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História My Memories - I Miss


Escrita por: laurmichellejm

Notas do Autor


Autora esquece fanfic em churrasco! OIE

Desculpa, quase quebrei o dedo na terça e so fui escrever ontem. Enfim, vamos sair um pouco do hospital ne? Ver como esta a vida fora dele. Levanta a mão quem quer Ally!!

Vamos ao cap! Desculpe qualquer erro e boa leitura!!

Capítulo 5 - I Miss


 

[Narrador Pdv]

"Ela só pode estar de brincadeira comigo." Lauren pensou encarando o bilhete.

Camila com certeza estava brincando com a mente de Lauren, estava usando do passado para estimular suas memórias, o que não fazia sentido, ela mesma me dizia que não gostava de cutucar o que já passou, apesar de seus "presentes" serem muitos, nenhum deles realmente remeteu a uma lembrança, aparentemente Lauren conseguiu isso sozinha, e estava orgulhosa de si, apesar de parecer uma lembrança comum ou sem relevância, era o que a mulher precisava pra entender sua conexão com quem agora eram 'estranhas', se lembrar de uma promessa que fizera há tanto tempo atrás acendeu no cérebro algo que o coração já sabia, se importava com Dinah e Camila, e através dessas lembranças criava novos laços com ambas.

Dinah olhava para a amiga que ainda permanecia fixa ao papel, estava mais do que curiosa para saber o que estava escrito ali, Camila tinha seus segredos e a loira não gostava nada deles, foi o que as afastou um pouco, problemas e discussões, Lauren não fazia ideia disso, e na promessa delas decidiram não dizer.

– Lauren?! – Chamou a atenção da amiga. – É de Camila, não é? – Perguntou mesmo já sabendo a resposta.

– Sabe o que significa? – Retrucou virando o bilhete para que Dinah lesse. 

– Lírios?! – Franziu o cenho confusa. – Não, nada que remete ao passado.

– Então por que o "lembre-se"? Não posso lembrar de algo que não aconteceu.

– Bom, deve ter relação com alguma outra coisa. Algo que eu não saiba.

Dinah deixou o bilhete na mesa e Lauren manteve um olhar perdido e sem graça, procurando no vazio mais uma vez. 

– Não quer falar sobre sua lembrança? – A mais nova perguntou sorridente.

– Não sei o que dizer, foi bom me lembrar de um momento tão bonito. – Respondeu também com um sorriso.

– Foi um dia realmente bonito. – Comentou nostálgica.

– A casa ainda existe? – Sorriu se lembrando da casa de madeira erguida numa árvore de seu quintal.

– Existe, mas crescemos e não vamos lá há um bom tempo.

– Pode me levar lá quando eu finalmente sair daqui? – Pediu tímida.

– Acho que temos um encontro. – Brincou risonha.

Continuaram a conversa e o foco dessa vez era a infância, como cada uma se conheceu e como passaram bons e maus momentos nela, suas brincadeiras favoritas, doces prediletos e por um momento Lauren se sentiu como criança mais uma vez, cresceu e agora estava reaprendendo a ser ela mesma.

[Mais cedo, naquele mesmo dia]

Camila acordou tarde no domingo, o dia estava ensolarado e a latina cheia de preguiça, bocejou alto balançando a cabeça tentando espantar o sono, falho. Se levantou da cama indo ate o banheiro, retirou os pijamas e entrou na água gelada, para enfim despertar. Terminou o banho secando o cabelo com a toalha, o deixando agitado, fez sua higiene e vestiu outro pijama, não estava nada afim de nada, apenas afundar na cama e esperar o temo passar. Estava sendo forte pra si mesma ao lado de Lauren mas ainda sentia um peso no coração. 

– Mila! Acorda, mamãe precisa de ajuda na cozinha. – Sofi gritava do outro lado da porta enquanto batia varias vezes nela. Camila apenas ignorava com o rosto no travesseiro. – Mila! – Gritou mais uma vezes prolongando o "A".

Camila fez menção de levantar mas o barulho cessou, provavelmente a irmã mais nova havia desistido de acorda-la, o que concedia o desejo mental de ficar sozinha pelo longo do dia. O silêncio durou pouco.

– Mila! Mila! Mila! Mila! – Sofi voltou a gritar incessantemente, parecia uma ambulância e a mais velha se sentiu obrigada a se levantar. Caminhou até a porta em poucos passos fortes antes de abri-la.

– Sofia! – Repreendeu encarando a pequena.

– Oi, Mila, bom dia! Você está linda e o dia também. Mamãe pediu ajuda para fazer o almoço mas se quiser pode ver um filme comigo. – Falou rápido completando com um sorriso no rosto.

– Por que não consigo ficar com raiva dessa carinha?

– Se derreteu de amores pela irmã.

– Porque sou incrível. – A menina repetiu o sorriso dessa vez com os olhos fechados e os lábios comprimidos.

– Eu já vou descer, okay?

Camila deixou um beijo na testa da irmã que logo se retirou saltitante em direção ao seu quarto, a morena fechou a porta mais uma vez e se propôs a ficar mais apresentável. Penteou os cabelos acalmando os fios revoltos, trocou os shorts largos por uma calça cinza, curta de moletom, e trocou as pantufas por sandálias de dedo, deixando apenas a blusa preta regata. Se olhou no espelho antes de sair do quarto encarando a casa mais iluminada do que seus olhos conseguiam aguentar, piscou algumas vezes se acostumando com a claridade e caminhou em passos lentos até a cozinha.

Sinu estava de costas para a porta e não percebeu quando a filha entrou, Camila silenciosamente andou até a mãe e deixou um beijo na sua bochecha, a pegando totalmente de surpresa.

– Bom dia, mama! – Falou depois do beijo se afastando indo em direção a o balcão e se sentando numa das cadeiras.

– Bom dia, querida. – Cumprimentou com um sorriso.

– Onde está Sofi? Pedi que me ajudasse mas ela não apareceu.

Camila franziu o cenho e logo em seguida deixou o rosto cair na mãos, Sofia a enganou direitinho, as ideias da irmã em tira-la do quarto estavam ficando cada vez mais criativas, e por serem tão inocentes, a mais velha caía sempre, começou a gargalhar baixo com a genialidade da pequena.

– Não se preocupe, eu te ajudo. 

Sinu sorriu agradecida. Camila logo se propôs a fazer o que lhe estava ao alcance, cortou legumes, cebola, preparou um suco qualquer e sempre que a mãe perguntava algo como "está bom de sal?" ou "o que achou desse tempero?" se apresentava para experimentar e dar sua opinião. As duas mantinham uma conversa amigável, hora ou outra riam de algum comentário ou apenas compartilhavam o ambiente.

– E... – Fez uma pausa encarando a panela na qual mexia com cuidado. – Como ela está?

Tal assunto seria abordado em algum momento, Camila apenas tinha um receio de responder. Parou o que fazia e se escorou na pia encarando a parede.

– Ela está... Bem, se recuperando. Perdeu a memória mas, acho que tudo corre bem. – Forçou um sorriso que claramente condenava desconforto. 

– Sabe que pode falar comigo sempre que quiser, não sabe? – A mais velha desligou o fogão para encarar a filha que desviava contato visual.

– Claro que sei, só não sei o que dizer, como dizer. 

– Sente falta dela? – Aquela pergunta estava ficando repetitiva, o que dava à Camila tempo para pensar na resposta.

– Sinto falta de mim, perto dela. Era tudo tão simples quando éramos pequenas.

[Treze anos atrás]

Clara parou o carro na casa de Camila, girou o corpo para encarar as três meninas que cochichavam no banco de trás, ela pararam apenas quando viram que a mulher as observava. 

– Chegamos, Camila. Sabe ir sozinha? – A mulher perguntou e a pequena sorriu.

– Sim, tia Clara, eu ja sou adulta. 

Camila virou para o lado e encarou as orbes verdes por alguns segundos sorrindo abertamente para a amiga. Gentilmente, foi de encontro com a gaze que enfaixava os pontos que Lauren havia levado no cotovelo e deu mais um beijo casto ali.

– Fica bem, Lo. – Logo em seguida abriu a porta do carro e pulou para fora. – Tchau D, tchau tia.

– Tchau Mila. – As pequenas disseram acenando e Camila se afastou.

Correu pela grama do pequeno quintal em direção a porta, logo entrou em casa se deparando com o silêncio. Deixou sua varinha numa cômoda da sala e correu saltitante para o seu quarto, se desfez da saia de balé e da coroa, mas se recusou a tirar as asas. Saiu do quarto agora buscando sua mãe que provavelmente estaria na cozinha preparando algo para comer. E estava.

– Mama! – A pequena correu abraçando as pernas da mulher.

– Meu bem. Eu não te vi chegar. – Sinu se abaixou na altura da pequena e beijou sua testa. – Quer me ajudar a preparar a sobremesa?

– Claro, o que é? – Perguntou animada.

– O que quer fazer? – Instigou fazendo Camila pensar por longos segundos.

– Sorvete! – Concluiu dando um pequeno salto.

– Certo, então vamos fazer sorvete.

Sinu separou tudo, colocou o que era necessário para preparar o doce sobre a mesa e pediu que Camila levasse ao pote e mexesse quando precisasse, obviamente após alguns minutos a cozinha estava uma catástrofe, era uma receita simples, porém a mesa estava melada com o leite condensado e a gelatina.  A pequena levou a tigela ate o congelador com a ajuda da mãe e de uma cadeira alta, depois se sentou na bancada enquanto esperava congelar. Segurava o rosto com as mãos enquanto os cotovelos apoiavam sobre a mesa, balançava as pernas impacientes sob o balcão.

– Como foi a brincadeira? 

– Foi legal, mas a Lolo se machucou. – Falou calmamente encarando a mãe.

– Como, minha filha? Ela está bem? – Retrucou preocupada.

– Sim, mama. Ela cortou o braço e a levamos no hospital, mas eu dei um beijo no machucado e ela vai ficar bem logo.

– Se é assim. Fico feliz que ela esteja bem. 

O silêncio se fez presente mais uma vez enquanto esperavam, Camila ficava cada vez mais agitada com o tempo que demorava em passar, não era boa em ficar muito tempo quieta.

– Vamos fazer uma torta. – Falou decidida ao pular da cadeira.

– Pensei que comeríamos o sorvete. 

– Torta com sorvete. – Gritou animada percebendo o quão incrível a ideia era. 

Mais uma vez Sinu se dispôs a ajudar Camila com o preparo, o tempo se passava na maioria assim, quando a pequena estava em casa, tudo era motivo de festa, um se tornava dois e a bagunça se multiplicava. Era a alegria dela que contagiava tudo ao redor, espoleta e inteligente, uma mistura ousada num corpo tão pequeno. A colher de pau mexia os ingredientes na tigela os deixando homogêneos, Camila estava totalmente distraída.

– Mama, sabia que eu gosto muito da Lolo?

– Gosta? – Perguntou e a pequena assentiu. – Ela também gosta muito de você.

– Eu sei, mama. Quando a gente crescer vamos namorar igual você e o papa.

– Já contou isso à ela, meu bem? – Sinu perguntou com um sorriso enorme nos lábios.

– Não, mas eu acho que ela sabe. – Deu de ombros sem se importar muito.

– Ela sabe sim. – Sinu depositou um beijo no topo da cabeça da pequena, terminaram o bolo e o levaram ao forno, em pouco tempo o comeriam com o sorvete. A pequenina estava, mais do que tudo, feliz.

[Agora]

– Vai ficar tudo bem, Camila. – A mais velha se aproximou abraçando o corpo da menina.

– Não faz ideia de quantas vezes eu ja ouvi isso. – Sorriu em desdém secando uma lágrima. 

– Sua mãe que está dizendo, então é verdade. – Repreendeu voltando a preparar o almoço.

– Obrigada. – Camila completou voltando a ajudar a mãe.

A comida estava finalmente pronta e a família comeu junta, passaram mais algum tempo na mesa para colocar a conversa em dia. Alejandro havia se juntado a ela e quando ele estava ao lado de Sofia a mesa era com toda certeza uma festa. Camila pediu licença e se retirou, apesar do ambiente família tirar vários sorrisos dela, não estava a vontade e o plano de ficar trancada no quarto parecia melhor. Subiu as escadas lentamente e parou enfrente a porta de seu quarto, tentou abrir a porta mas estava trancada, franziu o cenho e tentou mais algumas vezes, falhando em todas.

– Mas que... – Começou mas foi interrompida pela irmã que pigarreou em suas costas. – Por que não estou surpresa? – Fez meia volta e encarou Sofia que tinha a chave do quarto pendurada como um colar no pescoço.

– Você está parecendo um zumbi. Não quero um zumbi como irmã. – Comentou com as mãos na cintura.

– Me dê a chave, Sofi. – Pediu e a pequena cruzou os braços impaciente.

– Não. Vai passar o dia comigo. – Ordenou.

– Vou contar pra' mamãe. – Não parecia uma quase adulta de dezenove anos falando.

– Eu já falei com ela. E ela está do meu lado. – Sofia deu as costas para a irmã e marchou para seu quarto.

– Isso só pode ser complô. – Pensou alto e seguiu os passos da mais nova.

O cômodo estava lotado, além das coisas de Sofia, algumas pelúcias de Camila também enchiam o quarto de cor rosa. O chão estava repleto deles, mal dava para andar, dois baldes de pipoca a esperavam e o ambiente estava meio escuro, meio claro. Sofi se aproximou segurando três filmes.

– Qual vamos assistir? 

Camila analisou os filmes com precisão, realmente era uma escolha difícil que Sofia deixou para a mais velha resolver.

– Procurando Dory, Rei Leão e Pequena Sereia? Isso é impossível.

– Okay, eu peguei pesado.

Sofi puxou Procurando Dory da mão de Camila e trocou por Toy Story a deixando ainda mais confusa.

– Como você conseguiu piorar? – Semicerrou os olhos incrédula.

– Mila, escolhe logo. – Choramingou e a mais velha finalmente decidiu.

– Certo... Toy Story! – Falou rápido para não se arrepender.

Sofia se encarregou de colocar o filme e logo se aconchegaram no chão junto aos inúmeros bichos de pelúcia, eles as abraçavam de maneira confortável enquanto o desenho se passava na grande televisão. A pipoca acabou rápido e potes foram deixados de lado, afinal, ja estavam satisfeitas. A mais nova adorava filmes da Disney e Camila como boa irmã, acompanhava nas sessões de cinema. Não se contentaram com um filme e logo os brinquedos deram lugar A Pequena Seria, clássico que ambas eram apaixonadas.

Assim se foi a tarde e a noite chegou, a pequena caiu no sono e Camila ja estava farta de ver filmes, gentilmente colocou a irmã na cama e a cobriu, pegou a chave em seu pescoço e caminhou para seu quarto trancando agora por dentro. Não fez questão de trocar de roupa e dispensou as milhares de mensagens que apitavam no seu celular, ainda era cedo mas se deitou com o intuito de forçar o sono. O quarto estava um breu, porém os olhos teimosos de Camila se recusavam a fechar, estava encolhida na cama e só conseguia pensar em Lauren.

Sua vida era um clichê, e todas as noites pensava sobre isso, desde pequena apaixonada pela menina dos olhos verdes e viveu uma vida nesse amor, ela não conseguia pensar em algo mais clichê do que isso, mas como obra do destino e totalmente fora de seus planos, Lauren havia esquecido dessa história bem parecida com os românticos. Poderia ser engraçado se não trouxesse tanta angústia ao peito da latina. 

Tentou se livrar de qualquer pensamento e decidiu se levar pelo sono, afinal, era mais uma semana que começaria, e Camila deveria estar disposta para ela, mesmo querendo passar seus dias na cama.

.....

O café quente desceu pela garganta da morena a fazendo soltar uma careta, estava forte mas era o que precisava para aguentar uma segunda-feira. Ja estava devidamente arrumada e comia em silêncio apenas esperando a hora passar. Sua mãe entrou eufórica na cozinha prendendo os cabelos e ajeitando a saia colada ao corpo. Procurou a cafeteira e uma xícara a enchendo com o líquido escuro, a levou aos lábios e fez uma careta como a filha havia feito minutos atrás.

– Forte. – Comentou deixando a xícara sobre o balcão. – Onde estão minhas chaves? 

– Na geladeira. – Camila respondeu calmamente.

Sinu agarrou as chaves e saiu do cômodo. Sofia entrou em silêncio se sentando ao lado da irmã, deixou o rosto cair numa das mãos fechando os olhos aproveitando alguns segundos de sono. Despertou num susto enchendo um copo com café e tomando um gole grande.

– Não deveria estar bebendo isso. – Aconselhou recebendo um "hum" como resposta. – Vai fazer mal. 

– Mila, são sete da manhã, sem lição de moral. – Não parecia a Sofia fofa de sempre. O humor da pequena pela manhã era cômico.

– Você está atrasada. – Provocou ganhando 'língua' da mais nova.

Sinu entrou mais uma vez ali agitada, deixou mochila de Sofia sobre o balcão e calçou os salto que estavam no canto da cozinha, não sabia como haviam parado la mas estavam, ajeitou o coque e a blusa social, agarrou a bolsa e caminhou ate ambas as filhas deixando um beijo no topo da cabeça de cada uma.

– Camila, leve sua irmã para a escola, pegue o carro do seu pai, as chaves estão...

A mais velha levantou a mão mostrando a chave pendurada em seu dedo.

– Nos vemos mais tarde. 

A mulher deixou o local e Camila terminou o café num gole grande, se levantou da cadeira pendurando sua mochila num lado do corpo. Sofia fez o mesmo com as torradas que comia e engoliu de uma vez. Se levantou repetindo as ações da mais velha.

– Tem certeza que vai pra escola assim? 

– Estou linda, Mila, e com preguiça, vamos? – Fez menção de sair de Camila a impediu. 

– Sabe que tem que aparecer apresentável, não sabe?

– Camila! – Repreendeu.

– Sofia! – Falou no mesmo tom.

A mais nova agarrou a chave do carro e saiu marchando para fora da casa, Camila bufou em descrença e foi obrigada a segui-la.

– Eu dirijo! – Sofi gritou animada destravando a porta do carro. A mais velha roubou a chave da mão da pequena e correu para impedir sua passagem no banco da frente.

– Gosta de viver? Eu dirijo.

Sofia marchou emburrada para o banco do carona. Camila dirigia tranquilamente até a escola da irmã, em pouco tempo estava la, se despediu dela e partiu para a faculdade. Uma musica tocava no rádio e a latina cantarolava distraída, estava calma até demais naquela manhã, talvez fosse o café ou os filmes do dia anterior, não saberia responder com certeza. Estacionou o carro numa vaga qualquer e guardou a chave na mochila, saiu do veículo caminhando para a entrada da faculdade. Muitos alunos ainda conversavam no gramado que antecedia a construção, o prédio antigo misturava marcas modernas e outras de arquitetura clássica, dando um ar aconchegante ao local.

A morena atravessou o gramado e logo passava pelos corredores largos que ainda estavam vazios pelo horário, alguns professores transitavam por ali e Camila os cumprimentava educadamente. Subiu um andar pelas escadas e foi até seu armário. Era seu local sagrado, guardava além do material, livros e alguns de seus maiores segredos. Olhou seu relógio de pulso e estava impaciente esperando a aula começar logo, não queria se dar o luxo de ficar muito tempo no corredor e dar de cara com...

– Camila! – Reconheceu a voz familiar se aproximando e fechou os olhos com força.

– Olha, se veio pra' brigar... – Começou com tédio mas foi interrompida.

– Sabe porque vim. – Instigou e a latina encarou a mais alta.

– Não quebrei nosso precioso contrato, Dinah. 

Camila fechou, trancou o armário e começou a caminhar para longe, Dinah prontamente a seguiu e as duas andavam calmamente pelo corredor.

– Não torne isso mais difícil do que já é, por favor. – Pediu e a latina não entendeu a princípio.

– O que eu fiz de errado dessa vez? – Retrucou.

– Pare de brincar com a mente dela. Não acha que fez isso por tempo suficiente?
Camila tentava manter uma conversa amigável, mas sabendo do senso protetor de Dinah, isso não seria tão fácil.

– Já conversamos centenas de vezes sobre isso. Eu já aprendi, o que mais quer ouvir da minha boca? – Esbravejou tentando fazer o mínimo de barulho possível, uma cena no meio do corredor não seria o correto.

– Da sua boca eu já ouvi o suficiente, quero ver com meus olhos o que realmente mudou.

– Dinah, só... Me esquece.

– Queremos o bem da mesma pessoa, tente entender o meu lado, e eu entendo o seu.

O sinal finalmente tocou e Dinah deu meia volta se afastando de Camila que permaneceu perplexa no corredor, nunca que daria razão para a amiga em voz alta, mas no fundo pensou no 'e se fosse eu do outro lado?'


Notas Finais


Entao? Gostaram?

Okay, o cap foi mais pra entender como Camilinha anda vivendo, meio morta, mas vai viver. Querem passagem de tempo ou prosseguir na linha de raciocínio?

Ah, o que acham da capa da fic? Fiz as pressas mas estava pensando em tentar outra.

Beijos e até o próximo!


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