História My One and True Love - Capítulo 1

Quando pequena, sempre sonhava e imaginava a vida perfeita quando ficasse mais velha, adorava princesas e castelos, contos de fadas eram minha maior paixão.

Cresci, e só aí que nem sempre a vida é só um mar de rosas.

Bom, me chamo Gabriela, tenho 17 anos e hoje a maior loucura da minha vida está acontecendo: sair do Brasil e ir morar na Coréia do Sul. Por que? A grande tragédia que aconteceu comigo.

Era uma tarde normal, estava em meu quarto, mexendo no meu computador e terminando um trabalho de matemática, que realmente estava um SACO. Uma hora desisti e deixei o trabalho para mais tarde e desci até a sala, onde meus pais conversavam alegremente sobre algum assunto. Me juntei a eles e começamos a conversar de várias coisas, eles sempre foram super prestativos comigo, quase nunca brigávamos, e se acontecesse, em questão de minutos já estávamos conversando novamente como se nada tivesse ocorrido.

Horas se passaram e meu pai decidiu pedir uma pizza, pedimos e esperamos chegar.
Foi aí que tudo aconteceu.

O entregador chegou e nos entregou a pizza, meu pai entregou o dinheiro e o moço foi embora, eis que, quando meu pai iria fechar a porta, dois homens de capuz apareceram, rendendo ele.
Estavam armados e falaram para ficarmos quietos, ou ele atiraria, eu e minha mãe estavámos juntas e meu pai um pouco a frente, ‘’conversando’’ com eles.

- Por favor, calma! Levem tudo mas não machuquem minha família. – Meu pai disse.

- Pode ficar tranquilo cara, não viemos pelo dinheiro. – Um dos homens com capuz disse, logo tirando da sua cara e então meu pai o reconheceu.

- Você? De novo aqui? Por favor, esqueça isso! Vá embora! – Eu e minha mãe continuávamos a escutar a conversa, até que, o outro cara junto veio em minha direção.

Ele me queria, não sei o motivo, quando encostou em mim, minha mãe tomou frente e o cara atirou nela, em choque tentei ajuda-la mas o cara me prendeu.
Assim que meu pai viu aquela cena, gritou e tentou me soltar, eu ali, chorando vendo minha mãe naquele estado, sem saber o que aconteceria em seguida.

Eis então que meu pai conseguiu me soltar e eu corri até a cozinha, meu pai deu um soco em um dos caras e ele caiu no chão, já o outro sem capuz estava ali, eles então começaram a brigar e eu desesperada liguei para a polícia.

Falei onde morava e o policial disse que logo chegava, e me pediu que ligasse para uma ambulância também, pois contei o que acontecera com minha mãe.

Eis então, que aconteceu, escutei mais um tiro e meu coração estremeceu. Ele conseguiu acertar meu pai também.
Nesse momento eu sem forças apenas tentei me esconder, sem sucesso pois em choque não conseguia parar de chorar.

O cara então me achou e me agarrou, ele iria me levar a algum lugar, eu me debatia mas ele segurou meu braço com tanta força que não conseguia me soltar.

Quando estávamos saindo, escutei a sirene e vários carros de polícia apareceram, junto da ambulância.

O homem então, pegou a arma e apontou a minha cabeça, naquele momento achei que seria meu fim, e não conseguia fazer nada.

- Ninguém se meche ou eu atiro! – O homem disse.

- Calma, calma, não precisa machucar ninguém! Solte-a ou vai ser pior pra você! – Um policial que ali estava falou.

Foi aí que meu irmão chegou, ele não estava em casa no momento que tudo aconteceu, mas viu tudo e sem que fosse visto entrou pela porta dos fundos e deteu o homem que apontava uma arma em minha cabeça. Os policiais conseguiram o pegar e pegaram também o outro que mais cedo meu pai havia acertado.

Meu pai... MEUS PAIS! Quando me lembrei vi que os médicos já haviam os colocado em uma maca e rapidamente colocados a ambulância, porém, já era muito tarde. Os tiros foram fatais.

Naquele momento, desmoronei, meus pais, que mais cedo estavam comigo rindo, não estariam mais ali comigo, não sabia o que fazer, apenas consegui ficar ali, parada e chorando. Meu irmão então, veio até mim e me ajudou, pedindo calma, mas só senti meu corpo pesar, e depois disso não me lembro de mais nada.

Acordei horas depois, no hospital, meu irmão, Marcos, ao meu lado.

- Gabriela! Oh meu Deus minha pequena – ele sempre foi muito carinhoso comigo. – já estava preocupado, você desmaiou depois de tudo e..

- Cadê eles? Marcos, por favor me diga que eles estão bem, diga que não aconteceu tudo aquilo, por favor Marcos. – disse em meio ao choro.

- Eles, e-eles se foram, Gabriela. – Meu irmão disse, senti o quanto ele estava triste, mas era forte e não queria chorar na minha frente para tentar me acalmar.

Quando ouvi aquilo, meu coração apenas desmoronou. Eles realmente se foram.

~meses depois~

Depois de tudo, ainda não superei, mas eu e meu irmão resolvemos ir morar na Coréia do Sul, na casa de tio Roberto e tia Rúbia, tentando esquecer o acontecido e seguir em frente.

Esperavamos o nosso voo, enquanto eu tentava pensar que aquilo seria bom, que seria bom para mim e meu irmão tentarmos esquecer essa parte de nossa vida.

- Gabriela? Vamos, estão chamando nosso voo. – Meu irmão tirou de meus pensamentos.

Sorri fraco, peguei minhas malas e seguimos ao avião.

Entramos no avião e esperávamos o mesmo decolar, meu irmão segurou em minha mão e me olhou com um sorriso.

- Seja forte, minha pequena. Isso vai passar, seremos muito felizes lá!

A alguns meses atrás, eu havia entrado numa pequena e séria depressão, achava que nunca mais iria ter forças para sorrir e seguir em frente. Mas então pensei, meus pais nunca irião querer me ver assim, não é? Eles iriam querer me ver sorrindo e seguindo em frente.

Nosso avião decolou e meu primeiro pensamento foi ‘’ A partir de hoje, sua vida vai mudar Gabriela. ‘’ e então, adormeci. 

~horas depois~

Dormi quase a viagem toda, quando acordei, faltavam mais ou menos 2 horas de viagem ainda, meu irmão estava acordado porém com os olhos fechados escutando música. Decidi fazer o mesmo.

Peguei meu celular, coloquei meus fones e fiquei ali, voando em meus pensamentos.

Não estava triste, apesar de me mudar de país, sabia que era uma mudança enorme na minha vida, mas eu estava feliz e preocupada. Preocupada pois eu iria morar na Coréia do Sul, não sei nem falar um oi sequer em coreano, sou fluente em inglês, mas não posso passar o resto da vida falando inglês na Coréia. Até me acostumar ali saberia que teria que passar por muitas coisas. Mas como disse, estava feliz também, seria bom deixar o meu passado no Brasil e começar uma nova vida, conhecer gente nova e construir uma vida.

Resolvi ler um livro para passar as horas e esperar que chegássemos finalmente ao nosso destino.

Quando o avião pousou, senti um frio na barriga e pensei ‘’Meu Deus! To em outro País, isso é muita loucura!’’ peguei as minhas coisas e saímos.

Avistamos meu tio e minha tia nos esperando, acenamos e eles logo nos viram, nos abraçamos, a última vez que os vi foi no enterro dos meus pais.

Enfim, minha nova vida acabou de começar.