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História My Little Sweet - Capítulo seis.


Escrita por: potatoevil

Notas do Autor


Me perdoem os erros, boa leitura e até o próximo capítulo.
Beijinhos.

Capítulo 7 - Capítulo seis.


Fanfic / Fanfiction My Little Sweet - Capítulo seis.


Minha mente ainda processava o que Harry falou. Me beijar. Eu tinha escutado direito? Eu estava delirando? Meu rosto estava mesmo a centímetros de distância do dele? Eu estava mesmo quase sentada em sua mesa? Não não não não não. Como fui parar naquela situação? A um minuto atrás nós estávamos numa quase briga. Que merda toda era aquela? 
Percebi que quando a boca de Harry se aproximou mais, eu iria mesmo deixar aquilo rolar. Mas como? Eu o odiava, certo? Certo. Ele me odiava, certo? Certo.  Não dá pra beijar quem a gente não gosta. Da sim. Uma vozinha surgiu na minha mente. 
Quando nossos lábios iam se tocar, ouvimos 3 batidas na porta. Imediatamente nos separamos. Harry foi até a janela e eu fiquei por lá mesmo. 
-Harry, Emma pediu que você fosse até a sala dela. -Zayn parou e nos olhou com uma cara estranha -Tá tudo bem por aqui? Atrapalhei algo? 
-Não, Malik. -Harry pegou o celular em cima da mesa- Eu já vou. 
Assim que Harry saiu eu caminhei até a minha mesa. Finalmente iria voltar ao trabalho e tentar esquecer o quase beijo com Harry, mas, outra vez um par de olhos analisava tudo o que eu fazia e outra vez, eu estava desconfortável. 
-Precisa de alguma coisa? -para não parecer muito antipática, eu sorri para ele. 
-Oh! Me desculpe. Eu estou atrapalhando você né? -ele sorriu pra mim. E tinha um sorriso lindo. 
-Não. Claro que não. É que você tava me olhando e... 
-Não posso te olhar? -sua cabeça pendeu para o lado e ele colocou a língua entre os dentes. 
-Hãmm... Eu... Er... Bem, o olho é seu né -nossa! Com tanta coisa pra falar né...- 
A risada de Zayn invadiu meus ouvidos. Ótimo. Agora ele deve me achar uma idiota. 
- É meu sim. Posso? -ele apontou pra cadeira e eu assenti- Por que está vermelha? 
-O que? Eu não estou vermelha? Que ideia. -cobri meu rosto com as mãos. Ele riu mais uma vez. 
-Claro que esta. Olhe só pra você. Parece passou batom no rosto todo. -Ele continuava rindo. 
-Aí meu Deus. -Agora eu que comecei a rir de verdade. -Pare com isso. 
-Tudo bem, tudo bem. Parei. -ele levantou as mãos como forma de rendição. -me diga Sophia, onde vocês almoçam por aqui? Harry ficou de me mostrar o lugar mas acabou ocupado. 
-Se você quiser, eu posso te mostrar. Sou nova aqui mas conheço tudo direitinho. 
-Oh! Eu adoraria. E tambem posso conhecer não só o lugar, mas você tambem. -ele sorriu colocando a língua entre os dentes e eu fiquei vermelha. De novo. 
-Como? 
-Oh meu Deus. -ele começou a rir -Não leve para o duplo sentido. A não ser que você queria que eu te conheça melhor. -Seu sorriso divertido se transformou em malicioso e eu fiquei ainda mais vermelha. Se é que fosse possível. 
-Não, claro que não.
-Por que? Sou tão feio assim? -Ele olhou para o próprio corpo. De feio Zayn não tinha nada. Na verdade, ele era um dos homens mais bonitos que eu já conheci. 
-Humm... Vamos logo? -Falei me levantando e ele levantou logo em seguida ainda rindo da minha cara. 
Não sei porque, mas eu tinha a sensação que Zayn e eu seríamos bons amigos. 
[...]
Depois de mostrar todos os departamentos do grande prédio onde ficava a delegacia, o relógio marcava 12:17. Já se passou do horário de almoço então eu e Zayn fomos ao restaurante que ficava a dois quarteirões do trabalho. Voltei para a sala pra pegar a bolsa e fomos para o meu carro. 
[...]
-É isso. Não há muito o que saber sobre mim. -estacionei o carro e saímos dele. 
-Jura? Acho sua vida bem interessante e agitada em comparação à minha. -Zayn caminhava ao meu lado com as mãos nos bolsos. 
-Você acabou de me lembrar que eu só falei de mim até agora. Pode por favor, falar sobre você? -Sentamos numa mesa e esperamos o garçom chegar. Quando eu me acomodei e olhei para Zayn que estava a minha frente, percebi quem estava sentado na segunda mesa frente à minha. Harry Styles mantinha o olhar em mim. Seus cabelos estavam mais bagunçados que o normal e a boca mais vermelha que o habitual. Eu não deveria pensar nisso, mas a situação que nos encontramos hoje de manhã voltou à minha mente como um flash e tudo que eu conseguia imaginar era no que iria acontecer se Zayn não tivesse entrado na sala naquele momento. Harry continuou a me olhar, porém, dessa vez ele estava digamos que curioso. Eu ainda não sabia porque diabos eu ainda estava olhando pra ele, mas eu não conseguia abandonar suas orbes verdes. 
-Sophia? Sophia? -Ouvi Zayn chamar. 
-Sim? -olhei pra ele tentando fingir que eu não tinha me perdido em pensamentos olhando para Harry. Mas que vergonha. 
-O que vai pedir? 
Olhei o cardápio e resolvi pedir apenas uma macarronada e um suco pra acompanhar. Zayn pediu o mesmo e o garçom se retirou. 
-No que pensava tanto? -anda Sophie, invente logo uma mentira. 
-Na roupa que irei usar em um jantar de negócios com meu pai. -Ótimo. Não tinha soado tão ruim. 
-Jantar de negócios é? -Droga. Ele pareceu desconfiado.  
-É. Meu pai me chamou pra ir com ele a um desses jantares idiotas que esses empresários oferecem. Minha mãe costumava ir com ele, mas isso nunca o impediu de ir sozinho. Segundo ele, quer uma companhia pra noite. 
-E por que aceitou já que não quer ir? 
-Eu conheço papai. Ele não iria me deixar em paz até eu aceitar. Resolvi não prolongar o estresse. 
Eu me sentia observada. Observada por ele. Não podia desviar o olhar de Zayn pra ele ou então iria vidrar meus olhos nos seus. Eu não podia. Não podia olhar. Merda. Mil vezes merda. Eu estava olhando pra ele. Harry não estava olhando pra mim, e que assim continuasse. Ele estava conversando com Ed, Ryan e Camille. Alguém falou algo que o fez rir e seu sorriso era lindo. Mas que droga eu estava pensando? No sorriso de Harry Styles? O que aconteceu comigo? Por favor, Sophie. Concentração. Voltei meu olhar a Zayn e não me atrevi a desvia-lo sem ser para meu prato. 
[...] 
Se estar na mesma sala que Harry Styles já era ruim, imagina agora depois daquela situação constrangedora de hoje mais cedo. Talvez, se ele tivesse reconhecido que aquilo foi um impulso idiota as coisas estivessem menos chatas. Mas ele não me dirigiu a palavra desde então. O barulho de meu celular chamou minha atenção e assim que coloquei os olhos no aparelho para ver quem me ligava, fiquei levemente surpresa. Papai me ligar era raro e ainda mais quando ele estivesse em horário de trabalho. Peguei o celular e sai do recinto. 
-Alô. 
-Sophie, querida. Como você está? -sua voz era animada. 
-Estou bem, pai. E o senhor? 
-Também, querida. Também. Sophie eu estou te ligando para saber o número que você veste. 
-Por que quer saber disso? 
-Não seja curiosa. É uma surpresa. Apenas me diga o número. 
-É 36 pai, mas por que você quer... -não pode nem completar a frase. Papai murmurou um "Obrigada, filha. Amo você. " e desligou. Ótimo. Agora vou ficar curiosa. Fui atrás de um bebedouro é assim que bebi a água, voltei pra o escritório. 
Harry estava do mesmo jeito de quando eu havia saído. Sentado despojado, com o braço apoiado na mesa e a cabeça apoiada na mão. Ele olhava atentamente para o computador e por mais que eu quisesse perguntar sobre o seu comportamento mais cedo, não queria atrapalhar. 
Sentei na minha cadeira e voltei a escrever mais uma matéria para a redação. O que mais me inquietava, era saber que Harry também se culpava. Eu jamais tinha parado pra pensar que ele poderia ter esse sentimento. Não só porque ele nunca demonstrara, mas sim porque ele tinha me dito antes da nossa briga que eu jamais tivera culpa de nada. Isso servia pra ele também, pelo menos na minha concepção. 
-Sophia? -A voz de Harry tirou-me de devaneios. Olhei pra ele - Emma pediu pra avisar que se tudo der certo no sábado, você pode escrever a notícia da prisão. 
-Sério? -pisquei os olhos algumas vezes. Uma coisa era escrever sobre alguns casos, e outra era escrever sobre um caso grande. De alguém muito procurado. -Harry, tem noção de que notícia é essa? Isso é maravilhoso. Isso é... maravilhoso. -Acho que a minha expressão era a mais boba possível. Meu sorriso não queria ir embora e meus olhos não queriam desgrudar de Harry. Uma caso importante. E teria o meu nome acompanhado. Isso seria tão bom pra minha carreira, tão maravilhoso. Aí pensei que eu deveria estar parecendo uma idiota. Meu sorriso foi murchando e eu só fiquei olhando pra Harry, que devolvia o olhar. Achei uma boa oportunidade pra perguntar sobre o quase beijo. Mas o que eu iria perguntar? Harry por que você quis me beijar? É. Então tá ok. Mas por que diabos eu estava nervosa? Droga. Vamos lá Sophie. 
-Harry eu posso te perguntar uma coisa? -Eu tamborilava os dedos freneticamente no meu joelho. 
-Já está perguntando, Sophia. -Arrg!!! Tinha como ele ser mais irritante? 
-Eu quero saber porque você... -Então a porta foi aberta e Camille passou por ela. Mas que merda. Esse é o dia de todo mundo atrapalhar a Sophie? Não que eu estivesse irritada por Zayn ter atrapalhado eu e Harry, eu não queria aquele beijo certo? Certo. Mas eu estava irritada porque Camille atrapalhou minha pergunta. Aquilo era importante, poxa. 
-Harry eu preciso que venha comigo. É o caso do Monroe. -Aquilo me lembrou de uma coisa. Eu tinha que perguntar a Harry sobre esse caso mesmo. -Oh! Olá Sophia. 
-Oi -Respondi simpática e voltei ao meu computador. Poderia perguntar sobre o caso depois. Quando estiver a sós com ele não é Sophie? Mas que droga de vozinha era essa? Voltei a trabalhar mas Harry dominava meus pensamentos. 
-Inferno. Assim não dá pra trabalhar. -Joguei meu corpo pra trás fazendo a cadeira apoia-lo e levei as mãos até a cabeça. Merda. Eu não deveria pensar em Harry. Deveria pensar em John e em como eu iria descobrir algo dele. Mas não... Tinha que ter algo pra me atrapalhar. 
[...] 
Harry não voltou. Droga, eu tinha que perguntar sobre o caso a ele. Fica pra amanhã. Peguei minha bolsa e sai da sala.  O horário de trabalho já tinha acabado pra mim e finalmente eu iria pra casa. Precisava comer algo e tomar um banho bem quente antes. Passei no mercado mais próximo e comprei um salgadinho e um refrigerante. Fui comendo no caminho até chegar em casa. 
[...] 
Depois de vestida (1) eu roubei dois cupcakes de Cris, peguei minhas coisa e sai pra faculdade. Hoje ela não iria porque estava com muita cólica. Graças a Deus pra mim ainda faltava uma semaninha. Liguei o rádio e dei partida no carro. 
[...] 
O sábado chegou voando e eu pude dormir até mais tarde. Hoje era o dia de prender Crowley e eu estava um pouquinho nervosa. Olhei no relógio que marcava 09:37 e esperei mais 3 minutos pra levantar. 
Fui ao banheiro e fiz minha higiene matinal, me livrei das roupas e entrei no box. A água estava na melhor temperatura possível e eu agradeci internamente por aquilo. Mesmo sendo sábado, o melhor dia da semana, tinha algo me atormentando e eu não sabia o que era. Talvez fosse a ansiedade pra hoje à noite, talvez fosse porque papai ligara 3 vezes noite passada ou talvez, só talvez mesmo seja porque Harry não foi trabalhar na sexta. Eu não entendi o porque, mas aquilo me deixou um pouco apreensiva. Será que eu tinha feito algo? 
Tirei todo o shampoo de meus cabelos e apliquei o condicionador para depois passar sabonete em meu corpo. 
Mas não havia sentido naquilo, Harry não faltaria no trabalho por causa de alguém, pelo que ouvi de outras pessoas, o trabalho era a única coisa que ele levava a sério. E eu estava me achando demais ao pensar aquilo. E por que mesmo eu estou pensando em Harry? 
Finalizei o banho e desliguei o registro. Me enrolei e sai do banheiro. Escolhi duas peças íntimas e passei meu hidratante de morango com mel no corpo e desodorante para enfim me vestir (2). Penteei os cabelos e fui comer algo. 
Quando terminei meu café da manhã, fui até o quarto de Cristina. 
-Bom dia flor do dia. -Entrei no recinto -Como você está? 
-Morrendo. -dei risada. Cristina estava deitava e enrolada com e lençol cobrindo a cabeça. 
-Você precisa tomar café. Vai ajudar na cólica. Eu já volto. 
Deixei o quarto e voltei a cozinha pra preparar o café da manhã de Cris. Tirei a casca de duas laranjas e as cortei em quatro pedaços, coloquei leite morno em um copo, fiz um chá de camomila, coloquei uns biscoitos num pratinho e duas torradas em outro e ao final, arrumei tudo em uma bandeija.Fui ate minha caixinha de remédios e peguei uma cartela de remedio pra cólica. Com o maior cuidado do mundo porque eu sou a pessoa mais desastrada do universo, eu levei a bandeija até o quarto de Cris e fiquei fazendo companhia à ela enquanto comia. Depois eu fui até meu guarda roupa para escolher o que eu iria vestir. Emma falou que era pra eu ir provocante, então eu vasculhei minhas coisas até achar um vestido preto curtinho e que ficava colado no corpo. Eu tinha comprado aquela peça um ano depois da minha aprovação na faculdade pra uma festa de uma fraternidade que eu nem me lembro mais. Iria ser ele, espero que fosse provocante o suficiente. Agora era só esperar chegar a hora. Enquanto isso, eu poderia fazer as unhas. Coloquei meus fones e coloquei pra tocar I Run To You de Lady Antebellum. Peguei minha maleta para unhas e comecei o trabalho. Passei removedor de esmalte, tirei cutículas, serrei as unhas, tirei sujeira, passei uma base niveladora e em seguida um esmalte preto. Fiz a mesma coisa com o pé e esperei secar. Quando a fome bateu, eu fui preparar um macarrão simples pra comer, enquanto esperava ficar pronto, fui ver como Cris estava. A porta do quarto estava aberta e o barulho do chuveiro invadia o quarto. Pelo menos ela tinha levantado. E o resto da tarde se passou assim, muito tediosa. 

[...]

Quando o relógio marcou 21:00 eu comecei a me arrumar. Entrei no banheiro, escovei os dentes e tomei banho, antes prendendo os cabelos para não molhar. Ao sair, eu escolhi uma lingerie preta -só porque eu adorava me sentir sexy- e a vesti, passei hidratante no corpo e vesti um roupão. Sentei de frente a penteadeira e peguei meus utensilhos para cabelo, eu iria deixar meu cabelo ondulado. Quando terminei, ja eram 21:38, peguei tudo que eu tinha de maquiagem e comecei o trabalho. Passei base, pó, blush, lápis de olho, delineador, rímel e meu batom vermelho maravilhoso. Vesti o vestido, calcei os sapatos, coloquei brincos e uma pulseira, passei perfume e peguei um sobretudo vermelho. A noite estava fria e como eu ainda iria passar na delegacia, não iria querer alguém me olhando com aquele vestidinho. Enfim, eu estava pronta (3)

-E então? -Fiquei na frente de Cristina.

-Se eu fosse um homem, eu te pegava. -Gargalhei. -Sophie, promete que toma cuidado?

-Não se preocupe, eu prometo. -Dei um beijo em sua testa- E você se cuide einh. Não me espere acordada.

Ela assentiu e eu sai de seu quarto. Peguei meu celular, as chaves, vetsi o sobretudo e sai do apartamento.

[...]

A delegacia não era muito diferente à noite. Policiais por todo lado, detidos algemados fazendo ligações, barulho... O relógio do celular marcava 22:27, acho que eu não estava atrasada. Caminhei até a sala de Emma e me surpreendi ao notar que todos já estavam no recinto. 

-Olá! -falei recebendo os olhares de todos na sala e morrendo de vergonha- Desculpem o atraso. 

-Não está atrasada. -Emma falou. -Venha, entre. 

Obedeci e fiquei perto da porta.

-Achei que era pra vir sexy e não cobrindo tudo.-Um voz rouca sussurrou em meu ouvido e eu arrepiei. Olhei para o lado e lá estava Harry. Absurdamente lindo porém, com um olho roxo e o canto da boca ferido.  Um beijo poderia curar os machucados dele, Sophie. Merda de voz. Então devia ser pelos machucados que ele não foi trabalhar. Voltei meu olhar para Emma, que falava sobre o plano. 

Ter Harry por perto fez meu corpo aguçar os sentidos, eu podia sentir sua respiração, seu perfume e seu hálito de menta. Era gostoso. Mas que droga estava acontecendo comigo? Por que eu estava pensando em Harry Styles? Sempre achei que pensar muito em alguém fosse sinônimo de estar apaixonada. Mas eu não estava e acho que tudo bem eu sair com outros caras, ja fazia um ano desde Matt, mas poxa, era Harry Styles. Era o melhor amigo dele, e pensar em um cara não me fazia estar apaixonada, ou desejar ter algo com ele. Mas você quer algo com ele. Não, eu não queria. Eu não queria sair com niguém, eu não queria gostar de ninguém, pelo menos não por enquanto, então por que diabos eu estava pensando num cara que até 3 dias atrás eu odiava, não que eu goste dele agora, mas desde que eu soube que ele também se culpava pela morte de Matt, digamos que eu o compreendia nessa parte. 

-É isso pessoal, façam seu melhor e nos vemos lá. -Emma falou e todos saíram do recinto. Antes que eu udesse sair, Camille veio falar comigo.

-Sophia! -Camille estava linda. Estava com um vestido azul-marinho tomara que caia e muito, muito curto. Sapatos preto e a maquiagem quase igual a minha. Disse um olá rapido e sorri- Deve estar arrasando pra ter vestido esse sobretudo ai.

-Que nada. -dei uma risadinha. -É só o frio mesmo.

-Humm, sei. Então, nós vamos no meu carro que é à prova de balas. Só por segurança mesmo. 

-Sophia! -Ouvi Zayn se aproximar. -Que bom te ver. -Ele deu um beijo em minha bochecha e eu senti ficar vermelha- Se está linda com esse sobretudo, imagina sem ele. 

Eu não sabia onde enfiar o rosto, o pior de tudo é que eu havia interpretado aquela frase no sentido malicioso. Acho que eu deixei transparecer isso porque Zayn e Camille começaram a rir de mim.

-Oh meu Deus! Não acredito que levou isso pro duplo sentido. -Zayn continuava a rir, juntamente com Camille. Eu devia estar mais vermelha que meu sobretudo.

-Ok, ok. Vamos logo? Crowley não vai ser preso sozinho. -Eu até havia me esquecido da presença de Harry atrás de mim. Sua voz me fez ficar ainda mais envergonhada.

-Você é um chato, Styles. Vamos Sophia? -Zayn me estendeu o braço.

-Ela ainda precisa colocar a escuta, Malik. -O que? Escuta? Mas era uma boate. Nao ia dar pra ouvir nada.

-É verdade. Te espero no subsolo, Sophia. -Camille falou e deu o braço a Zayn. Então eu me vi sozinha com Harry na sala.

-Onde está Emma? -Perguntei.

-Ja saiu. -Harry foi até a mesa de Emma e pegou um pequeno objeto preto. -Venha aqui. 

Obedeci e fui até ele. O dispositivo era muito pequeno, mas será que eles não iriam perceber?

-Harry, e se alguém perceber? -Harry mechia no dispositivo.

-Ninguém vai perceber. A não ser que você esteja muito perto. -Harry deu dois passos e ficou muito, muito proximo mesmo de mim.- Perto demais. 

Seus olhos capturaram os meus. Eu gostaria de poder curar o machucado em sua boca e o roxo em seu olho. Gostaria de poder toca-los. Harry pousou sua mão em no embainhado superior de meu vestido e colocou a escuta lá. Em momento nenhum os seus olhos desgrudaram-se dos meus. Ao finalizar com o objeto preto, ele desceu as mãos pelo meu corpo, chegando ao nó do meu sobretudo.

-Não acho que vá precisar disso. -Segundos após, eu senti a peça escarlate delizar pelos meus ombros e revelar minha roupa. Meus pulmões doíam e eu percebi que estava prendendo o ar. Quando Harry se afastou, respirei o maximo de ar que eu pude e meus orgãos agradeceram por isso. Olhei novamente para ele, que estava apoiado na mesa de Emma me olhando de cima a baixo. Merda. Ele estava muito sexy daquele jeito. A camisa branca mostrando algumas tatuagens, a jaqueta de couro, a calça colada nas pernas, o cabelo bagunçado... Tudo nele parecia provocativo. Merda. Mil vezes merda. Eu precisava sair dali. 

-Hmm, eu preciso ir. -Puxei meu sobretudo de suas mãos e praticamente corri daquele lugar. Eu só não percebi quando foi que tinha esquentado tanto  aponto d eu estar com calor.

[...]

A música alta invadiu meus ouvidos e Camille me puxou para algum lugar. 

-Dois blue martinis, por favor. -Ela falou para um carinha atras do balcão. 

-A gente pode beber? -falei em seu ouvido.

-Precisamos manter as aparencias, Sophia. Um drink não vai fazer nenhum mal. -Ela pegou as duas bebidas e me entreogu uma. -O seu cara vai ser o Crowley. Ele está sentado a sua esquerda. Camisa social preta, cabelo grisalho.

Disfarcadamente eu dei uma rápida olhada para o lado. Ok, eu ja sabia quem era. 

-Os dois caras nas mesas ao lado dele, são capangas. Tenha cuidado. -Bebi um gole do meu martini e assenti - Divirta-se. -Camille gritou e saiu dançando para algum lugar. 

Droga. Eu estava sozinha. E ainda tinha que esperar dar 23:30 pra começar o plano. Então eu iria fazer o que Camille disse. Eu iria me divertir. O som de Tik Tok da Kesha preencheu o ambiente e eu parti pra pista de dança com meu copo. Aquilo ia dar merda. 

-Don't stop, make it pop dj, blow my speakers up Tonight, Imma fight Till we see the sunlight. Tik-Tok, on the clock, but the party don't stop, no. Woah-oh oh oh -Cantei alto quando o refrão da música chegou. O copo me atrapalhava um pouco então resolvi derramar tudo no chão e colocar o objeto no balcão. Eu não iria ser idiiota de beber antes de prender um cara. Talvez quando eu fosse fazer meu teatrinho pra ele.

Voltei pra pista de dança e balancei meu corpo. Mexi a minha cintura pra um lado e pro outro e joguei as mãos pra cima. Olhei para onde Crowley estava e ele estava olhando pra mim. Otimo! Desci as mãos pelo corpo e continuei a dançar. 

-Ain't got a care in world, but got plenty of beer. Ain't got no money in my pocket, but I'm already here and now the dudes are lining up cause they hear we got swagger, but we kick em to the curb unless they look like Mick Jagger. -Rebolei até o chão e subi jogando meus cabelos pra cima. Quando olhei pra o lado, vi um par de olhos me obsevando. Era ele. Harry Styles. 

Dance para ele, Sophie. Dance para ele. 

Aquela maldita vozinha. Me fazendo pensar em coisas que eu não deveria fazer. 

Mas você quer dançar pra ele. Você quer provocá-lo.

Minha cintura se movia no ritmo da música -que ja havia mudado- e eu estava meio fora de mim. Com os olhos de Harry em mim eu comecei a dançar mais sensualmente. Rebolei até o chão e subi empinando a bunda. Girei o corpo e joguei os cabelos pro lado. Agora eu estava de frente para Crowley, que também me observava. Passei a mão pelos cabelos, descendo ela pelo meu pescoço, cintura e coxas. Não foi preciso uma dose de alguma bebida para me deixar naquele estado. Foi preciso apenas um par de olhos cor verde. 

Quando a música acabou, eu olhei para Harry. Ele mordia o lábio  e ver a cena me deixou feliz internamente. Fui até o bar buscar uma bebida e vi Camille chegar perto de mim. 

-É agora, Sophia. -Ela deixou o copo no balcão e saiu. 

-Um blue martini, por favor. -O barman foi preparar e eu fiquei esperando. Me sentei num banquinho e cruzei as pernas. Droga, eu estava nervosa. Calma Sophie, vai dar tudo certo. 

-Aqui está senhorita. -Peguei e bebida e dei o primeiro gole. 

-Vamos lá, Sophie. 

Virei o cabeça para o lado e olhei para Crowley. Ele ainda me olhava. Será que ele não cansava? Dei um sorriso e mordi o lábo inferior. Espero que ele tenha entendido o recado. Bebi todo o líquido azul e deixei o copo ali mesmo. Em seguida me dirigi a pista de dança lançando um ultimo olhar para Crowley.

Only Girl começou a tocar e a voz de Rhianna iria me ajudar a mandar aquele nervosismo embora. Comecei a dançar e cantarolar a letra. Quando o refrão chegou, senti duas mãos em minha cintura. Gelei. Mas eu não podia demonstrar nervosismo, então eu sorri e continuei me movendo. 

-Want you to make me feel like I'm the only girl in the world, like I'm the only one that you'll ever love, like I'm the only one who knows your heart. Only one. -Colei meu corpo no seu e rebolei até o chão, empinando a bunda ao subir. Céus, eu estava me sentindo tão suja por estar fazendo aquilo. Eu queria que aquele homem sumisse da minha frente e parasse de me tocar daquele jeito. Tomando toda coragem do universo, eu me virei e fiquei de frente pra ele. Sorri ou então vomitaria ali mesmo.  Cheguei perto de seu ouvido, podendo visualizar Ryan e Ed atras dos dois capangas de Crowley. Estava quase acabando. 

- Want you to take it like a thief in the night. Hold me like a pillow, make me feel right. Baby I'll tell you all my secrets what I'm keepin'. -Cantarolei em seu ouvido. Vi Harry se aproximar. Sorri como se ele fosse a melhor coisa que eu ja vi na vida. Eu não acredito que eu iria cantar uma frase da música que era sensual em um sentido literal, mas eu não podia perder aquela oportunidade. Então sussurrei em seu ouvido enquanto ele passava as suas mãos nojentas em meu corpo. -You'll my prisoner for the night. 

Então eu me afastei e Harry apontou uma arma para a cabeça de Crowley. Eu devia ir até Emma, conforme o combinado e foi isso que eu fiz.

-Polícia de Nova York. Todo mundo parado. - Harry gritou no recinto. O silencio ja se instalara no ambiente e tudo que se podia ouvir eram as vozes de Zayn, Harry, Ed, Ryan e Charlie prendendo os caras e falando seus direitos. Tony e Bob os algemavam e o policial encarregado de cada um, os levava para a viatura policial. 

-Acabou pra você, Crowley. -Harry murmurou enquanto levava o mais velho para fora da boate. 

No final, tudo havia dado certo. E agora eu só precisava beber e tomar um bom banho pra tirar qualquer vestido do Crowley de meu corpo. 

-Camille? -Olhei pra ela, que estava ao meu lado. -Você quer beber? -Ela riu e me acompanhou até o bar. 

[...]

Por volta das 3:45, eu estava no carro. Não me lembro de muita coisa, mas lembro de beber muito e dançar mais ainda. Quando cheguei ao carro de Camille, peguei o celular no bolso do sobretudo e vi a hora. Eu estava um caco e tudo que eu queria era dormir. Encostei a cabeça no vidro do carro e quando eu estava quase dormindo, uma mensagem no meu celular me fez abrir os olhos novamente. Desbloqueei o aparelho e semicerrei os olhos para ler as poucas palavras mostradas na tela. 

"Você foi ótima essa noite meu docinho. Estava maravilhosa." 

Eu estava cansada demais pra pensar naquilo agora.


Notas Finais




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