Violet P.O.V
Violet eu e seu pai vamos sair, você vai junto? - escutei minha mãe gritar do andar de baixo
- Não - gritei de volta e voltei a me deitar em minha cama e me cobri até a cabeça com o cobertor.
Escutei uns passos se aproximando de meu quarto, só poderia ser minha mãe provavelmente pra me obrigar a sair com ela.
- Minha filha você precisa sair desse quarto, você só sai pra ir a escola, não pode ficar enfurnada aqui - disse minha mãe assim que entrou no quarto.
- Não posso fazer nada se não tenho vontade de sair, agora pode me deixar só?
- Claro que não, se não quer ir com a gente então vamos arranjar alguém pra ficar com você.
- Sabia que eu não sou uma criancinha? eu não preciso de uma babá, sei me cuidar só.
- Não vou te deixar aqui só filha.
Meu pai havia colocado na cabeça de minha mãe que eu provavelmente estava com depressão e eles tinham medo de eu fazer alguma coisa contra mim, é bem provável mesmo eu estar com depressão mas eu não seria louca ao ponto de cometer suicídio, ainda mais agora que tenho que pensar não só em mim mas em meu filho também. E por falar nisso, ainda não contei aos meus pais a grande noticia, talvez por medo, se Tate estivesse aqui seria muito mais fácil... não Violet, esqueça o Tate, ele não vale mais nada pra você.
- Daqui a pouco a pessoa que vai ficar com você vai chegar, se comporte. - revirei os olhos e ela riu de minha expressão saindo do meu quarto em seguida.
Decidi dormir um pouco já que estava morrendo de sono, como sempre, também estava com fome mas a preguiça de descer até a cozinha era bem maior, então apenas cochilei um pouco.Acordei com alguém acariciando meus cabelos e assim que abri os olhos dei de cara com Tate sentado em minha cama, o que me assustou e me fez dar um pulo da cama.
- O-oque faz aqui? - perguntei
- Calma Violet, até parece que viu um fantasma - disse rindo de minha cara assustada - sua mãe me pediu pra te vigiar enquanto ela saia.
- Não preciso que ninguém me vigie, muito menos você. Como que meu pai te deixou ficar aqui SOZINHO comigo?
- Eu sei que seu pai não gosta de mim mas ele sabe que eu não te deixaria fazer nenhuma besteira.- disse ele
-É, até que faz sentido, agora da pra sair da minha casa por favor? - fui até minha porta e a abri para que Tate saísse.
- Não posso. - disse ele
- Porque? porque minha mãe te pediu?
- Não, porque não quero continuar assim contigo, vamos conversar por favor.
- Não tenho nada pra conversar com você. - respondi fria.
- Claro que tem Violet, não seja infantil, vamos conversar.
- Eu fui infantil? Não me faça rir Tate. Que saber? pode ficar no meu quarto, mas eu vou sair daqui e espero que não venha atrás. - sai de meu quarto o deixando só e fui a cozinha comer alguma coisa.
Fui em um dos armários e peguei um doritos que tinha lá e fui na geladeira pegar uma lata de refrigerante, e eu teria saboreado aquele lanche delicioso se Tate não tivesse o puxado da minha mão.
- Se quiser também é só pegar tá? Agora me deixa comer em paz. - disse já ficando com raiva dele.
- Você sabe que não pode comer besteiras, não faz bem pro bebê e você sabe disso. Deve ter passado a semana toda comendo essas besteiras, ou não comendo nada já que parece bem mais magra.- disse me olhando de cima a baixo.
- Você também não ta essas maravilhas não viu?! - Realmente, Tate estava bem mais magro e seus olhos estavam avermelhados, parecia que não dormia a dias. - E aliás, quem é você pra se meter?
- Sou o pai do seu filho. - disse aumentando seu tom de voz.
- Eu já te disse que você não é pai desse bebê - logo ele se aproximou e me encurralou no balcão.
- Que eu saiba você não fez esse bebê sozinha. - disse aproximando os lábios do meu, juro que me segurei para não agarrá-lo ali, o empurrei com força e me afastei dele.
- Mas preferia ter feito só.
- Violet não seja assim, me deixa te explicar as coisas, se não me quiser de volta eu entendo mas não me deixa longe do meu filho.- ele disse com uma voz triste.
Meu coração se partiu em pedaços quando escutei aquilo, eu sei que estava sendo um pouco dura com ele, ou talvez não. A dias ele tentava me explicar o que havia acontecido mas eu nunca quis o escutar, talvez por ainda doer me lembrar daquela cena nojenta. Tate pode não ser perfeito mas ainda sim eu sabia que não poderia proibi-lo de ver o próprio filho.
-FILHO? - escutei uma voz grossa atrás de mim, me virei e dei de cara com o meu pai na porta da cozinha, fudeu.
-P-pai? O que faz aqui tão cedo? - perguntei assustada, meu coração batia tão rápido que quase estava saindo pela boca e ao olhar para Tate vi que estava igual a mim.
- NÃO INTERESSA, QUE HISTÓRIA É ESSA DE FILHO? - gritou meu pai me puxando com certa força pelo braço.
- Que gritaria é essa? - minha mãe entrou sem entender nada na cozinha.
- Nada, espero que não seja o que eu estou pensando.- disse meu pai,me soltei dele e fui pra perto de Tate que olhava meu pai assustado .- ANDA, COMECEM A SE EXPLICAR, AGORA.
-Pai, é que... - eu juro que tentava falar mas as palavras simplesmente não saiam de minha boca.
- Nós vamos te explicar mas você precisa se acalmar Sr. Harmon - Tate ficou a minha frente e tentou acalmar meu pai que só o olhava com mais raiva e desprezo.
Meu pai se sentou e minha mãe pegou uma água pra ele e eu pedi que os dois se sentassem para podermos explicar a situação, eu parecia calma por fora mas eu nunca havia sentido tanto medo como agora.
- Quer que eu fale ou você? - sussurrou Tate em meu ouvido.
- Não sei se consigo - disse já quase chorando.
- Só quero que se acalme tá? - disse me abraçando e depositando um beijo em minha testa.
- Dá pra falar logo? Quanto mais demoram pior eu fico - disse meu pai com raiva.
- Fique quieto Ben, os deixe falar. - se meteu minha mãe e até que enfim meu pai ficou calado.
- Peço que não fiquem com raiva de Violet, a culpa não foi totalmente dela e agora ela precisa mais de vocês do que nunca - assim que Tate falou isso vi a expressão de preocupada de minha mãe e a confusa de meu pai. - Viole está grávida, mas saibam que eu vou assumir totalmente as minhas responsabilidades.
O rosto de meu pai começou a ficar extremamente vermelho, o que me assustou bastante. Ele levantou de uma vez da mesa e eu pude ver as veias saltadas dele, meu pai nunca havia ficado daquele jeito, parecia um animal com raiva. Ele logo jogou o copo de água dele pra longe, que se estraçalhou em pedaços e eu fiquei com medo de ele fazer alguma coisa com Tate que assim como eu estava completamente assustado, e minha mãe nem se mexia, parecia estar em choque.
- SUA VAGABUNDA- meu pai gritou vindo em minha direção e me acertou em cheio no rosto. Comecei a chorar, não só pela dor mas também pela situação a qual havia me metido.
Assim que meu pai me bateu minha mãe o olhou assustada a Tate foi pra cima dele. Os dois começaram a se bater feito dois loucos e eu gritava para que eles parassem assim como minha mãe mas eles pareciam nem escutar. Meu pai era bem mais velho e mais forte que Tate, o que fez com que Tate apanhasse bem mais.
- PARA PAI - gritei desesperada tentando o puxar de cima de Tate que tinha maior parte de seu rosto coberto de sangue.
- EU VOU LIGAR PRA POLÍCIA AGORA- gritou minha mãe e meu pai pareceu escutá-la pois parou de bater em Tate e eu o puxei de cima dele.
- Não toque em mim sua ingrata - disse meu pai me empurrando - eu não te criei pra isso, pra se tornar uma incompetente , eu te disse que esse menino só te traria problema.
Aquelas palavras me machucaram bastante e eu só conseguia chorar, sem rebater as suas acusações, minha mãe parecia calma mas eu sei que ela estava magoada comigo só pelo seu olhar. Fui até Tate que estava tentando se levantar e o ajudei.
- Você tá muito machucado? - perguntei o abraçando.
- Vi eu sou a ultima coisa que importa agora, não se preocupe - disse afagando meus cabelos.
- Eu quero que saia de minha casa agora - disse meu pai enquanto me olhava com ódio e minha mãe logo o olhou assustada. - E você não se meta Vivien, a casa é minha e eu não quero essa aí aqui.
- Pai...
- Não me chame de Pai. O que ainda está fazendo aqui? Quero que saia daqui agora, pode deixar que mandarei suas coisas pra sua nova casa, isso se você tiver uma. - disse debochado.
- Vamos Violet, não quero que fiquei escutando essas besteiras. - disse Tate me abraçando de lado e me levando até a porta.
- Achei que você fosse mais esperta Violet, mas eu estava errado .- meu pai disse antes de sairmos de minha ,agora, ex casa. - Espero que não venha me pedir dinheiro ou qualquer outro tipo de ajuda.
- Pode deixar que isso não vai acontecer, fui homem o suficiente pra fazer essa criança e também serei pra assumir minhas responsabilidades, garanto que nada irá faltar nem pra Violet e nem para o meu filho, passar bem. - Respondeu Tate o que deixou meu pai mais bravo.
Saí daquela casa com as mão abanando e o rabo entre as pernas, queria eu voltar no tempo e ter feito tudo diferente.
- Não se preocupe, tudo vai ficar bem. - Tate disse e me aconchegou em seus braços, e naquele momento me senti protegida de todos os problemas.
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