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História My Little Sweet - Capítulo três.


Escrita por: potatoevil

Notas do Autor


Boa leitura e até o próximo capítulo.

Capítulo 4 - Capítulo três.


Harry me levou de volta ao prédio e eu troquei de roupa. Coloquei uma calça jeans, uma blusa branca e uma jaqueta de couro preta. Penteei os cabelos, calçei um tênis nos pés e peguei as chaves do carro e meu celular. Meus olhos ainda estavam inchados e vermelhos por conta do choro. Saí do quarto e Harry estava me esperando no corredor.

-Vamos para a delegacia, você estará mais segura lá e precisamos de todos os homens que pudermos para achar Cristina. Tudo bem?

-Claro.

No momento eu estava me sentindo meio vazia. Não sabia ao certo qual sensação eu estava sentindo. Tudo se misturou e se tornou uma bagunça. Talvez, quando Cristina voltasse, as coisas mudassem. 

-Eu posso ir dirigindo? Não está com cabeça para dirigir.

-Tudo bem Harry. -Estiquei meu braço com a chave na mão e ele pegou a chave então saímos do apartamento.

O caminho até a delegacia foi silencioso. Melhor assim,eu não estava afim de falar absolutamente nada. 

[...]

Chegamos ao grande prédio onde ficava a delegacia, Harry foi para o subsolo, onde ficava o estacionamento para os carros pessoais dos agentes e policiais. Os carros da policia, que eram à prova de balas, ficavam lá fora. Harry estacionou e seguimos em silencio para o elevador quando os portas se fecharam ele se pronunciou.

-Vamos pegá-lo, Sophia. -ele segurou minhas mãos- Eu prometo. Por Matt e pela sua amiga.

Novamente, a intensidade dos seus olhos verdes captaram os meus. Harry parecia sincero, e mesmo que ele não demonstrasse, sentia a dor da perda de um amigo querido e maravilhoso colega de trabalho. Ele me entendia. Entendia a minha dor e assim como eu, queria, mais que todos, que esse assassino fosse preso. Apertei sua mão e ficamos um de frente ao outro sem quebrar o contado visual até que muitas pessoas entrassem quando o elevador parou e as portas abriram. Soltamos as mãos e fomos em direção à sala de Emma.

[...]

-Entre! -Emma falou assim que batemos na sua porta- NÃO QUERO SABER CHARLIE! É O SEU TRABALHO. ACHEI QUE FOSSE COMPETENTE O SUFICIENTE. -Ouve uma pausa - SE VIRE, CHARLIE. -Então ela desligou o celular e o jogou na mesa- Desculpem por isso. Harry, preciso que vá a um depósito abandonado perto do Brooklyn Bridge Park. Ligue para Charlie, ele lhe dará a localização mais precisa. Pegue os homens que precisar e vá o mais rápido possível. Rastreamos o celular de Cristina e encontramos uma localização.

Harry saiu praticamente voando da sala de Emma. Olhei para ela com os olhos cheios de esperança. Iriam encontrar a minha amiga e ela iria ficar bem. Emma indicou a cadeira à minha frente para que eu sentasse e suspirou baixo. Sentei.

-Vamos lá!

[...]

Emma colocou duas pastas à minha frente. Uma tinha o nome de Mathew Leger e a outra Lucas Moura. Eram arquivos.

-Sophia, preciso que me escute bem. Harry e Charlie estão trabalhando para encontrar Cristina , sei que está preocupada, mas tem que ouvir com atenção tudo o que eu vou te dizer, tido bem? -Assenti com a cabeça e ela começou.- O policial Leger foi assassinado no dia 03 de setembro de 2015 no telhado do seu apartamento com um corte profundo no pescoço. A arma do usada foi uma canivete que foi deixado na cena do crime. O canivete tem desenhos e tentamos descobrir se teria alguma pista do assassino nele, mas não encontramos nada. Matt tem marcas pelo seu corpo, o que indica que ele tentou resistir, mas não houve sucesso. Não se sabe o motivo do crime, mas o bilhete deixado pelo assassino nos eva a crer que ele tenha ciúmes de você. Também ja pensamos que você tenha contratado alguém, mas isso ja foi descartado. -olhei para ela lembrando de quando me interrogaram. Haviam feito esta suposição e eu lembro de ter chorado compulsivamente. Mas Emma tinha falado que o assassino poderia estar com ciúmes de mim, só que para isso ele teria que conviver comigo, ser alguém próximo à mim

-Então ele é próximo á mim? -perguntei sentindo um nó em minha garganta se formar

-Pode ser que sim, pode ser que não. Ele pode ser um maníaco obsessivo que você nunca viu na vida ou um ex namorado revoltado. Não sei quantos namorados já teve, mas tem um que pode estar ligado ao caso de Matt. Esta segunda pasta em suas mãos, é do seu ex namorado Lucas. -ela parou de falar e eu encarei a pasta- No bilhete encontramos manchas de sangue, era quase obvio que o sangue era de Mathew, mas somos obrigados a levar para a analise todo material que acharmos. E para a nossa surpresa, o sangue não era compatível ao de Matt, então supomos ser do assassino. Começamos a trabalhar para descobrir de quem era e no final das buscas, ele pertencia à Lucas. -ela começou a ditar a ficha dele- Brasileiro, 19 anos quando veio estudar medicina aqui. Teria 25 anos se estivesse vivo. Ainda não conseguimos descobrir como o sangue dele foi parar no bilhete, ja que faz 3 anos desde que foi morto. O caso está em aberto e vamos investigá-lo também, já que ele pode estar envolvido com o de Matt. -Enquanto Emma falava, eu abri a segunda pasta. O caso de Lucas. Lá tinha varias fotos, artigos de jornais, documentos. Comecei a folhear e ver fotos que eu realmente não queria ver. Meu relacionamento com Lucas tinha sido desastroso, mas ele não merecia ter um fim como aquele. Engoli em seco e continuei a olhar.- Lucas foi morto no dia 10 de junho de 2013. Ele foi sequestrado quando saiu do aeroporto e teve todo o sangue de seu corpo drenado. A única explicação para o sangue estar no bilhete é que o assassino tenha conservado seu sangue. Lucas foi um bom rapaz e não foi descoberto nenhum motivo para o crime. Ele não tinha envolvimento com drogas, festas só no fim de semana, sem passagens pela polícia, não era um rapaz explosivo. Pensamos que se for o mesmo assassino, ele tenha sido morto apenas por namorar você. -respirei fundo. Apenas por me namorar. E se fosse mesmo aquilo? Eu seria uma espécie de vírus mortal que matasse todo mundo que se aproximasse de mim? Eu não poderia mais ter amigos que eles seriam sequestrados? Era isso?- Quanto à Cristina, estamos fazendo buscas para localizá-la. Achamos um endereço e Harry foi para lá junto com Charlie, que é um dos nossos melhores homens. Charlie quase foi chefe, só que eu sou a melhor desse lugar. -ri do jeito que ela falou.- Sophie? -olhei para ela- Você não está segura. Iremos colocar dois policiais para vigiar seu apartamento. Um que vai ficar na rua e outro que vai ficar na sua porta. Tudo bem? Faremos de tudo para protege-la e proteger sua amiga. -Ela sorriu para mim e eu retribuí- Vou trazer algo para você comer, aposto que está em jejum.

Agradeci e Emma saiu da sala. Na verdade, eu tinha comido duas torradas e bebido café, mas não sentia fome. Continuei a olhar o caso de Lucas e algo me chamou atenção. Como jornalista, sou obrigada a analisar minuciosamente todas as afirmações que chegam até mim e olhando para as fotos da cena do crime, percebi pontinhos escuros em diferentes lugares do chão. Precisei ver as outras fotos para buscar os outros pontos e então eu peguei um papel e uma caneta e comecei a desenhá-los. Quando não achei nenhum outro ponto, interliguei eles entre si e vi uma figura estranha se formar. Joguei a caneta na mesa e olhei para cima. Estava cansada e queria achar Cristina. Voltei a olhar para o papel cheio de pontos e vi algo curioso. A caneta parou em cima da folha de forma que uma linha fosse coberta formando a letra E. Comecei a cobrir outras linhas até algo fazer sentido. E de fato, fez sentido. Todos aqueles pontinhos formavam um nome. Formavam o meu nome. Levei as mãos à boca e senti novas lagrimas se formarem. Então era verdade? Todas aquelas mortes por minha causa? Lucas, Matt e Danni... O sequestro de Cristina. Tudo porque alguém está obcecado por mim? Ouvi a porta se abrir e limpei rapidamente as lágrimas.

-Trouxe refrigerante e um hamburguer da lanchonete aqui do lado. Sei que gosta, Matt falava muito de você. -ela colocou as coias em cima da mesa- você está bem?

-Tentando não pirar com tudo isso que está acontecendo. -peguei o hamburguer da sacola e deu uma mordida. Eu não sabia se deveria mostrar aquilo para Emma. E se ela ou o pessoal achassem que foi eu que o matei? Lucas havia me traído, poderia ser uma vingança. Mas eles haviam acreditado que eu não tinha mandado matar Matt. Resolvi falar de uma vez.- Eu achei uma coisa, Emma. -ela olhou para mim, limpando a boca com um guardanapo- não sei se ja sabiam, mas eu achei uma especie de mensagem na cena do crime onde Lucas foi morto.-Ela chegou mais perto de mim e eu lhe mostrei o desenho dos pontinhos e as fotos. Emma me encarou séria.

-Sophie, não sabíamos disso e é uma coisa importante. Isso interliga os casos, mas precisamos ter cuidado para não pensarem que você tenha algo a ver com os crimes. Sinto muito que isto esteja acontecendo, Sophie. Eu prometo que vamos pegá-lo e mais rápido ainda com a sua ajuda.

Dei um sorriso para ela. Emma estava sendo gentil e algo me dizia que ela não costuma ser gentil. Acho que eu causo pena nas pessoas.

-Está perdendo alguma aula importante?

-Não! Estou na reta final do curso, o mais importante é o estágio e a monografia. - dei uma mordida no hambúrguer. 

-Sophie?

-Sim - percebi Emma meio receosa.

-Não queria te fazer essa pergunta, mas eu preciso. Você é jornalista, sabe falar com as pessoas, conseguir informações e você vê os detalhes mais escondidos nas coisas. Em primeiro lugar eu quero dizer que você estará segura. Em segundo lugar, terá o prazer de fazer a justiça, de prender criminosos. E em terceiro lugar, iremos te pagar um salário. -olhei para Emma sem entender. Ela deve ter percebido pois logo fez a sua proposta- Sophie, eu quero que trabalhe. Em minha equipe. Você não só ajudará no caso de Matt e Lucas, mas em outros casos também. Não vamos colocá-la em perigo, precisamos de você para conseguir informações, descobrir pistas, e se você trabalhar para nós, estará aqui quase o tempo todo, assim, ficará mais segura. Não me responda agora, pense sobre um o assunto, por favor.

Fiquei um período em silencio tentando assimilar a ideia. Trabalhar para a policia. Ajudar a descobrir informações, investigar, achar pistas. Esse era basicamente o meu trabalho, a diferença era que agora eu iria fazer isso para algo realmente importante. Algo que iria trazer um pouco de paz para Nova Iorque. Eu ja estava envolvida com um caso e se eu aceitasse a proposta de Emma, teria mais acesso à documentos e poderia até seguir mais rápido com o caso de Matt, sem falar que trabalhar para a policia amenizaria as chances das pessoas me envolverem com a morte de Lucas.

-E quanto ao estágio? - perguntei sem expressão

-Você poderia estagiar aqui. Enquanto trabalha para nós, você irá escrever algumas reportagens sobre certos casos. Falarei com o seu diretor e irei sugerir uma "parceria". Você trabalhará aqui e poderá escrever sobre alguns casos para seu chefe, que terá noticias de primeira mão. Você ganhará o salario dele e o nosso e todos saem ganhando.

Emma sorriu mais uma vez, deixando a mostra seus dentes pouco amareados. Ela deveria parar de fumar. Suspirei pesadamente. Não era uma má ideia, sem contar que eu iria ganhar dois salários e seria muito bom para o meu currículo. O que eu poderia perder?

-Eu aceito!



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