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História My Little Sweet - Coincidências,planos e "É um menino!"


Escrita por: RozaBlue

Notas do Autor


Quem mais queria ir no Lolla e não foi por causa de dinheiro e/ou idade?
No meu caso,é pelos dois :(

Mais um nome de capítulo bosta...Não me matem.

Capítulo 54 - Coincidências,planos e "É um menino!"


Barry segura minha mão quando atravessamos o umbral da Mansão Wayne.Depois que eu lhe contei que estou esperando um filho do Palhaço,houve um silêncio na mesa.Segundos depois,ele ligou pro chefe dele e disse que não iria trabalhar à tarde.Então ele me pegou pela mão e me levou de ônibus até a casa de Bruce em Central City.Ele convenceu Alfred a nos trazer até aqui e agora estamos quase no escritório dele,quando hesito por um momento.

-Ele precisa saber,Leigh. Teremos que te proteger.Você e essa criança - diz meu melhor amigo,me encarando seriamente nos olhos.Respiro fundo antes de abrir a porta.

Claro que Alfred já o avisou de que viríamos.Seu rosto está sério ao nos encarar,mas ele assume uma expressão estranha ao ver-nos de mãos dadas.

-Olá,Leigh - dá um aceno de cabeça pra o homem ao meu lado - E Barry.Me perdoem a indiscrição,mas o que diabos você vieram fazer aqui?Você me disse que nunca mais poria os pés aqui,Raleigh.

-Barry me arrastou pra cá - resmungo me jogando no sofá do canto,puxando o herói comigo.Bruce se levanta e arrasta uma cadeira até ficar a nossa frente,e cruza os braços,arqueando uma sobrancelha.

-Então,temos algo meio chocante pra te contar e eu espero...

-Estou grávida - anuncio,interrompendo a cuidadosa explicação de Barry.

Wayne permanece sem expressão por um tempo,até que um sorrisinho se insinua em seus lábios.

-Sabia que você iria se esquecer do Coringa.Se bem que uma ter um bebê não é algo muito repentino?

-Não é dele - eu digo calmamente,me recostando no estofado e observando o rosto do meu primo empalidecer.A sala parece um tumba,de tão silenciosa.O zumbido de uma mosca soaria obsceno nesse momento.Flash está tenso ao meu lado,pronto pra entrar na minha frente caso Bruce venha pra cima de mim.

-Como isso aconteceu? - sua voz não é mais que um sussurro furioso.

-Oh,você não sabe,primo? - pergunto sarcasticamente - Bem,é assim:um cara mete na garota até ele gozar e nove meses depois temos mais um bebê no mundo.Pensei que fosse mais inteligente.

Sorrio,mesmo com Barry me dando um beliscão e dizendo no meu ouvido:

-Você não está ajudando,Leigh.

-Nunca disse que iria ajudar.

-Não ajam como se eu não estivesse aqui! - grita o Batman,levantando-se e começando a andar de um lado para o outro.Vira-se pra mim e exclama - Você é estúpida?Como foi engravidar do Coringa? - com um movimento rápido,ele segura meus braços e me levanta - Você é estúpida,garota?

Faço um sinal para Allen,para que ele fique onde está ,porque o cara já está quase se levantando e dando um soco na cara de Bruce.

-Sou estúpida,sim.Não por ter transado sem camisinha,e sim porque,por um momento,eu realmente pensei que você pudesse me apoiar,Bruce.Pensei que poderia amar essa criança,não se importando de quem ela é filha.

Minhas palavras parecem ser um banho de água fria para Wayne.Ele se afasta e volta a se sentar,então eu faço o mesmo.

-Você está bem?

-Sim,Barry. Não é a primeira vez que um homem me sacode - murmuro causticamente e passo os braços de maneira protetora ao redor da minha barriga.

-A culpa é minha,não devíamos ter vindo aqui.Eu posso proteger vocês dois sozinho.

-Não preciso de proteção,sabe disso.Vou me virar bem sozinha - as palavras tentam convencer mais a mim do que ele.

-Não,não vai - dessa vez,é Bruce quem se pronuncia - Você sabe por que eu aceitei que ficasse em Central City?Foi porque estão te caçando,Leigh. Muita gente acredita que o Coringa não morreu,e quer se vingar dele através de você.Se souberem sobre essa criança,será pior.

-Isso sem falar que ele será um excluído na sociedade por ser filho de um criminoso - completa Allen.

Essa ideia ainda não tinha me ocorrido.Eu fiquei tão feliz que ainda sobrara algo do Coringa,que não imaginei nos problemas que meu bebê sofrerá por isso.Acaricio meu estomago ainda plano.Uma onda de amor e preocupação me percorre,e olho para os dois em busca de ajuda.

-O que eu posso fazer? - murmuro.

-Você não pode fazer nada.Mas eu posso - encaro Barry,esperando a solução - Nós vamos nos casar.

                                                                                                      _ . . . _

-Leigh,pense nisso.Você sabe que é a nossa única saída.

-Barry,eu já disse que não - estamos nessa discussão desde que saímos da Mansão.Ele explicou todo o plano para mim e Bruce,e meu primo concordou de imediato,dizendo que era a melhor solução.Quando perguntei pra que diabos servia todo o seu poder e influência,ele alegou que as pessoa acabariam descobrindo,uma hora ou outra.Ele não conseguiria proteger meu filho e eu do ostracismo absoluto,e perguntou se eu não queria que o bebê pudesse ter uma vida normal.

No final,eu acabei saindo da sala com a cabeça girando,e Flash veio atrás de mim.

-Eu nunca vou te amar,e você merece um casamento feliz.

-Raleigh,olha pra mim,ok?Nós somos amigos.Nos damos bem,e todos na cidade já viram que raramente estamos separados.Não será difícil fazer as pessoas crerem que você sofreu Síndrome de Estocolmo,e por isso fugiu com o Coringa,e que agora que ele morreu,você pode melhorar e recomeçar sua vida tendo um relacionamento saudável comigo,só que você acabou engravidando e agora vamos nos casar

-Eu entendi.Mas não sei quem,em pleno século XXI vai acreditar que nos casamos simplesmente porque eu engravidei.

-Diremos que estamos apaixonados,que queremos que nosso filho tenha uma família estruturada,ou qualquer coisa parecida.Se essa desculpa não colar,colocamos a culpa no retrógrado do seu primo,que nos forçou o casamento.

-Você pensou em tudo mesmo,não é?

-Sim,desde que eu desconfiei que você estava grávida.

Balanço a cabeça,descrente,antes de perguntar:

-Por que está fazendo isso?Sabe,mesmo com divórcio,será difícil reconquistar a Iris.

-Vou fazer isso porque sou seu amigo e porque tenho uma dívida com você,por ter sido a primeira pessoa a acreditar em mim,sobre aquilo que aconteceu com a minha mãe.

Essa ideia maluca está parecendo cada vez mais plausível pra mim.Entretanto,ainda tem algo que eu preciso lhe dizer:

-Sabe que não vamos dormir juntos,não sabe?

-Nunca? - pergunta de brincadeira.Dou um soco em seu braço,e depois deito minha cabeça em seu ombro.

-Nunca.Sabe que eu não conseguiria.

-Eu sei - murmura no meu cabelo e passa um braço ao redor dos meus ombros - Não é como se antes eu tivesse alguma chance real de transar,então uma vida de celibato já parecia estar no meu destino.

-Seu virgem melodramático.

-Vamos,você me ama exatamente por isso,e sabe.

-É,eu sei.Por isso mesmo que vou me casar com você.

                                                                                                                             _ . . . _

Eu acordo chorando de novo,e vou para o banheiro vomitar.Acho que tive uma crise de pânico durante o sono. Barry já veio aqui,mas não passa da porta,porque eu acabo expulsando-o aos berros do banheiro.

O gosto de bile na minha boca se mistura com o sal das minhas lágrimas.A dor está mais forte,parece que está me corroendo por dentro.Me sinto tão culpada por aceitar me casar com Barry. Mas eu não posso desistir agora.Tenho que fazer isso pelo meu filho,pelo meu pequeno Jack.Sei que é um menino,e quero que ele tenha o nome de um dos pais dele.Sinto que tudo isso,que esse noivado falso ainda é uma espécie de traição,mesmo assim tenho que continuar.Jack nunca me perdoaria por dar uma infância solitária e anormal para o nosso filho apenas por um capricho meu.

Não sei o que o Coringa pensaria,porém,gosto de acreditar que,pelo menos nisso,ele concordaria com sua outra metade...

A quem eu estou querendo enganar?Ele provavelmente fritaria Barry num tanque de ácido,depois compraria uma arma de brinquedo pro nosso filho e o ensinaria a atirar em qualquer homem que chegasse perto da mamãe.Esse pensamento me faz rir.Ele diria que a essência do homem é o caos e a anormalidade,e que se fodam esses burgueses que pensam que são melhores que nosso pequeno palhacinho.Meu Deus,eu sinto tanta falta dele.

Isso somente faz com que eu chore mais.Entretanto,há risos entre minhas lágrimas.

                                                                                                               _ . . . _

2 dias depois.

Meu noivo saiu faz umas duas horas,e a neve está caindo aos montes lá fora.Pelas minhas contas,meu neném vai nascer me meados de setembro,provavelmente,perto do outono.Fico imaginando como ele será.Vai puxar a mim ou ao Coringa?Ou será uma mistura de nós dois?

Uma parte minha,quer que ele seja aquele garotinho parecido comigo e com meu pai.Assim,as pessoas não vão achar estranho que ele não tenha nada da aparência de Barry. A outra parte,quer que ele venha idêntico ao Coringa,só que sem a pele cor de giz e o cabelo verde.Um rosto tão parecido com o de Jack que doa só de olhá-lo.

E são com esses pensamentos que eu adormeço.

É o mesmo prado.Dessa vez,o sonho tem início quando eu já estou embaixo da árvore.Dessa vez,há mais alguém aqui.

Os dois estão de costas para mim,mas quando se viram,o efeito é estonteantemente aterrador.São gêmeos.O Coringa,com o cabelo verde,a pele branca e a boca carmim;Jack,com cabelos escuros e uma pele saudável,além dos lábios suavemente cor-de-rosa.

-Olá,docinho.

-Olá,Leigh.

Dizem em uníssono.Estou sem fala.Não sabia que um sonho pudesse ser tão realístico e assustador e maravilhoso ao mesmo tempo.

-O Jack aqui quer falar com você,mas claro que eu não podia deixar os dois sozinhos,então eu vim também - o Coringa fala gracejando e rindo insanamente.

-Venha,Leigh - Jack oferece sua mão,e eu a aceito.Começamos a caminhar,o Palhaço logo atrás de nós,saltitando pra lá e pra cá e fingindo atirar contras os pássaros,além de ficar assobiando o tema de abertura de Friends.

-Sabe,fico feliz que esteja fazendo o melhor pro nosso filho.Ele terá uma boa mãe,além de um bom pai,pois Barry vai cuidar de vocês dois.Tem apenas uma coisa que está me incomodando.O nome dele.

-De Barry?

-Não,sua tolinha,do bebê. Leigh,não quero que meu filho tenha o mesmo nome que eu,o mesmo nome que meu pai.É um nome amaldiçoado,me entende?É a única coisa que quero de você.

Seus olhos,ainda que lúdicos,me convencem a acatar o seu pedido.Assinto suavemente com a cabeça e ele envolve seus braços ao meu redor.

-E ele? - pergunto,me separando dele e olhando para o Coringa.Num passe de mágica,ele está ao nosso lado.Me puxa dos braços de Jack,e cola sua boca no meu ouvido:

-Só não deixe o Rapidinho tocar em você,ok?

-Ok.

-Minha garota.Minha garota boazinha.

                                                                                                                _ . . . _

1 semana depois.

24 dias antes do casamento.

Eu estou numa clinica junto com Barry.Ele conseguiu uma folga do trabalho pra me trazer aqui,pois hoje,finalmente,vamos fazer minha primeira consulta pré-natal.Há diversos casais aqui na sala,todos parecendo felizes e a vontade.Para relaxar um pouco,eu acabo pegando um exemplar gasto de O Morro dos Ventos Uivantes e abrindo numa página aleatória.

"... Se olho para essas lajes, vejo nelas gravadas as suas feições.! Em cada nuvem, em cada arvore, na escuridão da noite, refletida de dia em cada objeto, por toda a parte eu vejo a tuda imagem.! Nos rostos mais vulgares dos homens e mulheres, até as minhas feições me enganam com a semelhança. O mundo inteiro é uma terrível testemunha de que um dia ela realmente existiu, e eu a perdi para sempre..."

Acabo de terminar de ler esse parágrafo,quando a enfermeira nos chama.Não consigo prestar atenção em mais nada,somente na fala de Heathcliff ressoando na minha mente.Eu li esse livro há muito tempo,mas essa passagem nunca havia soado tão verdadeira para mim.É incrível como um personagem pode entender a minha dor.Isso também me lembra de que,no dia em que nós escapamos do Arkham pela segunda vez,no dia em que eu perdi a minha alma junto com a do Coringa,havia uma cópia d'O Morro dos Ventos Uivantes na minha mochila.

São coincidências demais...

-Srta.Moritz?

-Sim,me desculpe? - a sessão já terminou,e agora Barry e eu estamos ouvindo algumas recomendações do médico.

Bem,Barry está ouvindo.

-Eu disse que na próxima semana ou na outra,a senhorita pode voltar e poderemos escutar o coraçãozinho do bebê.

-Isso é ótimo - digo com um sorriso meio choroso.

-E quando saberemos o sexo do bebê? - Allen parece tão animado quanto eu.Ele está meio entusiasmado com esse negócio de ser pai.É bonitinho.Ele fica pesquisando coisas na internet e pegou uns dez folhetos sobre gravidez na secretaria.

-A partir da 13 semana,podemos saber com mais exatidão pela ultrassonografia.Temos também outros exames,como o de sangue de sexagem fetal,que permite descobrirmos o sexo do bebê com 8 semanas.

-Não será necessário nem um exame para saber o sexo do bebê com antecedência.É um menino.

O doutor e Barry me olham com as sobrancelhas arqueadas,e o primeiro diz risonho:

-Pelo visto,temos uma mamãe bem confiante aqui.E vocês já pensaram num nome pra criança?

Eu e Flash nos entreolhamos,e ele diz:

-Ela que vai escolher.

Então os dois me encaram,esperando.Falo o primeiro nome que vem a minha mente e eu simplesmente sei que esse é o certo:

-Heathcliff. Heathcliff Andrew.

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Quem aí sacou a referência do nome do filhinho da Leigh?
E não fiquem bravas pelo noivado,ela está fazendo tudo isso pelo filho.Ela é uma mãe coruja,e que está se sacrificando pelo filhote.Eu não esperava que minha personagem fosse se tornar alguém tão forte.
Beijos grávidos e sonhem com noivados,minhas animadinhas!


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