1. Spirit Fanfics >
  2. My Memories >
  3. I do Remember

História My Memories - I do Remember


Escrita por: laurmichellejm

Notas do Autor


OIE, demorei ne? Perdoa, semana de provas!!! Mas aqui estamos.

Obrigada a quem está comentando faz muito bem pra mim. Primeira lembrança da Lauren, preparados? Perguntaram sobre meu anjinho Ally, aparecerá em breve, quais são seus palpites?

Enfim, vamos ao capítulo!! Desculpe qualquer erro e boa leitura! (De verdade igonorem os erros nao deu pra revisar ajdjdj)

Capítulo 4 - I do Remember


 

[Narrador Pdv]

Camila estava encostada na cama de sua casa encarando a televisão sem prestar tanta atenção no que estava passando, ja estava de noite e seu pijama a deixava confortável, mordia uma maçã descontraída enquanto pensava se Lauren havia recebido ou não seu presente. Pensou em toda e qualquer possibilidade para o colar ter se perdido, e estava angustiada por isso, era um colar valioso, não em dinheiro, pelo contrário, o comprou com treze anos de idade, mas valia em sentimento, tudo o que sentia expressado num objeto tão simples e tão carinhoso. Sua atenção foi tirada quando Sofia entrou em seu quarto com uma expressão tristonha, afinal, sabia que Camila estava mal. A pequena se deitou na cama e encostou ombro da mais velha, que largou a maçã de lado e passou a fazer carinho nos cabelos castanhos.

– Lauren está bem, Mila? – Perguntou preocupada.

– Ela está se recuperando, Sofi. Ficará bem logo, eu prometo. – Respondeu reconfortante.

– Ela não se lembra de você, não é? – Retrucou com a voz triste. Sofia odiava ver a irmã naquele estado, se sentindo culpada por algo que não tinha feito.

– Não, ela se esqueceu de muita coisa, eu fui uma delas. – Havia melancolia na voz, saudade de um tempo passado.

– Ela se esqueceu de vocês. – Confirmou e Camila apenas assentiu lentamente. – Ela vai se lembrar, Kaki, não tenha medo do passado ou não haverá futuro.

– Ei, quando foi que você ficou tão adulta? – Camila sorriu abertamente depositando inúmeros beijos na testa da irmã.

Sofi se contraía também entre sorrisos agarrada ao corpo de Camila, sua pequena missão ali estava cumprida, fizera a irmã sorrir ao menos um pouco, coisa que não via há um tempo.

........

[Alguns dias depois]

O estacionamento não estava cheio e várias vagas lhe eram visíveis, com o carro ja estacionado, saiu de mesmo e caminhou em passos lentos até a entrada do grande hospital, haviam muitas pessoas na recepção, algumas chorando, outras sorrindo, e pensar que ha pouco tempo estava na situação de muitas delas, em dor e sofrimento por alguém que só queria o bem. Parou no balcão e sorriu abertamente para a recepcionista que retribuiu pronta para lhe ajudar.

– Boa noite, eu gostaria de visitar o quarto de Lauren Jauregui.

– Seu nome, por favor.

– Dinah Jane. – Sorriu simpática.

– Um momento.

A moça bem vestida se virou pegando um telefone branco sem graça, digitou poucos números ali contatando o quarto da paciente para permissão da visita que logo foi concedida. Voltou sua atenção para o computador anotando alguns dados sobre Dinah, pura burocracia, porém necessária. Pegou um cartão e entregou para a mulher ainda com um sorriso.

– Quarto 418. 

– Muito obrigada.

Dinah se afastou passando por um segurança que estava de prontidão no inicio de um largo corredor, mostrou o cartão e foi liberada para passar, caminhou entre as paredes largas ate o elevador e subiu para o andar onde Lauren estava internada. Poucos minutos depois passava pela enorme porta do quarto da amiga com o maior sorriso que conseguiu estampar no rosto.

– Laur, eu senti sua falta. – A loira correu até a mais velha dando-lhe um abraço longo. – Desculpe não ter vindo antes.

– Não se preocupe, fico feliz que esteja aqui. – Sorriu e entrelaçou seus dedos mínimos.

Clara observava a cena tão descontraída que Dinah quase não a percebeu ali.

– Tia Clara, eu não tinha te visto. – Foi ate a mulher a cumprimentando com um beijo. – Tudo bem?

– Oi querida, tudo ótimo. Vai passar a noite conosco?

– Perguntou curiosa.

– Não tenho certeza, vim apenas para conversar com nossa menina. – Comentou como uma indireta que logo Clara entendeu.

– Tenha cuidado. – Aconselhou para que apenas ela ouvisse. – Eu vou dar uma volta, até daqui a pouco.

Clara se despediu de Lauren que sabia muito bem porque estava saindo, Dinah se aproximou da maca e puxou uma cadeira para se sentar e ficou rente ao corpo de da amiga. Encarava seu olhos e sorria fraco para ela, Lauren fazia o mesmo como se as palavras tivessem se perdido no caminho.

– Por mais que eu goste do seu sorriso, estou curiosa.

– O que quer saber? – Perguntou deixando Lauren confusa.

– Pensei que tivesse algo para me contar. – Falou reta sem enrolar tanto.

– Bom, eu conversei com Camila e prometemos uma a outra, não contar nada sobre o passado. – Dinah desviou o olhar como se não tivesse concordado totalmente mas cumpriria com sua palavra. – Vamos esperar que você se lembre sozinha.

– Por que vocês brigaram? – Retrucou fingindo não ter ouvido.

– Lauren... – Falou com pesar na voz. – Eu não posso contar.

– Como? Como quer que me lembre? Minha mente é um buraco, é desgastante. – Lauren soltou com raiva por impulso, não queria dizer aquilo mas estava cansada de tentar e não chegar a lugar nenhum. – Desculpa, eu não queria...

– Tudo bem, eu imagino. – Sorriu reconfortante. – Podemos falar do futuro.

– Como conseguir cicatrizes que coçam menos. – Comentou distraída enquanto passava a unha pela ferida.

– Que cicatriz? – A loira perguntou curiosa.

– Camila me contou que eu a consegui numa árvore ou algo parecido. – Respondeu sem cessar o movimento. – Está ferindo e...

Não conseguiu terminar a frase e o sangue começou a jorrar pelo seu cotovelo, não era muito porém sujou os lençóis e parte de seu braço, seus olhos encaravam o vermelho vivo como se a hipnotizasse de alguma maneira, sentiu a cabeça latejar e doía de um jeito diferente. 

– Meu Deus, está tudo bem? – Dinah correu para agarrar uma gaze e cobrir o corte, Lauren tinha a mente longe e parecia um tanto bêbada. – Lauren, o que houve?

– Eu me lembro.

[Treze anos atras]

As pequenas mãozinhas procuravam com agilidade em meio a um baú de madeira repleto de brinquedos, de todos os tipos, quando finalmente achou o que procurava, sorriu vitoriosa e correu para fora do quarto, passou pelos corredores segurando com força o objeto frágil, desceu as escadas pisando firme e depressa, deixou a casa e passou pela sacada na varanda, desceu alguns degraus e pisou com firmeza na grama úmida. Dinah e Camila batiam as mãos em sincronia repetidas vezes sem errar qualquer pequeno movimento, cantavam juntas ao ritmo das batidas como uma musica de roda. Estavam sentadas na grama tão entretidas que quase não viram a presença da mais velha ao se aproximar, pigarreou algumas vezes tirando a atenção delas que pararam e se levantaram sorridentes. Lauren escondeu o objeto nas costas o segurando com as duas mãos, trazendo curiosidade aos olhos das mais novas.

– O que é isso, Lau? – Dinah perguntou erguendo o corpo tentar ver o que era.

– Não estrague a surpresa, D. – Retrucou se afastando um passo. 

– O que é? – A pequena Camila perguntou.

– Pra' você. – Lauren girou o objeto sobre o corpo trazendo para frente, o ergueu na direção da latina que sorriu abertamente. Era uma varinha, simples, com uma estrela na ponta e alguns brilho por ela, como uma fada.

– Obrigada, Lo. – Agradeceu com um beijo estalado na bochecha dela.

– De nada, Camz. 

Camila vestia uma saia de bailarina, na cabeça uma coroa pequena de princesa, e agora, nas mãos uma varinha de fada que combinava com as asas. Dinah trajava uma capa de super herói e uma blusa da mulher maravilha, no rosto uma marcará preta que se parecia com a da mulher gato. Lauren, como de costume, usava uma coroa grande na cabeça e segurava um cetro como uma rainha, no pescoço alguns colares de sua mãe e todas com o pés descalços.

– Majestade? – Dinah chamou em reverência. – O reino está sendo atacado, precisamos proteger nossas riquezas.

– Precisamos de um exército. – Completou com um plano perfeito para deter as ameaças. 

– Não temos um exército. – Camila comentou chorosa.

– Precisamos de algo maior. – Dinah pulou alto com grandeza fazendo as outras duas gargalharem. – Eles precisam ter medo de nós. – Completou com um olhar maligno.

– Eu vou ser um dragão. – A latina gritou e grunhiu como um dragão fazendo uma careta.

– Você é uma fada, Mila, não pode ser um dragão. – A mais nova falou e recebeu língua como resposta. 

– Eu posso ser quem eu quiser. – Rebateu emburrada. 

– É o plano perfeito. Seremos quem quisermos. 
Todas sorriram com o pequeno plano para combater as tais ameaças, afinal, suas riquezas não poderiam ser roubadas por qualquer pirata, reino, vilão ou criatura, a conquistaram e a protegeriam a todo custo.

– Eu sou uma super heroína. – Dinah comemorou dando um rodopio e uma pose típica de herói. 

– Eu sou uma bruxa. – Lauren sorriu com o que escolheu e usou o cetro como varinha mágica. 

Todas estavam em posição de ataque, como se um grande exército viesse na direção delas e era dever de cada uma proteger o reino. Camila com a fúria de um dragão, Dinah com a coragem de um herói e Lauren com a magia de uma grande bruxa.

– Atacar! – A mais velha gritou e todas correram para perto da árvore enquanto combatiam o nada, em suas pequeninas mentes, estavam em uma batalha de vida ou morte.

Dinah voava pela grama destruindo as ameaças aéreas, Camila "rugia" tentando imitar o som do animal para assusta-los e Lauren apontava sua varinha para quem se aproximasse. Ficaram alguns longos minutos ali, entre risos e combate. Até que se sentiram cansadas e caíram deitadas na grama fofa.

– Estamos seguras? – Lauren perguntou ofegante. 

– Estamos. 

– Vamos checar nossas riquezas. 

As três se levantaram e subiram as escadas até a casa na árvore, o reino a qual tanto protegiam. Era nova, os pais delas haviam construído ha pouco tempo e todas as manhãs elas brincavam naquele espaço, era como uma segunda casa, não saíam dali para quase nada. Se sentaram no chão ao lado de varias almofadas, o local era repleto de brinquedos e a maioria estava espalhada, as janelas abertas traziam o sol para dentro e iluminavam o ambiente, o vento soprava e as três diriam com certeza que era seu local favorito. 

– D, a chamada. – Lauren ordenou sentada em uma almofada alta.

– Mila! – Chamou e a menina respondeu um "presente" entusiasmada. – Lolo! – Fez o mesmo que Camila.

– E quanto ao tesouro?! – Retrucou ainda no papel de rainha.

– Perdemos duas barras de chocolate. – Comentou tristonha.

– Camz, quem você acha que cometeu o crime? – Lauren perguntou desconfiado dela.

– Eu não sei. – Levantou as mãos e encolheu os ombros fingindo não saber de nada.

Lauren não se importou muito, eram apenas doces. Se juntaram para contar o que ainda tinham e anotavam tudo em um papel, eram sócias e faziam um ótimo trabalho juntas. Era o pequeno mundo delas, três amigas que compartilhavam sorrisos mesmo com tão pouca idade, era um mundo onde unicórnios, fadas e dragões eram reais e super heróis brincavam com rainhas, tudo podia acontecer e na inocência de criança, no amor mais singelo, acontecia. Elas se sentaram mais próximas e as pernas cruzadas formaram um pequeno triângulo no meio, Lauren agarrou uma pequena caixa e a abriu colocando no centro da roda, cada uma pegou um anel, a mais velha agarrou o verde, Camila logo se apossou do vermelho e o colocou na boca sentindo o gosto de morango no doce, Dinah pegou o roxo agradecendo mentalmente por seu favorito ter sobrado, eram pirulitos em anéis, os usavam como se fizessem parte de uma comunidade secreta, além de serem deliciosos.

– Vamos ser amigas pra' sempre, não é? – Dinah perguntou de repente.

– Claro, D. – Lauren sorriu com os olhos brilhantes.

– Vou guardar no coração. – A latina falou com um sorriso, ainda entretida no doce. 

– Vem cá. – A mais velha chamou e ergueu o braço apontando o anel no meio. – Eu prometo, que vou lembrar de vocês e guardar pra' sempre no meu coração. 

– Prometo. – Dinah juntou seu anel ao meio junto com o da mais velha.

– Eu prometo. – Camila fez o mesmo.

As três se olharam e sorriram, deram altas gargalhadas e continuaram a devorar o anel, estavam felizes e cumpririam aquela promessa. A mãe de Lauren se aproximou da árvore gritando pelo nome das meninas que logo apareceram na janela de madeira.

– Oi tia Clara. – A pequena Camila acenou sorridente.

– Oi Camila, Dinah. 

– Oi tia, tudo bem? – A mais nova falou sorridente.

– Tudo, querida. Eu fiz bolo de chocolate com as barras que a Camila me deu. 

Dinah e Lauren olharam para a mais baixa como se dissessem 'eu sabia' mentalmente, a menina apenas sorriu envergonhada escondendo o rosto com as mãos. 

– Eu sabia. – O pensamento se tornou palavras que as duas recitaram num uníssono.

– Bolo de chocolate, bolo. – Repetiu lentamente e saiu em marcha para descer da casa.

Dinah foi logo atrás e Lauren terminou de arrumar a bagunça que haviam feito. Os degraus da escada eram um tanto bambos e próximos a árvore, nada muito perigoso mas era preciso atenção, Lauren na euforia não se atentou, deu um passo, mais um, e por fim escorregou, Camila gritou chamando a atenção da mae da menina, uma farpa grande havia cortado seu cotovelo, o sangue sujava a grama e o vermelho se misturava ao verde vivo. Lauren não chorava ou gritava, ficava atenta, hipnotizada pela cor viva.

– Você está bem, Lau? Está doendo? Precisa de ajuda? – Dinah perguntava eufórica enquanto Camila apenas permanecia perplexa.

– Meu bem. – Clara se aproximou calmamente se ajoelhando na altura da filha. – Deixe-me ver. – Analisou com cuidado o corte, não era fundo mas precisava ser limpo e talvez até de pontos. – Está com dor?

– Estou bem mama, não se preocupe. – A calma era visível nos olhos dela.

– Ela vai ficar bem, tia? – Foi a vez de Camila se aproximar.

– Vai sim, mas vamos ter que ir até o hospital.

– Mas e o bolo? – As três perguntaram tirando um sorriso de Clara. Se recusaram a sair do lado da amiga, a acompanharam ate o hospital e cada uma deu um beijo no curativo feito por uma enfermeira, assim se curaria mais rápido. Lauren recebeu alguns pontos e logo foi liberada, Clara dirigia o carro com cuidado pelas ruas de volta para casa, as três conversavam no banco de trás.

– Sinto muito que tenha se machucado, Lo.

– Tudo bem. – Sorriu de orelha a orelha. – Assim me lembrarei da promessa, e não vou quebra-la nunca. – Era doce, e verdadeiro.

[Agora]

– Desculpe, pode repetir?

Dinah realmente estava num espaço vazio, não entendia muito da medicina mas queria entender o que havia acontecido minutos atrás com Lauren, ela apenas desligou, parou por completo como se precisasse reiniciar, como um computador lento. Ela estava confusa, a mente mais uma vez se mostrou mais complicada, mais complexa, apenas ouvia o que a médica tinha a dizer, e apesar do incômodo gerado na cabeça, era uma sensação incrível se lembrar. 

– O cérebro é o órgão mais misterioso do corpo humano. – Começou a explicar novamente de outra maneira. – Ele aprende, muda, se adapta. Nos permite ver, ouvir, sentir, é o que somos guardado nele. E por mais que tentemos entede-lo, ninguém consegue dizer como toda essa delicada massa cinzenta funciona. – Gesticulava em meio a fala. – E quando dói, quando essa massa está traumatizada, é ai que torna-se mais misterioso. – Tudo começava a fazer mais sentido, mas ainda não era suficiente. – As memórias são armazenadas nele, não sabemos o porquê ou como mas ele decide nos surpreender em traze-las a tona quando menos esperamos. 

– Então é impossível saber como ela conseguiu acessa-la? Ou se vai poder mais vezes?

– Sim, e não. É algo involuntário, simplesmente acontece. Talvez um cheiro, barulho, objeto, pressentimento, retorne uma memória. 

– Mas por que não fazemos isso?

– Bom, nós continuamos nossas vidas, trabalho, escola, problemas, sonhos, paixões, conflitos internos e externos, não somos capazes de desligar tudo e nos remeter a uma lembrança. Lauren acabou apagando parte de sua vida no acidente, se torna mais fácil retomar memórias de longas datas.

– Me lembrarei de tudo? – Foi a vez de Lauren perguntar.

– Você está retornando ao mundo, aos poucos não conseguirá se lembrar, aproveite o tempo que tem. 
Normani se retirou do quarto deixando Lauren apreensiva, aos poucos não seria capaz de acessar suas memórias e teria que começar realmente do zero. Encarou os olhos de Dinah que mantinha um sorriso triste, estava feliz por ter se lembrado de um momento tão feliz mas ao mesmo tempo amedrontada. 

[No dia seguinte]

Lauren passou o resto da noite contando tudo que havia lembrado para Dinah que complementava qualquer deslize de memória, se despediu prometendo voltar no dia seguinte, a rotina de hospital continuou e após a janta e algumas medicações, a paciente pode dormir em paz. Fora uma noite longa e mal dormida, Clara ficou em claro com a filha que gemia de dor, sua perna estava começando a incomodar novamente e aquilo poderia ser um sinal ruim para sua recuperação. A manhã chegou finalmente e mais uma dúzia de remédios lhe foram propósitos, Lauren se sentia uma drogada de vez em quando mas sabia da necessidade deles. Descobriu a maravilha que era a televisão e assistiu a um filme infantil, sua mãe contou que era um de seus favoritos na infância, não se recordava mas ate o momento era o melhor que tinha assistido.

Uma enfermeira, que aparentava ter a mesma idade de Lauren, entrou no quarto com uma bandeja de curativos, acionou o mecanismo para sentar mais a cama e sorriu para a paciente.

– Como anda nossa paciente?

– Muito bem, Melissa, obrigada por perguntar. – Respondeu fingindo formalidade. 

– Noite difícil? – Retrucou amigável.

– Você não faz ideia. 

Melissa tomou o braço de Lauren retirando colocando uma agulha nele e retirando um pouco de sangue, o guardou como deveria e preparou a paciente para o que seria um banho. Retirou a roupa típica de hospital e todos os curativos em seu corpo, os poucos que ainda estavam na cabeça, o que mantinha o corte no peito envolvido e os que estavam na perna. Era como um banho de gato, a enfermeira molhava toalhas e passava pelo corpo da paciente, no pescoço, nas dobras dos braços e pernas, se movimentar era bom para não causar feridas na pele da mulher por ficar tanto tempo na mesma posição, poderiam causar problemas maiores e todo o cuidado era necessário. Lauren se sentia exposta mas já estava acostumada com aquilo. Melissa a virava para ter acesso as costas e tinha o cuidado nas áreas mais sensíveis, lavou os cabelos negros no que parecia uma bacia e quando finalmente terminou, os secou colocando curativos novos nos cortes.

– Como estão? Cicatrizaram? – Perguntou com os olhos arregalados.

– Bom, sua cabeça talvez não precise mais das faixas em uma semana. Mas o peito precisa de mais tempo.
Lauren grunhiu um 'não' audível, jogou a cabeça para trás com raiva, queria se livrar logo daquilo.

– Sentar está fora de cogitação? – Retrucou com um bico.

– Espere algumas semanas.

Lauren ja estava vestida e enrolada, Melissa ainda aplicava algumas medicações e ordenava para que a mulher comesse melhor. Dinah bateu na porta e entrou com um buque de flores nas mãos. Sorriu e se aproximou da amiga deixando as flores no criado ao lado da maca.

– Eu prometi que voltaria, não é?

– Prometeu. – Sorriu abertamente recebendo um abraço de Dinah.

– Se ficar tonta me chame, vou deixa-las sozinhas. – Melissa comentou se retirando do quarto.

Dinah se sentou na maca perto de Lauren encarando a menina que escrevia algo no seu caderno. Suas mãos escreviam rapidamente e depois que terminou guardou onde sempre colocava. 

– Obrigada pelas flores, são lindas. – Agradeceu sorridente.

– De nada mas... Não fui eu que comprei. – Gargalhou baixo. – Me deram na recepção dizendo que era pra' você, tem um cartão.

– O que está escrito? – Retrucou com o cenho franzido.

– Eu não li. Um momento. – Dinah se levantou e foi até as flores, procurou entre as pétalas pegando um pequeno cartão. – Aqui. – Entregou para Lauren que o abriu com rapidez.

"Lírios. Lembre-se." 






 


Notas Finais


Entaooo? Gostaram?

Camila toda misteriosa. Lembranca fofa da Lolo! Prometo tentar postar mais rapido! Beijoss, ate o proximo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...