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História My New Hope - Eu Preciso Dela


Escrita por: walkerzei

Notas do Autor


AEOOOO TO AQUI
Amei os comentários do último capítulo, socorro, continuem assim aaaa
Leitores fantasmas apareçam agora pq a fic tá quase no fim rsrsrsrs
Hoje tem Carlina? Tem sim senhor
Espero que gostem sz

Capítulo 28 - Eu Preciso Dela


Uma onda de consciência me atingiu rapidamente fazendo minha cabeça latejar. Abro meu olhos com um pouco de dificuldade e um brilho extremo vindo de um abajur invadiu meu olho, viro meu rosto para o lado vendo um olhar a me fitar, e infelizmente não era o que queria. Carl deixa a revista de lado e levanta sua cabeça, me olhando mais profundamente. Aquele olhar poderia me matar. 

Tento me sentar mas uma dor forte abaixo das costelas me impede. Gemo em protesto e simplesmente desisto, caindo na mesma posição na cama. Me volto a Carl que me observava com um olhar debochado, um leve sorriso estava em seus lábios. Reviro os olhos e tento encontrar a minha voz. 

    ⁃    O que houve comigo? - pergunto com a voz falha. 

    ⁃    Levou uma facada, não se lembra? 
 
Balanço a cabeça negando. 

    ⁃    Dormi por muito tempo? - falo, notando que já estava de noite. 

    ⁃    Quatro dias. - responde com uma cara de quem estava se divertindo. 

Arregalo meus olhos, eu com certeza perdi muita coisa. 

    ⁃    E onde está Glenn? 

    ⁃    Comendo algo, ele passou a noite nessa poltrona. Quase matou ele de preocupação, ele chegou aqui um tanto desesperado. 

    ⁃    Eu estou bem. 

    ⁃    Agora eu sei. - concorda sorrindo. 

Ele volta a pegar o gibi, o abrindo na metade e começando a ler. 

    ⁃    O que está fazendo aqui? 

Ele levanta seu olhar, e suspira. 

    ⁃    Eu me preocupo com você, queria ter certeza que estava bem.

    ⁃    Agora você sabe, por que continua aqui? 

Ele olha para os lados, visivelmente confuso e se levanta, parando em frente ao pé da minha cama. 

    ⁃    Só porque não estamos juntos, não signifique que eu não ame você. 

Encaro minha mãos sobre o cobertor, isso me machucava. Tento me controlar mas foi em vão, meu rosto se encharcou de lágrimas.

    ⁃    Você não pode fazer isso. - digo. 

    ⁃    Fazer o que? 

    ⁃    Terminar comigo, e depois vir me ver como se nada tivesse acontecido. Você me machucou! 

    ⁃    Você é importante pra mim, tinha que ver como estava. 

    ⁃    Você não pode! 

    ⁃    Então o que eu tenho que fazer? 

    ⁃    ESQUECER! - grito. 

    ⁃    Eu não posso esquecer.

    ⁃    O que você quer, Carl? 

    ⁃    Quero que fique bem. - responde.

    ⁃    Então vá embora, não faça isso comigo, por favor. - peço. 

    ⁃    Você estava certa, o sentimento destrói pessoas. - diz ele e vejo uma lágrima escorrer por seu rosto. 

Ele me dá as costas, batendo a porta do quarto. 
Respiro profundamente e limpo meu rosto, eu estava cansada de chorar. Essa dor não ia embora, e era impossível se acostumar com ela. Mas eu tinha que tentar. Nós dois juntos, tínhamos dado errado. E eu não fazia a mínima ideia de como consertar. 

A porta se abre rapidamente e vejo Glenn, que instantaneamente lança seu olhar de preocupação. Ele a fecha lentamente e sem dizer uma só palavra se senta ao meu lado. Ele coloca uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha. 

    ⁃    Está bem? - pergunta. 

    ⁃    Estou, doida para sair daqui. 

    ⁃    Não acho que irá fazer isso.  

Bufo, ia ter que apelar para a Denise. 

    ⁃    Onde está Denise? 

    ⁃    Está dormindo, você acordou bem tarde.

Assinto. Teria que esperar por mais algum tempo.

    ⁃    Está bem? - pergunto, vendo seu rosto mal dormido. 

    ⁃    Agora que acordou, eu estou ótimo. 

Sorrio. 

    ⁃    Carl passou muito tempo aqui, ele ficou bastante preocupado. - diz ele. 

    ⁃    Eu não quero falar sobre ele. 

    ⁃    Então sobre o que quer falar? 

Me ajeito na cama, com um pouco de dificuldade. 

    ⁃    Como foi com os Salvadores? 

Ele perde sua expressão. 

    ⁃    Não tenho conseguido dormir direito, eu nunca imaginei que fosse assim. 

O encarei, eu nunca tinha visto esse olhar, ele estava angustiado. Não parecia quem eu convivi minha vida inteira, não mais. Minha expressão se desfaz, e com certeza a cara que fiz foi de dor, pois logo em seguida ele se levantou, perguntando: 

    ⁃    Tem algo doendo? 

    ⁃    Não, mas está doendo em você.  

Ele encara o colchão, voltando a se recostar. 

    ⁃    Eu realmente queria que nunca sentisse isso. - digo. - Eu sei que o mundo se foi, mas ter humanidade é uma escolha, só que infelizmente a necessidade ultrapassa nossas escolhas. Você vai se acostumar, eu me acostumei. Não tem como superar, mas vai ficar bem. Você é forte, você lutou muito, você sobrevive.  

Ele sorri.

- Só queria a mamãe fazendo um chá horrível pra me curar. - lamento. 

- Sinto falta dela, de Kenna, e até de seu pai. Eu não faço a mínima ideia de como chegamos aqui. 

    ⁃    Tem coisas que não se podem encontrar explicação. - respondo, me lembrando de Carl. 

Ouço duas batidas na porta até que ela se abre, era Maggie. 

    ⁃    Você não vem? - ela pergunta. 

    ⁃    Vou ficar. - fala Glenn.

    ⁃    Nina precisa de você? 

    ⁃    Não. Eu preciso dela. 


[...]

Não havia dormido nada essa noite, e Glenn muito menos. Ele passou a noite inteira na poltrona. E tentei insistir para ele ir mas acho que temos o mesmo problema, somos mais empacados que uma mula. Maggie trouxe café da manhã para nós, e disse que Denise já estava vindo me ver. 

Comi os bolinhos com gosto, estava faminta, tanto tempo desacordada tinha que ter um efeito colateral. Glenn insistiu em ficar e esperar Denise comigo, alegando que não confiava em mim pra isso. Não contrariei, eu sei que omitiria algumas coisas. Depois de alguns minutos Denise finalmente chega, e checa minha ferida

    ⁃    Eu já dei os pontos, então só tem que trocar o curativo pelo menos uma vez por dia. Pra evitar infecções. - diz Denise. 

Assinto. Não seria fácil pra mim tomar os devidos cuidados com o ferimento. Nunca fui boa com isso. 

    ⁃    Por que demorei tanto para acordar? - pergunto. 

Glenn suspira, se sentando na poltrona. 

    ⁃    O ferimento fui profundo, cortou uma das veias. Você ficou com hemorragia interna e tivemos que te operar. 

    ⁃    Por que não me lembro de nada? 

    ⁃    É melhor assim, queria não lembrar também. - fala Glenn, colocando a mão na cabeça. 

    ⁃    Fiquei tão mal assim? 

    ⁃    Pior. - responde Denise. - Bom, pode sair da cama mas não faca muito esforço. Nada de corridas ou lutas com zumbis por pelo menos uma semana. 

    ⁃    Uma semana?! - pergunto, espantada. 

Ela assente. 

    ⁃    Eu já vou indo, tenho que falar com Rick. Parece que hoje vou me aventurar. 

Dou uma risada. 

    ⁃    Boa sorte e obrigada. 

Ela sorri e sai, fechando a porta. Me viro a Glenn, que me encarava. Formulo minha cara de quem pede permissão para sair e ele bufa. 

    ⁃    Tudo bem, mas nada de gracinhas. 

Comemoro. 

[...]

Era bom colocar os pés no chão de novo e ver a luz do sol sem ser da janela. O ar parecia mais fresco, as pessoas pareciam mais felizes e até a comida parecia mais saborosa. Mas sei que somente eu achava isso, - a garota que levou uma facada e passou quase uma semana dormindo - era normal me sentir assim, certo? 

A primeira pessoa que ficou feliz em me ver de pé - tirando Glenn, Maggie e Carl - foi Carol. Ela me abraçou e insistiu em dizer que fui muito corajosa. Estranhei de início, ela parecia diferente mas ao mesmo tempo tão ela que me confundi. Depois dela foram Rick e Michonne, Michonne me abraçou e disse que era ótimo eu estar bem, já Rick somente sorriu e disse uma típica frase "é bom te-la de volta".

Daryl arregalou os olhos quando me viu, mas depois os revirou dizendo "vaso ruim não quebra mesmo". Abraham bagunçou meu cabelo e disse que estava feliz em me ver, e logo depois Sasha que afirmou nunca ter estado tão feliz em me ver na vida. Enquanto andava pela rua fui parada algumas vezes pelo resto do nosso grupo. 

No final da tarde parecia que já tinha ganhado milhões de abraços, e pela primeira vez nesse grupo eu me senti querida. Não como uma intrusa ou como a irmã do Glenn, e sim como um membro de uma equipe, membro de uma família. E isso me fazia bem, mesmo que possa estar imaginando coisas. 

Como Denise me deixou voltar para o quarto, Glenn me fez prometer que qualquer coisa que precisasse era para chamá-lo. Quando finalmente deitei em minha cama me senti aliviada, não só por estar em meu quarto e sim por saber que estava tudo bem. Eu sou forte, eu lutei muito, eu sobrevivo. Me viro para o lado dando de cara com um papel. 

Preciso falar com você, preciso que você me ouça. Passo aí a noite. - Carl. 

Amasso o papel o tampando na parede. Por que tudo em mim dizia que devia escuta-lo mas eu não conseguia concordar? Tudo é tão mais difícil quando eu penso nele e ao mesmo tempo tão mais fácil quando ele está comigo. Eu precisava escuta-lo, ouvir o que ele tem a dizer e talvez entender o porquê de ter me magoado. Mas de uma coisa eu tinha certeza, eu não ia ficar mais nenhum dia me remoendo.

[...]

Encarava o céu da varanda da casa. Era meu momento de paz, que novamente foi interrompido. O portão é aberto e por ele entra o carro que usaram hoje cedo. Abe, Rosita e Daryl saem dele, ajudando Eugene, ele estava ferido. Continuo encarando o carro esperando Denise sair mas isso não aconteceu. Me levanto e corro até lá. 

    ⁃    Onde está Denise? - pergunto para Sasha, a única que ainda estava parada perto do portão. 

    ⁃    Ela está morta, vão enterra-la. 

Arregalo os olhos ficando um pouco estática. Ela salvou minha vida sem nem ao menos pensar, ela era importante. Me lembro de Tara, ela iria ficar péssima, assim como todos nós um dia já ficaram. Ela se foi, e não podíamos fazer mais nada. 


Notas Finais


Amo o Glenn e vou protegê-lo, meu deus que ser maravilhoso
CARL BEM INSISTENTE? TALVEZ
Parece que Carl tem algo a dizer hmmmm
No próximo capítulo tem umas cenas bem interessantes rsrsrsrs
Espero que tenham gostado, não esqueçam de coementar
Até quinta sz


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