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História My Love is on Fire - Seulmin - O pior castigo.


Escrita por: litwordsk

Notas do Autor


Olá leitores, mais um capítulo!!
Qualquer duvida, opinião, sugestão... Deixem nos comentários, eu os responderei com prazer!
Espero que gostem e boa leitura.

Capítulo 17 - O pior castigo.


 

●●●

 

Os médicos haviam dito que Seulgi já estava fora do coma, porém sedada pelos remédios. Seu estado por ainda ser delicado precisava daqueles sedativos, até mesmo para facilitar o tubo de respiração. A cada dia, os médicos diminuíam os sedativos por Seulgi apresentar melhoras. Eu nada podia fazer, na verdade não estava nem indo mais vê-la devido minha rotina e viagens, a sorte era seu pai que me mantinha informado sempre que possível. Irene também se manteve uma boa amiga, sempre ia ver Seulgi e mandava mensagem. Entretanto, o dia que mais quis estar perto dela não pude pela minha agenda. Seulgi tinha acordado livre dos sedativos, mas ainda na UTI. Senhor kang havia dito que ela não conseguia falar, só fazia sinais e movimentos simples.

Em meio a esses casos, uma grande sorte minha foi ter a companhia do manager, que me apoiava e se desdobrava para me fazer ir vê-la quando possível. Eu abusava egoistamente da sua boa vontade, mas não podia perder um segundo se quer longe de Seulgi, principalmente naquele estado crítico. Eu queria o mais rápido possível vê-la, estava acordada, um indício que voltaria para mim. Sem pestanear me dirigi ao hospital. Naquele dia havia uma entrevista especial do Bangtan com uma produção da China. Eu não podia sair do dormitório por nada, mas eu saí, que se dane as consequências depois, Seulgi havia acordado e eu precisava estar com ela.

Chegando ao hospital o senhor Kang me recebeu alegremente. Seulgi agora estava falando, poucas palavras, mas falando. Irene também estava presente, ainda com a proteção em seu pescoço e lá estava ela, com a cabeça enfaixada, seus olhos abertos e sem aquele tubo grosseiro de respiração na boca. Eu a olhei, sentindo um alivio imediato por estar com seus olhos abertos e o peito estufando pela respiração. Aproximei-me lentamente de sua cama, Seulgi ainda com o olhar vago, sem perceber minha presença. Realmente aquela não era minha Seulgi, com olhar confuso e inseguro.

- Noona? – me aproximei de sua cama – Consegue me ouvir? - Seulgi virou seus olhos a mim. Olhos confusos, indecisos, distraídos.

- Filha, olha quem veio lhe ver... Na verdade, ele esteve sempre presente, mas sua agenda não o deixou aparecer quando você despertou.

- Senti tanto medo Seulgi-sshi... – peguei em uma de suas mãos – Mas não se preocupe que agora tudo vai melhor, querida! – Seulgi levemente retirava sua mão da minha. Seu olhar ainda assustado e confuso me fitava. Eu a encarava tentando passar calma, que eu estava ali e ia protegê-la com minha vida se fosse preciso, mas Seulgi não respondia se quer mudava sua expressão de medo. Ela olhava para seu pai, como se quisesse entender aquela situação.

- O que foi filha... É o Jimin – ela se voltou a me olhar – Não se lembra dele? – Seulgi balança sua cabeça, com um sinal de reprovação, se encolhendo no canto da cama, assustada. “Como assim, Seulgi não se lembra? Como assim?”, penso.

- Deve ser os sedativos, Jimin... Ela ainda está muito confusa.

- Noona... Não se lembra de mim? – tento me aproximar de sua mão novamente, mas ela esquiva, como de repulsa e medo. Depois de tanto tempo desacordada, o primeiro olhar que recebi de Seulgi foi pavor e repulsa. Os remédios estavam mesmo a deixando desorientada, me fazendo fica mais triste por saber que aquele acidente parou com a vida de Seulgi por um tempo.

Irene adentrou a sala também e foi rejeitava assim como eu. Apenas seus pais conseguiam se aproximar dela, o restante, quem quer que fosse, Seulgi os rejeitava, não se lembrando ou simplesmente não os aceitando, por medo. Buscamos informações com os médicos e estes falaram a mesma coisa que imaginei: os remédios poderiam estar mexendo com a mente dela, mas que tudo voltaria ao normal à medida que fosse se recuperando.

 

---

 

- Você não pode fazer isso comigo, está brincando, só pode!

- Estou brincando? – Manager aumenta seu tom de voz – Acha que isso é uma brincadeira?

- Você mais que nunca sabe o estado de saúde de Seulgi, o quanto estou sofrendo com isso e agora me impede de vê-la?

- Park Jimin, você não está sabendo dividir as funções. Está deixando seus compromissos por essa garota e fizemos um grupo de sete integrantes não apenas seis. A menos que queria deixar com seis integrantes...

- O que está dizendo, hyung? – olho confuso, cogitando a possibilidade que ele acabara de falar.

- Jimin, essa será sua ultima chance. Já fui avisado, na próxima vez que sair sem permissão, não terá retorno, iremos tirar você do Bangtan.

- COMO?

- Está avisado. Não saíra desse dormitório até segunda ordem e isso aqui – ele pega meu celular na cabeceira da minha cama – Será meu.

- Hyung, está brincando com coisa séria, é a vida de uma das pessoas que mais amo! Eu consegui amar alguém, eu vivi isso... Hyung não me faça não vê-la logo num momento crítico... Hyung! – choramingava, ajoelhado já, implorando para aquele castigo não acontecer.

- É sua carreira, seu futuro, sua profissão. As chances foram dadas, agora a escolha é sua. Já está avisado Park Jimin, um único erro, estará fora. São ordens do CEO. Você tem livre arbítrio para fazer o que quiser e dessa vez, não te ajudarei. Está levando seus membros ao fundo do posso com você.

- Vocês não fariam isso, as ARMYS vão odiar a empresa por fazer isso, eu tenho muitos fãs a meu favor.

- Que convencido... Acha que é o único rostinho bonito? Acha que é o único que pode dançar e cantar? Acha que não tem trilhões melhores que você, sendo preparados, doido para debutar? Jimin, eu não estou brincando, eu estou seguindo ordens. Já lhe ajudei no que pude. – ele sai do meu quarto no dormitório, me deixando no chão, ainda ajoelhado buscando uma forma de reverter a situação. Falha!

Jungkook logo em seguida adentrou ao quarto. Sua expressão era de consolo, o que não queria naquela hora. Não o manager, mas a empresa foi cruel. Eu havia errado, varias vezes fugia dos compromissos para ver Seulgi, mas pensaram que seria para ver Seulgi? Pensaram como estava seu estado? Eu naquela hora sabia que nada poderia fazer, era minha carreira ou ver meu amor. Meu celular. Nem meu celular eu tinha mais. Estava trancafiado no dormitório como um animal enjaulado. Eu sabia que ia ficar louco com aquela situação, eu sabia que iria enlouquecer a qualquer tempo.

Os dias iam se passando e por mais que implorasse ao manager para ver ou saber notícias de Seulgi, nada procedia. Eles estavam me ferindo aos poucos e eu não podia ser rebelde. Rap Monster havia conversado comigo, uma conversa de amigo. Também foi dito a ele e aos membros que o aviso de sair do grupo era sério. Estava na corda bamba, sem noticias da Seulgi e sem saber o que fazer para vê-la. Taehyung vendo meu desespero entrou em contato com Irene, mas ela ainda tinha a ideia formada de afastar Taehyung da sua vida, logo não chegava nem a visualizar suas mensagens. Minha esperança era Jungkook, que mandou mensagem do numero dele a Irene, mas nada procedeu, ela não respondeu e duas semanas se passaram sem notícia alguma de Seulgi. Aquele havia sido o pior castigo da minha vida.

- Jimin-sshi! – Taehyung entra agitado no meu quarto.

- Sai!

- Irene me ligou – me viro imediatamente a ele – Está na linha! – num salto, pego o telefone de sua mão, empurrando-o.

- Noona? Finalmente percebeu que sumi? Só hoje que liga?

- Você é fácil desse jeito? Seulgi adoeceu e você a largou? – seu tom de voz era de inconformidade.

- Está louca? Estou sendo castigado, não posso sair sem permissão a canto nenhum, pegaram meu celular, você não responde Jungkook nem Taehyung. Você não me ajuda! – sinto Irene suspirar do outro lado da linha - Como ela está? Senhor Kang... Eu não pude avisar a ninguém, mas estou preocupado... Noona me dê notícias.

- Jimin-ah, presta atenção que o caso é sério! – “Lá vem...”, pensei logo no pior. – Seulgi está bem, ótima na verdade.

- Nossa... – me jogo de joelhos ao chão. Duas semanas sem saber notícias da sua amada, sabendo que está num estado crítico de saúde... É perturbador.

- Ela já está  mais livre dos sedativos, já conversa com todos e os médicos só estimam melhoras, porém... Ela está muito lerda Jimin... – “Como assim lerda?”, penso. – Ela não se lembra de nada praticamente, ela não sabe que ela é do Red Velvet, não sabe quem sou eu, não conhece as membros. Ela diz que não sabe dançar, que seu sonho é ser desenhista ou cartunista. Quando tentamos mostrar como era no Red Velvet, ela grita, chora ou parece sentir dor na cabeça... Jimin, você precisa ir vê-la. Ela não se lembra de muita coisa mas...

- Ela não se lembra de mim?

- Jimin, ela não sabe nem que ela é Seulgi do Red Velvet... Estou lhe dizendo.

- Noona, não brinque... – eu não tinha mais reação. A raiva e medo se misturavam. Raiva pelo castigo de não estar perto de Seulgi e medo por ela realmente não se lembrar. Se ela não se lembrar, ela deixou de viver nosso passado? Isso teria sido apagado? Eu teria sido apagado?

- Jimin, estou te ligando avisando com antecedência. Venha preparado... Os médicos estimam uma amnésia retrógrada, mas estão fazendo exames. – fez-se silencio na ligação – Jimin... Venha quando puder, tchau.

Irene ligou para tirar meu chão.

Big Hit havia tirado meu chão.

Taehyung ainda parado, me olhando assustado, querendo notícias. Eu só entreguei seu celular, me retirando do quarto, pegando a primeira jaqueta que via pela frente, me dirigindo a porta. Rap Monster que se encontrava na sala, sabia o que iria fazer. Tentou me impedir, me alertar novamente, mas eu estava estafado. Brigamos, o desrespeitei como mais velho e fui, sim, saí, sem permissão. O manager se encontrava na portaria, ao celular como sempre. Ao me avistar, inclinou sua cabeça me desafiando.

- Foda-se! – eu disse, eu fui, eu saí sem permissão, eu ia ver Seulgi, eu estava fora do Bangtan.

Corri como nunca, ouvindo os gritos do manager atrás de mim. O primeiro taxi que apareceu fora esse que entrei. “Por favor, o mais rápido possível” era a frase que não casava em dizer. Eu precisava constatar que aquilo tudo era verdade.

- Como assim o horário de visitas terminou? Hoje é dia útil e são apenas três horas da tarde senhora, não me ferra não! – a senhora recepcionista do hospital vira um embolado grosso de papel em minha cabeça. – E também não precisa agredir.

- Boca suja! Eu lhe conheço! Acha que por ser um idol pode fazer o que quer? Aqui não é bagunça não moleque mal criado boca suja! – puxei toda minha paciência e a contestei:

- Minha senhora, vejo que é casada – aponto para o anel em sua mão esquerda – estou sem noticias da minha namorada a duas semanas! Sabe o que são duas semanas? Sabe o que é estar sem noticias da pessoa que ama, ainda por cima em estado crítico? A senhora consegue me entender? – sua expressão era tão debochada quanto um comediante.

- Idol, não é permitido visitar nesse horário... Não me ferra não! – a senhora repetiu minhas palavras da mesma maneira que as pronunciei. Aquela mulher queria me provocar como nunca. Assim que saí da recepção, uma jovem moça parou na minha frente. Entregou uma fita adesiva de visitante, já com meu nome, com um de seus dedos indicadores tapando a boca, em sinal de silencio. Mesmo sem entender, eu a abracei e ela corou.Era uma grande fã do Bangtan, e que ia deixar passar aquele momento. Ela estava ciente de Seulgi, me indicou seu quarto e prometeu guardar segredo.

- Se aquela Unnie te perturbar novamente, me procure!

- Você é maravilhosa! Por isso cada vez mais amo as ARMYS! – dou outro abraço, fazendo-a corar novamente, e corri ao elevador. Não podia mais perder tempo para ver Seulgi. Eu estava curioso com o que Irene havia dito, torcendo para que ela não tenha espirado nosso passado. Será realmente que havia se esquecido de mim? Da gente? 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.. Obrigada por lerem!!


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