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História My little Tiger - In love


Escrita por: NatsukiSubaru

Notas do Autor


Aqui está mais um capítulo pra vocês u.u

Estou tento alguma dificuldade pra conseguir colocar minhas idéias na história, por isso desculpem se algo ficar confuso ou estranho ;-;

Aproveitem a leitura! <3

Capítulo 2 - In love


Fanfic / Fanfiction My little Tiger - In love


☆ Aomine ☆


          Alguns meses haviam se passado desde que Taiga entrará em sua vida. Se em algum momento achou que seria fácil o criar, que não teria problema nenhum em educa-lo e ensina-lo coisas básicas... Diria ser um tremendo retardado. Nunca pensou que iria passar tanto nervoso por conta o gênio forte do pequeno ou mesmo desespero ao encontra-lo fazendo algo perigoso sem sua presença, querendo se mostrar independente. Coisa em que o mesmo passava longe de ser.
          Não mentiria dizendo que cuidou sozinho, muitas vezes Kuroko o vinha socorrer quando algo fugia de seu controle. Era um de seus poucos amigos em que depositaria sua confiança sem pensar duas vezes, o azulado já havia se mostrado presente em momentos difíceis de sua vida, confortando-o e o ajudando a seguir em frente. Se hoje ainda se mantinha em pé, um pouco do mérito iria para ele e o resto aos demais que não se encontravam presentes no país, viajando a negócios por sua empresa.
          Ensina-lo a falar e escrever se mostrou um tanto impossível. Taiga não conseguia manter o foco por mais de cinco minutos durante a explicação, sempre se distraindo com coisas aleatórias, como uma folha voando do lado de fora ou o barulho de comerciantes anunciando seus produtos. Ao menos diante dos pequenos contra-tempos, mostrou ter rápida compreensão e não demorou muito para que finalmente encontrasse sentido em cada frase proferida pelos dois. Quanto a fala, ainda encontrava pequenas dificuldades na pronunciação, mas nada que atrapalha-se no entendimento.
          A cada dia uma guerra era travada na suíte do moreno. Taiga recusava com todas as forças a tomar um banho, se segurando desesperadamente em qualquer coisa a frente enquanto Aomine o puxava. Odiava o cheiro de sabonete e shampoo devido a sua sensibilidade olfativa, como também o peso de sua cauda e orelhas ensopadas pela água. Por esse motivo, o moreno acostumou-se a tomar banho junto ao pequeno todos os dias, distraindo-o enquanto o limpava.
          Uma semana depois de te-lo "adotado", contratou uma equipe de decoração para renovar um dos quartos de hospedes, tentando deixa-lo menos assustador para o menor. Infelizmente aos olhos do Tigre, continuava a incomoda-lo ser deixado sozinho naquele local escuro, iluminado por um pequeno abajur em forma de pantera. Todas as noites se dirigia ao quarto do moreno, com as orelhas baixas e uma expressão manhosa, enquanto sorrateiramente se enfiava embaixo dos lençóis se deitando por cima dele. Aomine tentou várias vezes o dar uma bronca e o coloca-lo de volta no próprio quarto, mas havia se tornado impossível negar algo diante daquela carinha. Estava ficando mole.
          Quanto a comida, não houveram tantos problemas como imaginava. Taiga comia de tudo sem reclamar, mesmo que esse "tudo" eram apenas coisas de qualidades compradas pelo moreno. Se recusava a dar algo barato e duvidoso a ele, temeroso que pegasse alguma doença ou passasse mal.
          Se fosse resumir, diria que o criar tem seus altos e baixos, porém cada momento era uma recordação feliz que guardaria na memória. Em tanto tempo, nunca havia se sentido tão vivo como estava ao lado do seu tão amado Tigre, agradecendo ao dia que pode encontra-lo e torna-lo seu. Junto a isso, alguns sentimentos estranhos e diferentes o estavam preenchendo o pedaço vazio de seu peito, o deixando extremamente confuso. Os carinhos desajeitados do pequeno se tornavam cada vez mais gostosos e quentes, se tornando algo indispensável para que terminasse o dia bem. Cada abanada de cauda ou mexida de orelhas junto ao lindo sorriso de felicidade que Taiga expressava ao estar com ele, eram tão satisfatórios que sentia não precisar de mais nada durante o resto de sua vida.
          Tentou de todas as maneiras esquecer disso, desistindo ao perceber que era tarde demais... Estava nutrindo algo a mais por ele, algo errado ao seu ver. Algo que poderia lhe destruir, não pelo fato de novamente ter reascendido um pequeno pedaço de seu coração e sim por coloca-lo em perigo.
          Sim, era tarde mais...


✼ --- ✼ --- ✼


          - Taiga... - Chamava-o, fazendo pequenos carinhos no cabelo ruivo. - Ta na hora de levantar.


          O sol teimava em passar pelas pequenas frestas da cortina, maltratando seus olhos recém abertos com a forte luminosidade. Aparentemente passava do meio dia, haviam dormido demais. O corpo suado e usando apenas uma cueca box, se movimentou agarrando ainda mais o moreno, esfregando inocentemente a bunda na ereção matinal do outro coberta pelo fino pano que se encontrava em sua cintura. Parte por estar apertado para ir ao banheiro e outra pela grande excitação de sentir aquele traseiro macio o pressionando durante a noite. O pequeno sussurrou palavras inaudíveis, provavelmente suas típicas manhas para que pudesse dormir por mais tempo.


          - Taiga. - O chamou novamente, sem sucesso.


          Aomine segurou em seus ombros, o sentando em sua barriga. Taiga imediatamente reclamou dando alguns grunhidos irritado, fazendo peso para que novamente se deitasse e dormisse, enquanto sentia o tão gostoso cheiro do dono.


          - Já falei que é pra acordar!. - Dizia Aomine o repreendendo, fazendo com que abrisse os olhos vermelhos pelo sono.
          - Mimi...
          - Não, já ta tarde. Não faz bem dormir demais. - Dizia segurando em suas pernas para que não tombasse.


          Taiga o olhou por alguns minutos, abaixando as orelhas na tentativa de o convencer, desistindo ao perceber a expressão séria do moreno. Bocejou preguiçosamente, apoiando-se no peito do mesmo juntando forças para levantar.


          - Vamos, sem manha. - Dizia o moreno pegando seu rosto gentilmente, limpando as pequenas lagrimas que haviam se formado nos olhos do Tigre com o dedão.
          - Ta bom... - Concordava ainda sentado em sua barriga, frustrado pela tentativa falha de obter o que queria.


          Devido a insistência do menor de sempre dormir em cima do moreno e ainda abraçado, haviam se acostumado a ficarem apenas de cueca devido ao grande calor.
          Aomine observava cada detalhe, cada canto daquele pequeno corpo branco e macio, o qual desejava tomar para si todas as manhãs e principalmente nos banhos, onde se encontrava totalmente nu. Não sabia ao certo quando toda essa atração ou desejo pelo pequeno se iniciou, que aumentava com o passar dos dias e ao mesmo tempo o assustava, temendo não se controlar e o pegar a força. Notou o pequeno volume do menor escondido pelo pano vermelho, acostumou-se a ter a barriga cutucada todas as manhãs.


          - Anda, vai lavar esse rosto e mijar pra abaixar o amiguinho. - Dizia coçando suas orelhas, recebendo grunhidos como agradecimento.
          - Você num vem?. - Perguntava repousando a bochecha na mão do maior, esfregando levemente.
          - Tenho que fazer nosso almoço. Temos visita lembra?. - Perguntava, recebendo um aceno confirmando.


          Taiga deslizou devagar até a beira da cama, enquanto tentava se livrar da moleza que o consumia ao acordar. Coçou a barriga bocejando mais uma vez, caminhando até a luxuosa suíte do moreno.


          - Quando terminar vai pra cozinha. - Aomine avisava se retirando do quarto.


          Levantou a tampa da privada, abaixando a cueca em seguida e mirando com todo o cuidado possível. Se tinha uma coisa que tirava seu dono do sério, era quando fazia xixi na tampa ou para fora, era difícil acertar o centro quando seu membro estava duro. Suspirou ao terminar, aliviado ao notar que não tinha errado uma gota. Abriu a torneira da pia, juntando as mãos a enchendo de água para depois jogar no rosto, começando a esfrega-lo. Ainda não entendia muito bem o por que dos humanos serem tão higiênicos assim, bastava se lamberem e pronto! Abanou a cauda ao sentir o cheiro gostoso que conhecia muito bem, se apressando na limpeza e correndo para a cozinha.
          Aomine estava preparando a carne, temperando-a enquanto o forno aquecia. O arroz estava sendo feito na panela automática e o feijão em outra própria para o alimento. Sempre foi um fracasso na cozinha em qualquer tentativa de fazer alguma refeição, se rendendo a modernidade e a tecnologia. Porém nos últimos meses se viu forçado a aprender como cozinhar e fritar vários tipos de carnes, para o pequeno Tigre. Poderia mentir e manter seu orgulho intacto, dizendo que apenas surgiu um interesse particular pela culinária... Mesmo sabendo que tudo o que fazia atualmente, era para proporcionar felicidade ao pequeno.
          Se virou ao perceber a presença de Taiga, parado na entrada do local babando. Era incrível a rapidez com que aparecia ao sentir o cheiro do alimento. Puxou a cadeira sentando-se perto da mesa, com um pente em mãos, batendo em sua coxa o chamando. O pequeno ao perceber do que se tratava, fechou a cara emburrado.


          - Começa com frescura não, pode vir. - Dizia o moreno ignorando a carranca do menor.
          - Ma eu num gostu dissu! Machuca!. - Respondia se aproximando a contragosto, sentando-se na perna do moreno.
          - Se você ficar quetinho e me deixar pentear, não vai machucar. - Dizia começando a desembaraçar os pelos da cauda.
          - Grrrr... - Resmungava ao sentir seu pelo enroscar nos dentes finos do objeto e o puxar.
          - Já vai acabar, para de ser mole. - Repreendia o moreno.


          Taiga continuou parado incomodado com as pequenas dores distribuídas ao longo de sua cauda, pedindo que acaba-se logo. Aomine tomava o máximo de cuidado para não acabar machucando-o, por mais que incomodasse o menor, precisava cuidar todos os dias de suas partes animais. Segundo alguns arquivos que havia conseguido sobre o projeto que o criou, as chances de contraírem doenças se não forem limpos diariamente eram altas.


          - Pronto chorão, cabo. - Dizia Aomine o irritando, dando uma última puxada.
          - Ahomine!. - Xingava-o como aprendeu com Kise.
          - Bakagami. - Revidava sorrindo, começando a fazer cócegas em sua barriga até ficar sem ar. - Vai por um shorts.
          - Naum, odeio essis panus.
          - Não importa, não pode ficar assim na frente dos outros. É feio lembra?. - Dizia o lembrando do aviso de alguns dias atrás. Uma grande mentira, apenas odiava que o outros o olhassem.


          Taiga o olhou mostrando a língua, se encaminhando ao quarto pisando duro. Aomine o observou se afastar, imaginando o quanto complicado seria doma-lo quando crescesse se no momento já o desafiava algumas vezes.


☆ Kagami ☆


          Procurava o maldito pedaço de pano nas gavetas, irritado. Pensando que humanos eram uma espécie masoquista por usarem essas coisas no corpo por motivos bestas, o que tem de errado ficar pelado? Na caixa estranha onde passavam imagens de animais, todos estavam pelados e ninguém se importava com isso, por que diabos então seu dono era tão chato? Obrigando-o a vestir o que chamavam de roupa, que só lhe trazia coceiras e muito, muito calor.
          O barulho da campainha ecoou pela casa, avisando que a visita havia chegado. Taiga levantou as orelhas animado, vestindo-se rapidamente e se pondo de quatro correndo em direção a sala. Do corredor, avistou o azulado sentado em um dos sofás esperando Aomine terminar seus afazeres, pulando em cima do mesmo sorrindo.


          - Kuroko!. - Dizia o abraçando, sentando em seu colo. Sorrindo feliz, havia se tornado bem próximo do azulado.
          - Olá, Taiga-kun. - Cumprimentava com um pequeno sorriso, olhando ternamente para o menor ao qual ajudou a cuidar durante os primeiros meses, fazendo carinho na cabeleira ruiva.
          - Neh, neh! Você trouxe doci?. - O Tigre perguntava animado, adorava as guloseimas que ele trazia a cada visita.
          - Hm... Talvez sim, talvez não... - Brincava, percebendo uma das orelhas do pequeno abaixar, em sinal de desanimo. - Trouxe sim, mas só vai comer depois do almoço ok?
          - Ebaaaaa!. - Gritava eufórico, esfregando seu rosto no peito do azulado em forma de agradecimento, abanando a cauda.


          Aomine apenas observava da cozinha, enquanto uma sensação ruim se apoderava de seu corpo e pensamentos idiotas invadiam sua mente. A mais ou menos duas semanas, se sentia incomodado ao ver Kuroko e Taiga juntos, sorrindo um para o outro e brincando. Sabia mais do que ninguém que ali não tinha nada mais do que carinho, que o azulado o via como um sobrinho e por isso sempre o mimava como podia, indo até mesmo contra suas ordens. Porém ver seu pequeno tão próximo a alguém, demonstrando tanta felicidade e animação que apenas o moreno tinha direito... Era pertubador. Por mais idiota que fosse, sentia medo de alguém roubar-lhe a única felicidade que conseguiu depois de anos preso na própria escuridão.


          - Eu e o tio Kuroko temos que conversar beleza?. - Perguntava se aproximando, sua expressão séria mostrava o quão confuso estava no momento.
          - Deixa eu binca com ele um pouco Ao! Pur favor!. - Taiga pedia manhosamente.
          - Outro dia ok? É um assunto importante pro dono. - Dizia se sentando ao lado dos dois.
          - Vaii! Só um poucu!. - Continuava insistindo.
          - EU FALEI QUE NÃO CARALHO! ME OBEDECE. - Gritava alterado, estava chegando ao limite diante da confusão que se instalou em seu corpo e coração.


          Taiga se afastou do moreno assustado, com as orelhas baixas e a cauda encolhida, totalmente imóvel. Nunca o havia visto assim, mesmo quando fazia algo errado ou que tinha sido proibido. Tremia ao olhar a expressão que ele fazia, deixando algumas lágrimas escaparem de seus olhos escarlates.
          Ao o ver assim, Aomine recobrou a consciência que havia se perdido em meio a pensamentos, percebendo a grande merda que havia feito. Ele mesmo dizia que cuidaria do menor para sempre, o protegeria de qualquer coisa e no momento se sentia como um dos monstros que assustava-o.


          - Desculpa pequeno, mas é um assunto sério... - Dizia com uma voz suave, tentando acalma-lo.
          - Ele tem razão Taiga-kun. - Concordava Kuroko, tentando ajuda-lo. - Por que não brinca com sua bola? Depois eu me junto.
          - Ta... - Respondia com a voz baixa.


          Taiga desceu devagar do colo azulado, olhando o chão, tentando descobrir o que havia feito de errado para deixar Aomine tão irritado. Se aproximou do dono erguendo o rosto molhado pelo choro, apertando seu shorts.


          - Desculpa Ao,  prometo que vo ser bonzinho!. - Dizia olhando nos olhos do maior, não queria o ver assim de novo. Era assustador.
          - Não precisa se desculpar pequeno. - Respondia enquanto limpava seu rosto com as mãos. - Anda, não chora, ja passo.


          O menor começou a lamber sua mão em forma de carinho, mostrando o quanto estava arrependido de ter desobedecido uma de suas ordens, se pondo a caminhar em direção ao quarto, procurando a bola de basquete que o moreno usava em sua época de escola quando participava de um clube de basquete.
          Ficou observando o Tigre se afastar, sem abanar a cauda e ainda com as orelhas baixas, totalmente desanimado. O quão retardado conseguia ser? Ele é uma criança que não tem amizades da mesma idade, só a de seus amigos de confiança. É normal ter vontade de brincar com alguém além dele, ainda mais alguém próximo como Kuroko.
          Colocou a mão no rosto jogando a cabeça para trás, quanto erros cometeria na vida até finalmente aprender? Em algum momento esses ataques de raiva iriam lhe custar caro e não adiantaria se arrepender depois.


          - Aomine-kun... - Kuroko chamava-o, preocupado com o que acabará de presenciar.
          - Fala.
          - O que foi isso? Nunca vi você trata-lo assim... - Perguntava receoso, nem mesmo quando o pequeno resolveu desenhar nas paredes havia surtado desse jeito.
          - O que foi isso Kuroko? O que foi isso?. - Repetia descobrindo os olhos e encarando o amigo. - Foi Aomine Daiki sendo um bosta novamente, nada demais.
          - Isso não é verdade. - Odiava quando o moreno falava mal de si mesmo, não tinha culpa do rumo que sua vida tomou depois da morte de seus pais.
          - Claro que é poha, não adianta ficar arrumando razões para cada ação minha Kuroko. Odeio quando você faz isso.
          - Aomine-kun. - Dizia novamente, segurando o rosto do moreno virando para si. - Não precisa esconder nada de mim, só quero te ajudar.


          Encarou aqueles olhos azuis claros por algum tempo, buscando respostas para suas atitudes estranhas e idiotas quando via Taiga com algum de seus amigos. Suspirou abaixando a cabeça, cobrindo novamente o rosto com uma das mãos.


          - É complicado. - Respondia mais calmo. - Nem eu mesmo consigo entender o que ta acontecendo.
          - Não entende ou apenas tenta ignorar?. - Perguntava o azulado, tomando cuidados com as palavras. Não queria piorar a situação do amigo.
          - Kuroko, você não é burro. Sabe muito bem o que eu sinto por ele desde o primeiro momento que pisou aqui...
          - Você o ama. - Disse o cortando, percebendo a leve tremida do moreno ao escutar aquilo. Havia acertado.
          - Sim. - Confirmou contra a vontade. - Hilário não? Pra quem transava com trocentas modelos peitudas e se demoninava o maioral, agora ta arrastando asa pra uma criança meio animal.
          - E qual o problema disso?. - Kuroko perguntava, enquanto observava Taiga brincando no quarto ao fundo do corredor.
          - Você ta falando sério? - Dizia o encarando incrédulo. - Ele é uma criança! CRIANÇA! Eu sou um adulto, tamos falando de pedofilia meu caro. Ta entendendo o bagulho?


          Kuroko ergueu uma de suas sobrancelhas, se o moreno estava falando com girias, era por que a situação dentro de sua cabeça estava difícil.


          - Ele foi criado artificialmente Aomine-kun, não se encaixa nas regras normais da sociedade. - Dizia o olhando. - Você mesmo que está impondo algo que não se aplica ao Taiga-kun.


          Aomine ficou um tanto surpreso. Era raro Kuroko falar algo do tipo, sempre fora certinho e por mais que a situação não se encaixasse na normalidade, não deixava de ser um adulto pegando uma criança.


          - Você ta me deixando mais confuso...
          - Aomine-kun, desde quando você é alguém que segue regras?. - Perguntava retoricamente, deixando o moreno surpreso. - Exato. Em nenhum momento da sua vida deixou de fazer algo por que a lei não permitia, por que agora que encontrou algo que o deixa feliz iria se submeter a elas?
          - Você tem razão... - Dizia olhando para frente. - Nunca pensei que viraria gay por um pirralho...
          - Nunca pensei que o veria sorrir e se preocupar com alguém na vida. - Brincava, arrancando uma risada baixa do maior.
          - Cala a boca.


          Ainda estava confuso, relutante em tomar alguma decisão. Deveria ignorar o que sentia pelo pequeno e continuar a mentir para si mesmo com modelos que apenas buscavam seu dinheiro? Ou aceitar abrir o coração novamente, aceitando que estava amando Taiga?


          - Escolha bem Aomine-kun. - Alertava-o. - Não vai demorar para que você seja obrigado a isso.
          - O que você quer dizer?.
          - Akashi coseguiu mais alguns documentos de pesquisa sobre o projeto. Neles continham algumas informações como: As cobaias criadas possuem capacidade de reprodução, ou seja, podem tanto fazer filhos como gerar um. Também possuem épocas chamadas de cio, um período de excitabilidade sexual onde buscam acasalamento.
          - Pera... Ta me dizendo que o baixinho alguma hora vai ficar louco por sexo?. - Dizia de uma forma mais informal, tentando raciocinar.
          - Exatamente, e você vai ser o único por perto. - Concluía. - Por isso disse para se decidir logo.


          Aomine tentava decidir se isso seria bom ou ruim. Por um lado seria perfeito, poderia finalmente o pegar com gosto sem se sentir um lixo, afinal o pequeno iria estar adorando e querendo isso tanto quanto ele. Por outro... Pera, cade o lado ruim!?


          - Quais as chances de ele se apaixonar por mim depois disso...?
          - Cem por cento. - Respondia sorrindo. - Ele iria te escolher como parceiro.


          No quarto, Taiga corria de um lado para o outro brincando com a bola de basquete. Sentia seu corpo levemente quente e pesado, pensando que talvez estivesse apenas cansado e com calor, sentando-se na cama esperando passar. Arfava algumas vezes sentindo o forte cheiro que emanava das roupas de Aomine. Quando passou a ser tão atrativo?


          - E quando isso vai acontecer? Por que até agora não rolou nada. - Dizia Aomine se referindo ao período sexual do Tigre.
          - Sete meses depois do nascimento.


          Era complicado descobrir a data em que isso ocorreria, não sabia ao certo quanto tempo Taiga tinha quando foi achado atrás daquela caminhonete. A única coisa que sabia, era estar cuidando dele a seis meses...


          - De qualquer forma, não foi essas informações que vim trazer. - Dizia o azulado tentando recuperar o motivo da visita.
          - Ah, sim... Tinha até me esquecido.


          Taiga continuou parado, observando de longe as roupas do moreno jogadas na porta da suíte. Seu rosto estava vermelho, seu corpo pedia para que fosse até la e sentisse mais nitidamente o cheiro tão gostoso, que desencadeava pequenos choques prazerosos por seu corpo. O que estava acontecendo?
 


Notas Finais


Bom, foi isso!

Comentem se tiverem ideias para a fic ou gostado, me ajudaria muito! Pois assim fico sabendo que está boa, afinal escrevo ela não só pra mim, mas pra vocês

Até a próxima!


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