

Vejo-a abandonar a expressão de fúria, deixando à vista toda a sua fragilidade enquanto permanece em silêncio. E eu, por minha vez, suspiro e volto a desviar o olhar.

Consigo ouvir o vento assobiar e as árvores moverem-se enquanto o silêncio ainda se faz presente. Sei que se voltar a falar, irei dar-lhe todas as respostas que precisa e eu não o posso fazer.

- Eu não amo o Harry, nunca amei. 


Notas Finais


Boa, amores, por hoje é tudo. Espero em breve postar um novo capítulo para vocês.
Espero que tenham gostado.
Conversem comigo. Estarei sempre disponível para falar com vocês.
Beijos e até à próxima, amores.
Lene


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...