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História My New Hope - Me Ama?


Escrita por: walkerzei

Notas do Autor


Volteei sz
Hoje tem Carl falando bobagem (ou nem tanto)
Esse capítulo parece estar menor que os outros
Boa leitura 💛

Capítulo 17 - Me Ama?


    ⁃    E foi isso que aconteceu. - termina Glenn. 

Respiro profundamente tentando absorver tudo isso. Coço minha cabeça. 

    ⁃    E... e o que Rick vai fazer sobre isso? 

    ⁃    Amanhã vamos reforçar os muros e construir novos para que os zumbis sigam exatamente para onde queremos. E no próximo dia vamos até a pedreira, ver se nosso plano irá dar certo. Só um teste. 

Assinto. Parecia arriscado, muito arriscado.

    ⁃    E você vai não é? 

Ele concorda com a cabeça. 

    ⁃    E Maggie assim como eu, vai ficar presa aqui. - me queixo. 

    ⁃    Eu só quero manter vocês seguras. - diz ele um tom mais alto. 

    ⁃    Você e esse enorme problema de proteção excessiva. 

Glenn respira profundamente e apoia suas mãos ao seu lado na escada. 

    ⁃    Eu protejo as pessoas que amo. 

    ⁃    E EU? EU NÃO PRECISO DE VOCÊ CERTO? AH CLARO, NINGUÉM PRECISA DE VOCÊ, AS PESSOAS TE ODEIAM MAIS DO QUE EU ODEIO O DIXON. - grito. - Pois bem Glenn, você conseguiu.

Me levantei rapidamente e subi os degraus da varanda. Paro na frente da porta quando Glenn pergunta:

    ⁃    Consegui o que? 

    ⁃    Vou com vocês. - respondo entrando na casa e batendo a porta atrás de mim. 

E ai dele se tentar me impedir. 

[...]

Meu pé batia rapidamente no chão fazendo um barulho rítmico, e sentia como se fosse explodir de raiva. Meu irmão como sempre sendo um avoado e se preocupando apenas com o que ele iria sentir, e não com o que nós iríamos sentir. Ele estava parecendo comigo e eu odiava isso, não sou exemplo pra nada. E meu plano mirabolante não estava sendo fácil, devia estar trinta minutos sentada aqui. 

Precisava esperar Rick chegar e falar com ele, perguntar se eu podia ajudar. Parte de mim realmente queria fazer isso, mas a maioria queria somente para que Glenn sentisse o que eu sinto toda vez que ele sai. Talvez eu fosse muito egoísta. Apoio meu braço na bancada da cozinha e coloco minha cabeça por cima dele. 

Minhas têmporas doíam e minha cabeça latejava, isso sempre acontecia quando ficava nervosa. E eu tinha uma mania horrível de chorar sempre que sentia algo forte, seja dor, raiva, amor, medo ou qualquer outro sentimento estupido. Sem contar a parte de passar mal e ficar sem ar, minha mãe sempre falava que eu era sensível demais. Ainda dou risada disso, pessoas sensíveis não duraram muito tempo. 

Vejo Rick entrar na sala e se sentar na poltrona, ele coloca os dedos na têmpora dos olhos e suspira, parecia tenso. Mas quando eu iria vê-lo sozinho de novo? Tomo coragem e me levanto indo em sua direção. Ele me observa com seus olhos azuis impenetráveis até que me sento, no sofá em sua frente. 

    ⁃    Posso te perguntar uma coisa? - pergunto me sentindo uma idiota. 

Ele assente. 

    ⁃    Posso ajudar com os zumbis na pedreira? - digo, meio rápido e um pouco receosa. 

    ⁃    Você sabe que é perigoso não é? 

    ⁃    Eu sei mas, eu quero ajudar. Depois que entrei pra esse grupo eu fiquei um pouco mal-acostumada. - brinco e ele esboça um sorriso. 

    ⁃    Não sou eu que decido isso, é você. Eu confio em você pra isso, sei que não vai fazer nada que arrisque o resto do grupo. Mas precisa conversar com seu irmão, se ele permitir tudo bem. - diz ele. 

Abro um sorriso e me viro indo direto para meu quarto. A primeira parte já foi.

[...]

Encarava o teto cinza desbotado de meu quarto pensando exatamente no que devo fazer. Talvez eu devesse contar a Carl que vou ajudar na pedreira. Talvez ele não me mate. Talvez ele simplesmente concorde. Talvez nada disso aconteça. Suspiro. Eu estava em dúvida, de novo. Realmente nada novo acontecia comigo, só problemas. Se eu não fosse eu perderia uma chance única de dar o troco no meu irmão, além de provar pra esse grupo que eu sou muito mais que um rostinho bonito. Carl teria que aceitar, por bem ou por mal. Mas afinal, o quê ele poderá dizer pra me impedir? 

Levanto de minha cama e calço minha botas. Ajeito minha faca na cintura e a coloco mais para trás, a afastando de minha costela. Abro a porta de meu quarto de sigo até o de Carl. Pondero por um momento até que finalmente bato na porta. A abro logo em seguida vendo Carl esparramado em sua cama lendo um gibi de super-heróis, seu chapéu jogado em um canto da cama e seus sapatos no outro lado do quarto. Era bom vê-lo assim.   

    ⁃    Oi. - digo sorrindo.

    ⁃    Oi. - responde e se senta na cama. 

Me sento ao lado dele. 

    ⁃    Tenho novidades. - cantarolo. 

Ele se vira pra mim. 

    ⁃    Quais?

    ⁃    Seu pai me deixou ajudar com a história dos zumbis na pedreira, disse que se eu convencer Glenn, poderia ir. Ele disse que confiava em mim pra isso. 

Ele fica por alguns segundo me encarando, seus olhos indecifráveis e sua expressão vazia. Ele parecia preocupado, ou pensando exatamente no que dizer. 

    ⁃    É perigoso, não devia ir. 

Essa foi exatamente a reação que estava esperando, mas ele não ia me vencer assim. 

    ⁃    Como? - pergunto me levantando. 

    ⁃    Você pode morrer. - insiste ele. 

    ⁃    E você também, mesmo estando aqui dentro. Ninguém está a salvo. - digo alto demais. 

    ⁃    Só faça isso, por mim. 

    ⁃    Você não é meu pai, não é meu irmão. Por que se importa? - pergunto. 

    ⁃    POR QUE EU ME IMPORTO? PENSA UM POUCO NINA, PORQUE EU AMO VOCÊ. - ele grita.

Arregalo meus olhos e fico parada por alguns segundos, perplexa demais para um reação. Carl respirava profundamente enquanto encarava o chão, e não parecia confortável com a situação. Ele disse que me amava! Ele não podia fazer isso, não podia fazer com que eu me importasse mais do que já me importo. Minhas regras de não se apegar a ninguém foram totalmente violadas depois de conhecê-lo e ele vem e me fala isso?

Sinto minha cabeça rodar e minhas pernas ficarem bambas. Ele me olha um pouco assustado. E eu rapidamente me viro e saio do quarto o mais rápido possível. 
Ele não tinha o direito de fazer isso! E o pior: não sabia se estava feliz ou triste. 
Eu estava nervosa, essa era a verdade. Nervosa por ser o tipo de pessoa que não faz a mínima ideia do que sente.

Sigo direto pra meu quarto, quase tropeçando em meus pés. Uma confusão enorme se encontrava dentro de mim, sentia como se fosse desmaiar, o que infelizmente estava longe de acontecer. Me jogo na cama colocando as palmas de minha mão no rosto. Se pudesse ver minha alma aposto que ela teria o formato de interrogação. 

Respiro profundamente, eu só precisava pensar. Eu queria ter certeza do que eu sinto, ter certeza de que esse aperto no peito quando ele está longe é amor. Ter certeza de que a saudade que eu sinto mesmo quando estou com ele, é amor. Eu não tinha essa certeza, infelizmente. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado 💛


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