História My Police - Em chamas

-Devemos avisar os outros? –Perguntou Clint se virando para Steve que parou para pensar por alguns instantes.

-Não, se Ruwlom é um policial disfarçado da Hydra, podem haver outros. Irei chamar a Peggy, Sharon e o Sam-disse Steve já pegando em seu celular.

-As duas estão em uma missão na Alemanha-disse Romanoff recarregando sua arma e verificando as outros. Steve olhou para o visor do seu aparelho e mandou uma mensagem para Sam avisando para se encontrarem perto do esconderijo da Hydra.

POV Steve

-Natasha solte o Thor, vamos para o carro.  Iremos passar em um lugar antes –digo e ela assente o soltando, voltamos para dentro do carro onde todos colocam o sinto. Fico no volante e logo giro a chave na ignição, dando partida.

     Arranco com força o carro e logo vou acelerando pelas ruas, pretendo ir até o deposito de armas do guarda-costas do Tony. Wade Wilson. Logo chego lá e estaciono o carro na porta. Sai do carro e olho para construção na minha frente, é um galpão abandonado. Ele é meio afastado do centro da cidade e tem bastante mato ao seu redor.

     Me aproximo da porta vendo os outros saírem do carro e me acompanhar, chego perto da porta de ferro que já está bem enferrujado e forço ela para frente. Faz um estrondoso barulho e depois se abre. Noto que lá dentro está muito escuro, pego meu celular ligando a opção lanterna.

     Entro no local caminhando lentamente, ilumino o lugar ao passo que vou avançando e vejo que está meio empoeirado. Ouço um grito vindo de algum lugar na frente e o estrondo da porta se fechando atrás de nós. Conforme nos aproximamos os gritos ficam mais altos e então barulhos de tiros soam. Muitos tiros.

     Olho para os outros e assentimos com a cabeça começando a correr na direção dos gritos, afinal, alguém pode estar precisando de nos. Chegamos em outra porta, essa sendo verde que está bem desgastado. Pego minha arma e desligo o celular, guardando de volta dentro do bolso.

     Seguro com certa força a maçaneta de metal e então eu a viro e aponto a arma para seja lá o que for que esteja aqui dentro.

-PARADO-digo, vejo uma luz se acender e então Wade aparece de uma sombra.

     Ele está com as roupas em pedaços e tem muito sangue em seu corpo, me aproximei dele e reparei que ele estava sem a mascará. Era a primeira vez que eu via ele assim. Ele está parado nos mirando, em sua mão ele tem uma pistola que parece bem antiga. Nenhum de nós pronuncia uma palavra.

-Freddy Krueger? –Ouço Thor comentar e rir alto. Me viro encarando ele que para e olha para Wade- Gostei da roupa, bem... aberta

-É –ele falou soltando a pistola e se sentando na cadeira que nem tinha reparado que tinha aqui dentro.

-Tony me contou o que aconteceu, eu sinto muito-digo me aproximando e pondo a mão em seu ombro.

-Está tudo bem, só queria ficar um pouco sozinho e atirar um pouco-ele diz pegando a pistola e a recarregando.

-Podemos pegar algumas de suas armas emprestadas? Descobrimos o esconderijo da Hydra, não sabemos quem são os vilões e mocinhos nessa história, por tanto não podemos confiar em ninguém-digo tirando a mão de seu ombro e olhando a minha volta em busca de armas.

-Podem pegar o que quiserem, mas agradeço se me deixarem ir junto. Nada melhor do que estourar os miolos de alguns filhos da puta para me fazer sentir melhor –ele sorri estranho se levantando da cadeira.

-Então vamos-digo esticando minha mão em direção a sua, ele aperta a minha e começa a balança-la até que a solta e começa a andar para outra porta.

-Venham, as armas e munições estão aqui-ele abre a outra porta que dá para uma parte do galpão feita exclusivamente para armas e munições.

-Bem-Vindos a minha sala-ele disse abrindo os braços, assobiei pela quantidade de armas que tinha no local, de vários tamanhos e vários tipos. Me aproximei de uma estante que tinha um escudo com uma estrela branca no meio e círculos vermelhos em branco em volta e perto dela era azul. Toquei naquele escudo com delicadeza.

-Gostou desse? Eu roubei de um cara que se alto nomeia como O Colecionador, ele é meio pirado. Disse que vinha de um lugar chamado “Lugar Nenhum”, acho que ele devia ter bebido muito-ele disse rindo levemente, enquanto pegava um par de katanas e guardava no suporte nas suas costas.

     Peguei o escudo e senti a leveza dele, parece bem maleável. Queria testar, mas acho que não tinha tempo para isso. Vi que ele tinha imãs por dentro e que eu poderia carregar do jeito certo. Encachei o escudo no braço e fui para prateleira de pistolas, peguei uma colocando no meu coldre de couro, enquanto que o do outro lado estava com a arma de choque.

-Você pode colocar nas costas-Wade se aproximou de mim, tirei o escudo do meu braço, enquanto ele colocava algo nas minhas costas. Por fim, quando eu aproximei o escudo das minhas costas senti o mesmo grudar nelas com uma certa força.

-Todos prontos? –Perguntei e eles assentiram terminando de arrumar as armas nos lugares.

     Clint havia escolhido um arco e nas suas costas tinha uma aljava cheia de flechas negras com dispositivos de choque na ponta. Natasha estava com armas de choque e uma coisa em seus pulsos que eu não identificar quando olhei, até que reparei ser armas de choque e veneno.

     Thor havia encontrado um martelo, que mais parecia uma marreta. Não sei como ele carregava aquilo, que parecia pesar muito. Me perguntei por alguns instantes se ele irá só usar aquilo, mas ao que tudo indica sim. No carro eu perguntaria se o martelo tenha alguma função fora martelar.

     Wade estava com seu traje de mercenário e portava todos os tipos de armas que cabiam em sua roupa de laica vermelha. Como aquilo não aperta? Balanço minha cabeça levemente me despertando dos devaneios, saímos da sala e depois da outra e enfim saímos do galpão abandonado.

     Destranco as portas, enquanto nos aproximamos do veículo. Eu vou no banco do motorista com Thor do meu lado, Clint, Natasha e Wade ficam no fundo. Dou a partida no carro e logo arranco com o mesmo, fazendo um pouco de poeira subir, enquanto estou dirigindo para o esconderijo da Hydra começo a falar:

-Thor, por que escolheu o martelo? –Pergunto olhando de soslaio para ele que sorri minimamente.

-Wade disse que a potência de choque desse negócio é bem alta, acho que pode nos ajudar –ele diz rodando o martelo no ar, para logo em seguida o mesmo parar em sua mão.

-Como você consegue esse tipo de coisa? –Perguntei para Wade que afiava uma adaga em sua mão.

-Conheço as pessoas certas-ele disse e eu decidi não perguntar mais nada, afinal já estávamos chegando.

     Quando finalmente chegamos ao esconderijo da Hydra, já armados, notei que parado em um local perto da entrada estava Sam agachado perto de uma moita. Parei o carro e descemos caminhando lentamente até Sam que quando nos viu se aproximando começou a nos atualizar sobre o que nos esperava.

-Asa Vermelha entrou no local, contei 76 policiais da Hydra lá dentro e outros 10 vigiando do lado de fora, todos estão armados –ele disse, Clint ao meu lado lhe entregou algumas armas e munições extras.

-Certo. Policiais, avante –digo.

POV Autora

     Assim que Steve disse isso começou a andar, Natasha foi para seu lado e Clint para o outro, o mesmo fez Sam e Thor, enquanto que Wade via uma borboleta voar até que se viu sendo deixado e começou a correr para alcançar os outros.

     Assim que chegaram na porta dois guardas os interceptarão, segundos depois ambos estavam no chão sofrendo espasmos fortes, da arma de Sam saia uma leve fumaça. Thor chutou a porta com força e a mesma foi ao chão. Se dividiram em duplas e tomaram rumos diferentes, cada para indo para uma direção.

     Clint ficou com Natasha, a cada bifurcação respirava fundo antes de atirar uma flecha, já Natasha por vez tomava a frente derrubando qualquer policial da Hydra que aparecesse em seu caminho. Ambos iam avançando cada vez mais, a cada segundo se aproximavam mais do coração do esconderijo da Hydra.

     Thor ia sorrindo com Wade ao passo em que o do martelo acertava os policias com choque ou força bruta. Já o outro ia cortando seus membros com suas afiadas katanas, por onde se passava via-se um rastro de sangue no chão e nas paredes.

     Sam e Steve estavam como os outros, o loiro usando o escudo para acertar e apagar os policiais, enquanto que Sam usava suas armas. Por fim pararam em uma porta onde todos se encontraram com os corpos brilhando de suor. Steve fez sinal para porta verde à frente e Thor assentiu, dando um forte chute na mesma.

     A porta foi ao chão na mesma hora, fazendo um enorme estrondo. Todos se encararam confusos quando constaram que a sala estava vazia. Steve entrou primeiro e ficou analisando o lugar. Um após o outro entrou na sala e ficaram parados. Até que notaram que naquela sala tinha uma mesa e nela tinha uma televisão. E na tela negra da televisão, em vermelho tinha o símbolo da Hydra.

-Você devia ter ficado com seu namoradinho Odinson, mas acho que o tempo está acabando –o coração de Thor falhou uma batida quando escutou a voz do Ruwlom pela TV.

     Sem controlar suas ações o loiro fechou a mão em punho e com toda sua força golpeou a televisão a sua frente que quebrou em milhões de pedacinhos de vidro. Sua respiração se tornou acelerada, Steve olhou para ele e meio inseguro pôs a mão direita em seu ombro, Thor se virou rapidamente na direção do outro, quanto seus orbes cerúleos brilhavam intensamente de ódio.

-Vá-disse Steve, Thor assentiu começando a correr base a fora.

     Assim que chegou do lado de fora pôs-se a correr a toda velocidade que seu corpo permitia, pedia em pensamentos para que os deuses protegessem Loki. Quando se aproximava da livraria, permitiu-se sorrir fracamente, aparentemente estava tudo bem ali. O tio de Loki, Heimdall varria silenciosamente a calçada.

      Thor parou perto de Heimdall e quando ia lhe dirigir a palavra, houve uma explosão na livraria. Como o impacto da mesma os dois foram lançados com força para as ruas, onde carros desviaram rapidamente. Os ouvidos de ambos zuniam, pelo impacto.

     O loiro viu o fogo começar a consumir o prédio, seu coração se apertou dentro do peito. “Precisava achar Loki”, pensou Thor se levantando meio cambaleante. Ouvia algumas pessoas gritando, mas ignorou começando a andar para dentro do prédio em chamas.

     Heimdall que até então estava no chão se levantou e arregalou seus orbes, sem pensar muito saiu correndo para dentro da livraria para pegar algo que era de muito falar para si. Enquanto isso as chamas consumiam a livraria a cada segundo.

     Thor quando entrou quase se engasgou com a fumaça que entrava com força em seus pulmões, seus orbes começaram a lacrimejar. Fechou os mesmo com força, enquanto os sentia arder fortemente. Subiu a gola da camiseta que usavam e começou a respirar pelo pano.

-LOKI-gritou, tentando achar o amado em meio ao fogo que crepitava alto. Nenhuma resposta foi jogada de volta. Estava decidido, teria que olhar todos os cômodos e nada o iria impedir.

     Alguns minutos antes...

     -LOKI-berrou seu pai, o de cabelos negros bufou, largando a panela na pia com força, fazendo um som alto ecoar pelos cômodos. Seguiu o caminho até o quarto do mais velho, praticamente marchando em direção ao mesmo.

-O que é? –Disse já revolto abrindo a porta com brusquidão. Laufey que estava de pé, acabou caindo na cama com o susto, mas logo se recompôs e avançou contra o moreno prensando-o contra a porta.

-Não tenho tempo para brincadeiras Loki, esses dias você tem me evitado todas as vezes que lhe chamo, sempre mandando o idiota do seu tio vir aqui quando sabe muito bem o que eu quero –O mais alto disse e logo pegou no pulso fino de Loki, que grunhiu de surpresa.

-Vamos brincar Loki-disse colando seu corpo com o do moreno começando a beijar seu pescoço, o mesmo virou o rosto enojado.

     Laufey começou a passar a mão pelo corpo do filho, apertando toda pele exposta que encontrava. Loki sentia nojo do que iria acontecer ali, mas felizmente ele sentiu um impacto em suas costas que jogou ele e seu pai no chão do quarto, o mais velho bateu a cabeça na cama e desmaio.

      Loki estava em cima de seu pai, quando sentiu as paredes começarem a balançar, viu o fogo começar a consumir o prédio. Arregalou os orbes verdes. Precisava sair dali e rápido. Se levantou de cima de Laufey meio tonto.

      Viu que as chamas consumiam rápido o quarto. Ele sabia que não poderia levar seu pai e não queria. Queria ser livre das garras daquele monstro. Viu a cama ceder do outro lado e a madeira que quebrou começou a pegar fogo, como uma tocha.

     O moreno olhou para o fogo crepitando naquela madeira e depois voltou-se para Laufey, uma ideia começou a nascer no fundo de sua mente. O fogo já faria aquilo para si, mas fazer ele mesmo seria uma vingança mais satisfatória. Sem pensar mais se aproximando da estaca de madeira e a puxou, o fogo em sua ponta espalhando rapidamente pelo resto.

     Voltou a se aproximar de Laufey sentindo o coração disparado. Assim que chegou perto o suficiente do corpo desacordado, se ajoelhou perante ao mesmo. Ergueu a estava acima de sua cabeça com as duas mãos. Fechou os olhos esverdeados e abaixou as mãos com o máximo de força que podia. Ouviu Laufey gritar de dor e sua pele queimar com o fogo que lhe atingia.

     Pouco a pouco a voz de Laufey foi se acabando e sua vida se esvaindo. O buraco m seu peito derramava sangue em si e no chão. O moreno que estava com as mãos tremendo resolveu abrir seus orbes. Ao olhar seu progenitor morto, uma onda de alivio atravessou seu corpo.

     Lagrimas de felicidade começaram a rolar de suas pálpebras. Estava livre. Sorriu colocando ambas as mãos em seu rosto. Para ele estava perfeito, até que ouviu alguém lhe chamando. Uma voz grossa lhe chamará. Primeiramente achou que era sua cabeça pregando peças, mas ao escutar novamente alguém lhe chamando, soube a verdade. Thor estava ali. Seu príncipe veio salva-lo.