História My Pupil - Único

Me chamo Takao Kazunari, e tenho 18 anos. Estou para prestar vestibular este ano, e, por obrigação dos meus pais, devo fazer medicina. Não que eu não goste, mas eu queria algo mais simples... Mas não posso fazer nada, a não ser estudar, certo? Porém, o meu problema é com duas matérias: Química e Biologia. E infelizmente são as matérias mais importantes pra medicina. E realmente não adianta, essas porcarias não entram na minha cabeça nem que eu estude durante 18 horas o mesmo conteúdo.

O bom é que meus pais sempre foram compreensivos quanto às minhas dificuldades, e por isso contrataram um professor particular pra me ensinar essas duas matérias. O ruim é que lá se vai meu tempo “livre”, que já era quase nulo.

Estamos em junho, e minha prova acontecerá em outubro. Ou seja, terei 4 meses para aprender o que eu não aprendi durante toda minha vida escolar desde que entrei no ensino médio. Estou contando muito com esse professor!

~~

– Boa tarde. Takao, certo? – O rapaz ajeitou os óculos. Tinha estranhos cabelos verdes, uma expressão séria e era absolutamente alto.

– Sim, sou eu! – Respondi com um sorriso, o que não foi retribuído pelo professor... Credo, que cara sem coração! E ele ainda carregava um pinguim de porcelana em sua mão esquerda. Parecia uma criancinha que gostava de passear com seu bichinho favorito. Digamos... Que era fofo!

– Me chamo Midorima Shintarou, tenho 22 anos, sou estudante de medicina, estou no quarto ano da faculdade, e serei seu professor. Soube que suas dificuldades são biologia e química, certo? – Assenti com a cabeça – Ótimo, então não teremos tempo a perder, já que você realmente precisará dessas matérias pelo resto da sua vida.

Bom, pelo menos, ele parece ser realmente focado no seu trabalho... Só imagino que o coitado nem tenha vida social, já que além de estudar dá aulas particulares... Coitado, espero não passar por isso!

Levei-o até meu quarto, onde servi um chá quente, já que lá fora estava realmente frio, e entreguei a ele meu material. Ele observou os livros e abriu o de biologia.

– Antes de tudo... Posso te perguntar por que você está com um pinguim de porcelana?

– Câncer está em quinto lugar no horóscopo de hoje. Mas nada de ruim vai acontecer se eu carregar um pinguim de porcelana, que é meu item da sorte de hoje.

– ... Que?

– Qual seu signo?

– Escorpião

– Oh... Escorpião está em primeiro. A previsão é que hoje sua vida possa mudar para melhor pois você conhecerá alguém que poderá estar com você pelo resto de sua vida.

– Mas eu nem vou sair de casa hoje. Você realmente acredita nisso?

– Nunca devemos duvidar dos horóscopos.

– Então ok...

– Bem... Vamos começar com um conteúdo mais simples. O que você sabe sobre o Reino Fungi?

– Nada.

– ... Por favor, diga que sabe pelo menos algo, como quem são os seres que fazem parte do reino!

– Eu disse que não sei nada! Pra que eu vou usar isso? Como se eu fosse chegar em alguém e falar “E ae, sabia que esse treco ai é do Reino Fungi?”. Pra mim eu só preciso saber as doenças e as coisas do corpo humano!

– “As coisas”... Quanta incompetência, Takao! E você realmente quer ser médico?

– Você é sempre rabugento assim? Por que não dá um sorriso? O mundo ama sorrisos!

– Eu te fiz uma pergunta!

– Meus pais querem. Por mim, eu seria jogador de basquete ou até chef de cozinha.

– Mas seus pais mandam em você, então você deverá focar na medicina. E eu te digo que todos que foram meus alunos foram aprovados nas melhores faculdades. E não deixarei que com você seja diferente.

– Tá certo então.

Ele ajeitou seus óculos novamente e começou a me explicar. Tudo o que eu entendi foram coisas como “bolores, mofos, fermentos” e só. Digamos que estou apenas na primeira aula e já posso afirmar que esses 4 meses serão realmente complicados. Ainda mais com um tsundere como professor.

~~

Estamos em agosto, e finalmente passaram-se os “reinos”. Agora estou estudando as doenças, o que é algo muito mais legal, e já comecei a estudar uma parte da química. E por incrível que pareça, estou me dando melhor com o Midorima. Até me acostumei a chama-lo de “Shin-chan”, o que ele realmente odeia. Mas admito que ele fica muito fofo me xingando por chama-lo assim. Tsunderes podem ser boas pessoas, certo? Aliás, hoje ele carregava uma pimenta... E eu continuo achando essa mania um tanto esquisita.

O tempo já estava muito melhor, o que eu realmente não entendi. Aquele frio anormal não era típico de primavera... E, agora, está um calor insuportável. Eu vestia uma regata e uma bermuda, enquanto aproveitava um sorvete. Shin-chan vestia uma camiseta e uma calça, mas eu conseguia perceber que ele sentia calor.

– Shin-chan, quer um sorvete?

– Sorvetes quebram sua concentração. Nem você deveria estar com um.

– Mas está tão calor! Vamos, eu sei que você quer um desse! – Disse, passando o meu sorvete pelos seus lábios, o que o fez corar e virar seu rosto. Absurdamente fofo!

– P-Pare com isso, Takao!

– Só vou parar quando você aceitar um. Você o quer, não é? Olha só como ele é tentador! Aproveite as coisas boas da vida, Shin-chan! Reclamar de tudo não ajuda em nada!

Ele me encarou com um olhar morto. Mas com certeza ele estava rindo por dentro. Ou estava me achando retardado... Ou os dois, mas enfim, não ligo!

– Certo... Pegue logo um desses para mim.

– Ah, eu sabia! Já volto!

Desci as escadas, indo até a cozinha. Shin-chan era realmente fofo! Não sei o que as pessoas tem contra tsunderes. Aposto que nunca conversaram com um... Mas eu realmente tenho vontade de apertar o Shin-chan! E eu nunca me senti assim por mais ninguém... Eu tenho vontade de estar com Shin-chan o tempo todo. E aquela boca parece tão...

– Takao, pra que essa demora?

Despertei-me do meu transe de “Shin-chan” e me virei. Ele estava com sua franja presa, e seu suor escorria por todo seu rosto. Ele levantava sua camiseta para se abanar e... Por Deus, o corpo dele era perfeito! Eu realmente nunca tive pensamentos assim com outro homem... E pra falar a verdade, nem com mulher. Shin-chan é o primeiro... Então, isso me torna gay?

– A-Ah, desculpe a demora, Shin-chan! Acabei tendo alguns pensamentos! – entreguei o sorvete a ele.

Devido ao calor extremo, o sorvete já estava um pouco derretido, o que fez Shin-chan lambe-lo pelos cantos antes de tudo... Eu já não me reconhecia mais. Me perdi observando sua língua subir e descer pelo sorvete, e imaginei-a dentro da minha boca, ou fazendo o mesmo no meu...

– Vamos subir, quero terminar de te explicar as doenças.

Novamente ele interrompeu meu transe, e eu apenas assenti. Porém, com ou sem transe eu não podia mais negar.

Eu estava completamente apaixonado pelo meu professor Midorima Shintarou.

~~

Finalmente, outubro. Eu achei que seria impossível, mas eu realmente estou entendendo todo o conteúdo de biologia e de química. Shin-chan realmente é um excelente professor!

Estou a dois dias da prova, e faço exercícios igual um condenado, enquanto meu professor lê um livro aleatório. Na mesinha, ele deixara seu “item da sorte”, que hoje era um mangá do gênero yaoi. E que ele jura que não se interessa pelo gênero e por isso está lendo outra coisa. Já está escuro, e chovia lá fora.

–Shin-chaaan, eu não aguento mais!

– Pare de ser preguiçoso, Takao! Você está a dois dias dessa prova. Não adianta dizer que está cansado.

– Preguiçoso? Mas eu já devo ter feito uns quinhentos exercícios de química e se duvidar eu até decorei o livro de biologia! Fora as outras matérias que eu também tenho estudado. Eu quero descansar!

Ele novamente ajeitou seus óculos e olhou para os meus exercícios, um por um.

– Você realmente está acertando todos. Digno de um aluno meu, apesar de você ter sido o mais problemático.

– Problemático? Assim você me magoa, Shin-chan! Aposto que nunca teve um aluno tão alegre quanto eu!

Ele corou novamente. E eu obviamente senti meu rosto esquentar. Nesses últimos meses eu tenho pensado no Shin-chan frequentemente, e fiz coisas que eu nunca imaginei que faria por outro homem. Eu quero abraça-lo. Quero beijá-lo. Quero vê-lo nu, na minha frente. Quero-o dentro de mim. E eu quero agora.

– C-Certo. Você pode descansar. Até porque já está tarde.

– Não quer dormir aqui, Shin-chan? Como você falou, está tarde, e está chovendo. Não é seguro voltar para casa agora.

Ele demorou um pouco para responder. Novamente virou seu rosto, com certeza escondendo a cor rubra.

– O-Obrigado pelo convite... Eu aceito.

Sorri, e então o quarto se tornou um silêncio... Que foi quebrado por dois estômagos roncando.

– Ah, eu não falei que era bom pararmos? Que tal comermos algo?

– Eu aceito. O que você recomenda?

– Quer pedir um yakisoba? Sei de um realmente delicioso!

Shin-chan assentiu, e eu fiz o pedido pelo telefone. Não demorou muito para chegar... E aquele yakisoba era realmente uma delícia! Se eu pudesse eu comeria isso o dia inteiro pelo resto da vida!

Terminei o meu prato e fiquei observando Shin-chan terminar o dele. Ele comia lentamente, e acho que não percebia o quanto eu o encarava. Terminando seu yakisoba, Shin-chan virou o prato para terminar o resto, e murmurou algo ao sentir que uma gota do molho escorreu pelo canto de sua boca.

– Droga... Pode me dar um guardanapo?

– Claro...

Levantei-me e fui até ele. Shin-chan me encarou confuso... Porém eu estava fora de mim. Eu queria Shin-chan. Segurei seu rosto e passei minha língua por toda a região onde estava suja, terminando em seus lábios, porém me afastei. Shin-chan me encarava pasmo, mas parecia não ter se importado com minha atitude.

– Desculpe...

– Não se desculpe - Ele se levantou, me empurrando contra o chão e deitando sobre mim – Só que eu não pedirei desculpas pelo que acontecerá agora.

– Que personalidade é essa, Shin-chan? Não parece nem um pouco com meu professor chato e tsundere.

– Digo o mesmo sobre meu aluno extremamente passivo e animado, não?

– Que bom que pensa assim sobre mim.

Sorri, e ele aproveitou que minha boca estava aberta para colocar sua língua, iniciando um beijo com luxúria logo de cara... E por Deus, como ele beijava bem! Sua língua envolvia a minha de um jeito maravilhoso. Era do jeito que eu sempre imaginei!

Shin-chan afastou seus lábios dos meus, mas sem tirar sua língua de dentro da minha boca. Abriu seus olhos e me encarou, usando sua mão esquerda para levantar minha camiseta e estimular meus mamilos, o que me arrancou baixos gemidos. Voltei a beijá-lo, dessa vez mordendo seu lábio inferior algumas vezes durante o beijo, enquanto ele fazia o mesmo. Não sei dizer quantas vezes nós repetimos aquilo... Mas realmente era uma sensação perfeita!

Ele afastou-se de mim para retirar minha camiseta, e eu fiz o mesmo com a sua. Aquele abdome era divino, cada detalhe era perfeito. Shin-chan era inteiramente perfeito! Novamente ele se abaixou, dessa vez levando seus lábios até meu pescoço, depois passando para meu peitoral e abdome, deixando marcas que chegavam a ficar roxas por onde passava. Eu já estava ficando louco, não aguentava mais esperar por ele dentro de mim.

– Shin-chan... Vá rápido com isso!

– Shh, pra que essa pressa? Nós temos muito tempo... Kazunari. – Chamou pelo meu nome em uma voz extremamente sensual.

– Então só espero que essa demora valha a pena! – Sorri, provocando-o.

Shin-chan pousou sua mão sobre meu membro, ainda por cima das peças de roupa, e acariciava-o com certa força. Aqueles beijos já foram suficientes para me deixar completamente ereto, porém Shin-chan tinha mãos extremamente habilidosas, o que me deixava com cada vez mais excitado.

Ele retirou minha bermuda, me deixando apenas de cueca, e observou meu volume, sorrindo. Abocanhou meu membro, ainda por cima da roupa, me fazendo soltar um gemido alto. Levei minhas mãos até minha cueca, na tentativa de retirá-la, porém Shin-chan as afastou e me encarou.

– Eu não disso que era pra ter paciência? Parece que terei de puni-lo. – Sorriu, pegando sua camiseta e amarrando minhas mãos no alto da minha cabeça... Maldito professor! – Agora quero que deixe tudo comigo!

Deus, como Shin-chan era... Gostoso! Tudo nele me excitava. Eu realmente nunca imaginei que um professor como ele – chato, reclamão e sempre de mal com a vida – fosse tão bom em sexo. Apesar de que não sei se ele já fez com um homem... Ou pelo menos se já fez. Mas digo e repito, ele era bom demais!

Ele voltou a lamber meu membro, enquanto eu já não controlava meus gemidos. Senti que meu orgasmo estava próximo, mas Shin-chan não liberava meu membro de jeito nenhum. Até que realmente não aguentei e gozei ainda na cueca, o que fez Shin-chan me encarar sorrindo. Ele retirou minha ultima peça lentamente, lambendo um pouco do líquido que estava ali e depois lambendo o que estava no meu membro. Ele lambia-o completamente, e ao terminar de “limpá-lo”, levou sua boca até a minha, permitindo-me sentir o meu próprio gosto.

– S-Shin-chan... Por favor! – Minha boca já estava aberta há muito tempo, fazendo com que um pouco da minha saliva começasse a escorrer. Shin-chan corou ai observar minha expressão, mas logo em seguida sorriu, lambendo a saliva que escorria e sussurrando em meu ouvido:

– Por que? Está tão divertido brincar com você, meu pupilo.

Gemi novamente só de ouvir aquela voz. Shin-chan levantou-se um pouco para retirar suas últimas peças de roupa, enrolando muito mais ao retirar a cueca... E confesso que senti medo. Aquilo era realmente enorme, nem ferrando que caberia tudo dentro de mim! Ou eu realmente precisaria andar de cadeira de rodas por muito tempo!

– Ajoelhe-se, Takao.

Obedeci, ficando na altura do seu membro e abocanhei-o. No começo engasguei, pois era realmente enorme, mas por Shin-chan eu não ligava. Eu ia dar a ele todo o prazer que ele estava me dando. Ouvi-lo gemendo foi a melhor música para os meus ouvidos. Era maravilhoso saber que eu estava causando tais sensações a ele. Comecei a acelerar meus movimentos, fazendo com que ele gemesse cada vez mais alto e rápido.

– C-Chega, Takao... – Dizia, tentando afastar minha cabeça de seu membro. Porém eu continuava com os movimentos, e ainda acelerando. – Takao! E-Eu...

Senti seu líquido quente invadir minha boca, e engoli a maior parte dele. Levantei-me olhando para Shin-chan e abri minha boca, deixando que o resto do líquido escorresse. Ele, entendendo o recado, chupou minha língua e logo em seguida beijou-me desesperadamente, sentindo seu próprio gosto dessa vez. Terminou lambendo meus lábios e novamente me deitou no chão.

– Vire-se.

Assenti e me virei, deixando-o com total vista da minha entrada. Mas, conhecendo-o, ele ainda enrolaria para me invadir. Senti sua língua em volta dela, o que me fez gemer novamente. Ele lubrificou toda a região e depois a levou até a entrada, penetrando-a vez ou outra. Depois de um bom tempo, ele começou a me invadir com um dedo. Era uma sensação um tanto desconfortável, afinal eu nunca tinha recebido nada na minha entrada. Porém ele fazia movimentos lentos. Depois, colocou mais um dedo, fazendo movimentos “tesouras” dentro de mim, o que causou um pouco de dor. Começou a fazer movimentos um pouco mais velozes, até sentir que eu estava pronto. Ele me virou e deitou-se ao meu lado, retirando seus óculos.

Fique por cima, Takao. Eu quero olhar seu rosto gemendo por mim.

Corei, mas fiz o que ele pediu. Seria maravilhoso sentar no Shin-chan... Apesar de que realmente ia doer. Posicionei-me sobre seu membro, sentando lentamente. Puta merda, como doía! Parece que algo me rasgava por dentro, e é como se nunca chegasse ao fim! Nem se comparava a dor de seus dedos. Porém eu o queria inteiro dentro de mim... Mas realmente, era uma dor que eu nunca tinha sentido antes. Porém uma dor prazerosa, uma dor que eu estava adorando sentir. Shin-chan levou suas mãos até o meu quadril, ajudando-me a abaixar. Quando senti que estava todo dentro, soltei um gemido alto. Minha face estava quente e meus olhos lacrimejavam um pouco. Fiquei parado por um bom tempo até me acostumar com aquela nova sensação, e comecei a me mover lentamente, mas aí já era possível ouvir os baixos gemidos do Shin-chan. Fui acelerando aos poucos, e senti que Shin-chan também se movia, o que deixava as estocadas mais profundas e prazerosas. Acelerávamos cada vez mais, e depois de um tempo era como se eu nunca tivesse sentido aquela dor. Eu cavalgava sobre Shin-chan, e nossos gemidos já se tornaram gritos.

Eu já não pensava em mais nada, era como se o meu mundo estivesse bem ali, dentro de mim e gemendo meu nome. Agarrei seus ombros e continuei a cavalgar, até que Shin-chan se levantou – ainda se movendo dentro de mim – e me beijou com desejo. Um beijo realmente longo e delicioso. Enquanto uma de suas mãos estava em meu quadril, a outra me masturbava, provocando-me outro orgasmo, sujando ambos os abdomes. Porém o orgasmo de Shin-chan ainda não havia chegado, e eu queria que ele se desfizesse dentro de mim. Ele me deitou, colocando minhas pernas em seus ombros, e me estocava com ainda mais rapidez. Cravei minhas unhas em suas costas, deixando marcas por ali que com certeza arderiam e ele reclamaria depois. Mas no momento eu não me importava com mais nada, e tenho certeza de que ele também não.

As suas estocadas se tornavam cada vez melhores, até que ele atingisse o meu ponto sensível, o que me fez gozar novamente. O corpo de Shin-chan já estava completamente suado, e seu suor pingava em meu corpo, fazendo com que minha vista fosse absolutamente maravilhosa.

– Takao... Eu...

– Faça isso dentro de mim, Shin-chan!

Ele me colocou em seu colo novamente, fazendo com que eu cavalgasse e, finalmente, ele se desfez. Shin-chan encostou sua cabeça em meu peito, e ambas as respirações estavam descontroladas. Empurrei-o e deite-me sobre ele, levando meus lábios até os dele e beijando-o lentamente. Um beijo realmente longo, e diferente dos outros que demos, já que dessa vez estávamos mais calmos. Quando o ar faltou, Shin-chan foi o primeiro a falar algo.

– Desde quando, Takao?

– Eu não sei dizer. Quem sabe possa ter sido desde a primeira vez que te vi. Você era diferente, possuía uma personalidade quieta, séria, e ao mesmo tempo fofa – Disse, enquanto acariciava seu rosto – E você?

– Posso dizer o mesmo... Você me irritava, mas eu gostava disso. Meus alunos sempre foram pessoas sérias e 100% focadas em estudo. Eles eram iguais a mim quando estudante de ensino médio, e eu sempre odiei minha personalidade. Então encontrei em você o que eu sempre procurei em mim.

Pisquei várias vezes. Aquele tsundere estava realmente fazendo uma declaração dessas?

– Shin-chan! Que fofo!! – Abracei-o, distribuindo vários beijos pelo seu rosto.

– P-Pare com isso! Não se acostume com uma declaração dessas... É só... Pelo momento. – Disse, corando.

– Certo, certo. – Sorri. – Então, vamos tomar banho?

Ele assentiu, levantando-se e me pegando no colo. Afinal, eu realmente precisaria de ajuda para andar durante um bom tempo. E, como se a primeira vez não bastasse, posso afirmar que nós tomamos um banho realmente delicioso e demorado.

~~

– Anda logo, Takao, você vai se atrasar!

– Só um pouco, Shin-chan! – Peguei meu blazer e minha aliança, colocando-a em minha mão direita.

Desci as escadas, terminando de abotoar minha camisa, enquanto observava Shin-chan. Ele realmente ficava lindo usando branco!

– Desculpe, já estou pronto! – Selei seus lábios, fazendo-o corar e ajeitar seus óculos. Era engraçado como ele sempre tinha a mesma reação, mesmo depois de tanto tempo!

– V-Vamos logo. Eu tenho que ir ao hospital. Eu te dou carona!

– Pegou seu item da sorte?

– Sim. Hoje câncer está em primeiro, mas mesmo assim vou carregar este escorpião de pelúcia.

Sorri, adentrando seu carro. O caminho todo foi silencioso, mas eu adorava pegar carona com o Shin-chan! O silêncio só foi quebrado quando ele chegou ao hospital – que ficava a apenas uma quadra da minha faculdade.

– Obrigado, Shin-chan! – Selei seus lábios e desci do carro, e ele desceu logo em seguida.

Esperei ele chegar até a porta do hospital e gritei:

– Shin-chan! Eu amo você!

Vários olhares foram direcionados a mim, e Shin-chan apenas abaixou sua cabeça e adentrou o hospital rapidamente, o que me fez rir. Caminhei até a faculdade, até que senti meu celular vibrar, avisando que recebi uma mensagem.

“Eu também te amo, meu pupilo”.