História My Lucky Boy - Necessito de Kim Jongdae

Dias depois da chegada de Jongdae ao internato.

Depois que Jongdae chegou, as coisas ficaram mais tranquilas na minha cabeça. Fez uma boa viagem à casa da sua mãe, porém contou a mim e a Kyungsoo, que infelizmente, ela não estava tão bem e por isso, acabou ficando mais uma semana após o término das férias para que, se assegurasse da saúde dela antes de voltar ao internato. Chen é um garoto muito bom e todos concordam com essa ideia. A pior coisa era vê-lo triste, sentindo a agonia de saber que sua mãe está doente e distante da sua presença e agora, isso é real e deve ter o atormentado ainda mais agora que voltou para estudar. Para descrevê-lo é muito fácil: lindo e carismático. Além de ter uma estatura quase semelhante a minha, moreno e os braços – que aliás, já devo ter citado – que são perfeitos para abraçar e apertar; devo lembrar-me de suas coxas e nádegas, perfeitas e.... grandes. Adoro vê-lo usando suas calças de couro bem justas e desculpa, isso foi um comentário do meu coração e dos meus olhos que são extremamente observadores.

Enquanto nós conversávamos, eu não pude deixar de reparar nas suas expressões que alternavam entre o desanimado e o feliz. Seus olhos caídos demonstravam a preocupação que tinha com a mãe e isso me deixou frustrado, pois não sabia como ajudá-lo naquele momento. Eu era um de seus melhores amigos, mas não sabia como apoiá-lo em nada e isso mexia comigo. Ele só queria ajudar a família custe o que custar, nada além disso ou menos. Jongdae era um exemplo a seguir entre nós, não era um dissimulado como o Kyungsoo, ou um pervertido como eu. Porém, ainda andava conosco e não tinha nenhum tipo de preconceito com o que somos, nesse caso, gays. No nosso internato, não existe garoto que não se submeta a outro, tudo porque a convivência entre nós, nos incentiva em criar relações homossexuais. Felizmente, não existem aqueles tipos de garotos denominados “reis da homofobia” por aqui, ainda existem casos de gays que não se assumem por medo e aceitação, contudo alguns amigos meus como o Baekhyun estão sempre tentando incentivá-los, com festas que ocorrem nos finais de semana na casa dele e por incrível que pareça, dá muito certo. Mas uma coisa me intriga e essa coisa é, que até hoje não tenho ideia do que o meu Jongdae é. Ele nunca nos contou sobre suas relações – isto é, se existiu alguma – e um dos meus maiores medos, com certeza, era se ele já estivesse namorando com alguma menina qualquer fora do internato. Isso acabaria com toda a minha esperança de tê-lo para mim algum dia.

Deixando esses pensamentos de lado, eu e o Soo prometemos ajudá-lo com qualquer probleminha que surgisse, mesmo fora do nosso alcance nós daríamos todo o suporte que Jongdae precisasse. Aproveitando a deixa, pedimos desculpas pelo ocorrido algumas noites atrás.

— Não queríamos te assustar, foi apenas uma brincadeira nossa. Fazemos isso toda noite. — Me prontifiquei sentindo total vergonha por falar aquilo, estava tão sem jeito, que qualquer um poderia perceber. Kyungsoo lançou um olhar de “você realmente não sabe mentir” e jogou uma risada no meio da conversa, tentando deixar um ar mais descontraído entre nós.

— Ah sim, toda noite corremos lá fora xingando um ao outro, depois vemos quem consegue fazer um mergulho incrível pulando do trampolim. — Dessa vez, ele estava tentando defender a sua dignidade e percebeu, que o momento não era bom para brincadeiras. Até porque, eu havia o enchido de chutes depois daquela confusão. Jongdae pareceu entender e riu em seguida junto com o Soo. Estava me sentindo fora da brincadeira e comecei a dar algumas risadinhas que logo cessaram. Peguei um copo com água pela metade em cima de mesinha que estava no meio, ofereci aos outros dois que recusaram e de imediato, levei o líquido até minha boca. O nervosismo de estar perto do Chen me causava tudo e a garganta seca era o principal, estava sempre travando quando ia conversar com ele, até mesmo quando lhe desejava bom dia, boa tarde e principalmente boa noite. Vi que o moreno olhou para o relógio em seu pulso e fez uma cara de surpresa. Já havia passado das onze da noite e o movimento de alunos estava enfraquecendo pelo salão, estavam todos indo aos seus dormitórios para começar um novo dia em breve e essa seria a nossa ideia em seguida.

—Sabem que adoro conversar com vocês, mas creio que irei descansar para amanhã. Vocês são um bom motivo para eu dar risada, claro que em um bom sentido. — Minhas bochechas esquentaram quando ouvi a pequena declaração de Jongdae sobre Kyungsoo e eu. O próprio se levantou e veio em nossa direção para desejar boa noite.

— Boa noite, Chennie. Amanhã tenho muita coisa para te contar! — Retrucou o baixinho provocando-o, aquilo me deu uma pontada de ciúmes, mas consegui me conter. A única coisa que não percebi foi a mão do Chen me puxando pelo braço e me dando um abraço aconchegante. Milhares de coisas passaram em minha cabeça, inclusive a ideia de dar-lhe um beijo, mas eu não queria se evasivo em um momento como esse e apenas deixei as coisas acontecerem como deviam acontecer.

— Boa noite, Junma. Agradeço por fazer os meus dias melhores e eu acredito, que se não fosse por você e seu amigo, eu já teria desistido de ficar aqui. — Disse ele ao pé do meu ouvido num sussurro doce e calmo, assim como o mesmo também era. Senti meu corpo estremecer com a sua voz e meu rosto esquentou, assim que Jongdae me beijou na bochecha. Fiquei totalmente sem palavras, mas dei-lhe um sorrisinho sem graça para compensá-lo.

Ele se virou e seguiu em direção à grande escadaria que ligava ao segundo andar onde estavam os nossos dormitórios, mas outra ideia me frustrou. Em cada dormitório são dois garotos e eu sabia que o menino que dormia no mesmo quarto com Jongdae, era o Luhan. Não o conhecia direito em personalidade, apenas havia conversado com ele em alguns momentos da minha estadia no internado, porém nada demais. Minha cara de preocupação às vezes era muito nítida e eu não gosto de mostrar as minhas fraquezas para as pessoas, principalmente para o Kyungsoo. A qualquer momento, eu sabia que ele iria implicar com tudo o que eu fizesse e com tudo o que eu já fiz. Foi exatamente quando ele virou para mim e soltou uma gargalhada broxante. Não pensei duas vezes e lhe dei um tapa forte no braço, que ecoou pelo salão vazio.

— Você é perito em me deixar puto com as coisas, Soo. — Resmunguei entre dentes e cerrei o meu punho para tentar socar o menor, mas eu estava feliz demais com aquele ato do Jongdae, eu tinha certeza que dormiria nas nuvens esta noite. — Vamos dormir logo, sei que precisa repor as suas energias para me perturbar amanhã. — Sorri de canto e Kyungsoo entendeu o recado. Seguimos caminho até o nosso dormitório e por fim nos trancamos para dormimos em paz. Ouvi o Soo murmurar um “boa noite” para mim e o correspondi igualmente. Me acomodei na cama e não demorei a pegar no sono e enfim, poder sonhar com Jongdae... o meu Jongdae.

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No meu sonho, lá estávamos nós nos beijando com suavidade e logo em seguida, sentia suas mãos traçando caminho até os meus cabelos e agarrando-me para um beijo feroz e quente. Eu conseguia sentir a sua respiração em contato com a minha pele já umedecida de suor. Minhas mãos agarraram sua cintura e grudei-me ao seu corpo sem parar de beijá-lo.

— Eu sempre fui louco por você, Chen. Eu não nego isso a ninguém... preciso do seu corpo por inteiro. — Sussurrei ofegante e o moreno correspondeu ao meu desejo, me puxando para um canto qualquer e me guiando a tirar sua camiseta, mostrando o seu físico esplêndido, perfeito como Deus lhe deu. Repentinamente senti um fio de baba escorrer pelo canto da minha boca. Comecei a acreditar que ele era o próprio Deus.

— Que tal? Não foi assim que pediu, meu docinho? — Falou e logo em seguida mordeu o próprio lábio inferior para me provocar. Pensei que iria desmaiar no instante em que o próprio puxou minha mão até o seu abdômen abençoado e deslizou até a fivela do seu cinto, me ajudando a retirá-la sem pressa alguma. Que homem. Eu necessitava dele, queria senti-lo em mim, queria mais beijos, mais apertos. Ele estava a me proporcionar aquilo. Como um leão precisando se alimentar de carne, abaixei suas calças e apalpei o seu membro já rígido, chamando por mim e pela minha boca que adoraria deliciá-lo. Olhei para cima e Chen assentiu com a cabeça, implorando para que eu o chupasse e foi o que eu fiz em seguida.

— A-AH! Docinho, i-isso é.... ótimo. — Gemeu no momento em que o abocanhei sem cerimônias, minha língua passeava a ponto de dar nó. Senti Jongdae acariciando minha nuca me influenciando a ir mais rápido, mas eu fiquei a testá-lo beijando a sua glande enquanto massageava os seus testículos. Seus gemidos demonstravam o seu prazer e a sua impaciência nessa brincadeira, até puxar meus fios e empurrar-me sem dó e nem piedade para chupá-lo intensamente. Ele começou a se mover também, dando estocadas no fundo de minha garganta. Meus olhos lacrimejavam de tanto que os fechava, sendo tanto incomodado, quanto agraciado pela situação em que Chen me colocava. Minha boca e peitoral já estavam com resquícios do pre-gozo do moreno, que estava melado de suor. Meus gemidos eram cada vez mais altos com cada investida que o outro dava em minha goela, o mesmo também urrava com toda a força que podia até parar e se agachar para ficar cara a cara comigo.

— Isso ainda não é nem um terço do que eu sei fazer, docinho. — Chen nem havia me dado tempo para respirar e já avançou para cima de mim, beijando-me com toda a vontade e lá estava eu, jogado na parede trocando saliva com o garoto que se tornara a paixão da minha vida; “ Eu quero te chupar todinho, Jongdae. Quero te ter todas as noites. ”...

— SUHO! VOCÊ ESTÁ TRANSANDO COM UM TRAVESSEIRO!?

— O QUE!? — Dei um pulo gigante quase caindo da cama e a primeira coisa que vejo no dia é Kyungsoo – começamos bem.... Eu acho.

— Olha, já basta eu te ouvir gemendo loucuras quase todas as noites e agora, eu acordo, te vejo nu e trepando com um travesseiro? Isso já é necessidade de Kim Jongdae, querido! A coisa é extrema. — Olhei para mim e o Soo não estava mentindo. Minhas roupas estavas praticamente do outro lado da cama, o travesseiro totalmente babado e com marcas recentes de mordidas. Kyungsoo estava nem aí se me visse pelado ou não, uma das coisas comuns entre todos os garotos no internato, era que não tínhamos esse problema de ver o pênis dos outros, era normal e todos ali nasceram com um, então, por que não mostrar? Era uma beleza em termos. Eu não tinha o que resmungar com o baixinho na minha frente, ele estava correto ao dizer, que Jongdae se tornara uma necessidade para mim. Ele é como a água da minha garrafa de dois litros que eu preciso tomar todos os dias, sem falta. Chen era a minha medida para tudo e eu precisava desta medida para ter a minha vida em equilíbrio, até porque eu o amo, mas ele não sabe. E é exatamente este mistério que me perturba: saber se ele gosta de mim, se ele gosta de garotos, mas o seu afeto por mim como o meu melhor amigo era claro e óbvio, nós tínhamos essa coisa de “uma vez amigos, sempre amigos” e isso não é exagero.

— Eu não acredito que eu irei dizer isso. É quase contra a minha vontade, mas...

— Mas o quê? — Complementou Kyungsoo.

— Eu vou precisar da sua ajuda. Eu preciso de Kim Jongdae... agora.