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História My only someone - "Decimo Quarto Ato"


Escrita por: Thouka-chan e Oscarchorro

Notas do Autor


Ola!!! ufa!! -suspira- cheguei a tempo.

Pois é, não faz nem três minutos que terminei a o capítulo e já vou ter que postar. E se é que vocês me entendem, eu me excedi um pouco, sabem como é quando a historia flui....
Agora foram fuking 5.000 palavras. Meus dedos doem.

Agora vamos avançar a lerdeza desses casais que só sabem enrolar? Sim? Não? Bem, descubram lendo....hihihihi.

Agora bora posta pq eu tenho muitas fic'zinhas para ler. Muitos lemons para saborear e varias tretas para apoiar!!!
Boa leitura e até lá em baixo!!

Capítulo 15 - "Decimo Quarto Ato"


Fanfic / Fanfiction My only someone - "Decimo Quarto Ato"

O tempo passo, e com o passar, o frio chegou...

 

Infelizmente, o inverno havia chegado. A coloração tênue, com amanhecer azuis e entardecer roxos mesclando o branco da neve que caia em flocos estava mais visível a cada dia.

 

A época dos apaixonados ficarem juntos, em suas casas e aproveitarem a companhia reconfortante um do outro, abraçados, vendo o céu a cada dia mais esbranquiçado ficar. Também a época que mais tinha caimento nos negócios e comércios do Reino de Hokkaido, e não só nesse, como nos outros. A estação presente fazia com que o turismo parasse, que as lojas não tivessem tanto movimento quanto nos meses opostos, todo inverno era tempo de dificuldade. Sortudo eram aqueles que não dependiam de colheitas ou aglomerados de pessoas para sobreviver.

 

Nada era só flores, bem ao contrário, não existia flores, a neve as matava, o frio as petrificava e deixava decompor-se lentamente. O único sobrevivente era o algodão, sim, ele mesmo, do qual as roupas mais quentes tinham sua pele fofinha como matéria prima para aquecer aqueles que precisavam.

A planta branca, não mudava o cenário, não contrastava com a neve, ela juntava-se com essa e enganava olhos que não fossem precisos o bastante para descobri-los, uma perfeita fugitiva que adaptou-se ao clima hostil.

 

Pouco se via pessoas andando pelas ruas, todos estavam enfornados dentro de seus estabelecimentos para ganhar o pão de cada dia. Malditos sejam os burgueses que mal saiam de suas casas aquecidas à lareira e futons.

Mas tinha também, outro motivo pelo qual ninguém queria sair de seu conforto.

Uma palavra responderia tudo:

Rebeldes...

 

Todos pressentiam que era o momento perfeito para uma invasão ao Reino, e o rei despreocupado agia como se tivesse tudo sobre controle. E tinha.

O povo já sabia que o Rei de Nayoro havia morrido por um atentado imperial, e tinham medo que acontecesse o mesmo com a sua Majestade, porém, não seria de todo ruim se ele morresse, mas julgar o que fazia pelo povo era pouco, para o comércio e vendas turísticas, vosso senhor sabia como fazer tals evoluírem a níveis surpreendentes, fazendo o seu império se recuperar rápido e parecer que nunca houve inverno difícil.

 

Resumindo os acontecimentos de duas semanas e meia, era quarta. E o que aconteceu anteriormente tinha vários seguimentos e consequências banais.

 

 

Tudo se parte a partir da noite que Aomine e Midorima passaram bebendo no Bataclan mais movimentado da cidade, diga-se de passagem, todos estavam aproveitando os últimos dias de amenidade no ar. Pouco sabia, os amigos, que o inverno em Hokkaido era tão frio por ser no extremo norte de dos Três Grandes.

 

Por mais que o General tivesse ido com segundas intenções, essas de encontrar certo loiro que tanto o perturbou com sua audácia e petulância descobrira que o mesmo estava em seu dia de folga, Daiki tentou se lembrar desse fatídico dia para não ir novamente e se deparar em não encontra-lo.

Já Midorima, que foi unicamente para fazer com que o seu amigo não causasse confusão, pareceu esquecer do propósito de estar ali e bebeu junto do moreno, e como bebeu. Gastou o que tinha e o que não tinha com bebidas. Ambos não lembravam nem do próprio nome. Dançaram com as dançarinas oferecidas e com pouca roupa, que sentiam prazer em serem baforadas pela fumaça do cigarro de quem comprava uma noite com elas, as profissionais do sexo.

 

Se transaram? Se beijaram alguém? Não lembravam, os dois não tinham como responder essas questões, a única coisa marcada naqueles dias seguintes foi a ressaca latejante que os incomodara por longos dois dias.

 

Nos dias que se seguiram, mais frio ia ficando, e a solidariedade batia portas para quem não tinha nada, Graças aos Deuses, Kise não tinha mais que se preocupar com os invernos de frio que passou anteriormente. Sua casa confortável e quente aconchegava os dois irmãos que desfrutavam do conforto recém adquirido por ambos.

 

Anos de trabalho recompensados, anos de acolhimento em casas alheias, hoje poderia ele dizer que nada faltava em sua casa. Mas quando achava que iria ser o segundo melhor inverno de sua vida, quando tinha feito 19 anos e tido uma pequena comemoração vinda surpresa por Momoi, Kuroko e um penetra que eras Kasamatsu. Quando sua irmã estava tendo o melhor ensino e notas na escola, uma gripe chegou, mas não nele, e sim em Yori, a pequenina garota tinha tosse, náuseas e o resfriado transformou-se em febre. Com as temperaturas do corpo elevadas, e o frio constante ao lado de fora em miados de junho, Kise se desesperou. O loiro que sempre teve fama de superprotetor estava ao ponto de um a taque de nervos, levara ela no hospital publico da capital, mas o mesmo estava cheio de pacientes com sintomas múltiplos e diferentes causas. O garoto mesmo ficando lá um dia inteiro, com a irmã nos braços, à acariciando os cabelos, olhando o rosto pálido com bochechas rosadas e respiração pela boca não conseguia se conter e esperar todas aquelas pessoas....

 

Ele voltou para casa sem ser atendido, e pediu a ajuda que poderia contar não importando qual fosse a circunstância. Chamou a Satsuki que morava a uma quadra de sua moradia e foi até o garoto de cabelos azuis. A partir desse dia, foi revezado o cuidado da garota que não melhorava, as noites que Kise não conseguia dispensa do trabalho de barmen, Kuroko e a rosada – que era garçonete em uma pequena lancheria de sua família – trocavam noites com a inocente loirinha. Até mesmo Dona Kuroko, pela qual sempre fora muito apegada, desde que conheceu o loiro, foi ver a menina.

Kise não parava a cada dia, era emprego, irmã, alugueis, remédios, a escola que sempre lhe perguntava como ia a aluna febril, o garoto sempre viveu pela mana, desde seus 09 anos de idade, e agora mais do que nunca.

 

Tetsuya, vendo todo o esforço de seu melhor amigo, não se negava em ajudar mais, passar mais noites com Yori, sacrificar seu sono e bom desempenho mental para ajudar quem precisasse. E isso não passava despercebido por Akashi.

 

Não a situação do loiro, por que esse nem sabia que estava com dificuldades, mas sim, o seu ilustre mordomo com olheiras pesadas e perca de peso, pois Kuroko nunca ligou muito para comida. Toda vez que o príncipe perguntava o que estava acontecendo consigo, o menor desviava a conversa e dizia que não era nada, ou simplesmente falava que estava “ajudando um Amigo”. Essa frase na cabeça de Akashi, significava outra coisa. Significava que Kuroko preferia outro em vez dele, e para uma pessoa possessiva, esse era o estopim para uma guerra com quem ele nem conhecia.

 

Embora o azulado, cada dia se aproximava mais de Akashi, mantinha uma certa distancia, eram muitos sentimentos que vinham quando estava junto do ruivo. Nunca nem pensara em falar das ocultas marcas nas costas. Aquilo que ele sabia era um segredo e que levaria até o tumulo se fosse preciso.

 

Muitas vezes, da janela do quarto, o ruivo viu o provável rival, abraçar Tetsuya a frente dos dormitórios ou saírem dos quartos juntos conversando, aquilo aumentava no peito do príncipe um sentimento por ele pouco conhecido.

 

Ciúmes...

 

Akashi Seijuurou estava com ciúmes

 

E por ciúmes, ele faria qualquer coisa para não perder o que julgava ser seu.

 

*

*

*

 

Mais um bocejo era dado e coberto pela mão à boca do menor. Ele estava com sono, era seu dia que cuidar da pequenina a noite e já era a terceira seguida, a tarde lá fora estava cinzento e frio, ao contrário do quarto de Akashi que estava quente e claro pela luz do fogo e janelas.

 

- Que livro vai ler hoje, Akashi-kun? – perguntou ao ver o maior deslizando o indicador por seus livros na prateleira.

 

- O que você acha desse. “ Me conte o porque está com sono?” – respondeu ironicamente virando-se para o azulado.

 

- Eu acho que esse livro não tem em sua biblioteca. Que tal outro? – retrucou deixando um leve sorriso ao final. Era isso que o sono fazia com o garoto inocente. Ele não tomava dimensão das palavras que falava.

 

- Tem certeza? Eu acho que posso achar se eu quiser. – colocou um sorriso torto nos lábios e deu um passo a frente e logo em seguida outro querendo encurtar a distância. Okay, acabou a brincadeira.

 

- Akashi-kun não achará nada. – agora sua voz voltou ao tom sem emoção que atualmente estava tendo quando se dirigia o seu senhor. – tenho que ir, irei buscar suas roupas junto das lavadeiras. – já se dirigia a porta deixando o príncipe o encarando serio. Essa reação já estava cada vez mais normal entre os dois. O maior se aproximava e o menor recuava, chegava a ser insultante.

 

- Por que sempre foge de mim, Tetsuya? – o menor parou antes de chegar a porta e olhou por cima do ombro para em direção à voz.

 

- Impressão sua Akashi-kun. – virou-se totalmente para o ruivo que tinha vontade de estrangula-lo pro estar sempre sendo vago em seus gestos. – Com sua licença. – e saiu.

 

Até mesmo Tetsuya estava inquieto, antes tinha perguntado varias vezes sobre o passado do ruivo, como era sua vida era lá no outro reino, mas o evasivo Seijuurou nunca lhe falava nada. Calava-se ou dizia que não era da importância dele. Então por que ele falaria para esse sobre sua vida fora do castelo? Por que ele falaria dos amigos que teve nos 10 anos que se passaram? Não. Ele não falaria. Não falaria dos problemas de Yori para quem não iria fazer nada para ajudar. Ou faria. Não Kise o fez prometer que eram só os amigos que cuidariam de sua irmã. Ninguém mais.

Embora tivesses uma enfermaria com altos recursos para aquela época, Kise e seu orgulho não aceitava.

 

Enquanto andava pelo corredor devaneando em direção ao subsolo do castelo, onde as lavadeiras e caldeiras funcionavam, pensava em que nessa hora Momoi estaria entregando vários tipos de bebidas em uma bandeja por entre as mesas com sua típica e conhecida pelos homens, saia curta branca e um avental preto bem modelado na cintura.

Que kise estava cuidando da menina para não deixa-la sozinha em casa. Mas tudo isso acabou assim que ouviu uma voz conhecida dizer seu nome e retumbar por todos os cômodos.

 

O menor estancou, seria ele aqui dentro? Acabou por ficar sabendo que o mesmo já esteve ao tentar passar para vê-lo e o que fez foi sair correndo fugindo do moreno que denominava de tarado. O que ele estaria fazendo de novo ali?

 

Kuroko mudou seu rumo e foi em direção ao timbre conhecido.

***

 

“Tudo por causa daquela pulga de Olhos azuis!!” esbravejava mentalmente. “Tudo por causa que ele é mais importante.”  Continuava. “ Não vejo a hora de ele ser pego dando à bunda e o puto do Akashi não o querer mais.”

 

Ele praticamente esmagava as flores que arrumava nos vasos, imaginando ser a cabeça do pequeno mordomo. Reo queria o ver morto, se não, então queria que ele fosse açoitado com bambu verde até ficar inconsciente.

 

Akashi fora até o seu quarto fazia uma semana, o fez tudo como se fossem transar de novo, amarrou suas mãos nas costas e tirou sua roupa com brutalidade, igual à primeira vez. Porem, desta, ele pegou dos cabelos negros e sedosos e puxou sem dó, o garoto mais alto gritou e o ruivo lhe deu um dos tapas mais fortes já experimentados na humanidade, em seu rosto. Lhe apontou o dedo na cara e disse que se ele voltasse a fazer alguma ceninha em frente ao Tetsuya, Mibuchi se arrependeria de ter nascido. Akashi se referia ao dia seguinte da transa, ele percebeu a insinuação e como seu inocente mordomo ficou depois disso. Se o ruivo queria ter sua posse sobre controle, ele teria que desfazer de regalias.

 

Assim que ajeitou o vaso, com flores harmoniosas tiradas da estufa real, onde era o único lugar possível que florescia essa época, o mordomo seguiu para os outros vasos ao decorrer do corredor principal.

Não queria deixar que a pulga, como apelidara o azulado, estragasse seus planos. Ele era só uma coisa insignificante, um empecilho no meio de tão grandioso sucesso que obteria se caso conseguisse ter êxito.

Ele não viria para um castelo tão determinado a transar com alguém se não fosse preciso, Reo sabia ser uma peça essencial para o xadrez de seu mandante, e se não tivesse o controle de Akashi, estaria ali por nada.

Por isso, teria que pedir uma ajudinha para tirar a “pulga” da jogada e poder dar um cheque-mate.

 

Assim de dobrou a esquina do corredor deu em cheio com quem vinha pensando a todo antigo tempo, acabou por fazer uma chuva de pétalas, pois essas voaram para todo lado pelo impacto.

O ruivo dera um passo para trás com a batida, olhou o causador da confusão e vendo quem era, só lhe aumentou a raiva que tenha desse.

Por que, tão logo criatura insignificante tinha que trombar com ele, agora?

Akashi estava bufando, já bravo por Tetsuya o evitar e esquivar-se todos os dias, como o fato de estar se envolvendo com seu amigo loiro. Sairá de seu quarto para resolver de uma vez por todas essa história por si mal compreendida. Ai tem Mibuchi em sua frente o olhando com olhar de medo, pois encarar o ruivo de olhos alternados e brilhantes era perigoso.

 

 -A-akashi-sama...- gaguejou o moreno.

 

- Saia da frente – revirou os olhou e passou pelo mordomo o ignorando, mas parou por se lembrar de algo. – e lembre-se do que eu disse, odiaria ter que repetir. –falou sem olha-lo e seguiu seu caminho pelo extenso corredor.

 

Já o garoto de olhos jade, se agachou serrando os punhos, e começou a juntar as pétalas espalhadas. “Maldito seja o senhor”... Teve questão de olhar com os cantos dos olhos o caminho que o príncipe trilhou se afastando.

 

Vossa futura majestade andava em direção aonde o azulado disse que iria, se preciso, o pegaria a força e faria explicar tudo ocorrentes nas semanas passadas.  Desde a “aproximação” no banheiro, que tiveram, Akashi não tirava da cabeça como o menor ficou somente com seus toques, “Ele era tão sensível, parece que implorava para ser beijado, acariciado.... ele era carente”. Mas do nada, não do nada não, ele parou de se aproximar, ficavam juntos todos os dias, mas não sabiam nem o básico um do outro.

 

E isso, ele iria mudar.

 

De repente, um vulto de calda azul passou apressadamente por ele, não parou nem percebeu a presença imperial ali. O seu mordomo caminhava tão depressa que parecia mal tocar com os pés no chão. “Onde vai?” Se perguntava intrigado. Que saiba, o subsolo era para o outro lado.

O azulado fora em direção à voz ouvida antes que estava cessada por agora. Mas o ruivo não sabia e o seguiu para descobrir.

 

***

 

Por que logo hoje? Por que sua irmã não melhora? Por que esse guarda tem que estar sempre nos momentos que ele mais precisa falar com seu amigo? Por que tudo tem que sempre acontece consigo?  Por que?

 

Tinha entrado no castelo por ser necessário, sua irmã piorou, a garota estava com 42° graus de temperatura e não tinha o que ele fizesse, não baixava. Estava desesperado, fora recorrer à rosada, pois era de mais fácil acesso...

 

 Errado.

 

O pai o odiava, e ele era dono do bar, consequentemente o encontrou lá, expulsou-o a ponta pés e pior, proibiu a filha de vê-lo. Sabia que á essa hora, o menor estaria trabalhando, mas estava em prantos, não tomou consciência do que fizera e agora era tarde.

 

- Da para parar de se debater? – O general o arrastava pelo braço por todo Hall de entrada.

 

- Não, não dá! Agora me larga! Eu só quero falar com o Kurokocchi!! – sua voz não estava manhosa como sempre, estava forte, determinada. A aparência dele também estava diferente. Ao contrario das outras vezes, não estava de short curto e camisas largas. Também, estava um frio tremendo lá fora, caso fosse assim morreria de hipotermia.

O moreno puxou o braço que segurava o outro para trás e olhou bem no fundo dos olhos do loiro. “ Esse é o mesmo que eu segurei mês passado?”

Kise segurou o olhar também penetrante com seus olhos de mel apagados e vermelhos de alguns instantes de choro antes de sair da própria casa.

 

- Por que eu deixaria? – desviou o olhar e disse em típica voz de deboche. – Você é só um plebeu, não sei como ousa entrar no palácio real.

 

- Ma-ma-mas... – o que estava havendo com ele? Por que caralhas estava assim? Daiki não entendia. Queria o ver gritando, repetir aquele beijo tão saboroso quanto da ultima vez. Por que estava acanhado.

 

O encontrou por acaso novamente, o loiro estava falando com um dos guardas, dentro do castelo e o mesmo não fez nada. Os dois conversavam tranquilamente como se já conhecessem há tempos. Aomine apenas chegou e o repreendeu, o guarda em posto defendeu Ryouta, mas já não adiantava, Daiki tinha o cargo mais alto que o seu e levara o barmen junto com ele.

 

- O que há com você? – ergueu uma sobrancelha. - Como é seu nome bastardo?

 

- Não há nada que te interesse, e meu nome não importa. – tentou bater com cotovelo no abdômen do General, mas a roupa da guarda era muito espessa, a batida fora completamente amenizada. O moreno riu baixo da tentativa falha do outro fazendo com que Kise bufasse.

 

- Ora seu...

 

- Chega! – Aomine se assustou com o grito dado por esse. – Não tenho a tarde toda. Se vai me jogar fora do castelo, joga logo. Pare de interrogatórios ou sorrisinhos.

 

Ele estava com o olhar baixo, mas determinado, não queria sair sem falar com o mordomo, porém deixar Yori sozinha por muito tempo poderia agravar o caso dela.

 

- Kise-kun? O que faz aqui? – chegou, finalmente, o azulado entrando no enorme salão onde se encontravam e vendo os dois ali, discutindo.

 

- Kurokocchi! – voltou a voz chorosa que tens – Preciso de ajuda com ela!

 

No mesmo instante, Kuroko se deu conta do que era, a menina havia piorado.

 

- Aomine-kun, solte ele. – pediu-o se aproximando.

 

- Por que eu faria isso? – perguntou – Para à loira aqui sair espalhando que eu não prendo ninguém?

 

- Pera, por qu.... – Kise não terminou a fala.

 

- Ele não é assim! Não fale o que não sabe dele! – o azulado se alterou um pouco. – Não ache que Kise-kun vai ficar espalhando boatos desnecessários a seu respeito.

Algumas criadas, escutando as vozes mais altas, foram parando ao redor das paredes para prestar a atenção na confusão que se formava, pois era a primeira vez que viam e ouviam Tetsuaya aumentar a voz para falar.

 

Aomine sentiu sua pupila dilatar, surpreso. O que esse que segurava era para tirar o menor de seu auto controle?

Até mesmo Ryouta se admirou, e aproveitando a distração do outro, se largou desse e correu para trás do amigo.

Daiki se dando conta do que acabara de acontecer, se amaldiçoa mentalmente e tenta agarrar o loiro de volta, mas Kuroko estende a mão fazendo uma barreira de proteção e o moreno para.

 

- Não vou deixar prende-lo. – voltou a falar o mordomo. As criadas começaram a cochichar entre si, sobre o que estava acontecendo, guardas que já estavam nas portas também entraram nos múrmuros feitos.

 

- Por que não? – questionou o General, nunca vira o garoto inocente e acanhado, defender alguém tão destramente, só significaria uma coisa.

 

- Porque ele é mais que um amigo... – pronto, estava explicado.

 

Akashi que a tudo assistia também sentiu sua explicação. Afinal, estava certo, Tetsuya tinha alguém que amava e que lutaria até o fim como fizera agora.

Ele deu meia volta e seguiu corredor a dentro, indo subir as escadas e voltar  para o quarto. Já ouviu de mais por um dia.

 

Mas o que ele não sabia era que a frase estava inacabada.

 

 

-... ele é como um irmão, e tem pessoas doentes precisando dele! – terminou no plural para deixar mais vago.

 

Kise que tinha esperado quieto, tocou com a mão no ombro do menor e deu um sorriso carinhoso, como agradecimento por já ter feito muito por ele.

 

- Seu nome é Aomine Daiki, certo? –perguntou saindo de trás do inocente.

 

- Sim. Pera... Como você sabe?

 

- Kurokocchi me disse. Desculpe fazer tanta confusão, - se curvou em direção ao mais alto. – Mas, eu preciso ir mesmo. Minha irmã esta muito doente. -Explicou e colocou o sorriso mais lindo que Daiki já tinha visto. – Eu preciso sair daqui, me ajude. – suplicou ao menor.

 

- Claro. Vamos agora mesmo. – confirmou o amigo e os dois saíram apressados do Hall deixando todos ali em um silêncio profundo e Aomine como o único que estava no centro continuou estático. Não movia um músculo. O loiro que ele tanto achava ser só aparência acabara de demonstrar ser bem mais que o esperado por si.  

Não sabia como, mas agora estava com um certo remorso de não o deixar, desde o inicio falar com o amigo.

 

Saiu do centro e recém deu-se conta dos empregados estarem ali olhando tudo que era feito.

 

- Não tem o que fazer? Deixa Vossa majestade saber que não estão fazendo nada! – gritou para todo ali. E em segundos todos se dissiparam a contra gosto, barraco era o que mais gostavam e quando havia, o aproveitavam.

 

 

Ambos foram correndo para a casa do loiro, quando chegaram, a garota tremia, estava pálida e acabara de vomitar, nada parava em seu estomago. Deitada na cama, Kuroko correu para acudi-la enquanto ela tentava vomitar de novo, reclamava de seu estomago doía do esforço feito e os delírios de febre aumentavam.

 

Kise buscou um balde a panos para limpar o que feito, mas quando se ajoelhara viu o que tanto tinha medo.

 

Sangue.

 

O sangue enferrujado misturado com o outro liquido gástrico fez o irmão chorar imediatamente.

Suas mãos tremiam enquanto o inocente passava uma toalha úmida na testa da mesma.

 

Essa noite, kise passaria com a irmã, não importaria seu trabalho, sua chefe entenderia que Yori era mais importante.

 

( Há Noite)

 

- Kurokocchi. O-obrigado, mas você deve voltar para o castelo. Seu senhor deve estar bem preocupado. Ou com saudades... – descontraiu o maior.

 

Estavam os dois na sala, Kuroko tinha feito um chá forte para a garota que fez, pelo menos poder dormir mais tranquilamente.

 

- Ah, poupe-me Kise-kun. Akashi-kun e eu não temos nada. – contestou virando o rosto.

 

- Nem vem, eu lembro da mordida em seu pescoço. Ela era bem possessiva. – falou com voz embargada e maliciosa, pois não fazia muito tempo que tinha parado de choro.

 

- Nem me fala. – revirou os olhos e viu Kise aumentar o sorriso. – Não, quer dizer, eu não sei se ele é...

 

Riram um pouco com a insinuação.

 

- Desculpe a confusão que causei para você. Deve está querendo tomar um banho e ir dormir não é? Já é bem tarde. – olhou para o relógio na parede, ao lado do quadro que tinha ele e sua irmã, sorrindo, cheios de merengue do bolo do Aniversario retrasado dela.

 

- Eu posso esperar mais um pouco...

 

Kise desviou olhar do quadro e olhou para o menor.

 

- Sabe, eu tenho medo. – riu da própria confissão – Medo de algo pior acontecer com ela e eu ficar sozinho. Ela é a única viva da minha família. Fora ela, não tenho mais nada. Não posso deixar ela piorar. Yoricchi foi o único motivo para eu melhorar de vida, se não fosse ela, eu continuaria sendo um... Um prostituto.

 

- Não fale isso Kise-kun, você sempre soube que seria mais. –consolou o amigo.

 

- Pois é, mas era dinheiro tão fácil. Eu estaria bem melhor de vida se continuasse nesse ramo. Porém, quando eu estava no quarto com um cliente e do nada ela entrou... – o loiro baixou a cabeça. Kuroko já conhecia essa história. – a carinha dela de espanto e choro, achando que estavam me machucando. – Kise começou a chorar novamente. E em meio às lagrimas ele terminou. – eu percebi que não queria ver ela com aquele rostinho de novo.

 

 

Quando saira da casa de Kise, já era passara da 00:00 noite. Estava frio e uma leve librina caia sobre as ruas, as umedecendo.

Quando kuroko chegou aos portões do castelo, uma sensação de vazio o invadiu, saber que deixou seu amigo lá, sozinho também fazia-se punir, mas ao lembrar que esqueceu completamente de servir o príncipe tudo se tornou mais vívido. Sua relação com ele não estava das melhores, não era nem aceitável, ambos sempre perdidos em lembranças asquerosas que lhe vinham em momentos inoportunos os detivera a se aproximarem.

 

Cada gota do sereno noturno que formava entre as calhas do telhado, pingava com um simples estalo molhado.

Cada passo que o azulado dava, pensava em algo que o despertava para o mundo alheio aos pensamentos, até entrar em seu quarto e ver sua mãe sentada na cama, escovando os cabelos como ato automático, pois era sempre a mesma mexa, suas rugas mostravam mais o cansaço que a idade da mesma, seu olha apagado de um azul escuro quase cinza, já não era o mesmo de antes.

Ela parece se dar conta que o filho chegou somente após longos três minutos que o garoto estava parado na porta.

 

- Ainda acordada minha mãe? –perguntou retoricamente.

 

Ela deu um sorriso terno e estendeu a mão em direção a ele, para que se aproximasse.

 

- Só estava pensando um pouco. Como está Yori-chan?

 

- Fiz aquele chá que a senhora me ensinou e ela dormiu um pouco melhor. – sua mãe começou um afago nos cabelos do mais novo assim que se aproximou.

 

- Sabe outra pessoa que também gosta de chá antes de dormir? – ela perguntou contornando as orelhas com feitio de gato.

 

Ele ponderou um pouco, sabia quem exatamente sobre o que a mãe falava, mas temia responder.

 

- Akashi-sama?

 

- Ele foi à cozinha em sua procura. – o menor surtiu um espanto, embora não demonstrasse. – Quando eu disse que você não estava, ele me reconheceu. – agora ela deu um risinho nasal – mas não continuamos a conversar, ele foi embora quieto.

 

- Verdade que vocês eram bem conhecidos quando ele era criança.

 

- Sim, quando Shiori-sama era viva. Mas, não é sobre isso que quero falar. Você deveria ir vê-lo.

 

Kuroko fechou os olhos e se entregou a caricia da mãe.

 

- Por que ele estaria acordado? – perguntou em resposta.

 

- Algo me diz que ele está ou você acha mesmo que um príncipe iria até a cozinha atrás de um mordomo por nada?

 

Ela conseguiu tirar o sossego do menor, o azulado levantou a cabeça e a encarou, pou-se de pé e puxou o uniforme que ainda vestia.

 

- Primeiro vou tomar um banho. Estou cheirando a vomito. – sorriu para mãe que sabia que aquele sorriso não era verdadeiro.

 

Ele entrou, esperou a água o molhar já despido de roupas. A água quente o relaxou e o animo talvez voltasse. Pensou um pouco sobre o que falaria se caso o encontrasse. Se desculparia? Continuaria como se nada tivesse acontecido e voltaria à servi-lo? Devido as circunstância, resolveria na hora.

 

Se vestiu com uma camisa azul apresentável e calça larga, não quis colocar novamente um uniforme, pois ocuparia tempo desnecessário.

Sua mãe já havia se deitado com a sensação de dever cumprido, não se sabe se realmente dormia, mas fazia de tudo para parecer, pois conhecendo o filho que tinha, ele com certeza ficaria constrangido de ser visto indo ao encontro do ex amigo.

 

Quando chegou a porta do quarto de Akashi, deu leves três batidas esperando alguma resposta, nada veio dessa. A abriu e procurou por esse que claramente não estava.

Saiu dali e fora para a biblioteca, jurava que se entrasse, encontraria Midorima ali, lendo ou escrevendo algo, mas não. Claro, devido à hora ninguém mais transitava pelo castelo, somente guardas ficavam como estatuas nas portas apenas ouvindo e aceitando as ordens muitas vezes abusivas.

 

Sem êxito na sala de livros, voltou para o jardim muito bem iluminado, que no qual os candelabros iluminavam toda a costa do lago, o ruivo também não vigiava a água. Desistindo, mas preocupado. Akashi estaria com alguém? Para não estar em lugar nenhum, obviamente desfrutava de uma noite com criadas? Com Reo?

Kuroko sentiu todas essas perguntas baterem nele como um soco. Sim, seria essa a realidade. Ele tinha deixado o príncipe sem nem ao menos importasse com esse, por que o esperaria?

 

Saia desolado, sua mãe no final de contas estava errada, ele não o esperava, foi quando o som de teclas tilintando em uma sequencia única e duradoura o fez olhar para a velha sala de música, um lugar esquecido. Um lugar onde já reinou os sorrisos e o calor amoroso de uma mãe carinhosa.

 

“Eu conheço essa essas notas...”

 

Correu, nem ligou se seria inconveniente ou não, quando chego a grandiosa porta cor tabaco, não bateu, não fez barulho, apenas adentrou, pois o som de destranca já inundou a sala.

 

O piano negro e longo, a única luz vinda da janela, iluminava tudo como prata, principalmente o garoto de cabelos ruivos que dedilhava com maestria as teclas.

Os instrumentos esquecidos, mas sem nem um grão de pó estavam todos em seu lugar.

Kuroko esperou a frente da porta agora fechada por ele, o outro terminar de tocar.

Assim que apertada a ultima nota vibrante, a sala caiu em silêncio tão profundo quanto à escuridão. Até ser irrompida por uma pergunta maldosa.

 

- Foi boa a noite com seu “amigo”? – teve questão de dar ênfase na ultima palavra.

 

- O que quer dizer? Claro que não! – respondeu ofendido.

 

- Não venha com essa Tetsuya! Como pode não cumprir sua obrigação. Era o mínimo que eu esperava de você, e nem isso consegue. – Akashi se alterou, levantou do banco que estava sentado e com uma visão melhor do mordomo o viu sem seus trajes habituais. Deu um sorriso de escárnio.

 

- Foi tomar banho para tirar o cheiro do loiro é? Aposto que o que eu fiz com você no banheiro, aquela vez, não chega nem perto das caricias daquele....

 

- Por que insinua isso? – cortou o príncipe com a voz embargada da garganta cheia choro. – E-eu e Kise-kun tão temos nada!

 

- Hahaha – jogou a cabeça para trás de tanto rir – Não ache que eu sou besta. Você não defenderia alguém por nada. Até se declarou na frente de todos com aqueles gritos estrépitos.

 

- O QUE? – olhou incrédulo. – Kise-kun é como um irmão para mim, por que acha que eu namoraria com ele?

 

- Ah, não sei... Talvez por que vocês estão sempre abraçados ou de risinhos um para o outro? – arqueou uma sobrancelha.

 

- Não tem nada há ver.... Espera, Akashi-kun está me vigiando?

 

- E se eu estivesse? Não sei nada sobre você, sempre fugindo, sempre se escondendo, não me deixa termos espaço para uma conversa descente.

 

Nesse momento o azulado, como um déjà-vu de todas as tentativas de conversa que ele fugia.

 

- Mas Akashi-kun também é evasivo! – surpreende o outro com essa resposta. – Não sei nada sobre ti. Só conversamos de livros ou afazeres do castelo.

 

- Olha Tetsuya... – pela primeira vez em sua vida, Seijuurou foi cortado por alguém que não fora seu pai.

 

- Você deve pensar que foi a há muito tempo, e realmente foi. Akashi-kun brigou comigo quando era apenas uma criança! – sua calda balançava descontroladamente e suas orelhas estavam erguida, olhos chorosos e voz rouca – Aquilo me deixou mal, sabia? – caminhou até o príncipe e olhou em seus olhos. - Eras meu único amigo. Sabia tudo sobre mim. – desviou o olhar para o chão. – depois de você, Kise-kun foi o único que me enxergou como amigo – deu um passo para trás ficando com uma certa distancia desse. – e agora está pare perder a única pessoa que o evita de perder toda a família.

 

Deu uma longa pausa e acalmou o rabo, soltou um suspiro por ter descarregado tudo de uma vez nos ombros de quem não deveria ficar sabendo.

Por outro lado, o maior nem se mexia, ficou sustentando todo o peso das palavras nas costas e olhava para a porta sem enxerga-la.

 

- Você sabe que não estou mentindo. – Akashi voltou ao brilho nos olhos e admirou o menor o encarando com um leve sorriso nos lábios. – Pois sempre diz que sou um péssimo mentiroso.

 

- Desculpe... – murmurou inaudível.

 

Mesmo o menor não escutando, sabia que o silêncio era um pedido sincero.

 

- Tetsuya, quero fazer cinco perguntas para você, que prometo responder igualmente.

O menor assentiu, estava se abrindo como nunca imaginou se abrir, então... Por que parar agora?

 

Continuaram a um comprimento de três passos os separando, quem sugeriu começou.

 

- Qual sua cor favorita?

 

O mordomo se segurou para não rir, uma pergunta tão primaria vinda o futuro rei? Sim, era hilária.

 

- Cerceta – responde.

 

- Scarlet. Qual a flor que mais te agrada?

 

- A orquídea Branca. – responde.

 

- Sakura. Doce que gosta?

 

- Bolo de Baunilha.

 

Akashi sorriu, ainda não tinha mudado o gosto pelo sabor que adorava. Mas essa palavra agora para si, tinha outro significado.

 

- Torta de morango. Sonho de consumo?

 

O menor pensou, largou um suspiro.

 

- Casa própria.

 

Akashi se surpreendeu. Ofereceu a ele um quarto melhor do que os dormitórios dos empregados, e agora ele vinha com sonho um tanto ambicioso.

 

- O que foi? – perguntou vendo o outro absorto.

 

- Nada, errr – o ruivo se segurou para não responder “você” na pergunta mas lembrou de algo que o fez morder os lábios. - Ter a “Sala de Jogos” aqui no castelo.

 

Kuroko tombou a cabeça em perdição, o que era aquilo, tinham já uma sala só para divertimentos e jogos ali, o príncipe queria uma só para ele? Não se atreveu a perguntar.

 

- Ultima – avisou e deu um passo a frente. Dois – Seu desejo mais profundo?

 

O menor engoliu em seco, não passou despercebia a aproximação, o que ele desejava? O que ele almejava?

 

- Amar alguém que me ame.

 

Akashi sorriu. Que inocência. Ele deu mais um passo. Um. Era apenas um mini passo de distancia dos dois, era uma respiração começando a sentir a outra, as palavras que entraram na mente do azulado fizeram em estantes ele fechar os olhos, soltar a respiração pela ultima vez e amaciar os lábios.

 

- Te beijar aqui e agora...


Notas Finais


Gent eu odeio ficar pedindo mas.... deem uma olhada na minhas minhas outras fic's, sei que iram gostar. Por que o casal divo maravilhoso predomina em tudo, menos uma já que é da @Nayyn .

Só não esqueça de mim:
https://spiritfanfics.com/historia/so-nao-esqueca-de-mim-7731246

Love end pleausure:
https://spiritfanfics.com/historia/love-and-pleasure-6374135

Agora a da Nayyn:
https://spiritfanfics.com/historia/nao-me-abandone-jamais-7479531

Obrigado por Lerem seus delicias!


Atenção, não nos responsabilizamos por:

• Infância destruída;
• Perda da inocência;
• Depressão;
• Surtos emocionais
• Demora ao postar um capítulo;
• A escala de loucura aumentar;
• Perda da sanidade;
• Antissocialismo;
• Feições pelo BDSM <3

Agradecemos por ler a fanfic!

Até sexta que vem okay!


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