Talvez o mais difícil da vida, não seja a morte. Mas sim o sentimento que pode ser causado por ela...
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Era muito difícil ter que admitir para si mesmo que teria que seguir sua própria vida, focando apenas no presente e no futuro, sem deixa ser abalado pelos pensamentos do passado.
Alguns dias após meu aniversário de quinze anos, Mariah descobriu-se gravida de quase três meses, e alguns meses depois teve seu primeiro e – até agora – único filho. O bebê de madeixas avermelhadas, assim como seus fios, olhos grandes e negros, tão profundos quando o seu próprio, pele branca e rosto angelical. Um menino lindo, que por onde passava encantava a todos com seu sorriso puro e sua alegria contagiante.
Seu nome? Rinji*. Rinji Block. Seu nome foi escolhido pelo garoto ter um jeito tranquilo e calmo. Assim como um bosque pacífico.
Aquela criança de certa forma lembrava-me uma pessoa que havia sido muito especial para mim. E a cada ano que se passava, se mostrava mais parecida ainda com ele. Não era só a fisionomia, não era só nas características físicas e externas. Era com um todo. Sua personalidade, seu jeito forte e alegre, seu instinto protetor e sua forma de sempre querer me alegrar.
Eu vi naquele garoto – que hoje aos seus dez anos – a felicidade, que um dia eu não imaginei que veria outra vez [...]
AUTORA P.O.V
Renji teve sua concentração tomada ao ouvir sua mãe lhe chamar, avisando que seu tio havia chegado.
O garoto – que naquele dia completava seus quinze anos – fechou o livro que tinha em mãos, deixando-o sobre a cama e correu até o andar inferior, se jogando nos braços do seu tio assim que o viu.
- Tio Yuri! Tio Yuri! – o garoto chamava com animação transbordando em sua voz – A mamãe me deu um livro hoje, de presente de aniversário! – Yuri olhou para a mulher a sua frente - que lhe era mais como uma mãe - com um olhar de interrogação, até que seu sobrinho deu continuidade à fala – E nele os personagens tem o mesmo sobrenome que o meu!
O garoto parecia completamente eufórico com o fato de ter lido um livro onde encontrara seu sobrenome no mesmo. Já havia lido vários livros, mas nenhum – como aquele de autor anonimo – lhe chamou tanto a atenção.
- Sério? – Perguntou Yuri – E você já o terminou de ler?
- Ainda não! Mas não demorarei tanto – o tom do garoto era animado e infantil, completamente adorável aos olhos de qualquer um ali, principalmente aos de Yuri – Cadê o tio Lilian?
- Está ao telefone, lá fora – respondeu o mais velho dos homens ali e o garoto correu para fora da casa.
Yuri deixou um suspiro cansado sair de seus lábios e andou até a mulher a sua frente, dando na mesma, um forte e saudoso abraço.
Haviam se passado, basicamente quinze anos depois daquele dia. Yuri manteve sua vida normalmente, e após se formar em literatura há nove anos, passou a viajar por vários lugares. Até terminar de escrever aquele livro, que fora assinado apenas com suas iniciais B.Y..
Se mantendo então no anonimato.
FIM
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