1. Spirit Fanfics >
  2. My Little Sweet >
  3. Capítulo sete.

História My Little Sweet - Capítulo sete.


Escrita por: potatoevil

Notas do Autor


Olaaaaaa!!!!!!!! Como vocês estão????
Bom, eu não sei se o capítulo ficou muito bom pq tive vários bloqueios de criatividade durante a semana mas aqui estou eu.
Espero que gostem do cap de hoje.
Beijinho e boa leitura :)

Capítulo 8 - Capítulo sete.


Fanfic / Fanfiction My Little Sweet - Capítulo sete.

Acordei com Camille me balançando de um lado para o outro e chamando meu nome.

-Sophia! Sophia acorde! Chegamos! 

Que merda. Minha cabeça doía e eu estava prestes a vomitar. Eu só queria fechar meus olhos novamente e me desligar de tudo. 

-O que? Não Sophia, não durma de novo. Vem aqui eu... - e depois disso eu não ouvi mais nada.

[...]

Abri os olhos lentamente sentindo um enorme arrependimento por ter feito isso. A claridade não me deixava enxergar direito o ambiente em que eu me encontrava e assim que meus olhos se acostumaram com brilho, eu percebi que estava em meu quarto. Minha cabeça parecia que ia explodir e a noite passada não passava de alguns borrões. Bem, pelo menos depois de todos os drinks que tomei. Olhei no relógio e me espantei: 14:45. Merda! Como eu havia dormido tanto assim? Planejava passar o domingo escrevendo a notícia da prisão de Crowley. Levantei lentamente e fui até o banheiro. O meu vestido estava todo bagunçado e parecia que eu tinha sido pisoteada porque meu corpo estava todo dolorido, consequência da soma salto alto+dança. Passei por um espelho e novamente tomei um susto. Meu cabelo estava bagunçado, minha maquiagem borrada e meu rosto estava todo inchado e isso sem falar que eu estava cheirando a álcool. Meu estado era deplorável. Tratei de me livrar logo daquelas roupas e tomar um banho. Aquilo talvez ajudasse.
Alguns minutos depois eu ja estava devidamente vestida (1) e me dirigi à cozinha pra pegar água e tomar logo um remédio ou minha cabeça iria explodir. Depois eu fui procurar algo pra comer. Coloquei um pouco de macarronada no prato e esquentei no microondas. Aquilo provavelmente iria me deixar com dor na barriga mas eu não estava me importando. 
Sentei na mesa e comecei a comer, então Cristina chegou e ficou me olhando com uma expressão irritada. 

-O que foi? -Falei enchendo a boca com macarrão.

-Falar de boca cheia é falta de educação. E eu estou chateada com você. -Ela puxou uma cadeira e sentou.

-O que eu fiz? -Cristina estava com uma expressão realmente irritada. Eu estava começando a me preocupar.

-Bom, talvez não me dar nenhum tipo de noticia, não ter voltado pra casa e não ter atendido nehuma das minhas ligações depois de participar de uma operação policial seja um bom motivo. -Ela cruzou os braços.

-Cris, me desculpe. Depois que prendemos Crowley eu acabei bebendo muito e depois eu não me lembro de mais nada. -Fiquei encarando meu prato.

-Tudo bem. Como foi lá? -Eu poderia falar sobre Harry e o que eu havia feito. Poderia falar sobre Crowley e sobre como eu me senti suja quando ele me tocou. Mas que não queria falar sobre aquilo. Não queria falar sobre Crowley e nem Harry e nem de como ele me fazia sentir coisas estranhas. Era como eu uma nova Sophie surgisse e eu mesma desaparecesse. E a nova Sophie não parava de pensar em como seria se os lábios rosados de Harry ficariam colados nos...

-Sophie? Terra chamando Sophiaaaaaa!!!!!! -Ela balançava os braços na minha frente.

-Oi oi oi! Estou aqui. -Que merda. Cris só fez uma simples pergunta e eu acabei levando pra Harry. Mas o que estava acontecendo comigo? Por que aquilo de repente.

-Por que está vermelha? -Ela me olhou desconfiada.

-O que? Eu não estou... Eu não estou vermelha. -Afirmei veemente. -E não quero falar sobre ontem. Foi estranho e eu me senti estranha. -Continuei a comer e ela continuou a me olhar desconfiada. 

-O que está acontecendo? 

-O que? Ahh não. Você não vai começar com isso. Não está acontecendo nada. 

-Você sabe que eu vou descobrir não é?

-Eu não to acreditando nisso. Pode parar. Não está acontecendo nada e se estivesse eu contaria.

-Hmmmm, tudo bem. Se precisar de mim eu estarei no meu quarto. Vou descansar um pouco porque essa cólica está me matando. 

-Tudo bem, melhoras. 

-Obrigada. -Cristina levantou e foi pro quarto enquanto eu continuei comendo minha macarronada. 

[...]

O relógio avisava que  21:00 horas havia chegado e até aquele momento eu não tinha escrito nada de bom. Peguei meu celular e coloquei uma música para tocar. A escolhida foi so what da Pink. Eu amo muito esssa música e tudo o que ela quer dizer. Enquanto eu ouvia, aproveitei para apagar algumas fotos, excluir uns aplicativos, limpar o meu histórico de ligações e de mensagens. Mas quando chegou na parte de mensagens, uma me chamou atenção. Era de um número bloqueado. Abri o conteúdo e não consegui acreditar no que li. 

"Você foi ótima essa noite meu docinho. Estava maravilhosa." 

 

Ele estava lá. Tão perto. Ele estava no mesmo ambiente que eu. Provavelmente ele me viu dançar, viu tudo o que aconteceu. Estava tão perto que poderia ter me matado. Aquilo me assustou profundamente. Não pensei duas vezes antes de correr até a porta e falar com o policial de hoje. Era Ryan.

-Oi! -Falei o puxando pra dentro do apartamento e fechando a porta logo em seguida. 

-Olha Sophie, eu sei que sou irresistível mas eu gosto de outra pessoa. Acho que não vai rolar. 

-O que? -Que merda Ryan tinha na cabeça? -Não, Ryan. Calado. Olhe isso. -Entreguei meu celular pra ele que mudou sua feição para uma mais seria. 

-Quando foi isso? -Ele levantou o celular. 

-Ontem à noite ou hoje de madrugada. Olhe a hora.

-Foi de madrugada. Foi recebida às 3:47. -Eu o olhei apreensiva. - Não se preocupe, vamos mante-la segura. Vou falar com Emma e pedir pra colocar um policial pra te acompanhar onde você for.,

-O que? Não Ryan, eu não quero um policial me acompanhando e sem falar que seria muito chato pra ele. Eu so quero rsolver logo isso. É assustador. 

-Eu sei. Mas vamos resolver isso e tudo vai ficar bem. -Ele colocou o celular na mesa. Preciso falar isso à Emma ok? 

-Ok. Pode ir la... 

-Fique tranquila, você está segura. Pelo menos de hoje...

-Você não está ajudando. 

-Desculpe. -sorri pra ele, que pegou o proprio celular e saiu do apartamento. Suspirei e voltei pro quarto.

[...]

Dormir aquela noite foi inútil.  Haviam duas coisas pertubando minha mente, a primeira era a mensagem que eu havia recebido e a segunda era um par de malditos olhos verdes. Em todo momento minha mente ficava lembrando de como eu dancei pra ele e de como seus olhos me analisaram quando ele tirou meu sobretudo. Eu precisava parar de pensar em Harry. Eu nem entendia o por que de estar pensando nele. Realmente, o ser humano é muito estranho e complicado, ou talvez eu seja estranha e complicada. 
Tentei de todas as formas dormir, mas não consegui. Bufei irritada e me levantei, ja que não conseguia dormir, iria terminar a notícia sobre Crowley. 

[...]

A manhã de segunda feira chegou tão depressa que eu até me assustei. Quando deu a hora de me arrumar, entrei no banheiro pra fazer minha higiene matinal e tomar banho. Ao sair, me sequei e passei hidratante no corpo. Coloquei minhas roupas de baixo, desodorante e me vesti (2). O dia estava meio frio e então eu vesti uma jaqueta. Passei rímel e meu batom vermelho, calcei os sapatos e coloquei os brincos, um anel e meu relógio. Passei perfume e fui tomar café da manhã. Passados alguns minutos eu já estava arrumando minhas coisas na bolsa. Peguei as minhas chaves e meu notebook e passei no quarto  de Cristina que estava terminando de se arrumar. Dei um bom dia e até logo e sai de casa. Ryan já tinha ido embora e eu me senti meio mal por ele ter saído sem comer nada. Entrei no carro e dei partida.

[...]

Harry tirava o pingo de paciencia que eu tinha. Ele era incrivelemente chato. Pelo amor de Deus, que mal tinha em eu ir fazer apenas algumas perguntas pra o tal Monroe? Ele não precisava criar um caso por isso e depois quem ele era pra ficar todo 'não me toque'? Serio, existia alguém mais imbecil que Harry Styles?

-PUTA MERDA! VOCÊ NÃO VAI E PONTO FINAL, SOPHIA! -ele ja gritava comigo e minha paciencia ja tinha ido pro quinto dos infernos. 

-QUAL O SEU PROBLEMA, HARRY? VOCÊ NÃO MANDA EM MIM, NÃO PODE ME FALAR O QUE FAZER. -Eu ja estava na sua frente e provavelmente todo mundo daquela delegacia podia ouvir nossa discussão.

-Advinha amorzinho, eu posso e eu vou. Dentro dessa sala, você trabalha pra mim e vai fazer o que eu mandar. -Seu tom de voz tinha diminuido, mas ainda era perceptível a raiva em sua voz. -E eu não gosto que gritem comigo. 

-Problema seu, Styles. Não vou ficar parada ouvindo você gritar comigo e muito menos receber ordens suas. Eu trabalho para Emma e é dela que eu recebo e cumpro ordens. -Me virei para voltar à minha cadeira mas meu braço foi puxado violentamente. 

-Escute aqui, Smith. Você vai engolir todas as palavras que diz pra mim. E vai fazer tudo que eu mandar. Não duvide disso.

-Não Harry, eu não vou. E tire sua mão de mim. -Olhei furiosa em seus olhos e ele mas ele não me soltou, ao invés disso, apertou mais. 

-Você vai se arrepender de tudo isso, Smith. Eu juro que vai. Vou fazer você engolir todas essas palavras. Eu juro por Deus. -Então ele me soltou e saiu da sala. Harry Styles ainda iria me matar de raiva. 

[...] 

Dylan Monroe era um homem de negócios. Trabalhava numa empresa têxtil como contador e estava sendo investigado por lavagem de dinheiro. Ele tinha 32 anos e morava sozinho. O bairro onde ficava sua casa era relativamente perigoso e eu não entendi muito bem como alguém que tem dinheiro mora num lugar assim. Disfarce talvez? Ele não queria levantar suspeitas sobre o que ele fazia por trás dos panos. 

-Nossa Sophie, que piada mais sem graça. -Ri comigo mesma pela piada idiota. 

-Que piada? -a voz de Zayn preencheu a sala. Eu não havia nem percebido a porta se abrindo. 

-Olá! -Sorri pra ele, que retribuiu. 

-Olá! -ele entrou na sala e fechou a porta- Como vai, menina?

-Vou bem. E você, menino? Senta aí... 

-Vou bem também. -Ele sentou e ficou olhando pra mim. 

-O que foi? 

-Vim atrás de Harry pra saber como ele está. Mas agora quero saber como você está. Realmente. -Aquilo me pegou desprevenida. Eu estava uma droga. Confusa, com medo, com raiva. Mas se eu não contei isso pra minha melhor amiga, por que iria contar pra alguém que acabei de conhecer? Não sei, mas foi isso que eu fiz. Talvez ter alguém relativamente novo, te faça sentir mais à vontade porque ele não iria se preocupar ou formar uma opinião levando em conta o que aconteceu no passado. 

-Eu não sei. Me sinto perdida e inutil por não fazer nada pra descobrir quem é o assassino que anda me perseguindo. Sinto medo também e muita raiva. Mas não só pelo assassino. Harry é insuportável. Como você é amigo dele? Você é tão legal, Zayn. -Olhei pra ele. A pergunta tinha sido sincera e não uma brincadeira. 

-Eu e Harry somos amigos desde pequenos. Fizemos tudo juntos. Até começamos a trabalhar juntos. Antes de você chegar, eu trabalhei aqui mas recebi uma proposta pra trabalhar na delegacia de Los Angeles. Eu iria ser o chefe então eu aceitei. 

-Por que voltou? 

-Percebi que se eu não podia trabalhar com as pessoas que eu gosto, eu não iria trabalhar bem. Então voltei a um mês. Só que pedi um tempo a Emma pra eu me ajustar novamente à cidade. Por isso você não me viu aqui. 

-Entendi. Posso fazer mais uma pergunta? -Perguntei e Zayn riu. -O que foi? 

-Você é bem curiosa. -Ele colou a língua entre os dentes. Eu tive que admitir, a namorada dele era uma sortuda porque que homem viu!? Que isso Sophie? Desde quando pensa essas coisas? Só pode ser carência. Ok, concentração. 

-Bem, sou jornalista investigativa. Está em meu sangue. -Sorri pra ele. 

-Você pode fazer quantas perguntas quiser. Eu adoro conversar com você. -Acho que fiquei vermelha. Droga. Odeio ficar com vergonha por nada. 

-Hmmm, por que Harry é assim? Todo rabugento? -Apoiei os cotovelos na mesa e a cabeça nas mãos. Fiquei olhando pra ele. 

-Harry já passou por poucas e boas, Sophia. Eu não posso te contar ou ele me mataria. - Zayn riu e eu o acompanhei- Mas posso te dizer que ele também é assim por causa do trabalho. Ele se envolve muito. Incorpora o papel de policial e não larga ele. Harry gosta de ter controle e perder a chefia pra Enma deixou ele com muita raiva. E também, voce enfrenta ele. Aliás, o prédio todo ouviu a discussão de vocês. -Como eu suspeitava. Mas eu nem liguei, que ouvissem. Zayn continuou- O que quero dizer é que você não aceita as ordens de Harry, como você disse. E isso o deixa irado. É legal Sophia, continue assim. -Ri alto com aquilo. 

-Esquece o que eu disse, você é um péssimo amigo. 

Eu e Zayn ficamos conversando por mais alguns minutos até que ele foi embora e eu pude terminar de revisar o caso de Dylan. 

Quando deu a hora do almoço, guardei todos os documentos e desliguei o computador. Peguei minha bolsa e sai da sala. Harry não havia voltado e eu agradeci por isso. 

[...]

O restaurante estava cheio naquele dia. Nenhuma mesa estava vazia. Droga, teria que dirigir mais até achar outro. 

-Sophia! -Ouvi alguém chamar meu nome e procurei até achar a cabeleira loira de Camille. -Senta com a gente. -Sorri pra ela e fui até lá. Juntos na mesa estavam Camille, Charlie, Ed, Zayn e Harry. E a única cadeira vazia estava bem ao lado de quem? Isso mesmo, Harry Styles. Mas também estava ao lado de Zayn e eu fiquei grata por isso. Sentei na cadeira e pendurei a bolsa nela. 

-Como vão? 

-Vamos bem, Sophia. E você? -Charlie perguntou. 

-Vou ótima. Ahhh, me chamem de Sophie por favor. Parece que estão brigando comigo quando me chamam de Sophia. -Sorri sem graça. 

-Como quiser, Sophie. -Camille falou e todos rimos. Menos uma pessoa, lógico. 

O garçom chegou eu fizemos todos os pedidos. Resolvi pedir uma lasanha e refrigerante. De sobremesa eu ia dirigir até o bob's que ficava pertinho e pedir um milkshake.  

-Sabe o que uma impressora perguntou à outra? -Zayn falou no meu ouvido. Balancei a cabeça em sinal negativo. -Essa folhando aí chão é sua ou é impressão minha? 

Aquilo tinha sido a pior piada que ouvi na minha vida. Mas eu não conseguia parar de rir. E pra piorar todo mundo estava me olhando. Que desconfortável. Eu mato Zayn.  Quando me controlei, bebi um pouco de água que estava na mesa e respirei fundo. 

-Idiota. -Dei uma cotovelada nele. Que começou a rir. 

O garçom chegou com nossos pedidos e pude comer em paz. Talvez não tão em paz assim, já que o cheiro de Harry entrava pelo meu nariz e me fazia pensar em coisas indevidas. 

[...]

Eu já estava abrindo a porta do carro quando uma mão a fechou. 

-Mas o que esta aconte... -me virei e deparei com Harry. - O que você quer? 

Ele me ficou me olhando com uma expressão até divertida. 

-Vamos agora. 

-O que? Ir pra onde? -Eu realmente não tinha entendido nada. 

-Na casa do Monroe. -Sua cara fechou imediatamente. Eu sorri vitoriosa. Um a zero pra mim.

-Tudo bem. Então vamos logo. -Mas Harry não se moveu. Sua mão continuava na porta do carro e de certa maneira, ele me prendia entre seu corpo e o veículo. 

Isso não é tão ruim, Sophie. 

Merda de voz, vá se foder. 

-O que eu disse ainda está valendo, Sophia. Você. Vai. Fazer. Tudo. O. Que. Eu. Mandar. -A cada palavra, ele se aproximava mais de meu rosto até sua boca chegar a minha orelha. -Eu prometo. -Então ele se afastou e foi até o outro lado do carro, entrando no veículo. Fiz o mesmo e coloquei o sinto. 

Estar com Harry em um carro era extremamente desconfortável. Lembro-me de quando ele ficou falando pelos cotovelos e depois explodiu de raiva pedindo pra eu parar o carro. Desta vez ele estava quieto. Muito quieto. A arma repousava nas pernas e sua mão a segurava pra ela não cair. Paramos no sinal e eu olhei pra ele. Harry estava com uma camisa social preta de mangas longas, que estavam dobradas até os ombros, a calça colada marcava suas pernas. Os cabelos estavam arrumados num topete, o que era estranho já que eles sempre estavam bagunçados. O seu distintivo pendurado no pescoço balançava calmamente no peito pela respiração de Harry. Então ele virou a cabeça e olhou pra mim. Sua íris estava de um verde mais escuro e eu fiquei me perguntando se aquilo era possível. Talvez ele estivesse com lentes de contato. 

-O que você quer? -Sua voz soou rude. 

-Nada. -Olhei pra frente. O sinal abriu e eu continuei dirigindo. Dessa vez, com o olhar de Harry em mim. Parei na esquina e tirei o sinto. 

-Por que parou? Onde vai? -Harry segurou meu pulso antes de eu abrir a porta. 

-Vou só comprar um milkshake. -Olhei pra ele.

-O que? Pra que? -Ele franziu a testa. 

-Pra jogar no lixo, Harry. -Puxei meu braço e sai do carro. Sinceramente, Harry era um babaca. 

Entrei na lanchonete e fiz o pedido. Paguei e só esperei ficar pronto. Depois eu peguei a bebida e voltei pro carro. Harry não estava mais lá, ele andava de um lado pro outro na calçada. 

-O que está fazendo? -Perguntei dando um gole no milkshake de chocolate. Harry olhou pra mim. Pela sua feição ele estava com raiva. Não só pela sua feição mas pelo que ele fez a seguir. Harry andou rapidamente até mim e tirou a bebida de minhas mãos, a jogando no chão violentamente. Ele colou-me contra a parede de manteu seus dois braços ao redor de minha cabeça. 

-O QUE? MAS QUE PORRA É ESSA? -Olhei pra ele- STYLES SEU FILHO DE UMA... 

-NÃO OUSE!!! -Ele gritou e eu me calei. -Eu não admito que falem assim comigo. E admito muito menos que você fale comigo desse jeito. -Ele bateu na parede atrás de mim.- Que porra, Sophia. Sera que dá pra parar de ser assim? 

-O que? Eu não fiz merda nenhuma Harry. Você que explode sem motivo nenhum.  Por que jogou meu milkshake? 

-Porque eu quis. Porque me deu vontade. 

-Eu não vou servir de trouxa pra você fazer o que quiser comigo. E vai ter que me pagar outro. E do mesmo. Agora me deixe sair. -Me mexi mas foi inútil. Harry colou seu corpo ao meu. Merda. Merda. Merda. Merda. Eu estava com raiva droga. Então por que pensamentos indevidos vinham minha em minha mente? O pior (não tão pior assim) é que não tinha ninguém na rua. 

-Deixa eu te explicar uma coisa, Sophiazinha. Eu vou fazer exatamente o que me der vontade. Não importa se seja com você ou com qualquer outra pessoa. E você vai fazer o que eu quiser. Tudo o que eu quiser.

-Você caiu e bateu com a cabeça? Em que planeta você vive Harry? Fala sério! -Ele era tão idiota de achar aquilo. 

-Vamos logo, eu estou cansado. -Ele me soltou e entrou no carro. Em seguida eu entrei. E depois daquilo não falamos mais nada. 

[...]

Quando chegamos no bairro em que Dylan morava Harry disse que eu teria de ir sozinha. Ele me mostrou a casa e disse que ficaria no carro pois já tinha prendido muitos bandidos daquele lugar e também que o homem não iria querer falar comigo se um policial estivesse junto.
-Smith, cuidado com os becos. Se mantenha longe deles. Muitos bandidos ficam em becos mesmo de dia. 

-Tá ok. -Peguei a minha bolsa e fui. Andei alguns metros até estar na suposta casa onde Dylan morava. Apertei a campainha e esperei. Nada. Apertei novamente e nada. 

-Senhor Monroe? -Perguntei batendo na porta. 

Apertei a campainha de novo e quando eu ia bater na porta, um senhor a abriu. 

-O que foi? -Ele perguntou rude. 

-Hmmm, eu queria saber se Dylan Monroe se encontra. Gostaria de falar com ele. 

-E quem é você? 

-Sou Sophia Smith. Jornalista investigativa. Só queria fazer algumas perguntas. 

-Ele não está. Viajou ontem pra sabe Deus onde. 

-O senhor tem algum telefone para... -Não pude terminar a frase porque o homem fechou a porta na minha cara. Que simpatia. Respirei fundo e dei meia volta. 

Enquanto eu andava de volta pro carro, tomei cuidado com os becos, assim como Harry me mandou fazer. Mas acho que de nada adiantou quando eu senti algo gelado encostar em meu pescoço. 

-Vai a algum lugar, moça? -Uma voz arrastada sussurrou atrás de mim. Meu corpo inteiro petrificou. Era a hora da minha morte. -Uma moça tão bonita andando sozinha por aí. Alguém pode te fazer mal. -Harry, cadê você? Apareça por favor. A rua estava deserta e o carro não estava no meu campo de visão.  Então era assim que eu ia morrer? Criei forças do além pra pedir pra ele me soltar. 

-Me solta moço. Me deixa ir embora por favor. Pode levar tudo, só me deixa ir embora. -as lágrimas já desciam pelo meu rosto e eu só conseguia pensar em Cristina. Como ela iria ficar ao saber da notícia de que eu tinha sido assassinada? Ao criar a imagem de minha amiga triste chorando por mim, eu tomei coragem pra dar um soco no no rosto do homem. Concentrei todas minhas força no meu punho direito e soquei sua cara. Eu sei que era perigoso reagir a assaltos mas eu ia morrer mesmo. Se eu tentasse não ia perder nada. Quando meu punho atingiu o rosto dele, minha mão ardeu de dor. Mas não me dei o luxo de me preocupar com aquilo agora. Corri o mais rápido que eu pude. 

-SUA VAGABUNDA. VOCÊ VAI ME PAGAR!!!! -O homem gritava e deduzi que ele estava correndo também. Deus, se eu sair dessa eu juro que nunca mais vou roubar o chocolate do quarto de Cristina. Quando avistei o carro meus pulmões já ardiam e as pernas perdiam descanso. Preciso fazer exercício. Corri mais um pouco mas antes que eu chegasse no carro alguém agarrou meu braço. Era o bandido. Tentei me soltar mas ele me agarrou forte demais. Comecei a gritar por Harry mas fui jogada no chão com toda força. O homem ficou por cima de mim e me deu um tapa forte no rosto. As lágrimas nem eram mais de pânico e sim de dor. Quando ele levantou o braço pra dar outro tapa, alguém bateu tão forte em sua cabeça que ele caiu desmaiado. Era Harry. Ele agachou e me ajudou a sentar. 

-Sophia. Meu Deus! O que houve? O que ele te fez? -Ele pousou a mão em meu rosto. As lágrimas desciam e meu rosto ardia muito. -Por favor, me perdoe. A culpa é minha que deixei você ir sozinha. Me perdoe, Sophia. -Ele enxugava minhas lágrimas que teimavam em cair. Obrigada Deus por ter me feito sair com um rímel a prova d'Água- Vem, eu vou cuidar desse machucado. Tudo vai ficar bem. 
Harry levantou e estendeu a mão pra mim. Aceitei e com sua ajuda eu me levantei. O susto ainda não havia passado e eu estava meio que em pânico. O ardor causado pelo tapa estava começando a suavizar e as lágrimas nem caiam mais. Harry me deixou apoiada no carro e ligou pra alguém. 

-Uma viatura aqui. Isso! Mandem logo. Um quite de primeiros socorros tá bem. Não, foi apenas um corte. Eu sei, eu sei. Tudo bem Emma, eu assumo as consequências. Ok, tchau. -Harry desligou e veio até mim, pousando a mão no meu rosto. -Está com um leve corte. Dói? -Ele colocou o dedo perto da minha boca, onde estava o machucado. 

-Um pouco. -Respondi olhando pra ele. 

-Me desculpe, Sophia. Se eu não tivesse deixado você sozinha, nada disso teria acontecido. Eu sinto muito. -Harry parecia sincero. Seus olhos me diziam isso. Ele havia me salvado de um bandido, trouxe Cristina de volta, me confortou quando Danni morreu e eu nunca o agradeci por nada daquilo. Então eu passei meus braços pelo seu pescoço e o abracei. Eu não era sua amiga é muito menos gostava dele, mas eu queria agradecer por tudo que ele tinha feito e eu estava precisando de um abraço. Senti seus braços apertarem minha cintura num abraço forte. E ficamos  assim algum tempo. Quando nos separamos, Harry colou sua testa na minha. 

-Eu ainda quero fazer uma coisa. -Lembrei-me de quando estávamos na sua sala e ele disse que queria me beijar. Talvez ele quisesse fazer aquilo agora. E eu estava vulnerável pelo que havia ocorrido. Não podia negar que passara dias pensando em como seria o seu beijo. E eu não sabia se foi o quase atentado de morte, a carência ou qualquer outra coisa. Mas eu queria o beijo. 

-O que? -Repeti a minha pergunta. Mas Harry não repetiu sua frase, ele partiu pra ação. Num gesto quase que desesperado, ele colou seus lábios nos meus. O beijo era uma mistura de calmaria e selvageria. Sua língua pediu permissão para passar e eu prontamente concedi. Enquanto Harry explorava minha boca, eu levei uma mão para seu pescoço e outra para seu cabelo, embrenhado meus dedos ali.  Harry apertou minha cintura com uma mão e pousou a outra em meu pescoço. Seu corpo se colou ao meu e seu perfume adentrou em meu nariz me inebriando por completo. As nossas línguas dançavam em perfeita sincronia e só paramos o beijo por falta de ar. Mantive os olhos fechados. 

-Tem um cara desmaiado bem ali. -Eu falei pra ele e abri os olhos encontrando Harry ofegante. 

-Eu sei. -Continuamos nos olhando até que uma viatura chegou. Harry foi falar com os policiais e eu entrei no carro. Descansei a cabeça no banco tentando absorver tudo o que aconteceu. Eu fui tratada mal por um senhor que nem conhecia, eu fui quase assaltada, eu fui quase morta, eu fui agredida, eu fui beijada. Eu fui beijada. E eu gostei do beijo. Eu não podia gostar. Ele era o melhor amigo de Matt, era quase como traição.

Ouvi alguém bater no vidro do carro. Abri os olhos e a figura de Harry se formou na minha frente. Abri a porta pois o carro estava desligado e não tinha como abrir o vidro. 

-Quer que eu te leve em casa? Acho que você não está bem pra dirigir. Ahhh, sua bolsa. -Ele me entregou minha bolsa que estava toda amassada. 

-Obrigada. Eu to bem e ainda tenho que ir pra delegacia. Deixei umas coisas lá. Tenho que registrar queixa também. 

-Como quiser, mas eu dirijo. 

-Tudo bem. 

Fui para o banco do passageiro e Harry entrou no carro. Eu nem tinha me ligado de colocar o sinto, só quando Harry se debruçou sobre mim para pegar a ponta do objeto e segurança. Ele passou o sinto pelo meu corpo e o travou. Suas mãos pousaram uma no banco e outra em minha coxa.  

-Não esqueça de colocar o sinto. É medida de segurança.  -Ele arrastou a mão lentamente pro banco e depois as colocou no volante. Ligou o carro e fomos embora.  

Pude finalmente soltar o ar que prendi nos pulmões. 

Estava tão perto, podia ter beijado. 

Pela primeira vez, concordei com a vozinha.
 


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...