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História My little Tiger - Prólogo - Taiga


Escrita por: NatsukiSubaru

Notas do Autor


Esse primeiro capítulo foi mais pra introduzir como se inicio a história deles.
Então pode estar um pouco explicativo demais e repetitivo, mas não se preocupem que os próximos terão mais diálogos e o começo dos problemas.
Aproveitem a leitura ^^

Capítulo 1 - Prólogo - Taiga


Fanfic / Fanfiction My little Tiger - Prólogo - Taiga


☆ Aomine ☆


          Mais uma tediosa reunião havia acabado. Odiava mais do que tudo ficar parado e ainda ouvir sobre cada detalhe da situação financeira da empresa, como se não soubesse sobre cada perda ou erro das decisões tomadas. O pior era a parte em que relatavam a atual situação do mercado interior e exterior, o cobrando idéias sobre o que traria mais benéficios financeiros. Se fosse resumir, não passavam de crápulas fingindo o respeitar enquanto recebessem salários ligeiramente gordos.
          Por que então não cortar alguns dos planos incluídos no contrato ou diminuir o horário de trabalho de cada um, diminuindo consequentemente o quanto ganhariam por mês? Simples. Não cuidaria da maldição que havia ganho de herança, apenas assumia o papel de dono para que pudesse encontrar cada um dos malditos que arruinaram sua vida. Portanto não sobrava muitas opções além de contratar gente que por uma quantia alta, jamais trairiam sua confiança e executariam mais do que perfeito o trabalho designado. Mas isso não significava que o sentimento era mutúo, sempre estava de olho em cada um, atento a qualquer gesto suspeito que os incriminassem. No mundo atual, não existem pessoa em que podemos depositar nossas vidas ou decisões, todas são facilmente compradas por dinheiro. Um dos maiores exemplos foi seu pai, que colocou o trabalho em primeiro lugar, buscando eternizar a vida luxuosa que levava. Resultado? Sua mãe foi assassinada por mercenários contratados por empresas rivais e mais a frente, sofreu o mesmo destino. Hilário não?
          No momento dirigia seu Zenvo ST1, a caminho de casa. Mesmo que enxergasse o dinheiro como notas capazes de controlar a alma humana, não se privaria de algumas luxuosidades que apenas ele poderia trazer. Afinal, não era doente ou retardado a ponto de viver em uma casa de madeira ou andar em uma carroça, só para não usufruir de algo que se derivava do papel esverdeado.
          Vasculhou rapidamente o porta-luvas, buscando o maldito controle do portão-automático do prédio onde morava, o encontrando com certa dificuldade. Parecia esperar a hora certa para se enfiar o mais fundo possível entre a bagunça apenas para o irritar. Havia vendido a mansão onde vivia até um ano atrás, as lembranças dolorosas que cada comodo o proporcionava era maior do que a felicidade que um dia já sentiu quando pequeno, onde era totalmente mimado pela única pessoa que um dia se importou com ele.
          Apontou o pequeno controle preto em direção a entrada, finalmente abrindo o caminho até a garagem, estacionando o luxuoso veículo no começo da construção. Desligou, se virando devagar para o banco de trás, onde sua mochila estava levemente caída para o lado devido as curvas rápidas feitas pelo moreno momentos atrás. De lá, sacou um revólver Taurus 454, uma de suas armas preferidas pela mira facilmente ajustável e calibre potente. Voltando em seguida para o lugar inicial, do modo mais natural possível e mantendo a arma sempre abaixo da janela.
          Durante a pequena guerra travada no porta-luvas do carro, notou pequeno ruídos vindos de dentro do local e a fraca movimentação na rua. O prédio construído a menos de alguns anos por ordem do mesmo, se encontrava no centro do distrito comercial mais movimentado de Tóquio e no momento, as ruas que deviam estar lotadas de pessoas fazendo suas compras diárias, foram substituídas por um silêncio anormal e as lojas pareciam ter sido fechadas desesperadamente. Muitas das placas anunciando as ofertas se encontravam foram dos estabelecimentos, assim como pequenas amostras do determinado produto que vendido.
          Um dos motivos para a escolha do local, foi pela fácil mudança de clima. Seria fácil prever qualquer emboscada independente da situação e se preparar antecipadamente, não que fosse necessário algo do tipo. Durante a adolescência, praticou vários tipos de artes marciais para auto-defesa e por insistência de seu pai, a usar qualquer tipo de arma para defende-lo de um possível assassinato. Deveria agrade-lo por isso? Talvez seria ser sínico demais... Afinal, o deixou morrer mesmo sabendo da possível armadilha.
          Escondeu a arma com o minimo de movimentos possíveis dentro de sua jaqueta preta, fingindo não estar a par da situação em que se encontrava. Lentamente abriu a porta, caminhando despreocupadamente ao centro da grande garagem. Um, dois, três... Haviam três homens escondidos pelo local portando armas de fogo devidamente apontadas em sua direção. Suspirou ao perceber serem amadores, estavam entregando suas localizações tão estupidamente que por um momento, sentiu-se subestimado.
        Apontou a arma para uma das pilastras, atirando na mesma com o intuito de o fazer sair de seu esconderijo. Imediatamente o homem se pós a correr para uma mais ao fundo, assustado com a rápida percepção do moreno, recebendo dois tiros certeiros em seu peito, caindo duro ao chão, morto. Os outros até então a espera, começaram a atirar incansavelmente em sua direção . O moreno se pós a correr saindo das trajetórias das balas, enquanto habilidosamente mirava em cada um. Aproveitou que estavam expostos, confiantes de que concluiriam o trabalho assim que o acertassem uma vez, para matar mais um com um tiro na cabeça e derrubar o outro com um tiro no ombro.
         Caminhou em direção ao que ainda se encontrava vivo, esperando conseguir algumas informações dessa vez. O homem em desespero, tateava o chão em busca do revólver. Aomine friamente pisou em seu ombro dilacerado pela bala, arrancando um grito alto de dor do mesmo. Se abaixou o fitando, sorrindo cinicamente.


          - Quem o mandou aqui?. - Perguntava com voz embargada de ódio, pareciam vir diretamente do inferno.


          Afrouxou levemente o pé do machucado, o dando a oportunidade de responder. Porém apenas obteve um olhar assustado, o pedindo misericordia e que o deixasse ir. Suspirou sem paciência, voltando a fazer peso.


          - Se ainda tem esperanças de que vai viver, esqueça. - Esclareceu friamente. - Apenas fale o nome do filho da puta que o contratou, ou não tem amor por sua família?


          O homem até então em silêncio, o olhou estático. Percebendo que o moreno não estava brincando, tratou de responder o que sabia.


          - Eu não... Sei! Apenas me pa... garam e deram o endereço, junto a... sua foto. - Falava entre os gemidos de dor.


          Mais uma vez estavam sendo cuidadosos, deveriam imaginar que nenhum dos três voltariam. Estavam medindo sua força? Ou talvez apenas quiseram tentar a sorte do moreno morrer por subestimar os amadores. Pura estupidez.


          - Entendo, vendeu a própria vida e a dos familiares por miseras notas. - Nada diferente do que presenciou até hoje.
          - Não! Eles garantiram a segurança da minha mulher e dos meus filhos!
          - E você acreditou?. - Começava a rir, era hilário o quão fácil era iludir pessoas a base do dinheiro.
          - Eles juraram! Não vão fazer nada contra eles!. - Respondia alterado, não podia ser verdade.


          Aomine cessou a risada voltando a encara-lo, visivelmente irritado. Soltou o peso do corpo sobre o pé que se encontrava no machucado do homem, fazendo-o urar pela forte dor causada, aproveitando para enfiar o cano da arma em sua boca.


          - Vou te contar uma coisa. - Se abaixava mais, susurrando em seu ouvido. - Mesmo se por algum milagre, realmente não fizerem nada. Eu farei...
          - Demônio... VOCÊ É UM DEM-


          Apertou o gatilho dando fim a vida daquele miserável. Se levantou analisando as roupas que agora, se encontravam tingidas de vermelho. Suspirou ao imaginar o quão dificil seria lava-las, provavelmente a máquina não a limparia totalmente e seria obrigado a finalizar o serviço. Rodeou o lugar a procura do possível veículo em qual vieram, poderia ter algumas coisas interessantes que valeriam a pena pegar, afinal eles mesmo não usariam mais certo?
          Perto das escadas que davam acesso ao primeiro andar, havia uma caminhonete preta mal estacionada. Provavelmente chegaram poucos minutos antes do moreno e não tiveram o tempo necessário para se prepararem. Se aproximou começando a vasculhar seu interior, desapontado ao não encontrar praticamente nada, apenas uma pequena chave. Se dirigiu até a traseira, onde algumas caixas estavam abertas, carregadas de munições e armas de baixo calibre. Nada realmente útil, como pensava. Porém a jaula que se encontrava no centro, chamou sua atenção. Dentro, uma criança que aparentava ter cinco anos, dormia tranquilamente trajando apenas uma blusa branca encardida, que iam até suas coxas. Possuía cabelos ruivos e uma pele branquinha.


          - Como não acordou com essa barulheira?.


          Destrancou o cadeado com a chave encontrada, abrindo a jaula. Ficou por alguns minutos observando o pequeno, ainda haveria a possibilidade de apenas estar fingindo e o atacar sorrateiramente com a guarda-baixa. A criança, até então imóvel, começou a fazer pequenos movimentos, esticando os braços e pernas para frente se espreguiçando manhosamente, acordando.
          Aomine ainda pensava em como agir, momentos atrás havia sido alvo de um assassinato e agora encontrava um garoto enjaulado na traseira da caminhonete dos mercenários. Julgando pelo jeito despreocupado e até inocente da criança, a ideia de ser uma armadilha estava sumindo, dando lugar a um possível sequestro. Se fosse realmente isso, não imaginava que se rebaixariam tanto a ponto disso.
          Seria filho de algum dos seus funcionários? Ou talvez parente de seus poucos amigos? As possibilidades eram tantas que era inútil tentar adivinhar qual envolvimento a criança possuía com sua vida. Se debruçou apoiando-se com a perna na borda do veículo, a pegando por baixo dos braços e trazendo até si. O segurava no alto em sua frente, buscando algum traço que lembrasse alguma pessoa conhecida.


          - Ei, qual seu nome?. - Aomine perguntava o encarando. A criança em reposta, apenas o olhava confusa. - Vai pirralho, seu nome!


          Nesse momento o moreno sentiu algo rodear seu braço e o apertar levemente. Não parecia machuca-lo, ao contrário, era macio e ao mesmo tempo quente. Abaixou o olhar notando uma pequena cauda felpuda o envolvendo, pelas cores diria ser de um tigre.


          - Mas que diabos... - Dizia começando a desenrosca-la de seu braço, apertando e dando fortes puxões.


          O garoto que até então estava queto, sem nem mesmo se importar de estar sendo segurado por um estranho, começou a se debater violentamente desferindo tapas e chutes em seu rosto, abrindo um pequeno corte em sua bochecha com as unhas. Aomine imediatamente o largou, desnortiado com a repentina reação do menor. As orelhas que a momentos atrás estavam cobertas por seus cabelos ruivos, se levantaram em reposta a dor que havia sentido.
          O moreno passou a olha-lo incrédulo, não acreditando no que estava diante de si. Ele tinha orelhas de tigre? Lentamente se aproximou novamente encostando a mão em sua cauda, mostrando que não o machucaria novamente, recebendo um baixo rosnado em reposta. Ignorou deslizando a mão pela extensão até o fim, comprovando que realmente estava grudada ao corpo dele. Ao mesmo tempo em que fazia isso o pequeno soltava pequenos grunhidos como um filhote recebendo carinho, o deixando constrangido.
          Já tinha ouvido falar sobre isso a algum tempo atrás, onde algumas empresas anunciaram estarem fazendo experimentos cientificos para criarem humanos artificiais parcialmente animais, ou seja, em nenhum momento seria feito os testes em humanos "reais". Porém o governo achou isso uma loucura e um perigo a sociedade, proibindo os experimentos, cancelando todo o projeto. Agora entendia o por que de terem feito um comunidade em rede nacional. Não estavam acalmando a população sobre a situação e sim incubrindo-a, mentindo sobre o cancelamento, para que pudessem fazer tudo por baixo dos panos sem a supervisão da segurança pública e afastarem possíveis espiões de empresas rivais.
          Provavelmente a criança... Filhote... Sejá la o que for, estava sendo transferida para outra unidade de pesquisa ou até mesmo para algum leilão de mercado negro, como uma das mercadorias vendidas. Olhou-o novamente sentado na beirada da traseira, abanando a cauda levemente enquanto o encarava.


          -  Você me entende? - Perguntava curioso. O pequeno novamente fez uma expressão confusa abaixando uma das orelhas.


          Isso apenas comprovava sua teoria. Pelo que aparentava era recém-nascido, não sabia se comunicar e nem entendia sua língua, apenas seguia os instintos. De fato um filhote. Possuía apenas duas decisões lógicas, que seria o pegar para si e criar como um mascote ou entregar a unidade de policia, revelando os trambiques do atual prefeito. A segunda alternativa lhe pareceu um pouco problemática, seria questionado diversas vezes como o encontrou e possivelmente aumentaria o tanto de pessoas que desejam sua cabeça em uma bandeja de ouro. Só lhe restava aceitar a primeira opção, mesmo que ela não se demonstrasse ser melhor que a outra. Afinal, iria cuidar de um animal em forma humana que não deveria nem mesmo saber andar.
          Segundo a maioria das pessoas que o conheciam ou apenas ouviam falar, não passava de alguém frio e sem emoções, que não teria piedade em acabar com a vida de uma pessoa. Não estavam errados, porém ainda sim possuia suas exceções. Sempre amou animais desde pequenos, porém nunca quis um por ter em mente que não cuidaria do coitado, deixaria passar fome e sede várias vezes, muito menos daria banho. Já sobre crianças apenas não tinha jeito, a carranca que chamava de cara e seu jeito bruto assustava praticamente todas. "Ah, mas você mesmo disse que não gosta humanos". Isso não servia a crianças, afinal não havia maldade em seus corações ou desejavam isso a alguém, eram inocentes e puras. A menos que tivessem levado uma vida igual do moreno, onde desde pequeno conheceu a verdade sobre o inferno onde viveria, chamado de Terra. Estava fazendo a escolha certa? Talvez não... Mas por um instante um sorriso quase invisível se formou em seus lábios.


☆ Kagami ☆


          O pequeno tigre tentava desvendar que tipo de criatura era aquela a sua frente, nunca havia visto algo assim e claramente não era de sua espécie. Apenas três coisas estavam claras em sua mente desde que despertou.


          1. - O primeiro a lhe dar um nome, seria seu único dono.
          2. - Deveria obedece-lo e ama-lo incondicionalmente.
          3. - Qualquer um que atacasse seu dono, seria considerado inimigo e teria que mata-lo.


          O que o pequeno não sabia, era que isso não passava de comandos provavelmente implantados pelos cientistas, para que não houvesse nenhum problema ao compra-lo. Desde de seu nascimento, sempre esteve dormindo esperando a hora de finalmente conhecer aquele a quem serviria enquanto permanecesse vivo e no momento, estava mais desperto do que poderia.
          Tombava a cabeça levemente confuso com as palavras proferidas pelo moreno, tentando entender do que se tratavam ou se eram algum tipo de ordem. Não sabia se deveria obedece-lo, afinal o mesmo não havia lhe dado nenhum nome.


          - De qualquer forma, a partir de hoje você meu. - Dizia Aomine o pegando no colo. - Hm, preciso pensar em um nome...


          Percebia o olhar do moreno sobre si, abanando a cauda devagar. Não parecia querer lhe fazer nenhum mal, apesar de ter puxado sua cauda com força aquela hora, mas também não o dava carinho.


          - Que tal... Roger?. - Perguntou esperando a reação do menor.


          Por mais que não entendesse uma unica letra do que o moreno falará, instintivamente fechou a cara abaixando as orelhas, odiando. Aomine percebeu tratando logo de pensar em mais alguns.


          - Kyuuby? Mika? Ban? Grimmjow?. - Dizia o moreno, falando nomes aleatórios que vinham em sua mente cada vez que o outro recusava. - Poha muleque, vê se gosta de algo!


          Aomine ja estava perdendo a paciência e não havia nem começado a cuidar dele, estava apenas escolhendo um nome, arrancando um grunhido desgostoso do tigre. Por mais que não conseguissem se comunicar, o pequeno parecia poder sentir emoções a partir da mudança de tom ou aparência da pessoa.


          - Se o próximo você não gostar, juro que te chamo de tigre mesmo. - O avisava mesmo sabendo que o menor não entenderia. - Hm... Você é humano, mas é um tigre também. Então... Que tal Taiga?
          - Grrrr!. - Respondia feliz, havia gostado do tom usado. Abanando a cauda fortemente.
          - Finalmente hein. Você vai se chamar Taiga agora. - Dizia o moreno, fazendo com que o ruivo se agitasse em seu colo totalmente eufórico. - Opa, calma ai filhote!


          Aomine o abraçou com o braço livre para que não caísse, como poderia estar feliz com um simples nome? Olhou o rostinho que agora o olhava sorrindo, mostrando seu grandes caninos enquanto proferia seus vários "Grrrrrrrr", provavelmente o agradecendo. Sorriu ao perceber o quanto estava paranoico ao achar que essa pequena criatura era apenas mais um querendo tirar sua vida.


          - Hora de levar você pra nova casa. - Dizia o moreno se direcionando as escadas, começando a subi-las.


          Taiga continuava a abanar a cauda, se agarrando mais ao maior cheirando seu pescoço. Ao sentir o nariz do menor encostar em sua pele e a respiração quente, sentiu um leve prazer ficando corado. Parou ao pisar no piso de mármore do primeiro andar, tentando racicionar o que acabará de acontecer. Havia... sentido tesão com a ação do ruivo? E o pior, sabendo que é apenas uma criança felina sem malicia alguma, que apenas estava o reconhecendo como dono e guardando seu cheiro. Provavelmente só estava carente, não fazia sexo a algumas semanas e estava tenso com tantos acontecimentos. Sim, só precisava gozar algumas vezes com alguma modelo peituda e voltaria ao normal. Pelo menos pedia que fosse isso.
          Foi então que percebeu. Em que momento seus sentimentos haviam escapado da dura couraça que envolvia seu coração? Nem em momentos de alegria como saber que o avião de um dos líderes do grupo que matou sua mãe caiu ou enquanto transava com várias modelos internacionais que qualquer pedia em sonhos, sentia algo de verdade. Mas no momento parecia totalmente indefeso ao ter Taiga por perto, sorrindo sinceramente depois de anos e corando ao sentir o pequeno rosto em contato com a pele de seu pescoço.


          - Taiga. - O chamou, fazendo com que o menor se afastasse o olhando com os olhos escarlates.


          Realmente, o filhote só estava seguindo os instintos animais que possuía o marcando como dono. Deveria tomar cuidado a partir de agora, a última coisa que precisava era ficar cego ou indefeso por sentimentos banais. Aproximou a mão de suas orelhas acariciando-as, arrancando pequenos grunhidos fofos do mesmo.
          Taiga abriu um lindo sorriso, feliz por finalmente estar ganhando um pouco de carinho do moreno. Mexeu as pequenas orelhas na mão do mesmo, enquanto delicadamente esfregava seu rosto na palma da mão, pedindo que continuasse. Aomine por um momento manteve-se parado, indeciso se seria uma boa opção continuar. Era perigoso para o tigre se apegar fortemente a ele, devido a sua vida, não sabia em que momento poderiam se separar. O pequeno continuou pedindo manhosamente, quase se deitando sobre seu braço para que não o afastasse. Suspirou ao ceder a suas vontades, acariciando seu rosto e atrás das orelhas felpudas, o deixando estremamente feliz.
          O tigre que até então mantinha os olhos fechados aproveitando cada segundo, os abriu encarando o dono querendo agradecer, notando o pequeno corte em seu rosto. Fitou o machucado se lembrando de que ele o havia feito, abaixando as orelhas em sinal de arrependimento. Apoiou as pequenas mãozinhas em seu peito se levantando até alcançar o rosto do moreno, começando a lamber em forma de desculpas.


          - Não foi nada, calma... Já ta bom Taiga, calma. - Dizia ainda mais constrangido. Em que momento da vida imaginaria em ter um filhote de tigre meio humano o lambendo preocupado?.


          Taiga o obedeceu voltando ao lugar onde se encontrava, apertando sua blusa enquanto o olhava. O moreno voltou a caminhar em direção ao elevador, observando que o filhote continuava entristecido agora olhando para chão. Demorou alguns segundos até perceber que não o havia "perdoado", mesmo que em nenhum momento o havia culpado por aquilo.


          - Não precisa ficar assim, ta tudo bem ok?. - Dizia acariciando novamente os cabelos ruivos, bagunçando-os. O menor apenas se deitou em seu ombro, visivelmente desanimado porém melhor.


          Aomine pensou que talvez fosse tarde demais para o afastar, mesmo fazendo um machucado insignificante, ele estava sentido de uma forma impressionante. Ao chegar a porta do elevador, apertou o botão o esperando descer para em seguida entrar. Na mesma hora Taiga se levantou, observando o lugar, levemente incomodado.
          Olhou seu dono apertar algumas coisas na parede, fechando a porta e esperando. Ao ouvir um barulho e uma pressão estranha se iniciar, o abraçou fortemente com medo. Não importava o que fizesse, a sensação ruim não sumia e parecia sufoca-lo devagar.


          - Grrrr... Grrrrrrrr!!!. - Gritava desesperado, formando pequenas lágrimas nos cantos dos olhos.


          O moreno apenas o olhou surpreso, sem reação. O mesmo tigre que o havia atacado por te-lo incomodado e não se incomodava com barulhos de tiros, estava agora tremendo enquanto o agarrava em pânico. Talvez a noção de perigoso do menor estava com defeito, não era possível. Gentilmente começou a esfregar suas costas, em uma tentativa de acalma-lo enquanto falava suavemente.


          - Hei, não precisa ter medo, eu to aqui. - Dizia impressionado consigo mesmo. Estava realmente preocupado com o estado de Taiga. - Eu vou te proteger.


          Percebeu o aperto diminuir, estava tendo sucesso em deixa-lo mais relaxado. Talvez não tivesse perdido totalmente o jeito com crianças... Ou filhotes. As portas do elevador se abriram ao chegarem no quarto andar, rapidamente o moreno se retirou dali acabando com o sofrimento de seu filhote, que aos poucos começou a desgrudar de seu pescoço. Caminhou parando no primeiro quarto do corredor, ajeitando o pequeno em seu colo para que pudesse pegar as chaves em sua jaqueta, abrindo-o.
          O apartamento era amplo, as paredes pintadas de branco eram decoradas com diversos quadros, contrastando harmoniosamente com o piso granito da cor cinza. No corredor, alguns vasos foram esteticamente colocados, dando vida ao ambiente. Possuía três quartos, porém apenas o do moreno tinha uma suíte com sacada, proporcionando uma bela vista da centro comercial durante a noite. Também possuía uma banheira com hidromassagem, o melhor gasto de dinheiro que já havia feito.
          Colocou o pequeno filhote no chão, se virando novamente para a porta começando a tranca-la. Viveria com uma criança meio animal, que precisaria de seus cuidados vinte e quatro horas por dia. Iria ensina-lo a ler e escrever com o tempo, a tomar banho, a andar... Talvez seu pensamento de estar adotando um mascote estava ligeiramente errado. Estava mais para um irmão. Jamais diria filho, era novo demais pra isso.
          Taiga apenas rodeava o lugar admirado com a variedade de cores do local, se posicionando de quatro começando a andar. Ao chegar no corredor, focou sua atenção em um dos vasos com desenhos de peixes. Estava faminto. Se apoiou com uma das mãos na pequena mesinha enquanto esticava a outra, dando tapinhas tentando pega-los, derrubando a porcelana.
          Aomine ainda se encontrava de costas, apenas ouvindo o alto barulho. Se virou em direção ao pequeno, que o olhava com uma das orelhas baixa. Sabia que estava encrencado.


          - TAIGA!


          Imediatamente o pequeno se pós a correr, sendo perseguido pelo moreno.
 


Notas Finais


Bem, é isso! Desculpem se ficou cansativo de ler ou a escrita deixa a desejar, ainda sou novato em escrever fics =/
Comentem se tiverem opiniões de futuros casais ou se gostaram.
Até o próximo capítulo!


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