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História My Little Sweet - Um almoço divertido.


Escrita por: RozaBlue

Notas do Autor


Oi,minha amorecas!Tô meio morta hoje...Tô com sono,irritada e gripada.De novo. Desculpinhas se o cap não estiver lá essas coisas.
Isso me lembra:eu gostaria de avisar que não fiquem preocupadas se acontecer de eu acabar atrasando 1 ou 2 dias.Eu tenho uma saúde meio frágil,então fico doente fácil e constantemente :( É um saco,diga-se de passagem.
Não acho que eu vá atrasar,MAS se acontecer,peço que não se preocupem,ok?
Aviso:uma parte desse capítulo pode causar fome.
Aproveitem!

Capítulo 33 - Um almoço divertido.


4 dias depois.

Estou me olhando no espelho faz um meia hora.E eu nem ao menos sou narcisista.Estou mesmo é olhando todas as mordidas que eu tenho espalhadas pelo meu corpo.

Jesus,parece que eu fui atacada por um bando de criancinhas canibais!

Marcas de dentes,chupões,aranhões,marcas de dedos...Tô parecendo um mapa,cada lugar vermelho ou roxo parece estar demarcando uma área desbravada pelo toque sádico do Coringa.Mesmo depois de alguns dias,os machucados persistem,e ainda me sinto dolorida  e meus pulsos permanecem com vergões de um vermelho intenso.Desvio meu olhar do espelho para terminar de me vestir.

Hoje uso uma saia verde-musgo e uma camisa branca,a qual dobrei as mangas,pois está um dia surpreendentemente ameno.Logo,logo,será Natal.Parece que teremos muito frio,e me pergunto se devo encarar isso como um mau presságio ou como uma simples consequência do aquecimento globa,que anda deixando o clima louco?Debato internamente essa questão enquanto preparo meu café.

Pelo visto,comerei sozinha de novo,já que quando acordei,o Palhaço deixara nossa cama a tempos,supus pelo frio dos lençóis.Termino de fazer minhas panquecas e sirvo-me no sofá,descansando os pés na mesinha de centro e olhando para Gotham através das janelas.

Em um momento de desespero,me pergunto se é assim que seguirei o resto vida:entocada em um apartamento,escondida,comendo sozinha e vendo as outras pessoas vivendo suas próprias vidas,sem ao menos poder sair desacompanhada.Isso até o dia em que ou eu,ou o Coringa,ou meu primo,morrermos?É isso?Sou despertada de minha melancolia pela vibração do celular que o Coringa me deu.Pego-o,a pequena telhinha se iluminando,indicando uma nova mensagem.

"Ei,docinho!Fique sabendo que vou chegar mais tarde hoje.Me espere,como uma boa menina,ok?"

"Ok.Bjs."

A mensagem me tira daquele estupor,apesar de não ser lá muito animadora,ele teve a mínima consideração de me avisar que chegaria tarde.A breve depressão que me atingiu vai embora,e meus pensamentos clareiam o suficiente para que eu possa me lembrar o porque de eu estar presa como um pássaro dentro de uma bela gaiola.

A razão de eu me sujeitar a isso é ele.Sempre foi ele.Irei aguentar permanecer presa o tanto de tempo necessário,se isso significa que eu possa ficar ao lado do meu adorável,perigoso e insano amante.

                                                                                                               _ . . . _

A manhã se arrastou como um verme gordo demais.O tédio começa a me enlouquecer,então decido fazer uma faxina geral no apartamento.Limpo a suíte,o quarto reserva,os banheiros,a sala e a cozinha.Tiro o pó de cada canto possível,passo pano no chão até este brilhar como uma joia ao Sol e no fim de tudo,nem ao menos passaram-se 3 horas.Já é hora do almoço,então decido pesquisar alguma comida complicada,assim eu me ocupo mais um pouco.Opto por uma lasanha,já que demora um tempo para fazer tudo.Assim que termino,passo para a sobremesa.Faço um bolo de chocolate de camadas que,modéstia a parte,fica delicioso,a cobertura doce escorrendo por cima da massa.Termino tudo com uma salada de palmito e frango.O suco de laranja é rápido de ser feito,então meu almoço está pronto.

Estou apreciando meu trabalho quando percebo:fiz comida demais.Bem,isso é um eufemismo,para ser sincera.Eu fiz comida o suficiente para uma família de 8 pessoas comer,e ainda sobrar.Fico num dilema,até que me lembro dos seguranças.

O Coringa decidiu deixar alguns capangas dele me vigiando,uma meia dúzia de caras armados e enormes como jamantas.Eles devem estar com fome,coitados.Deve ser bem chato ficar me vigiando o dia inteiro.Então pego alguns pratos,copos,talheres,uma toalha e coloco-os dentro de uma cesta de piquenique,que sabe-se lá por que estava guardada em um armário.

Vou até o corredor e desço pelas escadas até o andar de baixo,que está completamente vazio,a não ser pelos capangas do Coringa.

-Ei,meninos! - exclamo alegremente,nem ao menos hesitando quando seis carrancas se voltam para mim - Vão arrumando as coisas,enquanto vou buscar a comida - digo e estendo a cesta para o homem mais próximo.Ele deve ter uns 30 anos,o mais velho daqui,acho.

-Madame,não deveria estar aqui - resmungou,mas pegou a cesta - O chefe vai arrancar nosso couro.

-Bah!Não se preocupe com o Coringa,eu me resolvo com ele! - falo e dou uma piscadinha.Aponto para o mais novo,que não deve ter mais que 18 anos - Você,venha me ajudar com as travessas.

Durante o tempo em que pegamos a comida,me questiono o por que de um garoto tão novo estar envolvido no submundo.Claro que entendo que nem todos têm o privilégio de nascerem em famílias como a minha,mas tem instituições que ajudam essas pessoas.Penso em dar o nome do abrigo que Bruce tem,mas permaneço em silêncio.Às vezes,o silêncio é melhor do que as boas intenções.

Fico alegremente surpresa ao perceber que o mais velho acatou ao meu pedido.A toalha está estendida no meio do corredor,com todos os utensílios em cima.Os homens parecem desconfortáveis,então digo:

-Ei,relaxem!Não ha veneno na comida,eu com certeza não mordo e não se preocupem com seu chefe!

Todos me olham por alguns momentos,e eu me sento,já começando a pôr comida no meu prato.Logo,o mais novo se senta também,apesar de se instalar a uma distância considerável de onde estou.Os outros cedem rapidamente,e eu os sirvo.É como um grande e desconfortável piquenique,com homens grandes e carrancudos comendo quietamente.Provavelmente,eu não deveria estar alimentando-os,mas seria um pecado jogar a comida fora.E,apesar de eu saber que são criminosos,ainda são humanos,pelo amor de Deus!

-Isso está uma delícia! - exclama um homem a minha direita.

-Concordo! - fala outro.

-Queria que minha esposa cozinhasse assim - resmunga o mais velho dos homens.Em um piscar de olhos,estamos todos conversando e,surpresa,nos divertindo.Acabo por descobrir que a maioria deles têm família,para que time torcem e em que lugares viveram antes de virem para Gotham. Eles são rudes,em sua maioria,contando piadas suja e fazendo comentários grosseiros uns sobre os outros,e eu fico quietinha,apenas observando.Isso é meio legal,pra ser sincera.Faço perguntas,respondo algumas e me entroso.

Se Bruce me visse nesse momento,teria uma apoplexia,penso meio divertida pela situação,meio exasperada com o rumo da minha vida.

                                                                                                              _ . . . _

O almoço foi bem divertido e terminou mais cedo do que eu gostaria.Depois que todos comeram,mais uma vez,o garoto mais novo me ajudou a levar tudo de volta.Ele tinha um olhar bem intenso,a íris de um tom escuro de verde.Quando depositamos a louça suja na pia,percebo que ele olha meus pulsos.

O menino me encarou por um momento,seus olhos parecendo tão velhos,e ao mesmo tempo,inocentes.Não esperava encontrar esse tipo de olhar em um dos capangas do Palhaço,nem em um homem tão jovem.Um sentimento meio maternal me preenche e sorrio para ele.

-Não se preocupe - falo suavemente,mas o sentimento continua em seus olhos.Suspiro e o encaminho até a porta.Assim que vou fechá-la,uma mão grande e morena me impede.A voz dele é baixa,ainda possuindo o tom leve da juventude.

-Você parece minha mãe - me surpreendo com as palavras - Ela também tinha olhos castanhos.E sempre me dizia para não me preocupar - diz e passa um dedo com delicadeza pelo machucado do pulso esquerdo - Se precisar de ajuda,me chame.

Assinto,engolindo em seco convulsivamente.A porta é fechada com um clique,e eu me jogo no sofá.

                                                                                                _ . . . _

Acordo ofegante,saindo de um mundo de sonho sobre garotinhos de olhos verdes e cabelos escuros,que logo mudam para menininhos de olhos azuis claros e cabelos loiros,olhos castanhos e cabelos verdes,cabelos loiros e olhos castanhos.Ainda sinto o peso de uma criança em meus braços ao me levantar e ir em direção a porta,na qual alguém bate insistentemente.

Devo estar muito cansada,por que nem ao menos me pergunto quem é.Abro a porta de supetão,mas uma dor lancinante me atinge na têmpora.

E,então,só me resta a escuridão.

                                                                                    

 

 

 

          


Notas Finais


Beijos maternais e sonhem com piqueniques,minhas comilonas!


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