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História My New Hope - Os Rhee São Todos Inconsequentes


Escrita por: walkerzei

Notas do Autor


Voltei eeee
Espero que o ano novo de vocês tenha sido ótimo sz
Vamos ao capítulo:

Capítulo 15 - Os Rhee São Todos Inconsequentes


- Oi. Não veio falar comigo ontem. - diz Carl se sentando em minha cama - Então eu vim até você. 

Sorri.

    ⁃    Tivemos que conversar com Deanna, ela insistiu em gravar mesmo depois da morte do filho. Não que ele valesse grande coisa. E depois conversamos com seu pai. 

    ⁃    Isso ele me falou. 

    ⁃    E então? Como foi sua tarde com Judith? - brinco.

    ⁃    Radical, me sujei de papinha. 

Rimos. Ficamos em silêncio por alguns segundos enquanto nos encarávamos. Eu simplesmente me sentia flutuando quando estava com ele, me sentia diferente. Única. Ele era incrivelmente perfeito ao seu modo, e com sua presença me fazia me sentir assim também. Me inclino em sua direção se selo nossos lábios em um beijo profundo. 

Ele sobe em cima de mim enquanto sua língua explorava cada canto de minha boca, me deixando levemente perdida. Enrosco minha mão em seus cabelos o mantendo perto de mim. Meu corpo inteiro ardia de desejo, ele tira sua camisa a tampando em algum canto do quarto enquanto encarava seus olhos azuis de pura luxuria. Ele volta até mim continuando de onde paramos até que a porta se abre.

- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - grita Glenn estático vindo em nossa direção. - SAI DE CIMA DA MINHA IRMÃ, GAROTO! - grita novamente, puxando Carl pelo braço. 

- O que houve aqui? - pergunta Maggie, chegando na porta. 

- Eles estavam quase, quase...

Glenn parecia enfurecido e tinha os dedos sob a têmpora, Maggie dá uma risada enquanto coloco minha mão sobre o rosto. 
Meu olhar vai até Carl, que estava mais vermelho que um pimentão e olhava para todos os cantos tentando procurar sua camisa. 

- VOCÊ É UMA CRIANÇA. - diz Glenn se virando pra mim novamente. - E EU NÃO VOU CRIAR NENHUM BEBÊ! 

- Já ouviu falar em camisinha? - perguntei. 

Meu irmão se virou pra mim com um olhar fatal. 

- É O QUE NINA? - perguntou, claramente indignado. 

Dei risada. Ele bufou e se virou para o Carl, que ainda estava sem camisa e me parecia totalmente envergonhado. 

- VOU TER UMA CONVERSA COM RICK E VOCÊ GAROTO, SAI DAQUI. E MANTENHA AS MÃOZINHAS LONGE DA MINHA IRMÃ. 

Carl passa rapidamente pela porta enquanto eu e Maggie ríamos da situação. Glenn parecia estar a beira de um colapso nervoso e enquanto o observava eu tentava me convencer de que isso não foi real. 

[...]

Passei o resto do dia sentada perto da lagoa. Longe de Glenn para não ouvir sermão, longe de Maggie para não ouvir "dicas" e longe de Carl, para não correr o risco de Glenn o ver comigo. Fiquei tempo suficiente para ver o Rick arranjar confusão, eu nunca o vi assim. Parecia fora de si. Ele ameaçou todos desse lugar e até mesmo Deanna. Isso não me parecia bom para continuarmos aqui. Não fui atrás de Carl, depois do acontecido de hoje cedo não sabia qual seria a reação de Glenn. 

O sol já estava se pondo quando finalmente resolvi voltar pra casa, estava faminta. Michonne, Glenn, Daryl e Carol conversavam ainda sobre o assunto Rick. Passo reto por eles e tiro um pouco de sopa do forno. Eles acompanhavam cada movimento meu com os olhos me deixando irritada.

    ⁃    Tá tudo bem? - pergunto me sentando.

    ⁃    Deanna convocou uma reunião, amanhã a noite. - diz Carol.

    ⁃    Ainda sobre o Rick?

    ⁃    Não sabemos, Maggie está tentando descobrir alguma coisa. - fala Glenn.

    ⁃    Acha que ela vai expulsa-lo? 

    ⁃    Não vai. - disse Carol. 

Eles conversaram por alguns segundos a mais e todos saíram. Acabo de comer minha sopa - que estava meio fria - silenciosamente e me sento no sofá. Não estava afim de ouvir Deanna falar. Pego a revistinha de Ron que estava em cima da mesa e começo a ler, sem muito interesse. 

    ⁃    Super heróis? 

Me assusto e deixo a revista cair, Carl me olhava com um sorriso. 

    ⁃    Idiota. 

    ⁃    Parece que nunca mais vou dormir no seu quarto. - diz ele.

    ⁃    Não vai me dizer que tem medo do Glenn? - pergunto. 

    ⁃    Ele foi bem claro quando disse que não quer bebês. 

- E eu não fui clara quando disse que existe camisinha? - revidei. 

Ele gargalhou e se sentou ao meu lado. Apoio minha cabeça em seu ombro e ele passa seu braço em volta de mim.

    ⁃    Como está seu pai? 

    ⁃    Ele está bem. Estava com ele até agora pouco, Michonne me expulsou do quarto. Disse que ele só acorda amanhã. 

Assinto. 

    ⁃    Estou com medo. - admito. 

    ⁃    Medo de que? 

    ⁃    De expulsarem seu pai, de expulsarem todos nós.

    ⁃    Não vão expulsar. - diz ele.

    ⁃    Como sabe?

    ⁃    Meu pai não vai deixar. 

Fecho meus olhos. E o cansaço toma conta de mim. 

[...]

Passei a manhã com Sasha. Ela era uma ótima companhia, apesar de não sorrir muito. Era sempre uma vitória quando a via rir, era como se me sentisse mais leve. Atiramos em alguns zumbis e conversamos sobre o quão parado era esse lugar, apesar dela mais ouvir do que opinar em algumas coisas. Só sei que falei demais porque ela ameaçou me tampar para os zumbis caso não calasse minha boca.  

A tarde foi mais parada do que tudo. Todos estavam se preparando para a reunião e Maggie tentava convencer Deanna de que Rick era uma boa pessoa e que precisávamos daquele lugar. Conversei um pouco com Glenn, ele parecia preocupado ou talvez tenso. Eu não sabia o porquê mas podia imaginar. 

No final da tarde Ron resolveu me chamar pra conversar. Dessa vez Carl não foi, não porque não queria e sim porque não o achei, ele estava sumido desde de manhã. 
Quando finalmente voltei pra casa ela estava vazia somente Carl estava lá e tentava fazer Judith dormir. 

    ⁃    Oi. - digo.

    ⁃    Oi.

    ⁃    A reunião começou? 

    ⁃    Começou, meu pai acabou de sair daqui. 

    ⁃    Espero que dê tudo certo. - digo me deitando no sofá. 

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

    ⁃    Estava com Ron? - pergunta ele. 

    ⁃    Estava. 

Sua postura se enrijece, e sinto ele ficar tenso. 

    ⁃    Hm. 

    ⁃    Qual é o problema? 

    ⁃    Nenhum. 

O vejo desaparecer por alguns segundo e voltar, sem Judith em seu colo. Ele vem até mim e pede espaço no sofá, retiro meus pés e os coloco em cima dele assim que ele se senta.

    ⁃    Folgada. - diz ele e eu dou a língua.  

    ⁃    O que fizeram? 

    ⁃ Conversamos, e comemos cookies. Ele estava um pouco quieto, acho que pela briga com o pai dele. 

    ⁃    Deve ser. 

Ele fica brincando com as tachinhas de minha bota. Estava incomodado, e eu não sabia por que. Fico o encarando e seu olhar se cruza com o meu, viro minha cara. Eu sempre tinha um problema quando olhava em seus olhos. Respiro profundamente e me sento ao lado dele. Ele continua olhando pro seu colo. 

    ⁃    O que aconteceu? - pergunto. 

    ⁃    Nada. 

    ⁃    Não minta pra mim Grimes. - digo mas sai como um aviso.

    ⁃    Eu só... não gosto de te ver com o Ron. Vocês ficaram bem próximos nessa semana. 

Dou uma risada, ele só podia estar brincando. 

    ⁃    Eu sei, sou um idiota. 

    ⁃    Um idiota fofo. - digo e passo minhas mãos entre seu pescoço. 

Sinto seu hálito em meu nariz. Me inclino para a frente e selo nossos lábios, ele passa suas mãos em meu rosto e desce para minha cintura, me puxa pra ele me fazendo sentar em seu colo. Aprofundo mais o beijo, quando ouço um tiro. Mordo o lábio inferior dele. Sempre tinha algo pra atrapalhar. 

    ⁃    Merda. - dizemos juntos e rimos. 

    ⁃    Vamos. - falo e saio de cima dele. 

Ele pega seu chapéu e saímos os dois da casa. Tiro a faca da parte de trás de minha calça e vejo Carl fazer o mesmo.

    ⁃    Onde era a reunião? - pergunto tentando enxergar algo nas ruas escuras. 

    ⁃    Em frente a casa da Deanna. - ele responde. 

Assinto e seguimos em silêncio até lá. 
A primeira coisa que vimos é Deanna, o corpo de Reg estava sobre ela que chorava. Meus olhos se arregalam quando percebo que ele estava morto, e Pete estava em seu lado com a cabeça estourada. Olho para Carl que me olha como se tivéssemos que ficar aqui. Respiro fundo. 

Um homem negro com uma madeira que parecia um cabo de vassoura, entra juntamente com Daryl e Aaron e falam com Rick por alguns segundos. Fito o lugar. Todos já tinha ido, menos o nosso grupo. Abraham tinha convencido Deanna a deixá-lo levar o corpo. Procuro Glenn mas ele não estava ali. Olho pra Carl que continuava com o mesmo olhar. O ignoro e sigo até Maggie, sinto ele atrás de mim. 

    ⁃    Onde está o Glenn? - pergunto. 

    ⁃    Não está com você? 

    ⁃    Não. - respondo. 

Onde aquele coreano foi se meter. Respiro profundamente tentando não me desesperar. 

    ⁃    Eu vou acha-lo, Carl volte com ela para a casa. 

Carl assente a passa o braço por meu ombro. Continuo respirando profundamente, se eu chorar não ia parar tão cedo. Seguimos para a casa e entramos nela, Daryl e o cara da madeira estavam lá. Subimos as escadas e paramos os dois na porta de meu quarto. 

    ⁃    Fica comigo? - pergunto e ele assente. 

Nos deitamos os dois na cama, sem nos encostar. Meu irmão era a coisa de mais valor que eu tinha, e eu ficava louca quando não sabia onde ele estava. Ou se ele estava bem, ou se estava respirando. Eu só precisava que ele ficasse bem. Sinto meus olhos se encherem de água e uma lágrima escorrer por meu rosto. Notei que Judith não dormia no berço, onde ela estava?

    ⁃    Onde está Judy? 

    ⁃    Meu pai a tirou daqui, eu não sei porquê. - responde.

    ⁃    Ele deve ter notado que eu sou uma louca inconsequente. - digo. 

    ⁃    Você não parece louca. 

    ⁃    Ah, qual é? Os Rhee são todos inconsequentes. Eu sou mais, tenho que admitir. 

Ele ri. 

    ⁃    Seu irmão não parece inconsequente.

    ⁃    Então você não o conhece direito. 

    ⁃    Talvez. - falou.

Suspiro. A imagem de Reg vem a minha cabeça, com o pescoço cortado, e Pete ao seu lado. As lágrimas, o sangue, a dor. Mas afinal vamos todos pro inferno, talvez Reg tivesse se safado disso. 

    ⁃    Amanhã vai me contar o que aconteceu. - digo.

    ⁃    Eu tenho outra escolha? - pergunta.

Nego com a cabeça, ele sorri. Me arrasto para perto dele e deito minha cabeça em seu peito. Ele passa seu braço por volta de mim. Solto um bocejo e fecho meus olhos involuntariamente, como sempre a imagem de todos passam por minha mente. 

E essa noite como todas as outras, eu pensei no pior, e o pior que podia imaginar agora era a minha vida sem meu irmão. Eu tentava lutar com o que pensava, ou com o que sentia mas nunca dava certo. Eu era melhor com isso antes disso tudo. 
Tento manter meus olhos abertos. Bocejo.

    ⁃    Nina, vá dormir. 

    ⁃    Eu tenho que espera-lo voltar. 

    ⁃    Assim que ele pisar aqui eu te acordo. - diz ele. 

    ⁃    Promete? - digo quase como um sussurro. 

    ⁃    Prometo. 

Sinto seus lábios em minha testa e me deixo levar pelo sono. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado aaaa
Vou tentar postar outro ainda essa semana
Beijos e obrigada pelos favoritos <3


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