Era manhã e eu não sabia ao certo se queria acordar, para mais uma vez, ir para a escola e ter mais um dia igual a todos os outros. Minha vida era monótona e sem cor, era como a linha reta do coração de alguém que acabará de bater, não tinha batimento nenhum, só o longo e chato barulho contínuo do "bip".
Me levantei da cama e me dirigi ao banheiro, assim que me olhei pude ver que eu estava acabado. Não tinha mais o bronzeado do verão, meu cabelo estava consideravelmente grande, minhas olheiras estavam a cada dia maior e minha auto estima cada dia menor. Não sabia ao certo o que era viver, tinha perdido esse sentido quando minha mãe passou dessa para melhor e eu fiquei sozinho. Já havia mudado até de cidade, para tentar começar de novo, mas não deu certo, a tristeza tinha grudado em meu coração e não soltava de jeito nenhum. Minhas mágoas só aumentavam e as lágrimas já não pediam permissão para cair, meu coração batia fracamente e nada mais que isso. Eu estava desmotivado e o dia tinha sido a merda que planejei. Quando retornei a casa fui para a varanda, eu ia acabar com aquele martírio, não queria mais sofrimento em minha vida e foi naquele momento em que eu a vi. A razão da minha vida estava parada na minha frente e eu já não controlava mais meu coração.
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