História My past - My little boy

-Vocês dormiram juntos? – Vi gritava comigo visivelmente surpresa, eu apenas fazia gestos para ela falar mais baixo. Eu havia marcado um encontro com Vi para falar sobre isso, era bastante embaraçoso falar do assunto com ela, pois eu já sabia o que ela achava disso, e cá entre nós as coisas que ela pensava não eram nada boas.

  Eu havia literalmente dormido com Yugyeom, mas realmente não aconteceu nada, apesar de termos dormido na mesma cama. Eu não estava arrependida, muito pelo contrário. Aquele garoto tinha um efeito absurdo sobre mim, e eu me sentia patética.

  -Não fizemos nada.- Minha voz saiu como um fio, Vi continuava a me olhar de forma preocupada, o que estava me deixando nervosa.

 -Você já disse ao Kai? –Neguei veemente, ela e suspirou virando de costas. -Ele vai surtar. – Deu ênfase na última palavra e eu engoli seco ao imaginar a reação do garoto, ele provavelmente atiraria pratos em mim.

  -Ele está em uma viagem.- Falei baixo. Vi sempre foi o tipo de amiga que sempre apoia suas escolhas, mas sempre sabia dar um bom concelho quando era preciso.-Eu vou falar com ele assim que ele chegar.

 -Você conhece o Kai, a forma que ele a protege e incrivelmente cuidadosa, até demais.- Vi olhava nos meus olhos enquanto segurava meus ombros. Eu assenti de forma lenta e revirei os olhos a fim de encerra esse assunto.

{...}

   Quando Vi foi embora, eu finalmente pude descansar e me arrepender de milhares coisas que passavam como um fime em minha cabeça, como ter aceitado dormi com Yugyeom, ou como eu estava escondendo isso de Kai, ou como eu estava mentindo para Vi dizendo que eu havia esquecido aquele grande idiota. A verdade é que eu estou realmente apaixonada por ele, não sei quando me tornei tão masoquista ponto de gostar de alguém que apenas me machuca.

{...}

  Kai havia marcado de fazer um vídeo chamada comigo, então deixei meu notebook ligado caso ele ligasse, eu liguei meu mp3 para escutar algumas músicas, mas acabei me empolgando tanto e nem percebi que a ligação já estava acontecendo. Eu me assustei um pouco, e sorri ao ver o meu melhor amigo discutindo com algum membro de seu grupo. Eles usavam roupas folgadas e engraçadas.

 -Sophiii.- O garoto fazia uma voz melosa.-Eu estou com muita saudade de você.

 -Kai, você bebeu?  - Falei ao perceber o estado alterado de Kai. Vi um de seus amigos chegar e acenar para mim, esse era Suho, de longe o cara com o melhor sorriso do mundo.- Suho como isso aconteceu? –Perguntei rindo e ela sorrio de volta me deixando vibrada naqueles dentes perfeitamente alinhados.

 -Acho que ele se empolgou demais.- Suho alternava seu olhar entre mim e Kai, e ria da situação.

 - Não quero que você fale com ele Sophi.- Kai apontava para seu amigo.- Ele é um grande pervertido.- Suho corou de imediato, não deixando seu sorriso de lado.

 -Kai você precisa de um belo banho.- Suho disse um pouco envergonhado.- Sophi nós já voltamos se quiser passar por aqui vou te mandar o endereço por mensagem, preciso cuidar dele.- Assenti sorrindo.

 -Sophi por que ele tem seu número? –Kai se embolava nas palavras.

 -Acho que você vai precisar de ajuda, eu vou dar uma passada aí. –Disse ao receber a mensagem de Suho, encerrei a ligação e troquei de roupa rapidamente.

  Vesti apena um short jeans e uma blusa longa, deixei meus cabelos soltos e coloquei um gorro, e para finalizar calcei o velho e confortável all star. Peguei as chaves do carro e desci sem fazer muito barulho, minha mãe deveria estar dormindo e eu não queria acorda-la.

  Dirigi pelas ruas quase que vazias de Seoul, havia apenas um pequeno trafico de veículos de pessoas voltando de seus respectivos empregos. A noite estava clara e o céu estava incrivelmente limpo, não fazia frio, apenas uma pequena brisa gélida da noite.

  Quando finalmente cheguei ao local da mensagem em um hotel enorme, deveria ser a casa de Suho. Entrei na estrutura para lá de alta e vi Suho me esperando no hall do local. Suho trajava um moletom cinza e uma camiseta preta que demostrava muito bem o que havia debaixo do tecido. Homens que vestiam preto sempre foram meu ponto fraco, e o fato do garoto na minha frente era quase um anjo de tão bonito, ajudava bastante.

 -Você veio.- Suho me acordou dos meus pensamentos quase que impuros.- Pensei que não viesse, Kai está dando um trabalho enorme dizendo que eu não devo encostar em você.- Ele sorria descontraidamente e eu apenas o acompanhava.

 -Não iria deixar de ver essa cena cômica. –Disse rindo.

 -Ei, não ria, ele está basicamente me ameaçando de morte.- Tentou parecer sério, mas foi uma tentativa falida.

  Depois de mais algumas palavras trocadas, subimos para o apartamento de Suho. O lugar era incrivelmente lindo, eu não pude deixar de escapar um “uau” dos meus lábios. As cores claras, os tapetes caros e a incrível vista da cidade deixavam o local inacreditavelmente chique. Não pude deixar de notar que Suho vez ou outra me olhava ladino, mas eu apenas fingi que era coisa da minha cabeça.

  Finalmente sai dos meus pensamentos quando escutei a voz de Kai ecoar pela casa, logo depois o garoto surgiu na sala, seu tom um pouco desajeitado me fazendo rir um pouco.

 -Sophi você veio.- Veio ao meu encontro me abraçando fortemente. Esse tipo de contato físico para Kai era raro- apesar de anos de amizades- ele nunca foi de me abraçar muito.

 -Kai.- O olhei seria.- Por que você bebeu tanto? - Kai me olhou de forma abobalhada como se tentasse entender o que eu disse.- Você precisa descansar.- Cruzei os braços e ele suspirou, mas logo depois sorriu.

 -Sophi tem um quarto no fim do corredor, agora ele é responsabilidade sua. –Suho disse sorrindo e logo depois deu uma piscadela saindo do local.

  -Você pegou pesado. –Fiz bico e o garoto riu.- Vamos lá.- Olhei para Kai, ele usava um moletom branco e uma calça larga, seus cabelos estavam molhados o deixando um tanto sensual. –Aish você deve ter dado muito trabalho ao Suho.- O puxei pelo braço indo em direção ao quarto. Chegando ao local ele se jogou na cama e afundou seu rosto no travesseiro. O olhei e sorri, eu nunca tinha visto ele bêbado, então com toda certeza teria algum motivo, eu com certeza o lembraria disso no dia seguinte.- Kai.- O chamei e o mesmo me olhou.- Por que você exagerou tanto?

  -Krystal pediu um tempo.- Quase me engasguei com o ar. Por mais que ele falasse pouco de sua namorada, Kai demostrava um enorme carinho por ela.- Ela disse que não está sendo a mesma coisa.- Suspirou enfiando a cara novamente no travesseiro.- Não é que eu esteja triste.

  -Sinto muito.- O olhei e ele virou seu rosto para mim novamente. Ficamos um tempo nos olhando, nem um de nós ousou desviar o olhar ou virar o rosto.

  -Você está tão bonita.- O garoto quebrou o silencio me fazendo corar e desviar olhar.

  -Por que está falando isso agora? - Falei nervosa, e ela apenas continuo me olhando. Kai realmente bêbado, ele nunca falaria isso sem motivo algum.

 Quando Kai finalmente pegou no sono, eu sai do quarto e fui em direção da sala, tendo a felicidade de ver um Suho apenas com uma toalha em volta de sua cintura. O rapaz apena me olhou sem vergonha alguma, eu apenas observei aqueles músculos minimamente perfeito, e aquele abdômen incrivelmente definido, eu acompanhava cada gotícula de água que caminhava em seu corpo. Meu deus estou parecendo uma pervertida, bati as palmas das mãos em minhas bochechas na tentativa de afastar tais pensamentos.

 -Você já vai? –Ele perguntou com um sorriso nos lábios.

 -Sim, consegui fazer ele dormir.- Sorri, e ele ficou um tempo em silêncio me olhando sério.

 -Tem certeza que ele não tentou te agarrar? –O rapaz mirou meus olhos e ou apenas ri de sua pergunta, então neguei com a cabeça, e Suho suspirou aliviado.

[...]

  Quando cheguei em casa vi o carro da minha melhor amiga estacionado na frente da minha casa. Já estava bem tarde o que raio Vi veio fazer aqui?

  Quando entre na casa vi a garota sentada no sofá com uma cara de poucos amigos. Suspirei revirando os olhos e joguei minha bolça em um canto qualquer.

  -O que foi dessa vez? –Perguntei me jogando ao seu lado.

  -Fora o fato de você ter chegado quase as duas da manhã em casa, nada.

 -Está bem senhora.- Brinquei com a sua idade e acabei por receber um olhar repreensor.- Nossa cadê seu senso de humor? Te conheci mais engraçada.

 -Se você me chamar de velha de novo arranco essa sua carinha linda do seu corpo.- Vi se levantou e foi até a cozinha.- Ah, antes que esqueça tem alguém te esperando lá em cima.- Disse sorrindo.

 -Quem é? –Perguntei e a mesma negou com a cabeça e apontou para cima. -Qual é.- Fui em direção do meu quarto e abri a porta, eu tentava imaginar quem era. De primeira pensei em Yugyeom, mas ele nunca me visitaria uma hora dessa.

 Quando abri a porta, vi uma silhueta de um homem alto, quando finalmente o reconheci, não pude deixar de escapar um sorriso ladino.

 -Tae!?- Corri e envolvi meus braços na cintura do mais alto.- Você não faz ideia de como eu senti sua falta.