História My Love is a Lie - Confissão

— O que?! — Perguntei quase gritando.

— Isso mesmo que ouviu. Agora, vocês não se passam de completos estranhos um para o outro.

— Por que está fazendo isso? — Perguntei já quase chorando.

— Chanyeol entrou em uma briga por causa de você. Ele se machucou por causa de você.

— Esqueceu das vezes que me machuquei por causa dele? — Meu olhos se encheram de lágrimas que logo desciam pelas minhas bochechas. — Na festa para procurar uma noiva para ele, eu fui ameaçada, rasgaram o meu vestido e me deram um tapa.

— Isso te machucou? O que é um tapa perto de um soco e pontapés?

— Rachel jogou um vaso em mim! — Gritei, fazendo Rachel mexer desconfortável no cabelo. — Dae, Lia e Hyun me bateram, em plena férias de final de ano e nem por isso eu quis terminar com o Chanyeol.

— Você é você. Chanyeol é o Chanyeol. Ele é o meu filho e eu não quero vê-lo machucado por causa de uma menina como você. — Ele suspirou e olhou para Rachel. — Agora, minha querida, o Chanyeol pode ser todo seu. Não terá mais ninguém te impedindo de amá-lo. Se quiser se noivar com ele, eu darei todo o meu apoio.

Mais uma vez eu não pude dizer nada. Apenas chorar. Assim que senhor Park saiu, olhei para frente e vi Ji Hoon e Chanyeol indo na direção do corredor que levava para as salas de aula. Corri na frente da entrada do corredor e olhei para Chanyeol, que continuava a andar sem nenhuma expressão no rosto.

— Channy… — Disse em meio das lágrimas, enquanto o mesmo passou por mim, sem me olhar, nem dizer nada.

Senti que o tempo parou e a única coisa que sentia era uma dor enorme no peito. Virei para o lado e subi correndo as escadas que levavam para o terraço.

Hye Jin off~

Taemin on~

A expressão de Hye Jin era de dor e eu estava odiando vê-la assim. Chanyeol realmente se rendeu ao pai dele e passou a ignorar Hye Jin?

De uma coisa eu tinha certeza, eu não iria deixar ela sozinha. Olhei para as pessoas que estavam em choque ao meu lado e logo dei as costas para elas e subi as escadas correndo. Ao chegar no terraço, vi Hye Jin sentada em um dos bancos de madeira que tinham no local, olhando para baixo. Cheguei mais perto dela e pude ver que a mesma estava chorando silenciosamente.

— Hye Jin… — Sentei ao seu lado com um pouco de receio.

— Taemin… O que eu faço? — Ela me olhou com os olhos cheios de lágrimas. — Chanyeol não gosta mais de mim.

— Quem disse isso? Ele deve estar sendo controlado pelo pai, por isso ele te ignorou.

— Pensando bem… Acho melhor ele parar de gostar de mim. — Ela riu soprado. — Se ao menos alguma vez ele já me amou.

— Por que seria melhor ele parar de gostar de você?

— Senhor Park me perguntou o porquê de eu atrair problemas e eu fiquei sem palavras. — Ela secou as lágrimas. — Eu nunca pensei que sou eu que atraio os problemas da minha própria vida. Para me livrar de grandes pesos nas minhas costas, eu colocava a culpa em outras pessoas. Porque eu sei, que se eu começar a me culpar, eu vou me afundar em um poço de culpa e nunca mais serei capaz de voltar a superfície. — Ela me olhou e deu um riso fraco. — Me desculpe estar dizendo isso para você.

— Hye Jin. — Nós nos olhamos. — Eu… Eu te amo. — Engoli em seco, com receio do que ela iria dizer.

— Você não se sente mal por amar uma perdedora como eu?

— Você não é uma perdedora.

— Você é tão bom. — Ela encostou sua mão em meu rosto e eu tremi. — Mas…

— Eu não posso aceitar os seus sentimentos? — Perguntei enquanto desviava o olhar do seu rosto triste.

— Sim… Eu amo o Chanyeol e acho que esse sentimento não vai mudar tão cedo, mesmo que ele me ignore.

— Eu entendo. — Segurei sua mão, que ainda estava em meu rosto, e a olhei. — Mesmo que não me ame… lembre-se que eu estou aqui. Se precisar, eu sempre estarei ao seu dispor.

Ela deu um sorriso fraco e passou a mão em meu cabelo, antes de pedir para eu deixá-la sozinha por um momento.

✽

Taemin off~

Sohee on~

O meu coração estava quebrado de uma forma quase impossível de reconstruí-lo.

Assim que chegamos em casa, subi as escadas e entrei dentro do meu quarto. Peguei o meu celular e digitei uma mensagem para o Taemin.

— Você poderia me encontrar no parque que fica no centro?

— Sim. Vou me arrumar e já estarei indo para lá.

Respirei fundo e fui em direção ao banheiro. Tomei um banho rápido, deixei o meu cabelo solto, vesti uma blusa de moletom cinza, uma calça jeans azul clara e um tênis azul. Em seguida, desci as escadas e, na sala, vi Hye Jin deitada no sofá enquanto assistia um programa de variedades. Programas de variedades foram feitos para você dar risada, mas não estava funcionando muito com a Hye Jin. Ela apenas encarava a televisão com um olhar triste.

Eu disse para onde ia, mas a mesma nem me respondeu com palavras, apenas assentiu com a cabeça. Saí às pressas de dentro de casa e para a minha sorte, havia um táxi quase que em frente de casa. O chamei e fui até o parque. Assim que cheguei, vi Taemin esperando sentado em um dos assentos do balanço. Respirei fundo e me aproximei dele, em seguida sentei no outro assento ao lado do mesmo.

— Oh! — Ele me olhou. — Eu nem vi você chegando. Eu estava pensando na Hye Jin. Aliás, como ela está?

— Ela está triste, mas isso é passageiro. — Olhei para o céu. — Eu acredito nela. Ela irá esquecer o Chanyeol e viverá uma vida saudável.

— Eu também espero isso, mas, por que me chamou aqui?

— Eu vi você se declarando para a Hye Jin. — Falei direta e ele rapidamente se mexeu desconfortável no assento. — Não precisa ficar desconfortável. — De um riso leve. — Não sei se me sinto mal por mim ou por você.

— O que quer dizer com isso? — Ele franziu o cenho.

— Quando eu ouvi a sua confissão, eu me agachei e chorei silenciosamente.

— Por que… chorou?

Fechei os meus olhos e respirei fundo, tendo em mente de que eu não me arrependeria de fazer o que iria fazer agora. Abri os meus olhos e me levantei, caminhando até Taemin e parando na frente do mesmo, que me olhava confuso. Me inclinei um pouco e o beijei. Meu coração disparou e assim que eu parasse de beijá-lo… eu gostaria de me enterrar no chão e nunca mais ver a luz do sol. Mas, infelizmente, eu não poderia fazer isso.

Assim que parei de beijá-lo, vi a sua expressão mais confusa ainda. Devo admitir que estava fofo, mas isso não pode continuar. Esse sentimento não pode continuar.

— Eu gosto de você.