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História My Little Sweet - Capítulo cinco.


Escrita por: potatoevil

Notas do Autor


Ola amores! Como estão?
Gente, vou ficar postando todo sábado, mas isso não quer dizer que eu não possa adiantar ou atrasar o cap.
é isso.
Desculpem os erros e boa leitura.
P.S.. Eu vou demorar a postar o próximo pq minha semana ta lotada de coisas.

Capítulo 6 - Capítulo cinco.


Fanfic / Fanfiction My Little Sweet - Capítulo cinco.


                         Já faziam duas semanas que eu estava trabalhando com a polícia e tudo que eu fazia era ler documentos e fazer anotações. No final de cada dia eu fazia um pequeno resumo sobre o que eu havia obtido. Eu tinha escrito apenas uma matéria pra redação e sentia falta de escrever, afinal, era para isso que eu estava cursando jornalismo. Eu até me considero com sorte de ter conseguido o estágio e ainda poder escrever, já que muitos jornalistas não conseguem isso nem em anos de carreira. Mas suspeitava que papai tivesse alguma relação com minha "sorte de principiante". 
Passei as mãos pela calça (1) afim de limpar o fino suor delas. Estava quente e o calor me deixava estressada, ainda mais com aqueles malditos saltos (que eu amo incondicionalmente). O pior nem era isso, nessas duas semanas Harry me dirigiu a palavra apenas quando eu perguntava algo ou para me avisar de qualquer coisa. Eu não reclamaria disso, por mim ele pode permanecer assim. O caso é que sempre que ele dirigia a palavra a mim era com um tom mais alto e  visivelmente estressado. Era um saco porque eu não tinha feito nada a ele. Mas parece que Harry estava querendo tornar os meus dias terríveis dentro da delegacia. Se ele estava pensando que eu iria desistir, estava muito enganado. 
-Você vai participar de um caso em especial. -a voz de Harry me tirou de devaneios. Levantei o olhar para ele e como sempre, sua expressão era irritadiça- Tentei falar com Emma que seria perigoso mas ela não me ouviu, então você vai recusar. 
-O que? Por que? -ilusão sua queridinho de você pensa que vai mandar em mim agora. 
-Porque você vai servir de isca, Smith. E vai ser para um dos maiores traficantes de armas de Nova York. -Ele parecia que estava falando com uma garotinha de cinco anos e aquilo me irritou profundamente.- O cara é extremamente perigoso e já estamos tentando pegar ele à meses. Provavelmente você vai estragar tudo. Ou acabar morrendo. -se aquilo foi pra me assustar, conseguiu. Mas se tratando de Harry, eu não iria dar o braço a torcer. 
-Se Emma me colocou nesse caso, é porque eu tenho capacidade e ela acredita que eu posso fazer isso. Não vou negar, Styles. 
-Está se ouvindo? -ele soltou uma risadinha sarcástica demais pro meu gosto- Nem acredita em si mesma. Acredita que Emma confia em você. Novidade Sophia, isso é apenas um caso teste. Pra treinar você. -ele levantou da cadeira e foi até a grande janela atrás de si.
-Não acredito que Emma faria isso e ainda mais num caso em que estão tentando pegar o cara à meses. Seria burrice. -tamborilei as unha na mesa. 
-Você não entende não é? -ele virou-se e caminhou até minha mesa apoiando suas duas mãos nela- você vai estragar tudo, Smith. E vão ser meses novamente para a gente conseguir pelo menos uma pista do cara novamente. E sem falar que pessoas irão ser torturadas porque nós temos um informante infiltrado e até o Crowley- supus ser o tal traficante- acha-lo, ele vai causar muita dor para enfim, alguém morrer. -Sua voz já tinha se alterado e Harry praticamente gritava. Eu não estava no meu dia mais calmo e aquilo não ajudava pra eu não perder o controle. Respirei fundo e disse calmamente. 
-Como eu disse, Harry. Emma confia em mim e sabe que eu posso fazer isso. Do contrário que você pensa, eu também confio em mim. E se você fosse o ótimo policial que diz ser, já teria pego esse cara à muito tempo e não iria ficar falando que eu não consigo quando na verdade, quem não consegue é você. 
Dito isto eu me levantei e sai da sala. Se Harry pensava que eu iria ficar aguentando seus caprichos, ele estava muito enganado. Fui em direção ao elevador, eu precisava descer e tomar um ar. Apertei os botões e quando as portas iam se fechar alguém passou direto por entre elas. Arregalei os olhos quando me vi encurralada com os dois braços de Harry acima dos meus ombros e seu rosto a centímetros do meu. O que ele iria fazer? Me bater? Me matar? Droga. Eu não tinha nada para me defender. Se ele tentasse qualquer coisa, faria o que Cristina fez com meu ex namorado. Chutaria suas partes baixas e sairia correndo. 
-Escuta aqui garota, você não passa de uma estagiaria de merda que brinca de ser policial. Você nem talento tem, suas matérias são as piores que eu já li na vida e só são publicadas porque o seu papaizinho abre a carteira pra o seu chefe filho da puta. -Harry envolveu meu pescoço com sua mão e passou o polegar em meu queixo. Merda, eu estava morrendo de medo. Ele poderia me matar facilmente ali. Sem falar que Harry era três vezes mais alto que eu- Você é apenas uma vadiazinha que não faz nada se antes não correr para o bolso do pai, não consegue nada por conta própria e é tão imbecil que até as pessoas que gostam de você morrem. -Ok. Aquilo doeu- Como pode fazer isso com sua mãe? Sua amiga Danielle? Lucas? Cristina e até o Matt? Como pode ser tão egoísta assim? Era você quem devia estar morta, não Matt. 
Harry apertou minha garganta e meus olhos já estavam cheios de lágrimas. Então era isso. Harry me culpava por tudo o que acontecera. A morte Matt, Lucas, Danni e até da mamãe, o sequestro de Cristina. Era por isso que ele não queria que eu trabalhasse ali. Porém, ele não tinha o direito de falar aquelas coisas pra mim. Suas palavras doeram até o fundo da alma. A ferida que a pouco tempo cicatrizou, foi aberta ferozmente é tudo que eu conseguia sentir era dor. Harry abandonou o elevador assim que as portas se abriram e eu deixei as lágrimas rolarem soltas. Apertei o botão para as portas se fecharem rapidamente. Não queria ninguém naquele ambiente. Eu precisava ir embora daquele lugar, precisava ir pra casa pensar e chorar. Não aguentaria passar mais um minuto perto dele. Subi pro terceiro andar e fui em direção à sala dele. Limpava as lágrimas que caíam compulsivamente. As pessoas perguntavam se eu estava bem ou se precisava de alguma coisa mas eu ignorava todas elas. A raiva começava a surgir junto com a tristeza e nesse misto de sentimentos não era adequado sequer abrir a boca. Entrei na sala que compartilhávamos e peguei minha bolsa para em seguida sair praticamente correndo. Peguei o elevador e num instante, eu já estava no subsolo. 
Ao chegar no carro, tranquei a porta e me permiti chorar realmente. O que mais doía  não era os dizeres de Harry, mas sim saber que ele estava certo. Saber que foi por minha causa que o amor da minha vida foi morto, saber que foi por mim que Danni foi morta, assim como Lucas. Como alguém poderia viver com isso? Como poderia viver sabendo que qualquer pessoa que seja próxima pode morrer porque alguém é obcecado por você? Liguei o carro e dei partida. 
[...]
Acordei com Cristina me balançando levemente. A visão embaçada de sono foi lentamente ganhando nitidez e revelando uma amiga com uma expressão preocupada. 
-Sophie? Sophie, o que houve? -ela segurava minha mão com uma certa força. 
Bocejei lentamente me lembrando de tudo que havia acontecido. Não havia sido um pesadelo. Era real. As lágrimas ameaçaram cair novamente então eu olhei pra cima numa vã tentativa de impedi-las. 
-O que houve, Sophie? -ela retornou a perguntar, segurando minha mão ainda mais forte. 
-É minha culpa não é? Eles estão mortos por minha culpa! -Algumas lágrimas teimosas escorriam pelo meu rosto. Eu estava cansada de chorar, nem sei como eu ainda tinha líquido pra isso. 
-Claro que não, Sophie. Não é sua culpa. Alguém que você nem conhece fez isso. Como pode pensar que é sua culpa? 
-Porque esse alguém mata por mim. Deixa bilhetes pra mim. Por Deus, Cris. Danni teve a barriga aberta pra que um bilhete fosse guardado lá dentro. -estremeci ao lembrar de Emma me contando os detalhes da morte de Danni. Ela fora sedada para que no momento do sequestro, não reagisse. Estava saindo de uma festa com mais um desses caras que ela conhecia por aí. Talvez se ela não fosse assim, estaria viva. Quando Danni acordou já devia estar amarrada e o assassino começou a tortura-la. Seus dedos estavam sem unhas e haviam marcas de choque em seu corpo causadas provavelmente por um controlador de gado. Sua barriga estava com um corte profundo em forma de S e dentro havia um bilhete que dizia "Ela não poderá mais te fazer mal, meu docinho. Nos vemos em breve. " 
- Mas você não fez isso. Quem quer que seja, é uma pessoa muito doente e desumana. Você é uma boa pessoa. É maravilhosa. O fato de você estar desse jeito já prova isso, Sophie. -Cristina me olhou de forma amorosa e sorriu pra mim. - Não pode se culpar por algo que você não podia evitar. -Limpei as lágrimas que ainda teimavam em cair. 
-Talvez esteja certa. -tentei um sorriso que deve ter parecido mais uma careta. 
-Eu estou sempre certa. 
Ela sorriu pra mim e me abraçou. Cristina tinha o poder de me fazer sentir melhor sobre qualquer coisa. Bastava algumas palavras, um abraço e chocolate para que a tristeza amenizasse. E foi isso que fizemos aquela noite. Ficamos juntas assistindo filmes de comédia e comendo chocolate. Faltar a faculdade uma vez não iria fazer mal. Ainda mais porque estávamos quase nos formando. 
[...] 
2:37 da madrugada e eu não conseguia dormir. As palavras de Harry ainda pairavam na minha mente. Ele não poderia estar mais errado sobre algumas coisas. Mamãe havia morrido por consequências de câncer no útero e eu não pedia a ajuda financeira de papai pra nada. Na verdade, não pedia nada dele. Não posso dizer que o meu carro ou algumas das minhas roupas e joias foram conseguidas pelo meu trabalho. Foram presentes que ele me dava para compensar a sua ausência. Mas desde que sai de casa, não aceitei mais nada dele. Apenas o convite para ir com ele à um evento em sua homenagem daqui a um mês. Eu era ótima no que eu fazia, meu chefe sempre me orientava e dizia que eu tinha potencial. 
Levantei-me com cuidado para não acordar Cris, que dormia ao lado e fui em direção à cozinha. Abri a geladeira e peguei um potinho de iogurte de morango. Peguei uma colher e sentei na cadeira abrindo o pote vermelho. 
Enquanto eu tomava o iogurte, pensei em pedir a Emma para trabalhar em casa amanhã. Não queria estar no mesmo ambiente que Harry, não queria vê-lo e nem ouvir sua voz. Seria capaz de socar sua cara de tanta raiva que estava sentindo por ele me dizer aquelas coisas. Eu sei que tinha provocado, mas ele pegara pesado.  Terminei o iogurte e fui pro sofá. Liguei a TV e fiquei assistindo até pegar no sono. 
[...]
Emma falou que não podia me deixar trabalhar em casa. Isso porque eu tinha que revisar o caso de Crowley e ela não poderia enviar os documentos por e-mail ou fax. Então se eu quisesse permanecer no caso e ajudar, não poderia faltar. Ótimo. Ser obrigada a ver a única pessoa que você não quer ver. 
Depois de vestida (2) fui tomar café e logo após escovar os dentes e passar batom. Peguei as chaves e a bolsa e sai de casa. Dei bom dia a Bob -o novo policial que ficou como segurança no apartamento- que estava tomando café e sai de casa. 
[...]
Ao apertar os botões do elevador, respirei fundo e quando as portas se abriram me direcionei à sala de Harry. Graças à Deus ele não estava no recinto. Joguei minha bolsa na mesa e sentei. Havia um bilhete e uns documentos perto do computador. O bilhete era de Emma e os documentos do caso do Crowley. 
"Sophia, preciso que revise isso e se conseguir algo sobre um cara chamado John, me avise. " 
Abri os documentos e comecei a trabalhar. 
Crowley era um homem de 53 anos que construiu um império de armas. Ele era o traficante mais procurado de Nova York e era quase impossível descobrir sua localização. Nunca foi preso e os seus capangas preferiam ser torturados à falar seu paradeiro. Ele vivia se mudando e quando alguém finalmente falava, era tarde demais para acha-lo.  John era o seu braço direito e já tivera passagens pela polícia por porte ilegal de arma, assassinato, esturpo, sequestro e tráfico. Ele conseguiu fugir do presídio junto com dois outros caras. Na época, cinco policiais foram expulsos da companhia e presos por terem sido cúmplices na fuga. Depois disso John nunca mais foi visto. Mas não era apenas para tráfico de armas que John e Crowley formaram parceria, eles também eram responsáveis por lavagem de dinheiro na empresa em que John trabalhava, tráfico de carros e de crianças. Eram crimes em áreas aleatórias mas que geravam lucro. Eu não sabia o que poderia descobrir sobre John, mas eu iria.

Para nossa missão, conseguimos um informante na equipe de Crowley. Ele dissera que o homem estará numa boate em NY neste sábado para fechar um novo negócio com um empresário. Emma escolheu uma equipe especial para esse caso: eu, ela, Camille, Harry, Charlie, Ryan, Ed, Tony e um novo policial que foi transferido hoje pra delegacia de NY, chamado Zayn. Nove pessoas entrariam disfarçadas na boate e alguns policiais ficariam escondidos la fora, para caso houver fuga de alguém. Eu e Camille iriamos nos vestir de forma provocante e distrair Crowley e o seu cliente. Os meninos e Emma iriam ficar nos observando de longe e quando o sinal for dado, eles entrariam em ação. Foi isso que Emma disse quando nos juntou na sua sala para explicar o plano. 

-As meninas chegarão sozinhas na boate, caso algum dos seus homens esteja de guarda do lado de fora. Vocês vão chegar em horários diferentes e não quero ninguem fardado, lógico. Meninas, por favor, quero vestidos curtos. Mostrem seus corpos. Sensualizem. Dancem para eles. Quero distração! 

Eu não sabia como iria fazer aquilo. Ainda mais para um criminoso de 53 anos. Por Deus, meu pai tinha 53 anos. Não que eu fosse ter um caso com Crowley, mas era estranho mesmo assim. Enquanto Emma falava, eu me peguei olhando para Harry. Ele vestia uma camisa branca, calça jeans preta e vans também preto. Os cabelos estavam um pouco bagunçados e ele mantinha os braços cruzados e a cabeça baixa. Toda a raiva do dia anterior voltou e com isso a vontade de socar sua cara. Tive que parar de olhar ou eu iria até ele descontar toda minha raiva. 

-Quero todos na boate as 23:00. Quando o relógio marcar 23:30, iremos começar. Não conversem entre si quando estiverem lá. Antes de irem, venham pra cá. Iremos acertar os detalhes finais. Podem ir. -Quando eu me desencostei da parede para ir embora ouvi meu nome sair da boca de Emma- Sophia, preciso falar com você.

Esperamos todos saírem e eu sentei de frente à ela.

-O que houve entre você e Harry? Você saiu cedo ontem, perguntou se poderia trabalhar em casa. Ontem ele chegou aqui na minha sala te procurando dizendo que falou coisas horriveis e precisava falar com você. Quero que me diga o que aconteceu. -suspirei. Não queria falar sobre aquilo com Emma.

-Apenas discutimos. Harry é um babaca. 

-Discutiram por que?

-Porque Harry não quer que eu trabalhe pra vocês. Porque ele acha que pode mandar em mim ou me fazer desistir do emprego. 

-Harry é dificil, Sophie. Sei que isso não justifica nada do que ele pode ter dito. Se Harry reconheceu que disse coisas horriveis, foi porque ele realmente disse coisas horriveis. Estou dizendo que Harry se preocupa com você, por isso ele implica.Pode parecer que eu esteja defendendo ele, mas eu so quero que vocês se deem bem. 

-Eu acho que você está enganada, Emma. Harry nao se preocupa comigo. Ele não me quer aqui porque ele me culpa da morte de Matt e fez questão de deixar isso bem claro ontem. Eu não preciso ter uma boa relação com Harry, mas quero respeito. Reconheço que falei coisas ruins pra ele também, mas consigo aceitar tudo que ele me diz. Harry acha que simplismente pode mandar em na minha vida e eu vou me impor sempre que ele se intrometer em minhas decisões pessoais.

-Eu espero que faça isso, você é geniosa. Uma mulher forte. Mas também espero que isso não afete nas investigações. Sophia, eu preciso que vocês se resolvam. E para isso, você vai com Harry na segunda interrogar um cara. Preciso de algumas respostas e você vai consegui-las para mim. Peça para Harry te explicar tudo sobre o caso Monroe. -Assenti e ela disse que eu podia sair.

Ao fechar a porta, percebi que teria que aguentar Harry por perto sempre, esmo não querendo, mesmo com aquela vontade louca de socar sua cara por tudo que ele disse. Mesmo com aquele seu perfume maldito que se espalhava pela sala e não me deixava em paz nem quando eu ia pra casa. Não que eu ficasse pensando em Harry ao ir pra casa, mas seu perfume era bom e eu sentia o cheiro dele em todo lugar. Era estranho.

Abri a porta da sala de Harry e o vi encostado em sua mesa. O tal de Zayn estava sentado conversando com ele e ambos pararam de conversar para me olhar. Imediatamente fiquei envergonhada.

-Desculpem-me. Não queria atrapalhar. -Dei meia volta e quando eu ia colocar a mão na macaneta, ouvi uma voz preencher o ambiente.

-Não atrapalhou em nada! Me virei e vi o cara de olhos cor mel se aproximar, abrir um sorriso e me estender a mão- Sou Zayn Malik.

-Sophia Smith. -Apertei sua mão e sorri de volta.

-Bem, Sophia, eu preciso trabalhar e creio que vocês também então vou deixa-los em paz. Até outra hora. Tchau, Styles. -Zayn acenou para Harry e sorriu para mim antes de fechar a porta e sair da sala deixando-me a sós com Harry.

Olhei para ele, que estava me olhando também. A vontade de socá-lo ainda não havia passado. Sentei na minha cadeira e liguei o computador. Enquanto eu organizava minhas coisas para voltar ao trabalho, senti o olhar de Harry pesar sobre mim e aquilo me incomodou bastante mas resolvi ignorar. 

Passados 5 minutos naquela situação desconfortável, eu resolvi acabar com aquilo.

-O que você quer Harry? Perdeu algo aqui? -olhei pra ele tentando demonstrar impaciencia.

-Ontem eu passei o resto do dia pensando no que falar mas agora que você está aqui, eu não me lembro de mais nada. -pisquei os olhos repetidas vezes -Sophie, ontem eu agi como um canalha. Eu disse coisas que eu não queria dizer e que de maneira alguma são verdades. Na hora da raiva a gente não pensa direito no que fala ontem você me deixou com muita, muita raiva mesmo. Eu sei que isso não justifica tudo o que eu disse, mas eu peço que por favor, você me perdoe. -tentei digerir tudo o que Harry tinha falado. Ok, eu não esperava por um pedido de desculpas e nem podia desculpar se ainda estava com raiva.

-E o que te faz pensar que eu perdoaria você? 

-Talvez o fato de eu estar pedindo desculpas -ele me olhou de uma maneira cômica-

-Talvez o fato de que você seja um idiota e que eu ainda este com vontade de socar sua cara me façam fazer o contrário de te desculpar.

-Sophia...

-Não Harry! Agora você vai me ouvir. Você não tem noção do quanto doeu ouvir aquilo ontem. Você não tem noção do quanto eu chorei e me martirizei pelos seus dizeres, achando que tudo o que tinha dito era verdade. Mas sabe de uma coisa Harry? Você não me conhece. Eu não sou responsavel por nenhuma morte, se eu pudesse escolher, seria eu no lugar de Matt. Minha mão morreu de cancer quando eu era pequena, não como se eu tivesse colocado aquele maldito tumor nela. Eu não corro atras do meu pai pra nada, assim que consegui minha independencia financeira, devolvi todo dinheito que ele me mandava. Luto pelo que eu quero e não vou ficar ouvindo de uma pessoa que mal me conhece, coisas que eu sei que não sou. -a essa altura eu ja estava de pé frente à Harry, as lágrimas ameaçaram cair mas eu não deixei.

-Sophie eu..

-Não Harry! Eu não me importo que você não goste de mim, que me queira longe daqui. Mas eu exijo que me trate com respeito. E tem mais, eu... -não pude terminar a frase pois o seu grito me calou.

-MAS QUE DROGA SOPHIA! CALA A BOCA! -Olhei pasma para ele. belo jeito de se desculpar.- Eu to tentando pedir desculpas. Eu falei coisas horriveis que eu estou totalmente arrependido. No seu lugar eu ja teria socado a minha cara.  Estou sendo sincero quando digo que estou arrependido. -ele segurou meu rosto em suas mãos- Eu estou frustrado, droga. Eu sou policial. Poderia ter impedido tudo o que aconteceu. Você não entende...

Harry soltou meu rosto e foi em direção a porta, mas ele nao a abriu. Apoiou as mãos na mesma e soltou um suspiro pesado. Eu nunca tinha parado pra pensar dessa forma. Jamais me passara pela cabeça que Harry se culpava e talvez o fato de eu ter questionado sua habilidade como policial tenha feito ele pensar tanto no assunto de Matt quanto eu. Percebi então que não era só Harry que devia desculpas a alguém. Aproximei-me dele e toque seu ombro.

-Harry... -ouvi mais um suspiro pesado sair de sua boca- Acho que te devo desculpas também...

Ele se virou e segurou minha mão, quebrando um espaço considerável de distancia entre nós. Devido a diferença de altura (mesmo com os saltos) eu fui obrigada a olhar pra cima ou ficaria fitando seu peito tatuado..

-Harry eu... 

-Shiiiiu -ele levou um dedo à minha boca- Não vamos falar sobre isso.

-E sobre o vamos falar? -Harry estava andando, o que consequentemente me fez andar pra trás. Mas o que droga estava acontecendo ali? 

-Eu quero muito fazer uma coisa.

-Que coisa? -senti a mesa de Harry bater em minhas coxas.

-Te beijar.  -seu polegar acariciou meu lábio inferior.

-O que? 


Notas Finais




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