1. Spirit Fanfics >
  2. My Little Sweet >
  3. Gritos das profundezas da alma.

História My Little Sweet - Gritos das profundezas da alma.


Escrita por: RozaBlue

Notas do Autor


EU.NÃO.MORRI.
Ainda não,pelo menos.
Então,amorecos,eu atrasei uma fucking semana porque minha aulas começaram e estou numa escola nova,cujo ritmo é muito puxado,tanto que já tive tarefa e um monte de coisas pra fazer.
Toda essa mudança também barrou um pouco minha inspiração,e eu não conseguia escrever nada que prestasse,até que ontem que eu pude respirar um pouco,sentei e comecei a escrever.
Me desculpem,sério.

Tenho duas notícias:uma boa e uma ruim.
Vou começar contando a ruim,ok?Bem,de agora em diante,só postarei um cap por semana,todo sábado.Se tiver algum dia que eu tenha uma folga durante semana,eu posso até postar mais de um cap,mas por enquanto é isso mesmo.
A boa notícia é que fic não irá acabar com 50 capítulos,eu deicdi aumentar mais uns 4,5 caps,então fiquem felizes pois teremos uma pouco mais de MLS antes da fic dar seu último suspiro.
Bem,é só isso mesmo.

Capítulo 48 - Gritos das profundezas da alma.


4 horas depois.

Minha garganta dói horrores,mas não tanto quanto a minha alma.

Na verdade,tudo dói.Pelo menos,não desmaiei dessa vez.Mesmo que eu ache que apagar por alguns minutos,ou horas,não seja uma má ideia neste momento.

Agora,estou na delegacia de Central City,enrolada em um cobertor e esperando me chamarem para dar um depoimento.Bruce já estava acordado quando ligaram para ele vir me buscar.Tive medo de que ele dissesse que não tinha mais nada a ver comigo e que eu poderia apodrecer na cadeia,mas eu estava enganada.Ela falou que viria me pegar o mais rápido possível,mesmo que o mundo ainda esteja acabando lá fora.O som da tempestade começa a me dar dor de cabeça,mas não falo nada para ninguém.

Na verdade,desde que conversei com o Flash,nem mais um pio saiu da minha boca.Relembro em minha mente tudo o que aconteceu na últimas horas.Depois que fui jogada do helicóptero,o mesmo ter explodido e eu ter caído direto nos braços do homem mais rápido do mundo, Flash correu comigo no colo até o hospital mais próximo,enquanto eu ficava ensopada pela chuva,chorava,gritava e esperneava.Não facilitei o seu trabalho,é claro.Ao chegarmos lá,diversos médicos vieram pra cima de nós,e eu fui espetada,apalpada,colocaram um palito de sorvete na minha boca e fizeram curativos nos pequenos cortes do meu rosto e no joelho que ralei ao escalar os muros do Arkham. Então,quando me liberaram,o membro da Liga da Justiça me levou até essa delegacia e me pôs sentada nessa cadeira,se abaixou para ficar na altura dos meus olhos e perguntou:

-Como você está? - eu apenas o encarei sem expressão,completamente amortecida por dentro - Tá,isso foi uma pergunta idiota.O que eu quero saber,você precisa de alguma ajuda?Tem algum parente que possa vir te buscar? - continuei em silêncio - Olha,você parece uma garota legal,mesmo que pareça ter se envolvido em uma confusão muito grande,então que tal dizer alguma coisa?

Olho para seu rosto,observando seus olhos estranhos,nem verdes,nem azuis,um tanto familiares,por mais que eu ache isso estranho.

-Tudo bem,você não quer falar comigo. Ok,mas que tal falar com o meu amigo,hein?Ele trabalha aqui e seu turno vai começar daqui a pouco.Seu nome é Barry Allen,um cara gente fina,fica tranquila!

Ele se levantou e se despediu dos policiais,partindo velozmente,virando um borrão vermelho.Agora estou sozinha,e me arrependo de não ter conversado com o herói.Teria sido uma distração,mesmo que eu suspeite que o desespero não teria ido embora com uma simples conversa.

-...gh.Srta.Raleigh? - levanto minha cabeça para poder encarar o homem a minha frente.Um policial negro,na casa dos 50,me encara com um misto de pena,preocupação e desconfiança.

-Sim?

-Meu nome é Joe West. Poderia vir comigo à sala do interrogatório? - diz gentilmente e põe a mão no meu ombro,pondo-me em pé.

-O que aconteceu com o Coringa? - pergunto alto demais,fazendo com que todos na delegacia me olhem diretamente.

Joe parece embaraçado,e não me responde.Continua me levando para a tal sala,no caminho fico me remoendo em pensamento.Não tenho tempo de me preparar para explicar tudo o que aconteceu.Não tenho tempo de respirar.Meu tempo nessa sala é preenchido apenas de palavras que em nada fazem jus a tudo que passei.

Quando tudo termina,me mandam para a sala de espera novamente.Mesmo enrolada no cobertor,o frio penetra em meus ossos.Não sei como Jack está.Nem aonde ele está.Quero acreditar que ele está bem.Me agarro a essa esperança,porque ela é tudo que me resta,pois até minha mochila foi levada para que os tiras possam revistá-la.Gostaria de,pelo menos,ter meu livro de volta.Ler sempre me acalma,porém,não sei se conseguiria virar as páginas com minhas mãos tão trêmulas quanto estão agora.

Sinto vontade de chorar,mas estou cansada demais pra isso.

Uma figura aprece na minha frente,sua forma fazendo sombra acima de mim.Olho para cima e vejo um cara alto,magro e bonito de um jeito infantil.Cabelo preto curto,bochechas coradas pelo frio e olhos nem verdes,nem azuis.

Olhos familiares.

-Barry. - minha voz sai rouca e baixa,mas é óbvio que ele me escuta.Se senta ao meu lado,e me encara.

-Leigh?É você mesma? - ele parece chocado,e isso me soa estranhamente falso.

-Claro que sou eu. - a resposta sai um pouco mais áspera do que eu queria. Barry não parece se importar,apenas balança a cabeça de um lado para o outro.

-Não posso acreditar que você está aqui.Faz tanto tempo que não nos vemos...

-12 anos,pra ser exata - murmuro e me recosto na cadeira.Meus olhos pesam,mas ainda posso ver as bochechas de Barry corarem pela provável lembrança do  primeiro beijo de duas crianças trocado em um parque coberto pela neve.Acho que ele começa a conversar comigo,porém,não o escuto.Devo estar em estado de choque,ou simplesmente com sono demais pra me importar com alguma coisa além de me recostar na parede,enquanto Barry tagarela em meus ouvidos.Então eu durmo.

                                                                                                            _ . . . _

Em algum momento,a tempestade deve ter passado,pois não consigo mais escutar o barulho de chuva.Quando abro meus olhos,Allen não está ao meu lado e Bruce está me encarando.Não consigo decifrar sua expressão,nem quero.Nos encaramos por um longo tempo,até que ele vem para perto de mim,tão rápido que quase não o vejo,e envolve seus braços fortes ao meu redor.

Meu primo tem cheiro de chuva e de amaciante,além de um resto de loção pós-barba que ele passou de manhã.Penso que esse deveria ser o cheiro de casa,no entanto,o pensamento parece incorreto.O cheiro que lembra meu lar é o aroma de café,as vezes misturado com conhaque.O corpo que abraço é o errado,de certa forma.Não é a forma esguia que passou a me trazer conforto.

-Bruce,onde ele está? - murmuro em sua jaqueta - Onde está o Coringa?Por favor,me diga que ele está bem - peço desesperadamente.

Meu primo fica rígido,então olha para baixo,para mim.Ele deve ver algo em meu rosto,pois suspira tão pesadamente,como se fosse Atlas,carregando o peso dos céus sobre seus ombros.

-Ele está morto,Leigh. O helicóptero explodiu,o fogo consumiu tudo.Só sobraram as cinzas - diz,suavemente,passando os dedos entre os meus cabelos.Me afasto dele,pulando pra longe e encarando-o furiosa pela mentira.

-Seu canalha mentiroso!Não precisa me dizer aonde o Coringa está,que merda!Apenas me diga se ele está bem - respiro ofegante antes de continuar - Só preciso saber como ele está,Bruce.Não me negue isso,por favor.

Estou fazendo um show aqui,mas nem me importo.Bruce não deveria mentir pra mim desse jeito.Dói mais do que se eu tivesse levado uma facada nas costas.

Suas íris azuis-escuras parecem um tanto tristes ao encontrar meu olhos castanhos.Meu primo sacode a cabeça lentamente,e parece desolado por me ver assim.

-Não estou mentindo,Leigh. O Palhaço finalmente está morto.

 

 

Tem alguém gritando.Muito alto.Tão alto que fere meus ouvidos.

Mais uma vez,sou eu quem está gritando.Mas a dor de um coração partido é tão intensa que gritar é a única forma de me lembrar de que estou viva.Ainda posso gritar,escutar meu gritos.Ainda posso chorar.

Mas não sei por quanto tempo mais eu farei isso.

 

 

                                                                                                     

 

 

 

 


Notas Finais


Não me odeiem.Nem me abandonem,por favor,mesmo que eu tenha sido muito cruel nesse cap.É tudo necessário.
Leve spoiler: teremos mais do Barry nesses últimos capítulos.
Beijos velozes e sonhem com delegacias,minhas garotas legais!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...