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História My Little Sweet - Capítulo treze.


Escrita por: potatoevil

Notas do Autor


Ola meus docinhoooooos. Como vocês estão? FINALMENTE EU TO DE FERIAAAAAAAAAS
ACABOU ENSINO MÉDIO UHUUUUL.
Bem, não vou enrolar muito aqui então, boa leitura e até o próximo capítulo pessoal.
Beijos.

Capítulo 14 - Capítulo treze.


Fanfic / Fanfiction My Little Sweet - Capítulo treze.

Eu não deveria usar aquela pulseira. Porém, havia algo nela que me fazia usá-la. O peso de uma morte horrível não a afastava de mim e nem me fazia contar tudo à Harry ou Emma, nem mesmo à Cris. Decorado com dois enfeites de diamante branco pairando sobre a banda de ouro, o bracelete era sem sombra de dúvidas, lindo. Porém, algo me intrigava. No interior dele estavam gravados uns caracteres. "RF20149" era o que dizia. No começo pensei ser algum código de fábrica, mas fui pesquisar e não achei nada. Então preciso procurar mais coisas sobre isso. Quando chegar no prédio da delegacia, pesquisarei algo no servidor de lá. Se eu não achar nada, contarei à Emma sobre a pulseira e deixarei que eles façam o trabalho. 

-Sophie, chegou isso pra você. -Cris entrou no meu quarto com uma enorme caixa dourada com uma fita vermelha amarrada em volta dela.

-O que é isso?- Falei me levantando da cama e ficando ao seu lado. Cris colocou a caixa em cima da cama e ficamos as duas a observar o objeto. 

-Você não acha que deveria abrir?- Perguntou-me com um tom de voz divertido. 

-E se for uma bomba? -Perguntei em voz alta me sentindo ridícula. Mas ate que fazia sentido ué, tinha um assassino por ai.- Ok, não fale nada eu vou abrir.

Me aproximei da caixa e sem dó de estragar o lindo laço vermelho, o desfiz desajeitadamente. Tirei a tampa e logo a cor escarlate invadiu meus olhos. Era um vestido. O tirei da caixa e coloquei na cama e agora ficamos a observar a maravilhosa peça.

-É uma linda bomba, vai explodir corações. -Revirei os olhos e soltei uma risadinha com o comentário. -Quem mandou?

Peguei o cartão dentro da caixa e o li. "Espero que goste, escolhi especialmente para usar amanhã. Mandarei o motorista te buscar às 20:00 horas. Esteja pronta. E Feliz aniversário adiantado, meu amor. Te amo, papai." Dei um leve suspiro, merda, havia esquecido do jantar beneficente de papai. Entreguei o bilhete à Cris e olhei o que mais havia na caixa. Um belo scarpin nude que acabara de virar meu favorito e uns papéis. Peguei para os olhar mais de perto e descobri sendo várias listas de convidados para as festas de papai. Procurei por mais papéis e não achei nada, a caixa estava vazia. Peguei meu celular para ligar pra Harry e parei quando disquei seu número. Eu deveria ligar diretamente para Emma não? Então porque estava ligando para Harry? 

-Tudo bem com você? -Cris passava a mão na frente do meu rosto.

-Está sim, preciso ligar pro Harry, Cris. -Cliquei no botão para chamar, não tinha mais volta quando a sua voz soou no aparelho.

-Sophia? Aconteceu alguma coisa? -Sua voz era de surpresa.

-Hmmm, na verdade sim. -Mordi o lábio. -Eu acabei de receber várias listas de convidados das antigas festas de papai. -Enquanto eu falava andava pelo quarto e balançava os papéis em minha mão com gestos que ele não veria.- E preciso de ajuda para analisar tudo. Sei que é sexta e já está tarde mas preciso de alguém que conheça bem o caso e acho que Emma está ocupada.

-Está em casa? -Ouvi um barulho de chaves e deduzi que ele viria, isso fez meu coração bater mais rápido.

-Sim. -Mordi meu lábio.

-Estou indo. -Dito isto ele desligou e eu olhei para Cris, que mantinha um olhar desconfiado.

-Certo. O que foi isso? Desde quando está tão amiga do Styles? -Ela cruzou os braços. -Transou com ele de novo? -Sua expressão foi hilária.

-O que? Eu só preciso de ajuda para revisar todas elas listas. São muitas e nenhum detalhe pode passar em branco. E eu penso em dar uma trégua de todas essas discussões com ele. 

-Uhum e eu sou a Angelina Jolie. -Ela colocou o cartão na cama e veio até mim, segurando meus ombros. -Vocês transaram de novo né? 

Derrotada, suspirei e assenti me sentindo completamente idiota.

-Ah, Sophie. Você não deveria deixar acontecer. -Ela me abraçou- Porque eu sei que depois você sempre se culpa e o clima entre vocês pode ficar ainda pior.

-Eu sei, eu sei mas é que... -suspirei novamente- Porra, eu to tão carente. Ele não parece ser essa pessoa chata que aparenta ser sabe... E é tão... merda, o sexo é tão bom.

-Eu não precisava saber disso. -Ela sorriu. -Só quero que tenha cuidado para não se apaixonar e se o fizer, que seja recíproco.

-Como assim se apaixonar, Cris? Isso já acabou. Foram só duas vezes e não vai mais acontecer. 

-Duas? -Ela me olhou desconfiada.

-Tudo bem, foram três mas do que importa? Não vai mais rolar.

-Ok, você quem sabe. -Ela levantou os braços e saiu do quarto mas antes soltou uma frase - Eu não deixaria de fazer um sexo tão bom com aquele homem, porque ele pode ser chato, mas é um puta de um gostoso.

Joguei uma almofada nela e comecei a rir. Naquilo eu teria que concordar com Cris, ele era muito gostoso.

[...]

Eu já estava na lista número quatro quando Harry chegou. Ele estava absurdamente lindo e claro, muito cheiroso.

-Oi. -Ele falou meio estranho.

-Hmmm, oi. -Espalhei todos os papéis na cama e o chamei pra sentar.- Quer beber algo? Comer... -Harry me olhou estranho e deu uma risadinha. Tem cada doido nesse mundo.

-Não, Sophia. Obrigada. -E então começamos a fazer nosso trabalho.

[...]

O relógio marcava 23.27 e ainda estávamos procurando nomes em meio a toda aquela papelada. Minha coluna doía e meus olhos pesavam, eu precisava de café.

Me levantei e alonguei um pouco, tanto tempo sentada numa mesma posição me deixou toda dolorida. Harry acompanhava meus movimentos. 

-Você quer café? -Perguntei colocando as mãos na cintura, de forma imponente.

-Claro. -Dito isto me dirigi à cozinha para fazer a substância escura dos deuses e ouvi gemidos vindos do quarto de Cris. Ryan parecia com toda certeza saber o que estava fazendo. Sorri ao saber que Cris estava feliz.

Depois de pronto, despejei o líquido em três xícaras vermelhas e levei uma ao policial que estava de guarda hoje. Era Bob. Ele agradeceu e desejou me uma boa noite. 

Voltei para a cozinha e peguei as duas xícaras e levei para o quarto.

-Café fresquinho para levantar os ânimos. -Entreguei a xícara à Harry coloquei a minha no móvel ao meu lado.

-O cheiro está ótimo, obrigada. -Ele deu um gole- O gosto não fica pra trás.

-Obrigada. -Me encostei na parede e cruzei os braços. -Você vai continuar ignorando? 

-Ignorando o que? 

-O fato de termos transado de novo e você fingir que eu não existo sendo que você me diz pra te deixar em paz mas é você quem fica provocando? -Falei tudo de uma vez. Aquilo já estava me matando. Desde que nós fizemos sexo naquela maldita sala pela última vez, Harry vinha me ignorando e não sabia o porque ele estava fazendo aquilo. Harry me olhou surpreso e em seguida sorriu. 

- Isso te irrita? -Ele colocou a xícara ao lado da minha e ficou de pé.

-Eu não te entendo Harry. Você me fala coisas e você faz coisas e depois você me ignora totalmente. Você me deixa completamente confusa e eu odeio isso.

-Você odeio estar confusa ou odeia quando eu não te digo ou faço "coisas". -Ele fez sinal de aspas na ultima palavra. 

-Olha aqui Harry, eu não sei quem você pensa que é pra ficar se achando por aí, mas o mundo não gira ao seu redor. Eu só queria pedir que pare de ficar falando coisas pra mim.

-Ok. -Ele se aproximou, colocando os braços na parede e me encurralando. -Eu não vou mais falar, eu vou fazer. 

O beijo foi arrasador. Começou calmo e tomou rumo para o desespero e a pressa. Suas mãos seguravam minha nuca como se eu estivesse prestes a escapar dali enquanto eu embrenhava meus dedos em seu cabelo.  Aquilo era uma droga porque parecia que ultimamente tudo que envolvia estar perto de Harry iria acabar em sexo. Não que o sexo fosse ruim, na verdade, era muito bom, mas eu precisava resistir, eu tinha dito que não iria mais transar com ele e no momento eu estava com a lingua enfiada na boca do homem enquanto meu corpo esquentava ao sentir seu corpo contra o meu. 

Harry me impulsionou pra cima e eu enlacei sua cintura com minhas pernas, seus beijos agora foram direcionados para meu pescoço e colo enquanto suspiros saíam de minha boca. Dane-se o que eu havia falado, eu queria aquilo e não podia -nem queria-  mais negar.

-Merda. -Harry partiu o beijo e levantou minha blusa, jogando-a longe quando ela deixou meu corpo.- Preciso te ver.  

Styles ficou a me observar de sutiã enquanto eu tentava controlar minha respiração, Deus do céu,ele estava tão lindo. 

-Nunca vou me cansar de dizer o quanto você é linda. - "Nunca vou" o que ele quis dizer com aquilo. Se eu não estivesse com um deus grego tirando minha sanidade ao beijar minha boca, eu teria refletido um pouco mais sobre aquela frase. 

-Harry - tentei soar séria mas o chamado soou como um gemido. - Harry...

-O que? -ele parou a atenção que dava ao meu pescoço e olhou pra mim.

-A porta está aberta. -Ele olhou perverso pra mim.

-Foda-se. -Em seguida voltou a me beijar enquanto suas mãos soltavam o fecho do meu sutiã. 

Harry deu atenção aos meus seios, Beijou, mordiscou, lambeu, chupou. Me levou ao céu apenas com carícias. Porém, eu ainda precisava senti-lo, precisava tocar sua pele sem a interferência de suas roupas. Então, o puxei para um beijo rápido e levantei sua blusa, jogando longe aquele pedaço de pano do inferno. Suspirei com o contado de pele com pele, eu precisava tanto dele, chegava a doer. 

Tirei minhas pernas de sua cintura e coloquei os pés no chão. Andei até a minha pia do banheiro o puxando pela mão, joguei tudo pro lado e me sentei lá, o colocando entre minhas pernas, não queria mais enrolar só com beijos. Harry sorriu durante o beijo e abriu o botão de meu shorts enquanto eu fazia o mesmo com sua calça, dessa vez ele estava sem cinto e eu não sei como prestei atenção naquilo, realmente não sei. Rapidamente baixei sua calça e ele se encarregou de tirar os sapatos e a calça. Fiz o mesmo com meu shorts, ficando apenas de calcinha em meu banheiro de frente para Harry. 

-Sabia que eu adoro azul? -ele sussurrou em meu ouvido, colando seu corpo no meu e deslizando as mãos em meus quadris.- E ela é realmente linda. Porém, minha pequena. -Ele posicionou uma mão em cada lado da calcinha- Você vai ter que me perdoar, mas eu preciso fazer isso. 

-Fazer o ...- Nem terminei a frase e senti minha calcinha tremer levemente. Olhei para o chão, ele não tinha feito aquilo, tinha? Sim, ele tinha! Minha calcinha estava aos trapos no chão e eu a olhava meio incrédula ainda.

-Era uma das minhas favoritas. -Olhei pra ele e sorri.

-Eu te recompenso. -Dizendo isso ele me beijou profundamente e levou sua mão até a minha intimidade, já molhada. Harry me estimulou com seus dedos e eu gemi em resposta, aprovando o ato. O beijo foi quebrado e eu joguei a cabeça pra trás, deixando meu pescoço exposto para ele fazer o que bem quiser. Até o momento eu mordia o lábio para não gemer, mas ao introduzir dois dedos em mim, eu soltei um gemido levemente alto.

-Não se controle, querida. -Harry sussurrou contra meu seio direito e voltou a chupá-lo com avidez. Com as carícias, meu corpo entrou num estado de completa agonia, eu precisava de Harry, precisava mais do que aquelas carícias que nem chegava aos pés do que ele me proporcionava. 

-Só deixe vir, meu bem. -Styles penetrou mais um dedo e começou a estimular meu clitóris com o dedão. Ele continuava com as carícias em meus seios, contribuindo para a chegada do orgasmo. Mais uns movimentos e eu atingi meu ápice, tentando conter meus gemidos inutilmente, eu puxei o homem para um beijo e quando toda aquela sensação passou, tentei controlar minha respiração. 

Meu peito subia e descia num ritmo inconstante e quando eu estava conseguindo tomar um certo controle sobre mim, Harry volta a me beijar levando minhas recentes conquistas pro lixo. 

Embrenhei meus dedos em seus cabelos e os puxei com força, deixando seu pescoço a mostra e depositando um chupão que deixaria uma marca roxa, com certeza. A minha atitude me fez gostar de estar no controle.

Minha mão ainda estava em seu pescoço quando com a outra, eu o empurrei até uma parede e o beijei veemente. Harry pareceu não gostar da minha atitude pois nos virou quase que imediatamente e prendeu minhas mãos no alto de minhas cabeça. 

-Você quer mandar em tudo não é? -Ele beijava lentamente meu pescoço e ia descendo. -Mas aqui, enquanto eu te levo ao paraíso, sou eu que mando. -Ele soltou minhas mãos e me deu uma das mais belas visões de minha vida. Harry caiu de joelhos segurando-se em minhas nádegas, ele sustentou seu olhar no meu e separou minhas pernas com uma mão enquanto a outra apertava minha bunda levemente. Seu sorrisinho malicioso me fez queimar ainda mais. MEU DEUS, QUE HOMEM ERA AQUELE? 

-Dessa vez querida, eu quero ouvir você gritar. -Dizendo isso, ele quebrou o contato visual e levou sua boca até minha região íntima. Harry passou a lingua levemente, me deixando com uma enorme ânsia para senti-lo. Como se adivinhasse, ele chupou-me de verdade. Chupou, mordeu, sugou, passou a língua por toda minha intimidade e com o auxílio de dois dedos, me ajudou a chegar o meu segundo orgasmo na noite. E como ele havia mandado, eu gritei. Gritei seu nome em meu momento de extremo prazer recebendo um sorriso de aprovação de Harry ao ver que tinha cumprido suas ordens. Tudo bem, Styles. Eu deixo que você mande em mim aqui. 

O cansaço começou a me dominar e suspeitei estar sonhando quando Harry levou seus dedos à boca, chupando-os. Dei um biliscão em mim mesma pra averiguar se aquilo era real.

-Gostosa. -Ele sussurrou antes de me beijar. Harry colou seu corpo no meu me fazendo sentir o volume na sua cueca propositalmente. Era possível eu estar novamente excitada só por sentir que ele estava duro? Sim, era. 

-Eu podia brincar um pouco mais com você, mas a verdade é que eu não consigo, Sophia. Eu quero você aqui e agora. -Nossos beijos se tornaram urgentes mas aquilo não dava mais conta. Um precisava do outro, um queria o outro. 

Arranhei o membro dele por cima da cueca e ele suspirou. Eu podia imaginar sua agonia. Apertei toda sua extensão continuamente enquanto o beijava e o senti tremer levemente.

-Chega. -Harry apartou o beijo e tirou sua cueca box de uma vez. Meus pés saíram do chão quando ele me levantou e me colocou em cima da pia novamente e deu um toque na porta, fechando-a. Ficando entre as minhas pernas, ele posicionou o seu membro na minha entrada mas não me penetrou, apenas provocou. 

-Harry não prov... -Senti seu membro me invadir e gritei de prazer. Finalmente a sensação de ter Harry dentro de mim se fez presente e eu me sentia completa. Os movimentos se tornavam intensos e rápidos enquanto Harry murmurava coisas desconexas em meu ouvido e puxava meu cabelo levemente. Parecia que nossos corpos iam entrar em combustão com todo o calor armazenado ali. 

A conhecida sensação de agonia se fez presente novamente e eu enlacei a cintura de Harry em um pedido mudo para que ele fosse mais fundo, e ele foi. Eu estava quase lá quando Harry saiu e entrou de uma vez me fazendo explodir e ver estrelas. A sensação era indescritível. Agarrei-me em seus ombros e finquei minhas unhas ali com toda a minha força em uma clara demonstração do enorme prazer que ele me proporcionara. 

Gemi seu nome enquanto mordiscava o lóbulo de sua orelha e logo ele gozou também, agarrando minha cintura com força e proferindo murmúrios aleatórios contra meu pescoço.

Satisfeitos, ambos tentávamos controlar nossas respirações. 

-Isso foi... -Procurei palavras para terminar a frase.

-Incrível. -Harry completou por mim e me beijou. -Como das outras vezes.

Sorri ao termino de sua frase e lembrei que ainda tínhamos listas para analisar.

-Harry, temos trabalho a fazer. -Ele suspirou cansado.

-Temos sim. -Dando-me um ultimo beijo, ele pegou suas roupas e as minhas, me vesti rapidamente e quando ia voltar pra cama ele me puxa pelo braço, colando seu corpo no meu.

-Feliz aniversário! -Dizendo isso ele me beijou lentamente, e aproveitando cada momento daquele beijo,  eu massageei seu lindo cabelo enquanto suas mãos passeavam livres em minhas costas. 

-Obrigada. -Disse em seu ouvido e depositei um beijinho ali. Voltando para a cama logo após.

[...]

-Achei, achei!!! -Exclamei alto e Harry tomou um susto.- Olha só, as datas batem. Esse foi a última reuniãozinha que eu fui. Olhe os nomes Harry. -Entreguei a lista em sua mão.

-John. -Ele murmurou baixo.

-Olhe mais pra baixo. -Pude vê-lo correr os olhos pela folha.

-Crowley.

-Exato. Tenho certeza que isso não foi apenas um simples jantar, os dois estão no mesmo local e o mais importante, isso foi um mês antes da prisão de John. Tenho certeza que se investigarmos, descobriremos que mais pessoas dessa lista fazem parte do esquema.

-Também tenho. Mas agora está tarde, levarei isso à Emma e depois verei o que fazer.

-O que? -Exclamei incrédula. Porque ele estava falando tudo aquilo como estivesse me deixando de fora de tudo? -Você não está pensando em me excluir dessa vez não é?

-Eu preciso ir. -Harry pegou alguns papéis e levantou-se rapidamente. Minha mente processava tudo lentamente. Não acredito que depois de todo aquele trabalho ele iria me deixar de fora. Quem Harry Styles pensa que é? 

Quando finalmente eu raciocinei direito e decidi agir, Harry já havia deixado o recinto. Corri para a porta mas Bob disse que ele já tinha ido embora.

-Desgraçado, filho da puta. Ele levou minhas listas. -Minha vontade era de chorar. Eu estava tão cansada e com tanto sono e Harry simplesmente iria me deixar de fora. Mas ele não iria mesmo. 

Entrei novamente no apartamento e fui para meu quarto. Joguei todas as listas no chão e deitei na cama. Já estava tarde e meu dia iria ser movimentado amanhã.

[...]

Eu odiava acordar cedo no sábado por motivos de preguiça. E nesse ainda mais porque fui dormir às 3 da madrugada. Mas lá estava eu fazendo faxina na casa enquanto Cris e Ryan aproveitavam a vida. 

Eu estava com uma raiva mortal por Styles ter saído e levado minhas listas. Ate umas que eu nem tinha lido ainda. Nem mesmo a faxina estava me ajudando a relaxar e o pior de tudo era que eu estava me sentindo estranha. Um aperto no peito não sei bem o que era. Com certeza eu estava na TPM. Talvez chocolate ajudasse.

Terminei de varrer toda a casa e fui pra cozinha preparar brigadeiro pra mim.

-Bom dia, flor do dia. -Cris me cumprimentou com um sorriso enorme.

-Aposto que é bom. Como foi sua noite? -Eu dei um sorrisinho malicioso pra ela. -Eu ouvi tudo. 

-Pare com isso. -Ela estava ficando vermelha.- Quem ouviu coisas fui euzinha aqui. O que vocês fizeram? 

-Não toque no nome deste desgraçado. Se eu pudesse matar alguém agora, seria ele.

-O que ele fez? -Cris se sentou.

-Quer me deixar de fora em um caso que estou trabalhando. Pra variar... -Fiz cara de tédio. -Mas enfim, cadê o Ryan?

-Foi em casa mudar a roupa e depois trabalhar. Aliás, Feliz aniversário para a melhor amiga do mundo. -Ela me abraçou e eu agradeci, entretanto, Cris tinha uma cara nada boa.

- O que aconteceu? Por que está com essa cara? -Ela olhou pra mim e pediu pra eu sentar. Desliguei o fogo e fiz o que ela pediu.

-Sabe quando eu fui sequestrada? -assenti- Então, nesse dia. A... pessoa que me sequestrou me deu uma coisa. E não, eu não vi seu rosto. Sua voz parecia de robô e vestia preto da cabeça aos pés.

-Entendo. -Segurei suas mãos- Você foi machucada de alguma forma?

-Não. Eu não fui. Mas enfim, a pessoa me disse pra te entregar uma coisa apenas no seu aniversário e se eu entregasse antes ou sequer comentasse com alguém, uma pessoa morreria. E eu sei que isso foi errado esconder isso mas estamos lidando com um ou uma sei lá, psicopata. -Ela tinha lágrimas nos olhos.

-Cris, eu entendo você. Por favor, não chore. -A abracei.

-Não está brava comigo? -Ela me olhou com os olhos marejados.

-Estou feliz por ter você como amiga. Eu te amo e estou feliz por estar aqui.

-Obrigada. -Ela me abraçou forte. -E eu não li viu.

-É uma carta? -Ela assentiu. 

-Deixei no seu quarto. Pode ir, eu termino isso aqui. -Dei um beijo em sua testa e corri pro quarto, temendo o que viria nos próximos minutos.

Sentei na cama com o envelope branco nas mãos e percebi que eu tremia. Resolvi ler logo de uma vez aquilo e rasquei o papel com cuidado. 

Não era uma carta, era uma foto. E um saquinho azul de veludo. Olhei para a foto sem entender muito bem, atrás estava escrito feliz aniversário e na frente apenas a foto de uma caixa com um papel branco colado nela onde estava escrito com letras gigantes a palavra "EVIDENCE" . Algumas informações mais e um código. "#RF20149". Era o que estava gravado em minha pulseira. Aquilo não era nenhum código, era o número de um arquivo. Resta saber de quem era o arquivo. O que com certeza eu iria descobrir. Tentei achar mais coisas porém não consegui. Deixei a imagem de lado um pouco e peguei o saquinho azul. Ele estava com algumas coisinhas dentro que balançavam e faziam um barulhinho. Desfiz o nó e despejei o conteúdo em minha mão. Aquilo não era real, não podia ser. No momento em que fitei os dentes sujos de sangue seco em minhas mãos, um grito de horror escapou de minha garganta e quase que imediatamente eu joguei tudo no chão. Uma sensação horrível de enjoo se fez presente e eu corri pro banheiro vomitando todo o meu café da manhã. 

Cris me socorreu e me ajudou quando eu terminei de botar tudo pra fora. Lágrimas escorriam enquanto eu lavava minha mão compulsivamente.

-Calma, Sophie. O que houve? -Ela alisava meu cabelo. 

-Isso não acaba, Cris. Parece que não vai acabar nunca. -Minha voz saiu embargada pelo choro.-Eu estou tão cansada.  Eu só queria que parasse.

Cris ficou comigo até eu me acalmar e explicar o ocorrido a ela. 

-Precisamos ligar para a polícia. -Assenti.-Vou ligar. Tudo bem você ficar aqui sozinha?

-Estou. Pode ir. -Assim que ela saiu, peguei a foto e joguei na privada, dando descarga. Aquilo não podia parar nas mãos da polícia.

[...]

-Você está bem, Sophie? -Zayn me abraçava.

-Ficarei. -tentei sorrir pra ele. -Quando saberemos de quem são? 

-Hoje mesmo, em duas horas. 

-Você me informa certo? 

-Claro que sim, você além minha amiga, merece saber. Ninguém devia passar por isso, Sophie. Nós vamos pegar essa pessoa, viu? -Ele me apertou mais contra seu peito e e me senti segura com Zayn.

-Zayn? -Me afastei para o encarar.- Você está livre hoje a noite? 

-Estou, porquê? -Ele me olhava curioso.

-Tenho dois convites para a festa de papai, você quer ir? -Sorri torcendo para que ele aceitasse.

-Claro que sim. -Ele sorriu com a lingua entre os dentes, e amava quando ele fazia aquilo.  -A  proposito, tenho uma coisa pra você.

Zayn me entregou uma sacola  cor de rosa e eu sorri.

-Não acredito que comprou um presente. -O abracei forte. -Obrigada Zayn! 

Beijei seu rosto e  abri. Era um livro.

-Cris me disse que você adora ler, então... -Ele colocou a mão nos bolsos.

-Obrigada, Zayn. Te adoro. -O abracei novamente e ficamos assim até que ele teve que ir embora pois estava trabalhando.

[...]

Quando a noite chegou, eu estava bem melhor. Cris iria comigo ao jantar e Zayn também, já que Ryan não iria poder ir. Combinei o horário com Zayn e ele iria nos buscar às 20:00 e mandei mensagem a papai falando que não precisava mandar seu motorista.

Uma hora antes do combinado, eu comecei a me arrumar. Tomei banho, passei hidratante, escolhi uma lingerie sexy na cor vermelha, diz a maquiagem, o penteado e por fim, me vesti (1). Coloquei algumas jóias, borrifei perfume e calcei os sapatos maravilhosos. Coloquei uns utensílios importantes na bolsa e saí. 

Cris estava divina (2).  Seu vestido azul fazia sua pele parecer ainda mais branca e combinava bem com a cor de seus olhos. 

-Você está...

-Perfeita. -Ela completou minha frase. 

-Nós duas estamos. -Peguei meu celular e coloquei na câmera. -Vem aqui. Sorria. -Tiramos várias fotos até ouvirmos a campainha.

-Deve ser Zayn. -Fui até a porta e a abri dando de cara com um homem muito lindo. Zayn estava impecável (3) e eu acho que estava babando. 

-Você está espetacular. -Ele me girou. -Não quero ser só seu amigo. 

-Então me peça em namoro. -Sorri e o beijei no rosto. -Vamos? 

-Claro. Onde está Cristina? 

-Vou chamá-la. -Entrei novamente e chamei Cris, assim, fomos embora.

[...]

As lembranças invadiram minha mente no momento em que cheguei na minha antiga casa. Lembrei do meu primeiro banho de chuva que tomei com a Cris, de quando dei uma festa na piscina só para as meninas da minha turma mas a coisa saiu do controle e metade da escola estava na minha casa, levei uma bronca e fiquei de castigo por um mês. 

As fotos de mamãe espalhadas pela casa me fizeram sentir uma saudade enorme dela. Do seu sorriso doce, dos seus belos vestidos. Lembro que eu os vestia, mesmo que eles ficassem arrastando no chão por eu ser ainda uma criança, e fingia que era ela. E aqui estou eu, para ficar no lugar que ela sempre ocupou. Ao lado de papai, recebendo os convidados.

-Você está bem? -Cris me perguntou.

-Estou sim. Só um pouco nostálgica.

Cumprimentei papai e o apresentei a Zayn. Ele parecia tenso e preocupado. Mas eu não liguei muito, quando eu ia apresentar a casa para Zayn, ele me puxa pelo braço.

-Por que trouxe esse rapaz? -Papai agora parecia bravo.-Pensei que seria o namorado policial de Cris.

-Ele é meu amigo. E Ryan não podia vir. Qual o problema? 

-Nenhum. Só não quero estranhos em minha casa. -Ele soltou meu braço. -Vamos recepcionar os convidados em dez minutos. 

E então ele saiu e me deixou só. Eu realmente não sei o que deu nele, papai nunca tinha agido assim nem mesmo quando a festa na piscina saiu do controle. Em todo caso, resolvi procurar Cris e Zayn e mostrar a casa a ele.

[...]

Aquilo era muito chato. Sorrir pra gente rica e fingir que tenho um bom relacionamento com papai. O pior era ouvir que eu me parecia com mamãe, não que fosse ruim a semelhança, mas doía ouvir falar dela simplesmente porque a saudade só aumentava naquela casa.

-Boa noite. -Uma voz muito conhecida ecoou no ambiente e eu me virei para ver se eu estava delirando. Era possível que até aqui Harry Styles não me dava paz?

-Boa noite, senhor Styles. -Papai estendeu a mão e Harry a pegou. -Não preciso apresentar a minha filha, Sophia. Vocês já trabalham juntos. -Os dois riram, o que estava acontecendo ali? Depois de perceber que eles estavam esperando que eu falasse alguma coisa, murmurei um "boa noite" e sorri minimamente. -Entre Harry, fique à vontade, a casa é sua.

Quando Harry sumiu de vista, eu perguntei a papai o que ele estava fazendo aqui.

-Como assim? É bom que a policia esteja aqui. Quem melhor que Harry Styles para isso? Ele trabalha com você!

-E por que é bom que a polícia esteja aqui? -Sorri para um casal que acabara de chegar.

-Porque há boatos surgindo de que eu estou desviando dinheiro. E como isso não tem nem cabimento, eu convidei ele para mostrar que não tenho nada a esconder.

-Hmmm. -Aquela história estava mal contada, eu como jornalista investigativa, fui programada para duvidar e mais cedo ou mais tarde, tiraria aquela história a limpo.

[...]

-Dança comigo? -Zayn me trouxe uma taça de vinho. 

-Não sei se percebeu, mas não tem ninguém dançando. -Aceitei a bebida. - A música é só para abafar conversas de negócios que são extremamente chatas.

-Eu não me importo. Seja ousada, Sophie. Dance comigo. -Ele sorriu e estreitou os olhos, me desafiando.

-Ok, então. -Deixei a taça numa mesinha com um jarro lindo de flores e fui.

A música era lenta, como todas as anteriores e as que iriam vir. Eu ja conhecia as festas de papai do começo ao fim. Zayn colocou suas mãos em minha cintura e eu coloquei as minhas em seu pescoço, quebrei o restante de espaço que havia entre nós e colei nossos corpos, encostando minha cabeça em seu ombro. Nossos pés se moveram no ritmo da música e nossos corpos começaram a balançar lentamente. 

Zayn tinha um cheiro maravilhosamente bom e sua presença era agradável. Ele era o tipo de amigo que eu podia contar pra tudo. Ele me fazia rir, me apoiava, se deu muito bem com Cris, tinha bom humor, fazia piadas e brincadeiras idiotas... Ele era bem bonito também, poderia namorar qualquer garota que quisesse. Bem, eu não me incluía nisso porque somos amigos e não era bem ele quem eu queria, era o amigo. Mas o que? Como assim, gente? Eu não queria namorar Harry Styles, era só sexo né? E naquele momento, por mim nem sexo seria, minha raiva por aquele babaca não passou nem um pouco.

-No que está pensando? -Zayn se afastou levemente para que eu pudesse olhar para ele. Percebi que casais se formavam e começavam a dançar.

-Em nada. -Sorri tentando disfarçar.

-Hmmm, vamos lá, Sophie. Eu te conheço, sei que algo está te preocupando. Bem, fora toda essa coisa de assassinatos e bilhetes.- Zayn estava certo. Algo me preocupava, mas eu não sei bem o que era. Talvez, se eu contasse a alguém, eu pudesse descobrir.

-Bom, eu estou sentindo umas coisas estranhas sabe. -Ele me olhava fixo, prestando atenção em cada palavra. -Não sei o que é. São sensações estranhas, um aperto dentro de mim, não sei... -Suspirei. - Eu estou mais sensível, instável...  Meio obcecada em algumas coisas do trabalho, quer dizer, eu sempre chamo Harry quando vejo qualquer coisa que possa ser importante, mas na verdade não é e isso me atrapalha no trabalho porque eu sou boa no que eu faço e eu esto distraída agora, penso que qualquer coisa besta seja importante. E as vezes meu coração acelera como está agora. Droga, isso é horrivel.

-Sophie, Sophie... Calma. -Ele sorriu pra mim e beijou minha testa. -Eu vou te dizer uma coisa, mas você não vai me abandonar aqui e nem vai mudar o rumo da conversa ok? 

-Ok. -Desconfiei de Zayn. O que ele iria falar, estava até com medo.

-Eu sei do seu caso com Harry. -Einh???- E não, não há mais pessoas sabendo disso além de mim e Ryan, se há, elas não comentam.

-Foi Ryan quem contou né? -Ele assentiu. -Mas o que isso tem haver? 

-Tem tudo haver minha querida. Você está apaixonada! -Zayn falou aquele absurdo numa normalidade tão grande que eu até pensei que ele estava ficando louco. -Antes que você negue ou qualquer coisa, deixe-me explicar. 

-Por favor.-A música acabou e começamos outra. Zayn me levantou do chão e deu um giro, me fazendo fechar os olhos e soltar uma risadinha. 

-Você  sente um aperto dentro de si, isso pode ser saudade de alguém, ou ciúmes, ou você pode estar morrendo e precisa de um médico. -Arregalei meus olhos assustada e ele riu de mim. - Você está mais sensível porque está apaixonada, e veja bem, você chama Harry por qualquer coisinha, isso indica que você o quer por perto. Seu coração acelera quando você pensa ou fala nele, porque você está apaixonada. Isso é tão obvio.

-Você é definitivamente, um louco e precisa se tratar urgentemente.

-E você precisa engolir seu orgulho e admitir logo isso, porque não vai passar só com sexo. 

-E você precisa calar a boca.

-Voltamos pra escola é isso? -Eu ri. Zayn me deixava feliz sempre. Eu amava o ter por perto.

-Acho que te amo. -Ele sorriu e ficou me olhando por uns segundos. Logo após, colou seus lábios nos meus num selinho demorado. Retribuí o gesto.

-Você é a minha melhor amiga sabia, Smith? Não perca esse posto nunca. -Encostei a cabeça em seu ombro e continuamos a dançar. Porém, um ser negro com um cheiro muito conhecido parou à minha frente, fazendo minha respiração falhar.

-Atrapalho o casalzinho? -Havia um tom de raiva em sua voz.

-Styles!? De maneira alguma, em que podemos ajudá-lo? -Zayn e eu paramos de dançar e ficamos de frente para Harry. O braço de Zayn agarrou minha cintura e o olhar de Harry pousou ali.

-Estão namorando agora? Parabens, ao casal. -Ele claramente estava com raiva de alguma coisa.

-Está com ciúmes Harry? -Zayn provocou usando um tom de deboche. Eu não estava gostando daquilo.

-Com ciúmes, eu?? -Ele riu em escárnio. -Por favor. Só preciso falar com Sophia. -Harry estendeu a mão pra mim e eu olhei para Zayn.

-Ficarei bem. Vou procurar Cris. -Segurei na mão de Harry e ele me puxou para um canto mal iluminado do grande salão de baile.

-O que você quer? Pedir desculpas? -Suas mãos seguraram minha cintura firmemente e me puxaram para si. Pousei minhas mãos em seu pescoço e começamos a dançar.

-E por que eu iria me desculpar? Só pra saber. -Eu nem sequer tinha vontade de olhar para ele. 

-Que tal por ter pego minhas listas e ameaçado me tirar do caso? 

-Você já está fora do caso. Conversei com Emma e ela concordou. -Olhei pra ele sem acreditar.

-O que? -Eu tinha ouvido direito?

-Mas não se preocupe, você tem muito trabalho a fazer. Tem cinco matérias para publicar de casos bem complicados e ainda está encarregada de descobrir pistas de um novo assassinato. -Eles estavam tentando me compensar por terem me tirado? Não estava funcionando. Talvez só um pouco, mas John sabia coisas pessoais de mim e eu queria saber como.

-Por que eu estou fora? -Minha raiva por Styles parecia só crescer.

-Já desvendamos quase tudo, precisamos apenas prender umas pessoas e pegar depoimentos. Quando tudo acabar, nós explicaremos o que houve.

-E por que não agora? -Aquilo estava muito mal contado.

-Porque você não está no caso. -Ele sorriu e merda, que sorriso lindo. -Você deveria me agradecer sabia? Seu nome vai aparecer em cinco matérias de casos muito importantes no jornal e ainda vai ajudar a prender mais gente.

-Eu não vou te agradecer por nada. Eu te odeio e no momento, queria arrancar sua cabeça.  -Sua boca encostou em meu ouvido.

-Queria arrancar sua roupa. -Harry sussurrou e qualquer vestígio de raiva que eu tinha foi embora. -Você está linda. -Ele depositou um beijo ali e voltou a posição anterior. -Você sabe não é? 

-Eu sei o que? -Levei uns segundos para responder.

-Que você é minha. -Eu acho que estava com problema na audição porque não era possível.

-O que? 

-Que você é minha, Sophie. Porque se não sabe, eu vou deixar bem claro. -Sua mão deslizou pelo vestido e parou na minha coxa, levantando-a na altura de sua perna. -Nenhum outro vai te dar o que eu te dou. -Sua boca voltou ao meu pescoço e começava a distribuir beijos por toda a extensão. -Ninguém vai te tocar como eu toco. Ninguém será suficiente pra você como eu. Ninguém terá você como eu. - Sua mão abandonou minha coxa e meu pé voltou ao chão. Gracas à Deus estávamos num lugar mal iluminado. -Você não deseja a ninguém como deseja à mim porque você pensa em mim, sonha comigo. Eu não te deixo em paz não é mesmo? 24 horas perturbando seu juízo. E sabe como eu sei disso? -Sua mão subiu por toda minha coluna até alcançar minha cabeça, onde acariciou levemente. A outra mão apertava minha cintura com força. Ele estava tão certo. -Porque eu também me sinto assim. -Merda. Harry Styles estava me deixando louca.

Meus olhos encontraram os seus e eu senti vontade de gritar que era tudo verdade. Sim, eu era dele. Era por ele que meu corpo pegava fogo, era com ele que eu sonhava e perdia meu sono, era por causa dele que meu coração acelerava. Ele estava certo e naquele momento, eu temi que Zayn também estivesse certo. 

-Eu sou seu, Sophie. Assim como você é minha. -Uma estranha felicidade me invadiu com a sua confissão e e levei meus lábios aos seus. O selinho não durou cinco segundos e eu puxava Harry pela mão. As pessoas abriam passagem para nós passarmos e logo estávamos do lado de fora da casa. Não havia ninguém ali e eu continuei andando, até chegar na casa da piscina. Estava tudo escuro mas eu não me importei em ligar as luzes. 

Quando Harry ameaçou falar alguma coisa, cobri seus lábios com os meus, num beijo desesperado. Joguei minha bolsa em cima de uma mesinha e passei a tocar seu corpo. Andei ás cegas até Harry bater em alguma coisa que eu supus ser a parede, não havia tempo naquele lugar, só a pressa. Logo senti um volume aparecer no meio das pernas de Harry e um pensamento me ocorreu. Ate onde eu conseguia provocar aquele homem? 

Me separei dele e procurei um abajur, o ligando. A luz era fraca o que deixava tudo melhor. O peguei pela mão e o sentei na poltrona ao lado do abajur e me distanciei. Não tirei os sapatos, eu os amava. Peguei meu celular na bolsa e coloquei um blues para tocar. Respirei fundo e deixei o ritmo me guiar. 

Meu corpo balançava sensualmente, minhas mãos passeavam pelo meu corpo e meu olhar mantinha-se fixo no de Harry. Rebolei até o chão e ao subir, levei a barra do vestido comigo, deixando minha perna à mostra. Eu estava virada de lado para Harry de forma que ele obtivesse mais visão do interior do vestido do que eu estando de frente. O seu olhar capturou o meu e eu mordi o lábio,  soltando a barra do vestido.

Caminhei lentamente até ele e balancei meu corpo. Peguei suas mãos e beijei cada um de seus dedos, em seguida, passei pelas minhas laterais, enquanto dançava. Inclinei meu corpo afim de que minha boca ficasse a milímetros da sua, ameaçando o beijar, mas não o fiz. Me afastei e virei de costas, saindo de perto dele. De repente, meu corpo foi virado bruscamente e Harry me beijou com força, ele estava perdendo o controle. 

Mordi seu lábio inferior com força e tirei o seu cinto. Estava na hora de tirar ele completamente do sério. Apertei seu membro repetidas vezes enquanto ele suspirava entre beijos, abri sua calça e baixei um pouco, afim de senti-lo mais de perto. Arranhei levemente toda a sua extensão por cima da cueca e dei um selinho antes de baixar de vez a cueca e me ajoelhar. 

Olhei para Harry que estava um pouco atordoado e em seguida, acariciei seu pênis, escutando-o gemer baixinho. Estiquei meu braço e levei um dedo meu à sua boca depois levei minha mão ao seu pescoço e o apertei à medida em que levei minha boca ao seu órgão. 

Passei a língua  pela glande antes de colocar tudo na boca. O ouvi gemer quando comecei um ritmo constante de entra e sai com intervalos para sugar e lamber toda a extensão. Tudo aquilo serviu para não só ele perder o controle, mas eu também. 

Ver Harry se deleitando através de mim foi uma das sensações mais prazerosas que eu tive em minha vida. Ele gemia alto com sua voz rouca e me deixava mais excitada do que eu já estava.

-Porra... ja chega. -Harry me puxou e grudou seus lábios nos meus. Impaciente, me colocou sobre um móvel qualquer e subiu meu vestido. Abri os botões de sua camisa e  quando chegou o último, simplesmente o arranquei por não ter mais paciência de ficar sem sentir seu corpo. Senti seus dedos afastarem minha calcinha e acariciarem meu clitóris em seguida me invadindo. Gemi com o ato inesperado e agarrei  seus ombros. Merda, eu estava tão excitada que chegava a doer.

-Peça. -Sua voz era quente. -Peça pra ser minha. 

-Eu já sou sua, Harry.  -Ele parou os movimentos e me olhou por um momento, então ele me puxou para a beira do móvel e tirou minha calcinha e finalmente, me penetrou. A sensação era conhecida e era cada vez mais maravilhosa. Fazer sexo com Harry se tornava cada vez melhor, cada vez mais viciante. 

Harry aumentava cada vez mais o ritmo de vai e vem levando ambos para mais perto do orgasmo, o móvel em que estávamos fazia barulho e nossas respirações estavam pesadas, minhas mãos passeavam pelo tronco de Harry, deixando marcas vermelhas causadas por minhas unhas. A agonia tomou conta de mim enquanto Harry me estimulava, quando o prazer atingiu o seu ponto máximo, gemi seu nome afirmando que sim, eu era dele. Logo, Harry chegou ao seu orgasmo murmurando coisas desconexas e palavrões.

Harry tomou meus lábios num beijo calmo e juntando nossas testas ele confessou. 

-Eu sempre fui seu.  

[...]

Estava voltando com Harry para a festa quando me deparei com a cena: dois carros de polícia parados na frente de casa, alguns policiais lá fora e uns convidados saindo da festa. 

-O que está acontecendo? -perguntei à Harry. Era dele a equipe que estava ali. Me virei para ele esperando uma resposta.

-Sophia, eu... eu sinto muito. -Ele estava olhando para um ponto fixo atrás de mim. Quando eu me virei de volta, vi três homens algemados serem forçados a entrar na viatura. Um deles era papai.

-Mas o que??


Notas Finais


(1) http://www.polyvore.com/sophie_smith/set?id=208126840
(2) http://www.polyvore.com/cristina/set?id=208137285 (pensem na Cris como a Emma Stone)
(3) http://i3.cdnds.net/15/13/618x966/zayn-malik-bbc-music-awards.jpg
Beijinhos e até o proximo capítulo meus docinhos.
Erros? Me comuniquem!


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