História My Obsession - Capítulo três

Jimin passou horas se perguntando de onde Suga o conhecia, e como o garoto sombrio nutrira sentimentos tão fortes pelo mesmo.
Jimin era, de fato, gay. Mas isso não significa que fosse cair aos pés de qualquer garoto bonito que aparecesse, ainda mais se esse alguém é o maníaco que o sequestrou!
A angústia de não ter a menor noção de tempo, mexia com o psicológico do rapaz. Era tardezinha, porém, Jimin não fazia noção disso.
O quarto estava completamente escuro, abafado e com cheiro de mofo.
Por tudo que é mais sagrado, se Park Jimin possuísse qualquer tipo de objeto que o pudesse matar, ele teria feito sem pensar duas vezes.
É intrigante o que o cativeiro faz com a mente das pessoas. O garoto feliz e sorridente, agora ansiava desesperadamente por uma lâmina.
Quando estava quase caindo no sono, Jimin pôde ouvir o som familiar de um telefone fixo. Não conseguira distinguir a voz de Suga, mas julgar pelo  pouco tempo que o aparelho ficou tocando, Yoongi já teria recebido a ligação.
-Alo?- Na sala, Suga respondeu a quem ligava.
-Min Yoongi! Pode por favor me explicar porque não atende a porra do seu celular?- O amigo gritou.
-Hey, Namjoon, calma- Suga respondera, em tom de descaso.
-Onde está extremamente?
-Estou "exatamente" no Brasil, em um hotel maravilhoso com uma visita importante, então se me dá licença...
-USE CAMISINHAS!- Namjoon gritou rindo, e Yoongi desligou o aparelho sem mais delongas. Certamente o amigo reclamaria muito disso depois, mas não é como se Yoongi se importasse.
Suga sentou no sofá, cansado, massageou as têmporas em busca de algum alívio na dor de cabeça que o atormentava. E essa dor havia nome, Park Jimin.
Suga foi até uma das gavetas do raque na sala, o qual sustentava a televisão, e tirou de lá uma caixa de primeiros socorros. Pegou um remédio, e engoliu a seco.
Revolveu que não queria jantar, então dirigiu-se a seu quarto bem mais arejado, espaçoso e mobiliado do que o quarto no qual seu prisioneiro encontrava-se, e dormiu.
Ambos sonharam um com o outro naquela noite.
Jimin, teve o pesadelo de estar sendo espancado por um Yoongi raivoso, já Yoongi, teve o melhor sonho de sua vida. Jimin e ele estavam a andar de bicicleta juntos. Suga teimava em dizer que era a coisa mais chata que já fizera, porém, faria de tudo para agradar Jimin, que dizia ser aquilo, o momento mais romântico e fofa que já passara com alguém.
(...)
De manhã, Yoongi acordou desperto, feliz, e com um lindo sorriso no rosto. Não tinha como estar para baixo; não depois do sonho que tivera com seu amado.

"Um dia, isso ainda irá de se tornar realidade"

Depois de um banho relaxante na banheira de sua suíte, Yoongi foi para a cozinha comer algo.
Preparou seu matinal café sem açúcar, e abriu um saco com pães de mel.
Estava com muita fome, mas por outro lado, queria comer na companhia de Jimin, então foi o que fez.
Foi até o quartinho imundo onde o segundo encontrava-se, e sentou ao seu lado na cama.

"Tão lindo enquanto dorme!"

-Hey, meu amor- Suga chamou-o baixinho. Pôde perceber o menino dando um pulinho ao seu lado, e logo permanecer imóvel e calado- Está com medo de mim? O que acha que posso fazer com você?- Suga acariciava os cabelos ruivos do garoto assuntado ao seu lado.
-Responda... Acha que eu posso te machucar?- Dessa vez, acariciou as bochechas rosadas do menor.
-Você já me machucou- Jimin encolheu-se na cama, amedrontado.
-Desculpe por aquilo, mas você precisava aprender a se comportar meu anjo!- Suga diz, pela primeira vez exibindo um sorriso fofo, que se não fosse pela situação, Jimin deveras acharia encantador.
-Não encoste em mim- Balbuciou com nojo em sua voz, esquivando-se dos toques do mais velho.
-Jimin, Jimin- Senhor Min rio- Quando vai entender que você não está no controle aqui? Você finalmente é todo meu, e eu farei o que quiser com você- Disse em pouco caso, exibindo mais um de seus sorrisos perversos.
Como uma única pessoa conseguia mostrar-se tão diferente em questão de segundos? Min Yoongi conseguia.

"Bipolar, é isso que Suga é, bipolar e psicopata"

O coração de Jimin pareceu parar por um instante, e logo, voltou a bater tão forte, que o ruivo temia poder ser escutado.
Suga chegou ainda mais perto do garoto, segurou firme o pequeno e delicado rosto do Park, e enfim selou brevemente seus lábios.
Ah, como sonhara com esse beijo dês de que avistou Jimin pela primeira vez, no laboratório da escola.
Encantou-se prontamente pelo menino, mas nunca teve uma chance de se aproximar, até agora...
Mesmo que por meio segundo, e sem nenhum sentimento da parte de Jimin, Yoongi podia classificar aquele, sem duvidas, como o melhor beijo do mundo.
-Vem, vamos tomar café? Vou deixar você comer na cozinha comigo, então espero que se comporte, ouviu bem?- Ameaçou, e o ruivo prontamente assentiu, disposto a aguentar tudo para sair das algemas.
E uma onda de alívio veio junto com o "clic" das algemas sendo liberadas de seu pulso dolorido, o deixando livre da beirada da cama.
-Primeiro vamos passar uma pomada nisso, venha!- Yoongi puxou Jimin pelo braço não fraturado, até a sala.
De dentro da mesma caixinha de primeiros socorros na qual pegou seu remédio na noite anterior, Suga retirou ataduras, uma gaze e pomada.
Indicou com o olhar aonde Jimin deveria se sentar, e assim foi feito.
Doeu, ah como doeu, levando em consideração que Suga não é lá a pessoa mais delicada para tal ato, mas sem duvidas, melhorou muito a situação de Jimin.
-Obrigada- Sentiu-se na obrigação de agradecer, por mais idiota que lhe parecesse. Suga que o prendera ali, era tudo extremamente culpa dele!
-De nada amor- Sorriu.
-Não me chama assim- Suplicou Jimin com a voz fraca, encarando o chão.
-Mas porquê? Você é o amor da minha vida, de que outro jeito deveria te chamar, babo?- Revirou os olhos sorrindo amigavelmente.
Jimin suspirou frustrado, e resolveu calar-se por hora.
-Suga, eu estou com fome- Confessou. Fazia, no mínimo, doze horas que o Park não comia.
-Venha, tenho café e pão de mel, espero que goste!
E então os dois comeram o café que Yoongi preparara com orgulho. Não que fosse muito difícil misturar o pó do café com água, e abrir o pacote de pão de mel, mas Jimin não precisa saber.
-Você parece pensativo - Suga escorou os cotovelos na mesa, e o rosto do Park prendia toda sua atenção no momento.
-Posso te fazer uma pergunta?- Jimin engoliu em seco.
-Claro amor- Suga pareceu empolgado. Em sua cabeça, lhe parecia um avanço em sua "relação", se é que pode-se chamar assim!
-De onde me conhece? E como entrou em minha casa?
-Te conheço da escola. Me apaixonei por você a primeira vista- Sorriu olhando para o nada, nostálgico- Logo depois, me mudei para o mesmo prédio que o seu, por um maravilhoso acaso do destino, e dês de então, venho planejando o dia em que finalmente ficaríamos juntos- Suga explicou enquanto levantava de onde sentara, e aproximando-se de Jimin, que a essa altura, já estava com a respiração falha e batimentos acelerados. O medo era incontrolável e insano.
Suga sentou no colo de Jimin, forçando um pouco a cintura para baixo, fazendo sua intimidade chocar-se com a do garoto.
-Você me deixa assim Baby, está sentindo como eu fico só de te ver? Todo assustado e indefeso- Rebolou mais uma vez, enquanto Jimin não atrevia-se nem a respirar direito.
-Suga, para com isso- O menor suplicava, mas acabou saindo mais como um gemido do que qualquer outra coisa.
-Não deveria falar assim Park Jimin, você não tem noção do que isso faz comigo- Sussurrou, passando lentamente o nariz pelo pescoço do amado, aspirando seu perfume.
-Suga, por favor, me deixe em paz - Mais uma vez Jimin implorou, só que agora com mais firmeza.
-Tudo bem, você venceu, mas você ainda vai ser meu Jiminnie- E com essas palavras, Yoongi saiu do colo de Jimin, e sem aviso prévio, puxou o mesmo pelo antebraço com tanta força que fez Jimin praticamente ser arrastado para o quartinho imundo.

"Não, tudo menos as algemas"

E como se lesse os pensamentos de Jimin, Yoongi o fez.
-Isso é para você aprender a não recusar seu Hyung!- Suga girou nos próprios calcanhares e foi embora trancando a porta.
Mais uma vez, as lágrimas tomaram conta da face desesperada do rapaz algemado. Sentia nojo de sí mesmo, como pudera ficar quieto enquanto aquele monstro tocava em sí sem pudor?
Pena que toda e qualquer coragem de Jimin se esvaiam ao encontrar aqueles olhos.
Aqueles olhos frios e sem sentimento.

"Deus, será que vou sair daqui um dia?"

Jimin já nem tinha mais esperanças sobre. Estava ciente de que talvez Suga o prendesse ali para sempre, a possibilidade  o atormentava.
Yoongi andou de um lado para o outro na sala de estar, e caiu de costas no sofá, deitando-se ali e suspirando frustrado.
Pegou o celular de Jimin, que até então não havia sequer lembrado de estar consigo, e sorriu internamente ao perceber que o mesmo não possuía algum tipo de senha.
Entrou direto na galeria do rapaz, não deu  a mínima para qualquer outro tipo de mídia a não ser as fotos do próprio Jimin.
Sorria a cada foto, perfeitas em sua opinião.
Mas, uma em particular, fez seu sangue ferver.
Nunca gostara do tal "JungKook" e ver uma foto dele ao lado de seu amado sorrindo, só fez odia-lo profundamente.
Ficou tão irritado, que acabou por jogar o telefone com força na parede, fazendo o mesmo despedaçar em mil partes.
Não deu-se nem ao trabalho de juntar os restos do que algum dia já fora o celular de Park Jimin.
 (...)
Algumas horas se passaram, e nesse meio tempo, Yoongi já havia jantado e levado um pouco de comida para Jimin.
Mas, para a infelicidade do Park, Suga sentia -se entediado.

"É ridículo estar no tédio com Park Jimin algemado no quarto ao lado"

E com esse pensamento, Suga foi até o quarto do rapaz.
Jimin nem precisou virar-se para ver quem era ao notar "alguém" entrando no quarto.
Sentiu um dos lados da cama afundar, o lado para qual estava virado de costas. Jimin encolheu-se ainda mais na cama, tentando se livrar de todos os pensamentos medonhos que invadiram a sua mente.
Sentiu o corpo do maior se aproximar do dele, e então encaixar-se perfeitamente à suas costas. Jimin respirou fundo, tentando manter a calma. Yoongi passou seu braço pela cintura do Park, abraçando-o, e Jimin fechou os olhos, sentindo seu corpo inteiro tremer.
-Eu já disse que você não precisa ter medo de mim- Suga sussurrou ao pé do ouvido de seu prisioneiro amoroso e depois passou a ponta de seu nariz pelo pescoço do mesmo.
Sentiu Jimin arrepiar-se, e de certo modo, isso o agradou muito.
- Pare com isso, não toque em mim. – Jimin falou num sopro. Ele queria se mexer, fugir, se defender dos toques de Yoongi, mas estava muito fraco para qualquer uma dessas coisas, isso e o fato de estar com o pulso esquerdo algemado firmemente ao ferro velho e com a tinta descascando, que formava a cabiceira da cama. Jimin perguntava-se se todos os quartos eram assim. A cozinha e banheiro eram tão bons, e o quarto no qual passara algemado os últimos dois dias, o fazia querer vomitar. Sem contar que morria de medo do escuro, que era como encontrava-se todo o tempo aprisionado ali.
- O quê? – Suga riu baixo- Já lhe expliquei as regras, não? Eu mando aqui, você é meu e eu faço com você o que eu quiser. E no momento, quero ficar aqui, abraçadinho com você- Yoongi fez carinho  nos cabelos de Jimin, que apenas suspirou frustrado, imaginando como pudesse haver no mundo, alguém tão mal e sínico como Yoongi. Amor? Aquilo não era amor, e sim obsessão.
- Hoje eu vou dormir aqui com você. – Suga falou baixinho. Mesmo de costas para o garoto, e no escuro, Jimin podia jurar ver um daqueles sorrisos sombrios se apossarem dos labios de Yoongi.
Espessas e silenciosas lagrimas pendiam dos cílios do ruivo.
-Suga, pode tirar as algemas? Eu prometo não tentar fugir, só... Por favor!- Jimin suplicou com dificuldade por conta do choro.
-Tudo bem- Suga cede em meio a um suspiro.
Por Deus, sua intenção nunca fora machucar Jimin, ele o amava incondicionalmente, mas algo na rebeldia do garoto, o fazia perder a cabeça.
Pegou a chave no bolço de sua calça jeans, e soltou as algemas. Dessa vez por conta da atadura, não havia sangue, mas isso não significa que não houvesse dor.
Depois de Suga repousar os acessórios sobre o único criado-mudo do quarto, voltou a deitar-se ao lado do coreano encolhido na cama.
Suga abraçou o corpo de Jimin por trás novamente, e logo começou a dar beijinhos no pescoço do mesmo, e morder o lóbulo de sua orelha.
Jimin tentou esconder seu rosto molhado pelas lágrimas no travesseiro, mas foi impedido por Yoongi.
-Hey, anjo, não vou lhe fazer nenhum mal, você pode confiar em mim- Suga dizia, magoado- Eu só quero passar esse tempo ao seu lado, você não compreende?
-Desculpe Suga, mas pra mim isso não é amor- E mais uma lágrima, porém dessa vez, não de Park Jimin.
A prova de que Jimin era, realmente e incontestavelmente a pessoa mais doce e amorosa do mundo, era sentir-se um monstro, por fazer Min Yoongi chorar.
-Você vai me amar um dia Jimin, e aí você vai entender- Suga depositou um beijo na bochecha do mais novo, que secando mais algumas lágrimas, permitiu-se enfim dormir, envolto nos braços fortes do homem que o amava.
Pena que Yoongi já não podia dizer o mesmo.
(...)
No amanhecer do dia, Jimin virou-se na cama, e uma súbita felicidade percorreu-lhe ao notar que estava, por fim, sozinho no quarto.
Ficar sozinho no escuro, em um quarto gélido e cheirando a mofo, era sem duvidas melhor do que ficar no escuro com Min Yoongi em um quarto gélido e cheirando a mofo.
-Toc Toc- Pode ouvir seu Hyung batendo a porta.
Logo o mesmo entra com uma bandeja em mãos. Frutas, café, bolinho de arroz doce e chocolate. Jimin não podia negar que era um ótimo cardápio, mesmo que oferecido por Suga.
-Espero que desta vez esteja mais do seu agrado- Yoongi sorriu de lado, mas Jimin não retribuiu.
A última coisa que Jimin queria era se tornar uma pessoa amarga e triste, mas o terceiro dia no cativeiro estava tirando o pior de sí. E ainda assim, traços de um Jimin encantadoramente meigo, podiam ser notados na situação em que, a maioria das pessoas, já teria chegado ao limite.
Jimin comia tudo com pressa, não havia notado o quão faminto estava, até que a comida lhe fosse dada.
-Ei, calma- Suga ria do desespero do segundo, que a essa altura, já nem ouvia os comentário idiotas de Yoongi- Jiminnie, tenho uma proposta para você... Você me faz companhia fora deste quarto, se comporta direitinho, e no fim do dia, faço sushi para nós e coloco um filme, que tal?- Jimin assentiu diversas vezes. Se em qualquer situação já daria tudo para ver um bom filme, imagina naquela situação? Depois de dois dias apenas tento saído para tomar banho e uma vez para comer, seria uma dádiva ver outros rostos, ouvir outras vozes, mesmo que por meio de um filme.
Sem contar que, o pensamento de passar mais que trinta minutos sem as algemas, o agradava bastante.
-Tudo bem- Disse sorrindo um pouco, inconscientemente, enchendo o coração de Suga de alegria.
-Então vamos, quero que me ajude a limpar a casa antes de prepararmos o almoço.
Suga e Jimin passaram horas limpando a casa, que Park descobriu ser luxuosa, na medida do possível.
Aparentemente, o único lugar deplorável da casa, era o seu quarto. O quartinho imundo.
Jimin sentia todo o corpo doendo, músculos contraídos e um possível enxaqueca.
Agradeceu mentalmente quando seu Hyung disse que enfim poderiam descansar, e sem mais, caiu exausto no sofá da sala.
-Hey, está cansado?- Suga pergunta, e Jimin assente, desconfortável- Vira de costas.
-O-o que você vai fazer?- Jimin gaguejou, como na maioria das vezes que tinha de se comunicar com Yoongi.
-Vira logo- Suga revirou os olhos bufando. Estava cansado de toda essa teimosia da parte de Jimin, que logo fez o que o mais velho mandara.
Sem que Jimin esperasse, sentiu mãos fortes passando por seus ombros, nuca e costas, fazendo um carinho. Logo Yoongi tira a camisa de Jimin com facilidade. Jimin treme em medo, as mãos suando, e coração acelerado. Mas, na verdade, já estava acostumado á sensação doentia de pânico. Por que era isso que sentia sempre que Suga aproximava-se de sí.
Suga continuou com os movimentos precisos nos ombros do rapaz, e logo que terminou a massagem ali, deu um beijinho no mesmo.
Sem demora, chegou as costas.
Jimin não fazia ideia de se Yoongi já havia feito algum curso, mas devia adimitir que ele seria um bom massagista, independente de ser quem era.
-Relaxe, quero que se sinta bem. Já trabalho muito por hoje- Yoongi dizia, enquanto distribuía beijinhos na bochecha de Park Jimin.
O ruivo sentia dor na garganta, de tanto trancar o choro. Não poderia parecer uma garotinha assustada, mesmo que fosse como encontrava-se na mão de senhor Min.
-Deu, já me sinto bem- Sussurra assustado, em uma tentativa de fazer o segundo soltar-lhe. Sem sucesso.
Suga mordeu com certa força o lábio inferior de Jimin, e sorriu ao ver o mesmo tomar a coloração arroxada, assim como as marcas no pescoço do mesmo.
-Diria que estou fazendo isso para todos verem que você tem dono, mas a verdade é que, ninguém vai sequer ver você aqui- Sorriu sádico, e Jimin sentia seu coração saltitar.
-Suga, nós não podemos ver o filme agora?- Pede o Park, e Min sorri.

"Pelo menos é algo que podemos fazer juntos, por mais que não seja isso que quero"

-Se isso te faz feliz- Suga da um selinho rápido nos lábios do menor, e assim que vira-se para escolher um DVD, Jimin passa a mão aonde os lábios de seu sequestrador tocaram, como se fosse apagar algum vestígio do mesmo.
Jimin se sentia sujo, sentia nojo do próprio corpo toda vez que era tocado por Suga de algum modo.
-Ei, trouxe uma coberta, quer pipoca?- Yoongi tira o menino de seus devaneios.
-Não, obrigada- E então, Suga puxa um encaixe, fazendo o fofa-cama liberar sua extensão.
Deitaram no mesmo, e Jimin tentava ao máximo ficar afastado de Yoongi. No começo, até conseguira alcançar seu objetivo, porém, enquanto o filme passava, Suga aproximava-se cada vez mais, até estar praticamente colado ao Park. Passou um de seus braços por trás dos ombros do mesmo, enquanto fingia prestar atenção no filme.
Começou uma parte de romance, e Suga bufou revirando os olhos.

"Ainda se não fosse clichê hétero..."

Suga então, resolveu consentrar-se apenas no fato de estar tão perto de Jimin. Sentia sua coxa encoste-se a perna do rapaz, e contrariou sua vontade para não toca -lo com as mãos naquele lugar.
Estava feliz por Jimin ter aceitado prontamente ver um filme com ele, não queria por tudo a perder agora, quando o garoto parecia começar a "se soltar mais".  Não queria um Jimin mudo e amedrontado, só queria passar mais tempo com a pessoa maravilhosa, que sabia ser Jimin.
-Suga, eu estou com saudades de casa- Noa até então ausência das vozes, pôde -se ouvir Jimin murmurar.
-Eu sei Jiminnie... Hã, você vai ter que ligar para a sua faculdade e trancar o curso, se fizer tudo direitinho, sem dizer nada ao meu respeito ou a nossa "situação"- Suga dizia, fazendo aspas com seus dedos- Eu deixo você ligar para algum de seus amigos, se inventar uma boa desculpa- Revirou os olhos, contrariado. Faria isso por Jimin, mas não era algo com qual o garoto deveria se acostumar, seria a primeira e a altima vez.
-Sério? Ah, obrigada Suga! Eu prometo não dizer nada- Sorriu verdadeiramente com a ideia de poder conversar e ouvir a voz de JungKook, para quem ligaria.
-Porém... Tem uma condição- Sorriu.
-Você tem mesmo que acabar com minha felicidade- Jimin deixa escapar, revirando os olhos e bufando baixinho. Suga ri com a atitude do garoto.
-Você vai dormir na minha cama, comigo. Prometo me comportar- Diz Yoongi, com seu melhor sorriso inocente- Acordo feito?
-Acordo feito