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História My New Hope - Não Sei Como Fazer Isso


Escrita por: walkerzei

Notas do Autor


SÓ POSSO DIZER QUE: É HOJEEEEE

Capítulo 8 - Não Sei Como Fazer Isso


- Nada? - pergunto.

- Nada. - diz Daryl. 

Suspiro, estava cada dia mais difícil.

- Vamos voltar. - diz ele e começa a andar nos deixando pra trás. 

Seguimos atrás dele. 

- Mal humorado ele não? - digo.

- Sempre foi, mas é uma boa pessoa. - responde Carl. 

- Não gosto de pessoas mais estressadas do que eu. 
 
Ele sorri. 
Andamos em silêncio e novamente me encontro um tanto perdida olhando pra ele. Era como se uma força gravitacional me puxasse pra ele. 

- Estava pensando em quê? 

- Do porque de você ainda não ter me beijado. 

Ele abaixa a cabeça. 

- Te beijaria, mas não sei como fazer isso. - ele admite. 

Dou risada.

- Bom, acho que aquele ditado de cão que ladra não morde combina com você agora.

Ele sorri de leve e me aproximo dele, parando na sua frente. 

- Posso te ensinar.

Ele fica vermelho e isso me faz ter vontade de rir. Quem dizer que o que mais provoca é o que menos sabe? Esse menino era confuso demais. Sinto sua respiração contra minhas bochechas e vejo que ele me encarava. Levo minha mão a sua nuca e o puxo pra mim, sem mais delongas selando nossos lábios. Me surpreendo com a vontade que estava de fazer isso, era quase maior que eu. Sua mão vai até minha cintura e me puxa mais pra ele, ele estava muito bem pra quem beijava pela primeira vez. Encosto em seu cabelo e sinto seu chapéu cair no chão. 

- Eu não mereço. 

Nos soltamos rapidamente dando tempo apenas de ver Daryl se virar. Carl ficou vermelho, e eu ri. Pego seu chapéu e coloco em mim. 

- Pura inveja. - cochicho e Carl solta uma risada. 

Voltamos a andar por mais intermináveis e tediosos minutos, em silêncio já que o senhor tpm mais conhecido como Dixon me mandava calar a boca alegando estar tentando ouvir algum barulho de água. Mas não achamos nada, infelizmente. E quando graças a deus avistamos a van, um sorriso de alívio brotou em meus lábios. 

- Nina, não venha pra cá. - grita meu irmão. 

Meu sorriso desaparece, e o ignoro completamente. Dou dois passos pra frente e avisto Tyreese, sem metade de um braço e totalmente ensopado de sangue. Cubro minha boca com a mão, e um bolo invade minha garganta. Uma lágrima escorre de meus olhos, já era o segundo irmão morto. Eu não podia imaginar como Sasha estava se sentindo e também não podia acreditar. 

Carl se posicionou ao meu lado, e senti sua mão em meu ombro. Maggie pegou em minha mão e me puxou para um campo sem nenhuma árvore por perto. Segurei a mão se Carl e o levei comigo, nos sentamos encostados em uma árvore e vimos toda a movimentação por ali. 

Cavaram um buraco no chão, levaram Tyreese até lá e o enterraram. Eu me sentia mal, o que era estranho por não ter tido nenhum contato com ele. Sasha apareceu e seu rosto na parecia ter nenhuma expressão, mas eu sabia como ela estava e sabia como ela se sentia. 

Glenn me lançou um olhar me mandando ir até eles, cutuquei Carl e seguimos os dois até a cruz feita de gravetos e linhas. Gabriel lia um trecho da bíblia enquanto cada um de nós colocava um pouco de terra por cima da cova. Na minha vez cambaleei até a cruz, coloquei um pouco de terra e sussurrei: "te vejo em um lugar melhor". Voltei ao lado de meu irmão e assim que o padre parou a leitura Sasha deu meia volta e saiu. 

- Nina. - chama meu irmão. 

Ele levanta a mão mostrando uma touca que reconheci ser de Tyreese. Entendi o que quis dizer e a peguei, me voltei a cruz e a pendurei no topo dela. Glenn sorriu, não seu sorriso normal, o sorriso da minha vida. 

[...]

O sono estava invadindo cada parte de meu corpo aos poucos, e já estava quase dormindo com a cabeça no colo de Glenn quando ele tira algo interessante de sua mochila, um relógio. 

- Onde conseguiu isso? - sussurrei pra ele. 

Ele sorriu como se voltasse pra outra época. 

- Hershel, o pai de Maggie, me deu. A tanto tempo que parece outra vida. - respondeu no mesmo tom. 

- É muito bonito. 

- É sim. 

- Eu tô com medo. - admiti. 

- Medo do que? 

- De perder você, igual a Sasha ou Maggie. Eu não posso mais perder ninguém. 

- As pessoas vão morrer...

- Você não pode morrer, como você diz eu sou uma criança. E crianças precisam de seus pais pra sobreviver e como eu não os tenho só me resta você. 

- Nina, você é minha irmã mas não posso te prometer viver para sempre. 

- Como eu posso viver sem você?

- Você vive sem Kenna, sem nossa mãe, sem seu pai. Você vai sobreviver. 

- Eu vivo sem eles porque tenho você, você sabe que nunca fui uma pessoa fácil. E você foi o único que sempre me apoiou, mesmo em maluquices. 

- Você vai ficar bem. - sussurrou. 

- Como sabe? - insisto, falando um pouco mais alto.

- Você é uma Rhee. 

[...]

Faziam três semanas desde Atlanta, e mais de duas desde Tyreese. Estávamos andando havia muito tempo, só parávamos pra recuperar o fôlego por poucos minutos ou dormir com os dois olhos abertos. Meu estômago roncava a todo minuto, e não era o único. Estamos há dias sem comer, não sei nem como ainda estamos de pé. Nós parecemos os mortos agora. 

Sasha, Maggie e Daryl estavam péssimos, principalmente Maggie, ela estava há dias cantarolando a mesma música, Glenn estava muito preocupado e com medo de que algo acontecesse. Já eu não sabia se estava bem, toda essa tristeza e esse clima me colocam pra baixo e é como se me sentisse mais triste que todos eles. 

Mas eu tinha alguma sorte, eu acreditava nisso. Meu irmão continuava de pé e como sempre com seu espírito de esperança, e eu e Carl estamos na mesma. Não que eu queira mais que isso, estou satisfeita assim. Nossa relação - se é que podíamos chamar assim - era divertida, eu o provocava e ele reagia. Tirando esses últimos dias, ele tem me evitado muito bem. E ainda não sabia a razão disso.

- Temos que continuar. - diz Rick. 

- Faltam quantos quilômetros? - pergunta Carol.

- 96. 

Assentimos. 
Nossa água estava no fim, a comida já tinha acabado faz um dia, precisávamos de suprimentos. 

- Precisamos de água. - digo e todos me olham. - Sem água vamos morrer.

- Eu, Sasha, Maggie e Michonne vamos por ali. - diz Daryl.

Rick assente e eles somem na mata.

- Nós vamos ficar aqui, garantir que nada suma. - diz Abraham.

- Carol, pode ficar de olho na Judith? - pergunta Rick.

Ela assente pegando a bebê dos braços de Carl. 

- Eu, Carl e Glenn vamos por ali.

- Eu vou também. - digo pegando minha arma.

Eles assentem.
Andamos até a floresta todos em silêncio, eu olhava para o chão tentando me concentrar. Só "acordo" quando bato meu rosto nas costas de Glenn. Uma cabana abandonada, de uma madeira escura era vista daqui. 

- Vamos lá. - diz Rick. - Pode ter comida. 

Assentimos e seguimos todos até a entrada, a porta estava destrancada. Estávamos pra entrar quando um pequeno barulho chega até nós, parecia um alarme. 

- Vou ver o que é isso. - falei me virando.

- Tem certeza? - me pergunta Rick. 

- Tenho. - disse.

Dei as costas à eles e desci o pequeno barranco. Segui o som até uma caixa quadrada e de ferro perto de uma árvore, a abro e desço todos os pinos para baixo, parece que um deles funcionou. Quando dou as costas um zumbi aparece, rapidamente cravo minha faca em sua cabeça e ele cai no chão. Sem barulho. Ou não totalmente. O único barulho que sobrou foi o de água. 

Me virei e continuei a andar na direção contrária, até que finalmente achei o que procurava. Era uma pequena queda d'água, parecia aquelas coisas de filme clichê, e sem sombra de dúvidas era muito bonita. Levo minhas mãos até ela as enchendo e bebo um pouco da água. Passo o resto no rosto. Uma mão encosta meus ombros. Me viro rapidamente e bufo quando vejo quem era. 

- Que bosta de mundo que não se tem sossego uma vez! - reclamei.

- Meu pai me mandou vir atrás de você. - falou Carl se sentando. 

- Eu não preciso de babá, sem contar que era pra você estar me evitando não?

- Ele só quer que fique bem, protegida. - continua ele, me ignorando totalmente. 

- E por acaso pareço uma donzela mimada que precisa de algum tipo de proteção? 

- Pra falar a verdade... - brinca ele e eu bufo. 

Bebo mais água e agora a jogo em meu pescoço. 

- Não vai entrar? - perguntou ele. 

- Pra falar a verdade, acho que sim. - respondi

Tirei meu colete jeans e surrado e também minha camiseta branca que estava longe de ser branca. Pulo na água somente com minha calça. A água me fazia lembrar as vezes que ia a piscina, Glenn sempre levava Kenna e eu. Sentia saudades de ouvi-la rir e de seu rosto sem dentes cheio de protetor. 

Volto a superfície, Carl se preparava pra entrar. Ele entra jogando água em mim. Começo a boiar tentando esquecer que estou num mundo horrível, mas essas coisas não se conseguia esquecer. 

- Que bonito. - diz Rick sorrindo. 

Saio da água rapidamente, Glenn estava com minha blusa na mão e com um olhar de irmão super-protetor que podia me matar. Tiro logo minha blusa de sua mão e a visto. 

- Achamos água. - digo. 

- Nós vimos. 

Meu irmão some por alguns segundos e volta com três galões de água nas mãos.

- O que é isso? - pergunta Carl.

- O que achamos, as garrafas que temos dariam bem menos.

Assentimos e começamos a encher tudo, e em poucos segundo estávamos no caminho de volta.

- Está parecendo um rato afogado. - provoco Carl. 

Mas um rato muito bonito, tinha que admitir.

- Pelo menos eu tenho olhos azuis. Sou um rato angelical. 

Olho para a frente vendo Glenn e Rick à pelo menos 10 metros de distância de nós. 

- Parece mesmo angelical, tem uma carinha de inocente. - sussurro dando um soco fraco em seu braço. 

- Não sou inocente. - discordou ele.

- Ah, é verdade. Esqueci que curte beijar meninas na floresta. Bastante visto que isso aconteceu mais de uma vez. 

- Se você não quisesse não teria acontecido. - revida ele. 

Okay, essa parte é verdade. Voltei a andar e ele ficou pra trás. Idiota. Ele agarra meu pulso e me viro bruscamente encarando seus olhos.

- Não gosta quando te provocam não é?

- Não. - falei tentando desprender meu pulso. 

Ele deu uma risada e me soltou. 

- Tinha que ver a sua cara. - riu-se ele. 

- Há há há! - ironizei com um sorrisinho nos lábios. - Domador de vacas. 

- Me chamou de que? - perguntou fingindo-se ofendido. 

- Domador de vacas, não é isso que um cowboy é? 

- O chapéu é de xerife. 

- Tanto faz. 

Ele sorriu e me puxou pela mão, corremos até Glenn e Rick e os acompanhamos lado a lado. Quando chegamos na rodovia todos estavam já de pé, com certeza prontos para sair. Vejo que Daryl e seu grupo haviam voltado. Rick fala algo com eles que pegam suas mochilas, pego a minha também. 

- Vamos embora, já temos água para algumas horas. - diz Rick e todos assentem. 

O grupo começa a andar e passo por todos eles, ficando uns quatro passos a frente. Alguns conversavam animadamente, outros nem tanto. Maggie cantarolava baixinho uma canção, a mesma canção que já estava farta de ouvi-la cantar. Rick carregava Judith que brincava com sua barba. Sorri involuntariamente. 

Noto que Carl está do meu lado, e não me encarava. Menos mal. Só nos beijamos algumas poucas vezes, pra falar a verdade não tão poucas assim. Mas eu não estava pronta pra ele, não estava pronta pra ninguém. Não estava pronta para alguém que bagunça tanto minhas emoções sem me dar chance de lutar contra elas.

Alguns zumbis saem da floresta e rapidamente tiro minha faca da cintura. De relance vejo Carl fazendo o mesmo. Cravo minha faca na cabeça de quatro deles e quando acabo a guardo novamente. Me viro pra trás e noto que todo o grupo olhava para o que fizemos. 

- Eu não tive tempo nem de pegar minha faca. - diz meu irmão me fazendo sorrir.

- Da próxima eu deixo alguns pra você. - digo.

- Eu passo essa. - responde ele levantando as mãos em sinal de rendição.

- Vamos continuar. - diz Rick e todos voltam a andar. 


Notas Finais


ATÉ QUE ENFIM NÉ
AGORA SÓ FALTA A NINA ARRANJAR UM RUMO NA VIDA
QUAM VAI SER O NOME DO OTP???
NINARL (q nome bosta)???
COMENTEM POR FAVOR OQ ACHARAM DESSE ACONTECIMENTO RSRS
BJSSSSSS SZ


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