- Temos que limpar isso tudo. - Disse minha mãe olhando a residência em volta.
- Mãe, não podemos pagar uma empregada? É mais fácil. - Digo, logo me jogando no sofá. - Queria ter o poder de colocar tudo no lugar. - Falo me espreguiçando.
- Tudo bem querida, mas os móveis nós mesmos vamos ter que arrumar. São pouco os mesmos, temos sorte que aqui é mobiliado.
- Sem problemas. Já volto. - Digo subindo as escadas.
Passei pelos corredores até chegar ao meu quarto, que por sinal era bem bonito e aconchegante. Olhei o mesmo em volta, fui eu quem escolheu. A quarto tinha uma janela que dava de frente para a outra da casa ao lado, não contive a curiosidade e me debrucei um pouco para enxergar dentro do quarto á minha frente. Era um quarto masculino, certamente seria de um homem ou um garoto. A luz estava acesa, estava olhando o mesmo até que aparece um garoto de costas, não deixei que ele me visse então sai rapidamente dali.
- Mãe, temos vizinhos? - Pergunto descendo as escadas, a mesma se encontrava arrumando algumas caixas com meu pai.
- Sim. A vendedora da casa disse que eles moram aqui á muito tempo, tem um garoto da sua idade na família, poderia fazer novos amigos. - Diz a mesma, meu pai concorda. Faço cara de reprovação.
- Sabe que não me dou bem com novas amizades. Na antiga casa, a filha da Família Healms me odiava. - Digo indo até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma água. - Hum… Precisamos fazer compras. - Fecho a geladeira.
- Mas aquela garota era um horror, Lia. Não quer dizer que não vamos nos dar bem com os novos vizinhos. - Disse ela. Larguei a garrafa de água e fiquei pensativa.
- Tem razão. Vou pensar sobre isso. - Digo.
- Agora vamos arrumar as coisas, quanto mais cedo melhor querida. - Diz meu pai carregando uma caixa enquanto subia as escadas.
Ficamos praticamente a tarde toda arrumando aquela casa, colocamos tudo no devido lugar. Mudar de casa é legal, é como se você zerasse a vida para começar uma nova, um caminho novo pela frente, porém não sabemos ao certo o que o destino da ‘’vida nova’’ nos aguarda. Mas era o que estava acontecendo mesmo, desde que meus pais receberam uma proposta melhor de trabalho tivemos que mudar de cidade, e posso falar que estou bem ansiosa afinal é casa nova e colégio novo. E sobre tudo, meu primeiro dia de aula está chegando.
Eram exatos oito horas da noite quando finalmente tinhamos arrumado toda aquela residência, e é claro que faltou alguns detalhes mas nós ajeitamos ao longo da semana. Tomei um banho bem refrescante e como a internet estava muito ruim fiquei vendo filmes pelo DVD. Acabei adormencendo bem cedo, afinal fiquei desde manhã em pé arrumando caixas e mais caixas.
[...]
- Bom dia mãe, bom dia pai. - Falo tirando o prato da louça, colocando o mesmo na mesa e me sentando.
- Acordou tarde hoje, bem no horário de almoço. - Diz meu pai.
- Claro né pai, e ainda estou com sono. - Digo enquanto pegava o macarrão. Em seguida o telefone da casa toca, minha mãe levanta para atender, ouviamos ela rindo e falando com alguém e eu e meu pai não estávamos entendendo nada.
- Com que fantasma a mamãe está falando? - Pergunto franzindo a sobrancelha enquanto encarava meu pai que também fazia o mesmo.
- Advinha? - Diz minha mãe voltando a se sentar.
- O que houve por estar tão alegre mãe, não vá me dizer que ganhou na loteria. - Pergunto antes de dar uma garfada na comida.
- Não, claro que não. É sobre nossos vizinhos, a Sra. Matilda nos convidou para um jantar na casa dela amanhã á noite. - Falou a mesma, transpirava alegria.
CONTINUA...
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