Até hoje lembro da primeira vez que à vi. Ela apareceu na minha casa no meio da noite com o meu filho. Eu estava com todas as células do meu corpo transbordando de preocupação por Henry. E então quando eu vi meu filho, literalmente me atirei para cima dele o abraçando.
Quando Henry disse que aquela que o trouxe de volta pra mim era sua mãe biológica, minha cabeça simplesmente girou. Eu tinha tantas perguntas, tantas acusações, tantas armas para usar contra aquela mulher. Porem quando foquei os meus olhos nos dela, tudo desmoronou dentro de mim.
Eu não sei se foi o impacto de ver olhos verdes tão lindos ou se foi a última notícia que eu tinha recebido. Porem aquele momento me fez focar os meus olhos no chão, respirar fundo, piscar algumas vezes e literalmente excluir tudo o que eu tinha acabado de ouvir perguntando a ela: "Você é a mãe biológica do Henry?".
Ela estava tão nervosa, tão tímida e com um sorriso acanhado no rosto, um sorriso adorável. Foi naquele momento que eu comecei a amar Emma Swan, ainda sem nem saber disso.
Naquela mesma noite, enquanto estava me preparando para dormir, aqueles olhos tão penetrantes simplesmente invadiram a minha mente com toda a violência que existe. Eles eram lindos. Eles são lindos.
Fiquei observando a parede branca de meu quarto durante um tempo que eu não consegui cronometrar e quando me dei conta, já tinha caído em um sono profundo com apenas um sonho.
Este sonho é um dos únicos bons que já tive neste mundo, e que lembro com total clareza tudo que aconteceu. Eu estava em um quarto relativamente escuro cheio de espelhos. Em meu corpo estava um vestido lilás, cor esta que eu não vestia desde meus tempos de solteira, meus cabelos estavam soltos e no meio de minhas costas.
Era diferente. Um diferente bom. Um diferente que fez com que uma felicidade entranha me invadisse naquele momento. E então eu ouvi vozes. Vozes tão belas, que mesmo comparadas ao canto calmo de uma sereia apaixonada eram mais esplêndidas ainda.
Essas vozes sussurravam para mim frases que na época não faziam o menor sentido.
“É ela!”
“Preste atenção!”
“Ela é única!”
“Seus castanhos mesclam com os verdes dela!”
“Você a ama!”
Essa última frase foi basicamente um soco no meu estômago e como consequência, eu acordei assustada.
Amar? Amar aquela estranha? Sentir aquele sentimento esquecido por aquela mulher? Eu me senti uma louca, uma mulher que perdeu todo o juízo.
E eu realmente tinha perdido todo o meu juízo naquelas íris esverdeadas e naquelas madeixas loiras.
Entretanto, ela não me amava.
Ela não me ama.
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