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História My Little Cat Girl - Jimin (parada) - Surpresa


Escrita por: CarpeDiem_00

Notas do Autor


Olá pessoas. Cá estou eu, trazendo minha primeira estória (que espero que dê certo) para vocês. Espero que gostem :)

Capítulo 1 - Surpresa


Fanfic / Fanfiction My Little Cat Girl - Jimin (parada) - Surpresa

Park Jimin tinha uma vida normal. Uma rotina chata e repetitiva, como todo mundo.

Acordava cedo para trabalhar e chegava à tardinha, quando o Sol já está se pondo. Mal jantava, e dormia. E, infelizmente, como se já não bastasse, mais um peso foi adicionado ao mesmo.

Jimin voltava de mais uma tarde estressante da empresa na qual trabalhava. Seus cabelos negros voavam com a força do vento, seu crachá balançava de um lado para o outro o deixando ainda mais estressado e seus olhos se concentravam na trilha de folhas caídas embaixo de seus pés.

O que Park mais odiava no mundo era seu emprego. Aquele maldito emprego. Seus superiores lhe humilhavam - não que não o fizessem com os outros também, claro - apesar de seu trabalho ser sempre bem feito. Ele era o melhor funcionário, mas nem por isso ele recebia o reconhecimento que merecia. Park se julgava capaz demais para estar naquele lugar, com potencial demais para se prestar àquele serviço, mas, mesmo assim, não reunia coragem para contrariar seu chefe. A última coisa que Park queria era ser desempregado.

Jimin era o tipo de pessoa que acreditava que o milagre caia do céu, e jurava que seu milagre chegaria o mais rápido possível por seus esforços. Acreditava que poderia sair daquela rotina e passar para outra melhor se apenas persistisse mais um pouquinho. 

O céu aos poucos era tingido em tons alaranjados e amarelos, o vento gelado soprando contra seus cabelos a cada passo rápido de sua corrisa. Ele ainda andava pelas ruas de seu bairro, resmungando coisas como “Espero que seu traseiro queime no inferno”. 

Não podia ser mais óbvio, tinha uma raiva indescritível de seu chefe. Sua raiva era tanta que toda latinha amassada que via no chão lembrava do rosto enrugado de seu chefe, e ele as chutava com toda força e não se contentava até as latinhas sumirem de vista.

Chutar as latinhas estava sendo, de certa forma, um modo dele se acalmar e refletir que poderia acabar acertando alguém inocente com seu estresse.

Já não bastava toda sua dor de cabeça, e se acertasse alguém, teria certeza que não poderia descansar tão cedo.


[...]

Não demorou muito para que já estivesse perto de sua casa. Ainda andava no frio, e, de vez em quando parava para dar uma rápida esquentada nas mãos, as esfregando uma na outra. Finalmente Jimin avistava sua casa. Era como se ele estivesse vendo o verdadeiro paraíso.

Acelerou os passos para chegar o mais rápido possível, tudo o que ele queria era descansar e tomar um banho quente para relaxar seus músculos tensos.

Park abriu um pequeno sorriso ao estar finalmente na porta de sua casa, mas seu sorriso nem durou muito e logo foi substituído por uma expressão confusa. Jimin tombou sua cabeça pensativo.

Uma caixa. Uma caixa de papelão estava em frente a sua porta, tampando sua passagem. Park vasculhou a caixa. Não havia nada, era apenas uma simples caixa, maltratada, surrada e um pouco molhada. 

Jimin suspirou. Não parecia tão surpreso assim. Poderia ser uma caixa qualquer que algum vizinho deixou em sua porta ou que até mesmo o vento trouxe. Com isso em mente o moreno suspirou e tocou a caixa com o objetivo de mover o objeto para o lado, mas o mesmo não se moveu como ele queria. Voltou o olhar à porta, arregaçou as mangas de sua camisa social e com facilidade moveu a caixa para a direita, sentindo algo dentro bater contra o papelão. Aquela não era uma caixa pesada, ao contrário, era até leve. Deu uma leve batidinha nas mãos para limpar a sujeira e tocou a maçaneta pronto para finalmente entrar em sua casa, mas algo havia lhe chamado atenção.

 A caixa havia se mexido.

 Um leve balançar. De primeira Jimin não se assustou, achava que era coisa de sua cabeça. Talvez o excesso de cansaço e estresse o estivesse deixando louco.

Isso, até a caixa se mover novamente.

Agora Jimin estava realmente assustado. Desistiu de entrar e olhou ao redor da caixa.

“Para Park Jimin”

Isso é para mim mesmo?

Pegou a caixa e a rodou um pouco, com muito esforço. Aquilo era a única coisa escrita na caixa, com uma letra particularmente bem feia e trêmula, nem remetente havia. 

Jimin era um homem medroso, mas naquele momento a curiosidade era maior que seu medo. Ele queria tanto abrir aquela bendita caixa que sua mão formigava.

Bom, se é para mim, eu vou abrir.

Jimin olhou ao redor para ver se vinha alguém, talvez a pessoa que havia deixado aquela caixa. Ele sabia que poderia ser difícil de acontecer, mas resolveu tentar mesmo assim. Olhou para a caixa, calculou se passaria pela porta e deduziu que sim.

Arregaçou as mangas novamente e empurrou aquela caixa  apenas com uma mão, e com a outra abriu a porta conseguindo a enfiar em sua sala de estar. Fechou a porta agora sentindo o ambiente quente e acolhedor de sua casa. O cheiro gostoso de seu próprio perfume vagava pelo ambiente. 

Por alguns segundos, fitou a encomenda de papelão e enfiou a mão no bolso buscando por algo afiado, mas sem êxito. 

Jimin olhou para cima da caixa, vendo que a mesma já estava aberta, e por isso não era mais necessário cortar nada. Andou até a caixa, abrindo aba por aba, com medo de que algo pulasse em sua cabeça. De princípio, ele queria se proteger, nem que fosse com uma panela, mas achou que - talvez - algo não tão ruim assim sairia.

Mas isso não o impediu de dar uma passada rapidinha na cozinha para pegar uma frigideira. Só para casos de urgência, nunca se sabe né. 

Quando se aproximou outra vez, com a caixa totalmente aberta, a curiosidade já o corroía por inteiro. Porém, seu medo também estava presente.

Jimin estava prestes a olhar o que estava dentro da caixa, quando foi impedido pelo toque de seu celular, que estava em seu bolso. Pegou o celular um pouco zangado, por ter o atrapalhado, e mais ainda pela pessoa que o chamava.

— Fala.

— Oi Chimchim, como você está? — uma risada é ouvida enquanto este falava.

— Bêbado de novo, Yoongi?

— Calma aí, deixa eu pensar… eu tô sim — novamente uma risada soprada é ouvida do outro lado da linha.

— O que você quer?

— Cara, vem me buscar por favor.

— Ah cara, se vira. Da última vez  você vomitou no meu carro.

— Pode relaxar… eu já vomitei.

— Ah Meu Deus, aonde você tá? — Jimin suspirou, puxando levemente os cabelos para trás com os dedos. Ele já estava cansado do seu dia, e agora precisava pegar seu amigo bêbado.

— Estou em frente a uma loja de conveniência.

— Yoongi! Tem centenas de lojas de conveniências espelhadas por Seul!

— Ah Chimchim! Relaxa aí, não grita não. É aquela que… a gente foi da ultima vez, sabe? Aquela lá... É… É essa mesmo!

— Tá, ok, eu tô indo aí. — Jimin desliga o celular e o coloca novamente em seu bolso.

Park mesmo zangado pegou as chaves de seu carro, trancou a porta de sua casa e foi até o automóvel estacionado na rua.

Jimin tinha um carro, mas não gostava de sair para trabalhar no veículo. Ele se preocupava muito com sua aparência e preferia ir trabalhar à pé, pois, acreditava que seu corpo ficava mais atraente depois de uma boa caminhada.

Podiam até o chamar de tolo no trabalho por isso, mas seus músculos bem definidos compensavam.


•••

O céu escuro já contornava o brilho de algumas poucas estrelas que aos poucos surgiam com a noite. Jimin estacionou o carro e desceu jogando os cabelos para trás, logo batendo a porta com raiva por não ver seu amigo na loja. O moreno estava prestes a voltar para dentro do carro para procurar Yoongi por, no mínimo, todas as lojas de conveniência em que eles já foram juntos, mas, por sorte, ele vê o outro debrusçado no banco da praça à sua frente.

A vontade de Jimin era deixar seu amigo lá jogado, largado no banco de madeira pelo resto da noite, mas ele não teria coragem de fazer tal crueldade. Yoongi tinha um jeito encantador de dormir - colocar as mãos entre as pernas e se encolher - e seu rosto era sereno e angelical, deixá-lo naquele frio e ainda por cima bêbado lhe deixaria com a consciência mais que pesada.

Sem opção, ele apenas bufou e atravessou a rua indo de encontro com Yoongi, que mais parecia um mendigo bonito. O balançou devagar chamando-o pelo nome e nem sinal de vida. Aumentou a velocidade, o chamando com mais intensidade, mas a unica coisa que aconteceu foi um resmungo baixinho seguido por um bico nos lábios alheios. Jimin não sabia o que fazer. Poderia carregá-lo até seu carro, mas isso exigiria muito de seu físico, e, bom... ele estava fisicamente cansado. Depois de tomar alguns segundos para pensar, Jimin não viu outra alternativa.

Pegou um dos braços de Yoongi e o envolveu em seu pescoço. Segurou em seu quadril para que o mesmo não caísse. Yoongi cheirava a álcool e aquilo incomodava suas narinas. 

— Você me deve uma. — Jimin falou enquanto o carregava até seu carro.

Colocou o amigo deitado sobre o banco de trás e adentrou no carro para irem finalmente embora.

•••


Laly?! — Com a voz devidamente alta, o de cabelos escuros chamava por Laly na porta da casa de Yoongi.

Laly era a híbrida de Yoongi, o único ser que podia cuidar dele. Ou pelo menos o que fazia isso melhor. 

— Jimin! — A pequena correu até o mais velho e o abraçou.

— Onde está Suga? — Saiu do abraço e o olhou confusa.

— Está no carro, ele bebeu demais e capotou.

Ela ri do que Jimin fala e logo vai até a janela do carro olhar Yoongi. 

— Ele é tão bonito enquanto dorme. — Com as mãozinhas postas sobre o vidro, um doce brilho nos olhos e um pequeno sorriso esboçado nos lábios, Laly aponta sorrindo para Yoongi enquanto o mesmo ainda dormia - quase babando - no banco de trás, todo encolhido.

Não dava para se segurar, Jimin sorriu com a cena. 

Yoongi e Laly namoram e Jimin apoia totalmente o amigo. Muitas pessoas hoje em dia veem os híbridos apenas como animais, apesar de também serem humanos, sabe?Yoongi sabia dos riscos que corria em namorar uma híbrida, mas não conseguiu evitar de se apaixonar pela gatinha. Ele sofria muito com seu relacionamento e acabava afundando a cara na bebida, sabia que não poderia ter um relacionamento normal. Receberia olhares tortos de gente que ele nem sequer conhecia, e sem falar da reprovação de sua família. Mesmo com todo esses problemas, Yoongi nunca disse que desistiria de Laly e sempre disse que a amava mais que tudo. 

Yoongi salvou Laly quando a mesma estava presa em um galpão e sofrendo abusos por alguns homens. Às vezes, Laly passava fome e sede. Suas roupas eram sujas e rasgadas. Suga cuidou da mesma, lhe dando o que comer, beber e vestir. Por isso Laly cuida tão bem de Yoongi.

— Você pode colocá-lo em seu quarto? — juntou seus lábios em um biquinho e juntou suas pequeninas mãos. 

— Laly. Você sabe que não precisa fazer isso.

A garota sempre tivera esse costume de juntar as mãos, implorando, quando fosse pedir um favor. Ela adquiriu esse hábito quando os homem obrigavam-a implorar por comida. Laly sofreu muito antes de ser acolhida por Yoongi. Ela até mesmo o chamava de Suga, por ele ser tão doce com a mesma.

Não dava para não sorrir ou se sentir esperançoso ao pensae naquilo. Era automático. 

Num suspiro baixo, Park pega novamente Yoongi vulgo Suga, na mesma posição de antes e com dificuldade o leva até seu quarto, o deitando com cuidado na cama. Nornalmente Jimin jogaria Yoongi com brutalidade, mas Laly estava vendo, e isso a deixaria triste, então o colocou com delicadeza.

— Ele agora é todo seu, Laly.

Jimin acaricia a cabeça de Laly recebendo um sorriso gentil da mesma, logo indo embora e fechando a porta com cuidado para não fazer muito barulho.

Park Jimin gostava do jeito carinhoso que Laly olhava para seu melhor amigo, e as vezes até tinha inveja. Já passou por sua cabeça cuidar de uma híbrida, mas daria muito trabalho. 

Park seguiu seu caminho com um pequeno sorriso no rosto. A carinha de Laly tinha sido a única coisa boa que tinha acontecido em seu dia exaustivo. E lá estava ele, finalmente de volta à sua casa. Jogou as chaves em cima da mesinha de centro e deitou no sofá em seguida. Ele estava tão cansado que não se importaria em dormir ali mesmo, até parecia bem confortável.

Tenho que ir dormir em minha cama se não eu acordo todo dolorido.

Com os olhos quase fechados, se levantou lentamente, subindo as escadas na mesma velocidade. Jimin subia degrau por degrau de uma forma lenta, vendo a caixa na qual queria tanto ver, jogada ao chão e sumido aos poucos de sua vista.

Depois eu cuido disso.

Ignorou a caixa e subiu as escadas por completo até parar em frente ao banheiro, indeciso se tomava um banho ou não.

A noite estava tão fria que Jimin não sabia se realmente valia a pena tomar banho já que não havia suado tanto assim. Mas o cheiro de álcool, e uma mistura de vômito estava presente em sua camisa. Jimin agradeceu sarcasticamente por seu querido amiguinho e foi até seu quarto buscar uma toalha em seu armário, a encontrando rapidamente. 

Quando se retirava do quarto notou um volume maior em sua cama. Volume esse que não estava ali antes. Deduziu que era um amontoado de roupas e arrumaria depois de seu banho. Talvez uma pilha de roupas esquecidas por ele enquanto se trocava para mais um dia de tortura no trabalho.

Findou seu banho, saindo do banheiro com uma toalha envolta de seu quadril e foi até seu armário, pegando dali uma calça moletom e a vestindo.

Se tinha uma coisa que Jimim odiava muito, mas ofiava bastante, era usar cueca enquanto dormia. Ele gostava de deixar seus países baixos livres do tecidos que o apertavam.

Voltou novamente ao banheiro, onde escovou os dentes lentamente devido ao cansaço. Apagou a luz de seu quarto pronto para deitar em sua cama e finalmente descansar do dia exausto que teve, porém lembrou do amontoado de roupas em sua cama e bufou revirando os olhos.

Esticou os dedos curtos e ao levantar o cobertor uma cabeça apareceu.

Sim, uma cabeça. Uma cabeça, bem ali, na sua cama. 

Jimin andou para trás surpreso, os olhos arregalados ao máximo que podia e os lábios grossos formando um belo de um "O". O moreno escorregou em algo e bateu com as costas no armário.

— Senhor Park?

Uma voz mansa, que mais soava como uma doce melodia, foi escutada por Park, que sacudiu a cabeça e engoliu seco. Não acreditava no que via.

A menina pequena de pele pálida e de lábios incrivelmente rosados, trajando apenas um vestido branco curto que vinham até seu joelhos, estava parada bem ali, sentada sobre os joelhos no colchão. 

— Senhor Park? — Jimin pergunta incrédulo.

Jimin estava tão surpreso que a dor de suas costas era ignorada, como se não fosse nada.

— Q-Quem é você?

A menina se pôs de pé, assustando mais ainda o pobre Jimin, que não conseguia processar o que estava acontecendo. A única coisa que sabia era que tinha uma menina totalmente desconhecida e com uma beleza surreal em sua casa. Ou melhor, em sua cama. 

Jimin arregalou mais os olhos ao ver, na cabeça da garota, duas orelhas pontudas da cor branca - mesma cor de suas madeixas - e um rabo longo balançar de um lado para o outro animadamente.

— Me responda por favor, senhor. És Park Jimin?

Park estava muito assustado para responder àquela pergunta, porém se não a respondesse, também não teria a resposta de sua pergunta.

— Sou. E você, quem é?

A menina arrumou seu vestidinho amarrotado e se reverenciou a seu Senhor com as duas mãos sobre a barriga. 

— Sou apenas tua, senhor. — Ela voltou a sua postura anterior com um sorriso lindo estampado em seu rosto. — Então, o senhor é o meu dono?

Parecia que seus olhos que saltariam de sua face a qualquer segundo, de tão arregalados que se encontravam.

— Seu... Seu dono?! 

A pequena menina acenou com a cabeça positivamente confirmando a pergunta do moreno à sua frente, da forma mais inocente e doce imaginável. 

Naquele momento Park havia esquecido como se respirava. Ele realmente não esperava aquilo. Seus olhos ficaram presos na menina, fixos em todos os seus detalhes. Ela era tão pequena, tão frágil. Mas de qualquer jeito, aquelas palavras o confundiam. Ele queria mais respostas, para poder acreditar.

— Quem te mandou?

A garota arregalou os olhos e abaixou a cabeça pensativa.

— E-Eu...

— Não me diga que você não se lembra. — Foi cortada por Jimin.

— Não é isso senhor.

— Então? — Jimin se levantou quase caindo, mas se apoiou na cômoda atrás do mesmo.

— Eu não posso te contar agora, meu senhor.

— O quê? Isso só pode ser palhaçada.

Jimin se sentou na beirada da cama pensando no que faria com a pequena menina. Ele não sabia o que fazer, era tudo tão repentino que ele não conseguia pensar. Um turbilhão de coisas se passavam em sua cabeça e se misturavam num emaranhado de dúvidas. 

— Então... Er... aquela caixa é sua? — Se referia a caixa que agora se encontrava deitada na sala.

— Sim.

— Então você veio naquela caixa? — Ele dita em um tom sarcástico recebendo um sorriso inocente da menina que balançava seu corpo de trás para frente, como uma criança impaciente.

— Sim senhor.

Jimin puxou ar para seus pulmões, que era o que lhe faltava. Ele estava tão confuso. Não podia ficar com a garotinha ali. Ela era como um animal intruso em sua casa que precisava ser expulso antes de algo acontecesse, mas sempre ao voltar o olhar para o rosto doce e inocente da menina, toda a coragem que precisava para tirá-la dali se esvaia igual fumaça. 

— De onde você veio?

— Por que pergunta? Quer me devolver?

Jimin concordou com a cabeça rapidamente. De qualquer jeito, ele não poderia ficar com ela, e a melhor solução era devolvê-la para o lugar de onde ela veio.

— Me desculpe, mas eu não saio daqui. — A pequena menina pisou com força no chão, como se estivesse se prendendo ali.

Jimin se assustou com o comportamento repentino da garota desconhecida, que até um tempo atrás estava tão calma.

Park se pôs de pé sem paciência com a “palhaçada” da mesma, a encarando nos olhos com raiva.

— Olha menina, eu não estou com paciência para esse tipo de brincadeira. Me diga logo de onde veio que te levarei de volta.

O olhar alheio se entristeceu, cortando o coração de Jimin, que tentava ser forte diante da pequena intrusa, mostrando que não estava para brincadeira.

— Park, o senhor não entende. Eu não tenho como voltar. Eu tenho que ficar aqui com o senhor. — Suas orelhas pontudas e felpudas se abaixaram e seu rabinho longo permaneceu parado entre suas pernas.

Jimin estava se entregando à beleza da menina e seu coração doía por vê-la triste. Park se sentia estranho; havia acabado de conhecer a mocinha e algo floresceu em seu peito.

Talvez compaixão.

Jimin olhou o relógio em seu pulso, que marcava exatamente uma hora e meia da madrugada. Ele estava cansado e não tinha como resolver aquilo. Pelo menos, não naquela hora da noite.

Jimin puxou suas madeixas negras com as mãos, não acreditando no que estava prestes a falar.

— Tudo bem. Não dá para resolver isso agora mesmo... — suspirou enquanto ditava suas palavras. — mas façamos um trato.

As orelhas da pequena menina se levantaram rápido de empolgação, assim como seus olhos brilharam.

— Você dormirá aqui. — A menina ficou na ponta dos pés, como se assim, pudesse ouvi-lo falar melhor. — mas me contará tudo sobre você. De onde veio e porque veio.

Ela voltou a sua posição anterior e pareceu pensativa, mas não hesitou em responder Jimin.

— Sim senhor.

Jimin assentiu e foi até seu armário, tirando de lá um cobertor e um travesseiro. Pediu para que a menina o seguisse e assim ela o fez, indo de encontro ao sofá da sala.

— Você dorme aqui. — deixou a coberta e o travesseiro em cima do sofá, para que a frágil menina arrumasse e se deitasse.

— Eu não quero dormir aqui. — a menina fez um bico manhoso que fez Jimin estremecer de fofura.

— É o único lugar onde pode dormir. Se não quer, que procure outro. — Respondeu, não tentando ser frio, apenas sincero.

A menina balançou a cabeça concordando com que o mesmo disse, e não ousou contrariar novamente.

Jimin subia as escadas, enquanto a gatinha arrumava o sofá, o deixando o mais confortável possível.

— Não mexa em nada meu. Me ouviu? — Park falou no último degraus da escada, adentrando seu quarto em seguida.

A garotinha se deitou com um sorriso doce e pequeno esboçado em seus lábios rosados, pensativa enquanto olhava o teto branco da casa.

— Senhor Park é lindo. — Ela sorriu e se virou no sofá ficando mais confortável ainda. — Ele é mais lindo do que a senhora me dizia.



Notas Finais


Estou um pouco insegura sobre o capitulo. A mão chega a tremer kk
Espero que tenham gostado, e se sim favoritem e comentem, não te custara nada, e me deixara feliz.
(Me desculpe pelos erros)


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