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História My Little Sweet - Me beije no parque essa noite.


Escrita por: RozaBlue

Notas do Autor


Tô viciada na música Lolita,da divosa Lana Del Rey,por isso o nome do capítulo >.<
Aproveitem!

Capítulo 19 - Me beije no parque essa noite.


Quando acordo,estou sozinha.Ando até o banheiro e faço minha higiene,aproveitando para tomar banho e lavar meu cabelo.O closet,surpreendentemente,já possui diversas roupas,tanto minhas quanto do Palhaço.Ao olhar no relógio descubro que já se passaram das 2 da tarde,o que significa que capotei por 18 horas.Não é atoa que o guarda-roupas esteja cheio.

Entro na cozinha e me assusto ao ver o Coringa sentado em uma cadeira lendo o jornal tranquilamente.

-Finalmente acordou,docinho.

-Bom-dia - murmuro indo até a geladeira - O que temos pra comer?

-Não sei cozinhar - responde dando de ombros - Então o que dá pra comer agora são esses pãezinhos que Jonny trouxe.

Suspiro e pego ovos,queijo,presunto,salsinha e todo tempero que pude achar.O cheiro de ovos mexidos faz com que meu estômago comece a roncar.Quando termino,coloco um prato em frente ao Palhaço e depois sento-me junto dele.

-O que é isso? - cutuca um pouco a comida.

-Ovos mexidos.

-Nunca me disse que sabia cozinhar,docinho.

-Você nunca perguntou - falo dando de ombros.Começamos a comer no mesmo momento.De repente,ele pega um guardanapo e cospe.

-Bem,agora eu sei porque nunca me disse.Você não sabe cozinhar!Esses ovos estão doces! - levanta e pega o prato indo jogar tudo fora.

-Não!Espera um pouco! - vou atrás dele e retiro o prato de suas mãos.Sabia que tinha algo errado! - Eu te dei o meu prato!Foi sem querer!

Suas sobrancelhas se levantam quando volto para a mesa e troco as comidas.

-Você come ovos mexidos doces? - tem um leve toque de nojo em sua voz.

-Sim.

-Agora sei porque combinamos tanto - diz se sentando - Você deve ser mais louca que eu,docinho.

-Não exagere.Eu só gosto de coisas agridoces - tipo você.

Nós voltamos a comer,em silêncio.Gosto disso,é quase como se fossemos um casal normal.

-Docinho,tem algo que queira fazer hoje? - olho surpresa pra ele.O Coringa nunca me pergunta nada.Ele simplesmente diz,e eu obedeço.

-N-não sei.

-Que tal darmos um passeio? - seus olhos brilham de uma maneira perigosa.Não pode ser coisa boa.

-Aonde? - questiono desconfiada.

-Saberá na hora certa.

Não poder ser coisa boa,COM CERTEZA.

                                                                                                         _ . . . _

-Pronta,docinho?

-Yep - respondo terminando de prender o cabelo.Uso uma regata verde-militar,jeans preto e jaqueta de couro.Meus sapatos são um par de ankle boots negras de salto grosso;faço um rabo de cavalo que deixa os fios espetados em diferentes direções e completo tudo com batom roxo escuro.O Coringa veste calças negras e uma camisa de seda lilás,junto de um paletó também negro.

-Está muito bonita,docinho.Só falta isso  -diz estendendo a gargantilha com Joker's Girl escrito.Permito que ele mesmo a coloque,sentindo seus dedos percorrem minha garganta e depois minha clavícula.Estremeço e ele ri um pouco.

-Você também está bonito - deixo escapar.Coro até a raiz dos cabelos.

Sinto seus olhos pálidos sobre mim.

-Você está diferente,docinho.Mais solta,mais calma - seus rosto inclina-se na minha direção,nossos narizes se roçando - Diga-me,finalmente se apaixonou por mim? - pergunta com seu sorriso mais zombeteiro.

-Nah,simplesmente desisti de lutar contra o seu inegável charme - respondi brincalhona,batendo a ponta do dedo em seu nariz e caminhando para fora do quarto.As gargalhadas que vêm do quarto me deixam com vontade de rir também.E é o que faço.

Quando já estamos na Lamborghini,pergunto:

-Diga-me,querido,aonde estamos indo?

-Espalhar um pouco de caos por aí - ele arreganha os dentes ao sorrir.

-Não quero me meter em problemas.

-Devia ter pensado nisso antes de entra no carro,docinho - responde acidamente.

Bufo e olho pela janela.Os prédios,as luzes e as pessoas passam num flash enquanto ele dirige do seu jeito alucinado pelas ruas de Gotham. Pedestres gritam,carros buzinam e cantam pneu quando passamos em alta velocidade.Isso é meio libertador.Dá vontade de rir.

Um cara grita uma série de palavrões quando o Coringa ultrapassa o sinal vermelho.O Palhaço ri e se vira pra mim.

-Quer ouvir uma piada?

-Quero.

-Sabe como é que faz para um passarinha dar risada?

-Não.

-Joga na parede que ele racha o bico!*

Ficamos em silêncio antes de começarmos a rir e apesar de ser um pouco cruel,levo um longo tempo até parar de gargalhar.

-Você tem um belo sorriso,docinho.

-E você está muito estranho hoje,Coringa. Perguntando se eu queria vir dar um passeio,fazendo elogios...

-Só quero ser um bom amante - diz lambendo os lábios de maneira obscena.

-Vou fingir que acredito em você - resmungo;sinto meu rosto se avermelhar.

-Assim você magoa meus sentimentos - reclama com mágoa fingida.Arqueio as sobrancelhas.

-Volto a perguntar,que sentimentos?

Sua mão vaguei para a minha coxa e ele dá um apertão perto da região sensível da minha virilha.Gemo baixinho.

-Que menina cruel você é,docinho.

-Aprendi com o melhor - pego em sua mão e a encaminho para meu rosto.Dou um beijo delicada na ponta de cada um dos seus dedos,apenas parando para dar uma leve chupada em seu dedo do meio.Solto sua mão,que cai mais uma vez em minha perna.

-Está me provocando,docinho.Continue assim - sorrimos um para o outro.

Pode ter certeza que vou.

                                                                                                                    _ . . . _

Quando ele disse que queria espalhar um pouco de caos,acho que estava enfatizando a parte do pouco.Nós apenas caminhamos um pouco,o Coringa roubou algumas lojas e ameaçou quem olhava tempo demais para nós dois.Quando começamos a ouvir as sirenes,corremos para o carro,e o Palhaço dirige até o Parque Robinson,enfiando o carro entre algumas árvores.O lugar está vazio,a não ser por alguns mendigos.Depois que o Coringa fugiu,muitas pessoas pararam de sair durante a noite,com medo do quê poderia acontecer com um sociopata mentalmente perturbado solto pelas ruas.

-No quê está pensando,docinho?

-Em você.

-Jura? - seu sorriso é convencido e com a escuridão dos carvalhos nos envolvendo ele quase parece um cara comum.Sem cabelo verde,tatuagens no rosto e boca carmim,apenas um pouco pálido demais.Ando até uma parte um pouco mais iluminada e ele me segue.Bem melhor;gosto mais quando consigo enxergar seu rosto completamente.

-Sim - levanto-me um nas pontas dos pés(apenas um pouco) e juntos nossos lábios.O Coringa não perde tempo e sinto sua língua se infiltrando na minha boca.O beijo é molhado e sedutor,a luz da Lua deixa sua pele com um brilho espectral,fecho meus olhos,deixando a sensação é mais sublime.Ele empurra seu corpo contra o meu até minhas costas se baterem com o tronco de uma árvore;tudo isso sem interrompermos o beijo.Sou levantada,acabo por ter que enlaçar minhas penas em seu quadril;fico um tiquinho mais alta que ele,tornando tudo mais erótico.Meus dedos se agarram nos fios verdes,sentindo a maciez.Sua pélvis se esfrega contra a minha me permitindo sentir sua ereção.Nos separamos por um momento.A primavera já está acabando e o ar do começo do outono faz com que possamos ver filetes de vapor saindo de nossas bocas.Pelo visto,teremos um final de ano extremamente frio.Recosto minha face em seu pescoço e lhe dou uma pequena mordida.Ele faz o mesmo,mas sua mordida é mais bruta,deixando a certeza de que terei uma boa marca amanhã.Beijo seu ombro coberto e depois encaminho meus lábios até o lóbulo da sua orelha,lambendo-o rapidamente.Seus dedos esguios se fincam em meu queixo no momento em que nos beijamos novamente.Ele me dá uma mordida forte o suficiente para que eu sinta gosto de sangue.Em compensação,beijo-o de volta da maneira mais doce que consigo,o beijo torna-se suave,quase meigo.

Nós somos assim.O Coringa me machuca um pouco,eu o trato com carinho,ele se acalma.Pode parecer injusto,mas funcionamos bem assim.Acho que o ditado que o pai de Bruce vivia dizendo era verdade.Gentileza realmente gera gentileza.

O Palhaço aperta minha bunda dolorosamente e não consigo me conter:puxo um pouco o cabelo de sua nuca,fazendo com que ele  nos separe,rosnando.

Bem,eu sempre achei que só deveríamos seguir os ditados até certo ponto.

Estou sorrindo quando voltamos a nos beijar no parque parcialmente iluminado pela Lua cheia.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


*Só pra deixar claro,não aprovo maltrato contra os animais,tá minha gente?
Não tivemos treta,mas tranquilas,ela já está chegando.
Beijos doces e sonhem parques escuros,minhas garotas gentis.


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