História My Queen (Imagine Rap Monster) - Capítulo 3

Se eu não tivesse coloca a mão na porta para que ela parasse, a mesma teria se chocado com a outra e faria aquele barulho alto e insuportável que eu detesto.

— Eu não gosto disso. — disse a minha mulher, enquanto andava de um lado para o outro no quarto, tirando os anéis e os brincos.

— E você acha que eu gosto? — perguntei sarcasticamente.

Acompanhei ela até o closet, mas ambos fomos cada um para o seu próprio lado. Tirei aquela roupa que me sufocava, foi como se uma armadura medieval tivesse sido removida. Fui até a parte de _____, mas ela não estava mais lá. Foi então que eu ouvi o barulho do chuveiro, quando percebi um sorriso surgiu em meus lábios.

Quando entrei no banheiro ____ estava de costas para mim, totalmente alheia aos meus olhares, nenhum pouco castos, que dirigia ao seu belo corpo. Tirei a cueca e deixei em qualquer canto no piso branco, lentamente fui abrindo a porta do box, enquanto ela tirava o shampoo de seus cabelos. Colei meu corpo ao dela, que dei um pulinho devido ao susto.

— Que susto... — disse baixinho se virando para me encarar.

— Desculpe.

Sorri e me inclinei para beija-la. Comecei com um simples selar, que se aprofundou delicadamente, sem pressa. _____ colocou suas mãos em minhas costas e colou um pouco mais os nossos corpos, nisso meu membro já começava a dar sinais de vida. Senti ____ sorrir por entre o beijo, desci minha boca até o pescoço, onde comecei a distribuir beijos e chupões.

— Namjoon! — exclamou quando chupei um pouco mais forte, dando um tapinha no meu braço esquerdo. — Eu não tenho mais 17 anos para você ficar me marcando.

— Desculpe, — disse, tornando a olhar para ela com um sorriso malicioso. — Certos hábitos nunca mudam.

— É impressionante como, mesmo na atual situação, você sempre consegue pensar nisso.

Me inclinei, fazendo meus lábios rosarem em seus ouvidos.

— Vai me dizer que você não ama?

Mas ela não me respondeu, ao invés disso, começou a descer até se ajoelhar na minha frente, sorrindo maliciosamente. Meu membro pulsava só de ter o seu rosto tão perto, um arrepio subi por toda a minha espinha quando ela assoprou aquela área tão sensível.

— Você está de joguinho pra cima de mim? — resmunguei, um pouco irritado com essa mania que ela tem de me torturar.

Mas ela não me respondeu, simplesmente segurou o pênis pela base e o abocanhou com tudo, chupou lentamente e depois lambeu da base até a cabeça, me fazendo delirar e jogar a cabeça para trás. Minha respiração estava ofegante, _____ sabia todos os meus pontos fracos e não hesitava em abusar deles.

Segurei seus cabelos em um rabo se cavalo meio folgado, conduzindo minha esposa a abocanhar meu membro novamente, algo que ela prontamente fez. Suas unhas arranhavam suavemente minhas coxas, enquanto ela mamava meu pau com vontade. Os sons que saiam de sua boca, somados a água que escorriam por aquela bunda maravilhosa só me deixavam mais excitado. E quando ela me olhava... Céus! Eu sentia uma fisgada no meu pênis toda vez que ela fazia isso. Não era um olhar inocente, era um olhar penetrante que mexia com todo o meu ser.

— Meu amor... — falei com dificuldade. — Levanta...

_____ deu uma longa chupada, raspando suavemente os dentes.

— AAH!

— Por que? — perguntou, fingindo uma voz infantil. — Fiz alguma coisa errada papai?

— Só levanta! — já estava impaciente, com uma vontade louca de meter nela e ela ainda fica me enrolando.

Quando ela se levantou, virei ela, um pouco bruscamente.

— Aí! — reclamou. — Namjoooooon!

Eu sabia que ela iria reclamar, então tratei de penetra-la logo.

— Aaaah! — gememos os dois quando me movi devagar, só para enfiar novamente, com mais força.

— Aaaah! — gemeu _____. — Isso, assim.

— Assim como? Com força?

— É... — respondeu ofegante. — Mete com força.

Nem tive vontade de torturar ela mais um pouquinho, apesar de eu amar fazer isso. É que eu também já estava no meu limite, ter minha mulher prensada contra a parede, com aquela bunda maravilhosa empinada para mim, enquanto meu pau estava dentro do melhor lugar do mundo, era uma perdição sem fim.

Metia nela rápido e forte, fazendo aquele barulho que, somado aos nossos gemidos, se tornava a cena mais erótica de todas. Ao poucos fui sentindo as paredes dela me apertando ainda mais, era quase impossível não gozar com aquilo, mas resisti. Até que alcançamos nosso orgasmo juntos.

— Eu não me lembrava de ficar tão cansada depois de uma rodada. — comentou ela ofegante, se ensaboando.

— Do que você está reclamando? Eu fiz o trabalho todo.

Estiquei a mão para que ela me entregasse o sabonete, mas ao invés disso ela mesma começou a me ensaboar.

— Da próxima vez eu te recompenso. — disse sorrindo de lado.

Depois que terminamos o banho, nos vestimos e descemos até a sala. Ouvi o barulho das rodas da caminhonete de Hoseok sobre as britas e em seguida o carro prateado parou na frente da casa. Minjee desceu da parte de trás, com o uniforme verde escuro, com uma saia xadrez de linhas verde e laranja escuro, a minúscula mochila nas costas, uma lancheira nas mãos e um sorriso enorme no rosto. Taehyung desceu logo em seguida e abriu a porta para ela, que entrou correndo se jogando nos braços de _____.

Não pude deixar de sorri com aquela cena.

— Oi meu amor. — disse _____, enchendo a pequena de beijos. — Como foi a aula? — perguntou, enquanto se agachava para ficar na mesma altura de Minjee.

— Foi legal.

— Fez alguma amiga?

Minjee assentiu, depois correu para mim. Segurei ela em meus braços, firme, mas sem muita força. Me lembrei da primeira vez que a segurei nos meus braços, estava apavorado, parecia uma boneca de porcelana que se eu usasse força demais quebraria. Desde então toda vez que tenho ela nos meus braços é como se eu tivesse a própria _____ ali, mas Minjee também era metade minha, o que a tornava ainda mais especial.

— Sentiu saudades? — perguntei, enfiando meu nariz em seu pescoço sentindo seu cheiro infantil. Minjee começou a rir e implorar para que eu parasse.

— Não. — disse, depois que voltou ao normal.

Atrás de mim eu podia ouvir Yoongi gargalhar, mas nem me dei ao trabalho de mandar ele se calar. Hoseok e Taehyung entraram com várias sacolas e as deixaram em cima da mesa de jantar.

— Jin disse que vai demorar, pois tem que dar uma palestra na faculdade hoje. — disse o mais velho. — Então passamos num restaurante e compramos comida.

Os meninos começaram a arrumar a mesa, enquanto Yoongi foi até a despensa dar uma olhada em Jimin, eu e _____ ficamos na sala conversando com Minjee sobre o seu primeiro dia na escola. Ela contou, com bastante empolgação, do quão amável era sua professora, puxou o caderno da mochila e nos mostrou os exercícios que vez, e um desenho que trocou com uma colega.

Os olhos de _____ brilhavam a cada palavra de Minjee, e eu também não duvidava de que os meus também estivessem assim, ver a minha pequena daquele jeito era lindo, queria colocar ela num potinho para que nunca perdesse essa inocência.

— ‘Tá na mesa! — gritou Taehyung.

— Suba e deixe as suas coisas no seu quarto. — disse _____ para Minjee.

Mas quando a mesma foi guardar seu caderno na mochila, um papel branco caiu do mesmo, rapidamente eu o juntei, sabia que não era o desenho da colega dela, pois o papel parecia praticamente em branco.

Minjee subiu as escadas, quase correndo, recebendo um alerta de _____ de que poderia cair que foi totalmente ignorado. Quando Minjee despareceu do meu campo de visão, encarei o papel em minhas mãos e o desdobrei. Antes de abrir eu pensei que fosse um aviso da escola ou algo assim, mas alguma coisa em mim sabia que não era.

Mas o conteúdo do papel me surpreendeu, não era nada da escola de Minjee, eram apenas seis letras, recortadas de uma revista qualquer: HÁ HÁ HÁ. Minha vontade era de amassar o papel de tanta raiva, mas a voz de _____ me impediu de fazer isso:

— O que é isso Namjoon? — perguntou.

Mostrei o papel para ela, suas sobrancelhas se uniram, formando rugas em sua testa, sem dizer nada ela apenas tornou a me olhar confusa.

— É uma mensagem, provavelmente do cara que fez essa palhaçada com Jimin.

Ouvi passos atrás de mim, provavelmente Yoongi. _____ olhou ao redor, ainda confusa, como se estivesse procurando algo que tinha perdido.

— Mas como isso surgiu aqui?

Hesitei, sabia que ela iria surtar, mas por experiência própria eu sabia que não poderia esconder nada dela, que mais tarde seria dez mil vezes pior.

— Caiu do caderno da Minjee. — respondi, mais rápido e mais baixo do que pretendia. Engoli em seco enquanto ela processava a informação.

— Isso quer dizer que...

— Alguém colocou isso na mochila dela. — me levantei, como suspeitei era Yoongi quem tinha se aproximado, passei por ele indo direto até a cozinha, onde Taehyung e Hoseok terminavam de preparar a salada e o suco.

— Hoseok, Taehyung. — chamei, fazendo o mesmo quase dar um pulo.

— Sim, senhor. — responderam ambos em uníssono.

— Houve algum momento em que algum de vocês viu alguém estranho se aproximando da Minjee?

Ambos me olharam confusos.

— Como assim chefe? — perguntou o mais velho.

Mostrei o papel para eles. Atrás de mim podia ouvir Yoongi e _____ se aproximando.

— Isso caiu do caderno de Minjee, alguém, provavelmente alguém que está relacionado ao que aconteceu com Jimin, colocou isso no caderno dela, vocês viram alguém perto dela quando foram buscar ela na escola?

— Não. — responderam imediatamente.

— Tem certeza? — perguntou Yoongi, agora já ao meu lado.

— Absoluta, — disse Taehyung. — Quando chegamos ela estava sozinha na frente do colégio.

— Traga ela aqui. — falei por cima do ombro para _____, que imediatamente subiu atrás de nossa filha.

Voltei para a sala, acompanhado dos outros três, me sentei na ponta do sofá, ao lado da escada, quando Minjee surgiu pela escada, mas ao ver minha expressão séria ela literalmente murchou. Então me lembrei que ela era uma criança e que eu deveria fingir que estava tudo bem.

Me esforcei em sorrir para ela, que sorriu de volta.

— O que foi papai? — perguntou, subindo no meu colo.

— Meu amor, por acaso alguém te entregou um papel hoje?

— Sim, — respondeu simplesmente. — está lá no meu caderno! Quer que eu pegue?

— Não, não precisa, ele caiu do seu caderno e eu peguei já. — mostrei o papel para ela, sem esquecer sorrir. — Quem te deu esse papel? — perguntei, já pensando que queria matar aquele incompetente que contratei.

— Um moço, ele disse que era seu amigo.

Umedeci os lábios, olhei de relance para _____ que estava para em pé ao meu lado, atrás de Minjee, ela mordiscava a ponta da unha do dedão, algo que fazia quando estava tentando resolver as palavras cruzadas do jornal.

— Você não perguntou o nome dele?

Negou, com um olhar um tanto triste.

— Como ele era meu amor, lembra do rosto dele? — perguntei enquanto passava a mão pelo seu cabelo fino.

— Ele tinha o cabelo preto e era magro.

— Lembra da roupa dele? — perguntou Yoongi, que estava sentado na ponta do sofá ao lado.

— Ele usava um casaco cumprido e preto.

— Quando foi que ele te deu isso? — perguntou _____ — Foi na hora do recreio?

Negou novamente, fazendo seus cabelos roçarem na minha mão.

— Eu fui tomar água e tive que passar pela secretaria, ele estava lá e me chamou, disse que era seu amigo e que era para eu te entregar isso, mas não podia ler.

— Só isso?

Ela assentiu.

— Ok, está com fome? — ela balançou a cabeça rapidamente confirmando minha suspeita. — Então vamos comer.

Imediatamente Minjee saltou do meu colo e foi, quase correndo, se sentar na mesa, olhei de relance para os meninos como se mandasse uma mensagem telepática dizendo: “Depois”. Me levantei e me assustei ao ver que Jungkook também estava na sala, ele usava uma regata branca e uma bermuda qualquer, seus cabelos estavam molhados, o que indicava que ele estava tomando banho;

Apenas assenti e nos dirigimos para a mesa, almoçamos, fingindo para Minjee que não havia nada de errado. Ela perguntou por Jimin e um silêncio se instaurou por dez cinco segundos, até que _____ mentiu, dizendo que ele tinha ido visitar um amigo e que também trabalharia de tarde. Minjee aceitou a “notícia” sem fazer mais perguntas e pude ver que Taehyung relaxou ao lado dela.

Assim que terminamos de comer, _____ levou Minjee para o quarto a fim de ajudar a mesma a fazer seu dever de casa, o que a deixou um pouco emburrada. Já eu e os demais fomos para o meu escritório.

— Jungkook você ouviu tudo? — perguntei assim que Taehyung, o último a entrar, fechou a porta.

— Só ouvi vocês falando de um homem que a Minjee conversou. — respondeu, seu rosto era uma mistura de confusão e preocupação.

Expliquei para ele o que aconteceu, sobre o homem que entregou o papel para Minjee, que zombava de nós e do que aconteceu com Jimin. A medida que eu fala Jungkook trincava ainda mais os dentes, a um ponto em que eu achei que eles iriam quebrar.

— O pior de tudo isso é que ele esteve perto dela. — conclui.

Todos ficaram em silêncio.

— O que você vai fazer? — perguntou Taehyung.

— Primeiro, Yoongi vá até a Barata e veja se ela consegue alguma digital disso, pegue uma luva na dispensa. — o platinado assentiu e saiu logo em seguida. — Hoseok, você e eu vamos conversar com aquela incompetente e ver se conseguimos alguma informação da direção, Minjee disse que ele estava na secretaria, alguém deve ter visto ele.

— Podemos ver nas câmeras de segurança também. — sugeriu Hoseok.

— Não, não termos nenhuma desculpa para usar que não seja duvidosa, creio que a Barata pode resolver esse problema sem estresse algum

Yoongi voltou e guardou o papel em um envelope que dei a ele, aproveitei e pedi para que falasse com Barata sobre as câmeras de segurança.

— Enquanto isso vocês cuidem de tudo por aqui. — falei me levantando, Yoongi já havia saído. — Liguem para Jin e diga para ele vir para casa assim que possível e tentem manter contado com ele enquanto estiver fora.

— Sim chefe. — disseram os dois em uníssono.

Hoseok desceu as escadas, mas eu fui direto para o quarto de Minjee, onde encontrei ela e _____ debruçadas sobre a escrivaninha.

— Papai ta saindo pra trabalhar. — ambas olharam para mim com cara de tristeza, mas _____ também estava apreensiva.

— Já? — perguntou Minjee, fazendo um bico que me lembrava muito a mãe.

Não pude deixar de sorrir.

— Sim.

Dei um beijinho em sua cabeça e selei os lábios de _____, foi um beijo rápido, mas com a intensidade necessária para se fazer entender: “Vai ficar tudo bem”.

— Volto logo. — avisei quando já estava na porta.

— Me liga! — _____ falou.

Quando sai de casa Hoseok já estava com o carro ligado, assim que entrei o mais velho deu a partida. Demorou mais ou menos trinta minutos para chegarmos na escola de Minjee, era uma da tarde e os alunos do turno inverso já estavam entrando para as suas aulas.

Hoseok estacionou o carro no estacionamento da escola, um pouco mais afastado da entrada. Entramos no prédio e pedi para Hoseok falar com o homem que contratei, pedi para perguntar o que diabos ele estava fazendo na hora que não viu Minjee saindo da sala. Já eu fui conversar com a secretária para ver se conseguia mais detalhes sobre o homem. Uma tarefa que não seria tão fácil, pelo menos não sem levantar suspeitas.

Quando abri a porta da secretaria um sino soou, segundos depois uma mulher de idade, cabelos tingidos de loiro e óculos sem armação apareceu. Pude ver o susto que ela teve ao me ver, provavelmente me reconhecendo dos noticiários, mas mesmo assim ela sorriu gentilmente, tentando disfarçar o nervosismo,  e disse:

— Em que posso ajudá-lo senhor?

Me aproximei da bancada, fazendo a mulher ficar ainda mais nervosa, por mais que não quisesse intimidar a pobre coitada fiquei feliz de não precisar inventar um desculpa.

— Eu serei breve, hoje de manhã um homem esteve aqui, ele tinha cabelo preto era magro e usava um sobretudo preto, se lembra dele?

A mulher assentiu, olhei de relance para seu crachá e li o nome Tomo, provavelmente ela era japonesa.

— Preciso que me diga tudo o que lembra sobre ele, desde o primeiro momento que o viu até o último, a impressão que teve sobre ele, cada detalhe que você lembrar dele. — falava baixo, mas com a intensidade necessária para que ela entendesse a importância do que eu estava exigindo.

— Be-bem... — ela começou, respirando com dificuldade. — Ele tinha um rosto bastante comum, mas bonito, parecia um ator ou cantor, ela também era alto, acho que tinha a sua altura e bastante simpático. Ele estava vestido inteiramente de preto e usava um coturno, parecia um militar a paisana. Ele se apresentou como senhor Kim.

—E o que ele veio fazer aqui?

— Ele me pediu para chamar a filha dele, pois tinha esquecido de entregar algo importante para ela.

— Você não perguntou o que era?

— Não, ele disse que era alo intimo.

— Qual o nome da filha dele?

— Kim Minjee.

Senti como se todo o meu sangue se congelasse ou simplesmente tivesse sumido do meu corpo. Fechei minha mão em punho, fechei os olhos e respirei fundo. Contei até cinco e soltei a respiração e abri os olhos. Tomo me olhava com medo.

— E o que aconteceu depois?

— E-eu fui chama-la, mas quando entrei na sala a professora me informou que ela havia saído para tomar água, eu retornei para a secretaria para pedir ao homem que esperasse um pouco mais, mas ele já havia saído.

Suspirei, voltei a estaca zero, tudo o que eu sabia sobre esse homem era o mais óbvio.

— Ok, — em afastei um pouco da bancada e a mulher pareceu respirar mais confortavelmente. — mas tem certeza que não lembra mais nada sobre ele?

A mulher pareceu ponderar por um tempo.

— Ele tinha uma tatuagem na nuca, mas não consegui ver o que era.

Sorri.

— Muito obrigado, tenha um bom trabalho. — e dizendo isso me retirei, ouvindo um “obrigada” atrás de mim.

Me dirigi ao estacionamento e fiquei esperando por Hoseok ali, onde tínhamos combinado. Tentei processar todas as informações dos últimos acontecimentos, tudo sem nenhum sentido ou motivo aparente. Parecia que alguém estava apenas brincando, mas mal sabia que brincar com os Bangtan não tinha a menor graça.

Me desencostei do carro quando vi Hoseok surgindo, ele vinha caminhando calmamente, e sua expressão era séria.

— E então? — perguntei.

— Aparentemente ele não viu nada, ouve um momento em que ele teve de sair da sala das câmeras pois um outro zelador disse que precisava de ajuda com um cano que estourou no banheiro masculino.

— Um cano estourou é? — perguntei retoricamente.

Hoseok deu a volta no carro e o destrancou, entrando em seguida. Fiz o mesmo e ele já estava ligando o carro.

— Como se as coisas já não estivessem péssimas.

Puxei meu celular do bolso e liguei para Yoongi para perguntar se Barata descobriu algo, como suspeitava não havia nenhuma digital e algumas câmeras de seguranças do colégio “falharam” em determinado momento da manhã, a única coisa que viram foi Minjee saindo de sua sala e em seguida retornando para a mesma com o papel na mão.

Contei para Yoongi o que descobri com a mulher da secretaria e sobre o homem ter tido ajuda para não ser pego pelas câmeras.

— Ok, — disse ele do outro lado da linha. — vou dizer para ela ver se encontra alguém assim.

— Venha para casa assim que puder.

Em seguida ambos desligamos e eu já estava discando o número de Jungkook. Depois do torturante quarto toque, ele atendeu.

— Alô? — sua voz estava ofegante.

Imediatamente os meus sentidos se ativaram, temendo que algo tivesse acontecido.

— O que aconteceu?

— Hã? Nada.

— Então por que está ofegante?

— Tinha esquecido o celular no quarto.

Relaxei no banco do passageiro, pelo canto do olho vi Hoseok me encarar por um momento e tornar a olhar para frente enquanto dobrava em uma esquina.

— Você falou com Jin?

— Sim, ele vai chegar a qualquer momento. Me perguntou se tinha acontecido alguma coisa grave, com alguém ou com Jimin, disse que estava tudo bem, mas que você tinha pedido para ele voltar assim que puder.

— Ok, obrigado.

Quando chegamos em casa, Taehyung surgiu pela porta de vidro. Conhecendo ele como conheço ele devia estar se corroendo de curiosidade.

— No escritório. — disse assim que desci da caminhonete.

Mas um som de um carro ao longe me fez parar. Caminhei um pouco para ver quem estava ao portão, era um taxi, de onde Jin saiu. Com sua chave ele destrancou o portão, bem na hora em que uma moto com dois homens passou voando atrás do taxi.

Um zumbido encheu meus ouvidos. Minha mãe costumava dizer que quando isso acontecia era porque alguém estava falando ou pensando em você e que quando isso acontecia no ouvido direito era por que estavam falando coisa boa, mas quando acontecia no ouvido esquerdo era por que estavam falando algo ruim.

Eu não sei por que, mas o taxista chamou Jin e o mesmo parou para responder. E eu também não sabia por que, mas meu coração estava apreensivo e eu sentia que tinha algo a ver com a moto que passou.

— JIN! — gritei para o mais velho, que gesticulava para o homem, como se explicasse algo. — JIN VEM AQUI AGORA!

Ele me olhou sem entender, o taxista ainda estava parado, com a cabeça para fora da janela.

— VEM AQUI AGORA PORRA!

Então o loiro tirou a chave do portão e o deixou bater, já que a tranca era automática. Bastou três passos de Jin para que o taxi explodisse em chamas, fazendo o meu irmão mais velho voar para frente e cair de cara nas britas.