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História My Little Sweet - A tempestade se aproxima.


Escrita por: RozaBlue

Notas do Autor


Mais de 5 mil visualizações,134 comentários e 73 favoritos.Realmente,nesse Natal,meu maior presente são vocês,meus amores.Sem minha amadas leitoras (não sei se tem algum cara que lê a fic ) eu jamais teria chego até aqui.Muito obrigada e uma feliz comilança natalina!

Capítulo 36 - A tempestade se aproxima.


Eu realmente não faço ideia de quanto tempo faz que estou aqui.Horas?Dias?Semanas?Não sei.Meu mundo se limitou as paredes desse quarto e os corredores que atravesso para chegar ao banheiro.Diversos planos de fuga circundam minha mente,mas todos possuem falhas.Como se a perspectiva de errar fosse me deixar mais assustada do que o hipótese de eu ter que ficar a mercê de Harvey  por mais tempo.

Minha mente está cheia de pensamentos sobre o Coringa.A única coisa que posso fazer nesse lugar infernal é pensar,e eu só penso nele.São nesses momentos em que percebo em como me tornei dependente dele.É como se o Palhaço fosse uma droga proibida.A gente se vicia em segredo,com sutileza,até que BAM!,você não não consegue mais se imaginar sem aquilo.Não sou mais a antiga Raleigh Moritz. O Coringa me marcou tão profundamente que uma certeza absoluta me invade quando penso que jamais voltarei a ser quem eu era.

Meus pensamentos são interrompidos quando Harvey entra no quarto.Mantenho minha calma inexpressividade,ignorando a raiva que corre como fogo dentro de mim,queimando qualquer simpatia que eu tenha sentido por ele algum dia.

-Não me olhe assim,Leigh - resmunga ao se aproximar da cama,na qual estou deitada,olhando para o teto - Vamos,querida,olhe para mim - pede e tenta passar a mão em meu rosto.Afasto seus dedos com um tapa,me sentando na velocidade da luz e recuando para a parede.

Ele parece momentaneamente chocado pela minha reação,mas logo seu rosto assume uma expressão de resignação.O silêncio é quebrado pela minha voz rouca e agressiva.

-Raleigh - rosno,colando meu corpo na pedra fria.

-O quê?

-Não me chame de Leigh,muito menos de querida.Você não é meu amigo - acrescento a última parte com desprezo - E eu não sou a sua querida.

Dent suspira e não tenta mais se aproximar de mim.Encara suas próprias mãos com um misto de divertimento e repulsa.

-Pensei que você pudesse me amar por vontade própria,mas parece que me enganei.Acho que seu coração necessita de um empurrãozinho.

Antes que eu sequer possa reagir,a boca de Harvey está colada na minha,seus lábios grudados nos meus com claro e desesperado desejo.Asco e bile sobem-me pela garganta,e isso faz com que eu relembre do abuso que sofri a tanto tempo.Mas,dessa vez,me corpo parece estar paralisado.Não consigo mover nem ao menos minha pálpebras,então sou obrigada a ver o rosto de Harvey enquanto ele força o beijo. 

Ao ver que não ofereço resistência,começa a passar as mãos pelos meus braços.Quando seus dedos roçam a base da minha coluna,próximo ao meu quadril e da minha tatuagem,uma fúria ensandecida toma conta do meu corpo.Subo minha mãos até o pescoço de Dent,meus dedos se fincando na carne marcada,estrangulando-o.

Ele separa o beijo,mas minhas mãos permanecem firmemente agarradas em seus pescoço.Sua face dividida começa a se mesclar com o rosto de Johnson,ora um,ora outro.Sinto uma ardência no fundo da garganta e um comichão no nariz.Acho que estou chorando.

Minha cabeça gira para o lado com um estalo quando o punho de Dent me atinge.Dor irradia do meu olho esquerdo,até a maçã-do-rosto,fazendo com que mais lágrimas caiam.

Minha respiração é ofegante,assim como a dele.Seu rosto está vermelho como uma beterraba,e não me sinto nem um pouco arrependida.Ele se afasta de mim como se eu fosse um animal peçonhento e vai embora sem olhar para trás.

                                                                                                            _ . . . _

Hera me encontra numa zona de guerra.Eu destruí o quarto.Rasguei os lençóis e o travesseiro,e arranquei o colchão do lugar,este agora se encontra ao lado da porta,a espuma saindo do estofado.Penas cobrem tudo,inclusive eu.Sentada em um canto,abraçando meus joelhos e com penas na cabeça e nas roupas,devo estar parecendo miserável o suficiente para que a ruiva ponha uma mão em meu ombro,me consolando.Meu estupor é tamanho,que apenas depois de umas chacoalhadas e de aumentar o tom de voz,é que presto atenção no que Hera está me dizendo.

-...vamos,Leigh!

-Que?

-Anda,levanta! - grita pra mim,parecendo impaciente e um tanto assustada - Temos que sair daqui.O Coringa chegou. Harvey pediu para que eu te tire daqui.

-Não vou a lugar algum com você,Hera! - esbravejo impaciente,a esperança vencendo a desolação que me consumia.Levanto-me e corro para a porta.Porém,não chego até ela.Minhas pernas são envoltas por algum tipo de cipó tão forte que me impede os movimentos.Eles vão subindo pelo meu tronco e braços,e logo estou semelhante a uma múmia.Olho traída para Hera quando esta me levanta em seus braços como se eu não pesasse nada.

Um pedido mudo de desculpas é proferido por seus olhos ao me carregar para o corredor e começar a correr para sabe-se lá onde.                      

 

 


Notas Finais


Beijos traídos e sonhem com múmias,minhas revoltadas!


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