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História My Love is a Lie - Amigável


Escrita por: Byunad

Notas do Autor


Boa leitura! ^^

Capítulo 19 - Amigável


Chanyeol off~

Hye Jin on~

 

Quando eu disse que o Chanyeol é bipolar, é porque é verdade. Não tinha ninguém na sala, só nós dois, e ele me perguntou se eu estava bem. Foi a primeira vez que ele me fez essa pergunta. Poderia ocorrer tudo bem, ou não, mas a Rachel apareceu na sala. Eu não sabia onde me esconder. Não sabia se corria, colocava o livro na cara ou pedia desculpas. Simplesmente não sabia.

— Oh, Rachel. O que foi? — Perguntou Chanyeol.

Chanyeol não demonstrava desconforto, apenas estava sentado em cima da minha mesa, com os pés em cima da cadeira da frente.

— Hye Jin... — Aquele foi o momento que eu vi a minha morte. — Me desculpe.

— O que? — Disse surpresa.

— Aish. — Ela respirou fundo. — Apenas estou me desculpando por ontem, mas não é só por causa dessa desculpa que podemos virar amigas.

— Ah, está bem. — Mordi o lábio na procura das palavras ideais para falar a ela. — Me desculpe, também. Eu agi involuntariamente, pois estava muito brava. Realmente, me desculpe.

— Que bom que reconhece o seu erro. Se o meu rosto tivesse ficado marcado, você estaria morta!

De certa forma, era bom ver que a Rachel não mudou. Eu iria achar ela mais estranha ainda se ela fosse uma pessoa boa e me tratasse como amiga. Só de pensar isso, já fico arrepiada. A Rachel se sentou em seu lugar e ficou de braços cruzados. Chanyeol olhou para mim e deu um pequeno sorriso que não foi retribuído com o meu. Sério, está tudo muito estranho.

Quando a Min Jee e a Sohee entraram na sala, ele rapidamente foi para o seu lugar. A Min Jee viu e ficou com a mesma cara que eu fiquei quando ele sorriu para mim. Sohee, por outro lado, não viu e apenas foi direto para o seu lugar, já que estava muito ocupada lendo uma revista que aparentava ser da marca famosa, Rose.

— O que o Channy queria? — Perguntou Min Jee, em um baixo tom de voz.

— Ah, ele veio perguntar se eu poderia sair com ele depois das aulas.

— É sério? — Perguntou Sohee.

— Sim. Ele está muito estranho. Ele até perguntou se eu estava bem e sorriu para mim.

Sohee e Min Jee se entreolharam e em seguida olharam para o Chanyeol, que estava debruçado sobre a mesa.

— Ele deve estar com peso na consciência. — Disse Min Jee, ainda o olhando.

— Relaxe. Aproveite esse tempo que vocês terão juntos, até porque não é todo dia que você o verá agindo desse jeito. — Disse Sohee, fechando a sua revista.

As aulas demoraram para passar, mesmo que o objetivo era acabar mais cedo. Eu preferi acreditar que era o meu nervosismo que tinha feito as horas passarem devagar, quase que me torturando. Quando as aulas finalmente acabaram, guardei os meus materiais calmamente enquanto Sohee e Min Jee arrumavam os delas rapidamente.

— Boa sorte! — Disse Min Jee pegando na mão da Sohee e saindo da sala.

— Mas e a limpeza da sala? — Falei alto, fazendo elas pararem na porta.

As duas voltaram para a sala, sem vontade, e começaram a me ajudar a limpar a mesma.

— Pode deixar com a gente. — Disse Min Jee, dando gestos discretos para eu ir até o Chanyeol.

Olhei para o mesmo que estava conversando com a Rachel enquanto arrumava os seus livros na mochila. Ele parecia calmo, diferente de Rachel, que batia o pé descontroladamente. Só fui perceber que estava encarando eles demais, quando Chanyeol me olhou e fez sinal para eu ir até ele. Fui dando passos curtos, com receio de que Rachel iria me insultar pelo fato de que eu sairia com Chanyeol.

— Rachel, nós temos que ir agora. — Ele olhou a sua volta, como se estivesse procurando alguém. — Acho que você deve ir logo, porque o Taemin já saiu da sala.

— Hum? — Ela também olhou à sua volta. — Aish, aquele garoto não se preocupa nem um pouco comigo!

Antes de sair, Rachel me olhou com ódio e saiu apressada para não perder Taemin de vista. Eu e Chanyeol saímos por último, para podermos andar calmamente. Na entrada do colégio não haviam tantas pessoas, então Chanyeol aproveitou a situação e entrelaçou as nossas mãos. Franzi o cenho e o encarei enquanto ainda andávamos para fora do colégio.

— Você está bem? — Perguntei.

— Sim, por quê?

— Você está estranho.

— Estranho, de que jeito?

— Está sendo amigável comigo.

— Pessoas amigáveis são estranhas?

— Não, é só que, — Olhei para as nossas mãos entrelaçadas. — você não é assim.

— Eu sou uma pessoa legal. Apenas não gostei de você de primeira. Isso é normal, não é?

— Eu também não gostei de você de primeira e nem por isso fui grossa.

— Você não foi grossa comigo? — Chanyeol soltou um riso.

— Eu apenas me estressei algumas vezes, mas foi porque você foi grosso primeiro, e aliás, eu nunca deixei você ser machucado por outra pessoa. Esse é o nosso diferencial.

Só depois de um curto tempo que eu me dei conta do que eu tinha dito. Olhei para Chanyeol, preparada para o seu transtorno de bipolaridade e um possível tiro em forma de palavras.

— Sobre aquilo… — Ele parou e ficou de frente comigo, olhando para os meus olhos. — Me desculpe.

O meu coração disparou e eu comecei a ficar confusa. Depois das palavras afiadas, provando que ele realmente não gosta de mim, agora ele me vem com essa conversa. Eu não sabia se ele estava falando a verdade ou apenas estava tentando me manipular. Se queria me manipular, pois bem, conseguiu.

— Não precisa se desculpar. Você conhece a Rachel a anos e vocês se gostam. É normal proteger quem ama.

Não sei se foi a melhor coisa para se dizer a ele, mas eu tentei. Continuamos a caminhar de mãos dadas, sem dizer mais nenhuma palavra. E há de admitir que é melhor assim.

Finalmente chegamos na sorveteria, e apesar de no começo eu ter gostado do silêncio, agora ele estava me incomodando e tudo o que eu mais queria era que ele puxasse algum assunto. Nem que seja o mais aleatório possível.

— Que sabor você quer? — Me perguntou enquanto observava os refrigeradores que conservava os vários sabores de massas de sorvetes.

— Hum… — Olhei atentamente para cada sabor, até achar o que eu queria. — Cereja!

Chanyeol deu um sorriso e pediu um para ele também. Infelizmente, ainda não me acostumei com esse jeito estranho dele agir. Poderia Rachel ter dito algo para ele? Não, não. O mínimo que ela diria para ele, sobre mim, seria que ele deveria me largar de uma vez e ficar com ela para o resto da vida.

Nós sentamos em uma mesa no canto da loja e esperamos o nosso sorvete. Quando a garçonete trouxe o nosso pedido, fiquei muito encantada com o jeito que estava confeitado. Chanyeol percebeu que meus olhos estavam brilhando e soltou um comentário.

— Coma antes que os seus olhos derretam o sorvete.

Limpei a minha garganta e com a colher, peguei uma quantidade um tanto grande e coloquei na minha boca, em seguida me arrependendo. Os meus dentes começaram a doer na hora e soltei um gemido, tampando o meu rosto com a mão.

— Você está bem? — Chanyeol perguntou assustado.

— Os meus dentes.

— Aish! Por que você é tão gulosa?

Chanyeol me entregou lenços de papel, para tapar a boca, e eu consegui retornar a minha forma.

— Obrigada…

— Tome mais cuidado.

Não sei se ele estava sendo grosso ou preocupado comigo, só sei que atendi o seu pedido.

— Aquele livro… — Disse Chanyeol.

— Que livro?

— O de ontem.

— Ah… — Comi mais um pouco do sorvete, dessa vez, em pouca quantidade. — O que tem ele?

— Você disse que era da sua mãe, por isso era tão importante para você.

— Ah, sim. A minha mãe não era uma empreendedora como o meu pai, ela era uma professora de história no colégio Jeguk.

— Ela dava aula na nossa escola?

— Sim.

— Então, ela conhecia o meu pai?

— Não sei. Eu era uma criança, então não iria fazer sentido eu perguntar se ela conhecia o senhor Park. Na verdade, eu nem sabia da existência do grupo Jeguk.

— Faz sentido. Bem, a sua mãe… você consegue se lembrar de como ela era?

— Hum… — Cruzei os meus braços e pensei sobre a minha mãe. — Ela era gentil e sempre fazia o máximo para me proteger. Mesmo com todo o trabalho que ela tinha no colégio, ela me ajudava com as tarefas da minha escola e ainda tirava um tempo para se divertir comigo. Ela era uma ótima pessoa, que veio a se suicidar. — Mordi o meu lábio inferior.

— Por causa de que o seu pai a traiu?

— Sim. Me pergunto até hoje com quem foi que ele traiu a minha mãe, e o porquê dele ter me abandonado.

— E o porquê de sua mãe ter se matado por causa de uma traição.

— Sim, isso também é muito estranho. A minha vida no geral é estranha.


Notas Finais


XOXO~ ♥


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