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História My Requital (Hiatus) - I; Bad Girls


Escrita por: worhode

Notas do Autor


ois, sou eu, lua. estou de volta bebês, desculpa pela demora imensa
— quero agradecer a todos que comentaram e adicionaram aos favoritos, porra! quase 430 favs, obrigado!! também queria agradecer em especial a @Itchildren, obrigado por sempre estar aqui, comentando, apoiando, enfim te amu bebê sz
— capítulo foi betado pela Aslyn [BAD] ou @Cr4zySn0w; confesso que tenho vergonha mandar para betar, viu? pois é, suas dicas são maravilhosas, mas eu odeio qualquer coisa que se resuma em "regras da língua portuguesa", desculpa, e sobre aqueles "logo", lendo depois como ficou percebi o quão desnecessário eles eram. obrigado, viu sz;
— tradução do capítulo: garotas más.

espero que gostem e boa leitura amores sz

Capítulo 2 - I; Bad Girls


Fanfic / Fanfiction My Requital (Hiatus) - I; Bad Girls

Elas não são minhas garotas, porém divertem-se mais comigo.


Justin Bieber

— Tomando um porre, Justin? — Revirei os olhos ao ouvir a voz de Dhia pela primeira vez ao dia. Ela não tem nada melhor para fazer, não?

Meu olhar foi direto para seu decote. Ultimamente ela tem usado mais vestidos curtos, colados e decotados, coisa que, quando eu a vi pela primeira vez, não acontecia. Seu vestido preto ia até um pouco acima dos joelhos, a formalidade em pessoa. Com certeza o motivo era Ryan. O sorriso estampado em seu rosto era fraco e sarcástico, e ela faz questão de rir da minha cara. Seus cabelos lisos e perfeitamentes alinhados davam o ar de superioridade que só ela tem.

— E você? Não tem o que fazer? — Questionei rude, logo vendo a expressão de seu rosto mudar completamente. Literalmente eu não tenho tempo para gracinhas idiotas vindas da parte dela. Hoje não. Justamente hoje quando eu a vi, linda e radiante. Deus, eu ainda lembro de seus toques.

Os toques traíras.

— Amo seu jeito carinhoso comigo, mas, lembre-se: posso te colocar na cadeia quando eu bem entender. — Seu tom ameaçador só me fez rir ironicamente. — Não vejo graça alguma. — Encarei-a e vi sua feição de superioridade se aproximando mais, com passos lentos e contados. Bufando e a ignorando, tomei mais um gole da minha bebida.

— E seu chefinho? — Proferi com nojo, desprezando mentalmente sua futura resposta inútil — que eu já sabia. Dhia sorriu largo. Definitivamente ela é cega ou se faz.

Como amar um homem tão sujo feito Ryan?

— Foi a uma viagem de negócios no México. — A simplicidade em sua voz nem a entregaria o certo amor que tem por ele. Realmente, isso é idiotice. Seu rosto expressava uma alegria enorme ao lembrar daquele miserável. — Junto com aquela modelo ridícula. — Sua voz saiu baixa, porém expressando claramente sua raiva. Dhia nunca irá cair na real, até parece Bella. Ah, Bella era um anjo, nunca mais a vi. Onde ela está hoje? Chris vai me desculpar, mas só o roubei para pegar o que era meu, e também todos esses anos ele nunca foi atrás de sua irmã. Não é agora que iria, não é mesmo? — Acredita que ele falou que era melhor eu ficar? — Questionou-me incrédula, apenas revirei os olhos, ignorando-a totalmente. — Aquela água de salsicha estragada me paga. — Ri sem humor após tomar o último gole de whisky que continha em meu copo. Água de salsicha estragada? Dhia às vezes parece que tem dezesseis anos, volta a ser aquelas adolescentes de colegial. Até nisso se parece com Bella.

— Outra. — Pedi a Carl, sorrindo fraco ele logo atendeu meu pedido, entregando-me outro copo com bebida. Dhia me olhou sugestiva, passando lentamente a língua pelos lábios. Ela nunca me pareceu tão atraente como agora. Seria o efeito do álcool?

— Por que está bebendo? — Questionou calma, estendendo-se serenamente sobre o balcão. A curiosidade em saber mais sobre mim não é de hoje, é claro, ela tem razões para questionar minhas atitudes, mas não há um “porquê” para lhe contar. Ela não deve saber mais do que já sabe.

— Porque… — Aproximando-me de seu ouvido, calmamente sussurrei: — Não é da tua conta. — Em seu rosto eu vi quão irritada ficou. Sorrindo fraco, dei as costas a deixando sentada, indo em direção ao banheiro. No entanto parei após dois passos por sua vozinha irritante. 

— Onde vai, idiota? — Sua voz estridente me fez bufar alto. Virando-me de frente para ela, sorri falso e deixei meu copo em cima do balcão.

— O que foi? Não aguenta ficar sozinha mais uma vez? — Minhas perguntas saíram sarcásticas. — Só por que Ryan não te quis, não te quer, e não vai te querer, eu sou obrigado a ficar te escutando? — Suas mãos se fecharam e a raiva era nítida em seu rosto. Sem me importar com seu futuro ataque, cruzei os braços na esperança de ela dar as costas e ir embora.

— Hey! — Ouvi Charles gritar e logo após aparecer ao lado de Dhia. De onde esse filho da puta apareceu? — O que está acontecendo aqui? — Fiquei calado e o mesmo fez Dhia, porém ela virou-se para pegar sua bolsa, que estava posta em cima do balcão.

— Você me paga, Justin. — Sua voz sai fraca por conta das lágrimas já tomadas em seus olhos. A verdade dói?    

Olhando para Chaz, vi em seu rosto uma certa apreensividade.

— É ela? — Suas palavras saem baixas. Concordei calmamente. — Puta que pariu! — Dito isso, logo se virou indo atrás da mal amada. Peguei meu copo e voltei para o meu lugar. Ir ao banheiro era só uma desculpa para não ouvi-la falar sobre aquele desgraçado. Hoje eu só quero lembrar dela, pensar nela e, se possível, ir atrás dela. Deus, ela está… viva? Mas eu tinha certeza que ela estava morta. Eu sei que não é ela, pode ser alguém parecido, ou até mesmo a outra. Mas onde estava a outra? Porra!

Deus, talvez pensar em me internar em um hospício seja o melhor a se fazer.

— Você tem que se acalmar, estamos em um bar, então vamos beber! — Chaz tentou soar empolgado, vindo logo atrás de Dhia, que limpava as lágrimas com todo cuidado para não borrar sua maquiagem.

Delicada só por fora.

— Não encosta em mim! — Sua voz irritante me fez fechar os olhos pela milésima vez no dia. Chaz esquivou-se erguendo os braços em rendição, vindo em minha direção.

— Quase… — Sussurrou próximo à mim, em resposta revirei os olhos, impaciente. Dhia se debruçou sobre o balcão novamente e bateu no mesmo, descontando sua raiva. Louca.

— Não tem nada nesse bar de quinta? — Ela já estava quase pulando no pescoço de Carl.

— Conserta a merda que tu fez. — Chaz deu as costas e sumiu de minhas vistas. É assim? Ele aparece apenas para dar uma de madre Teresa? Deveria ficar e ver o que eu passo todos os dias depois que Dhia descobriu sobre o roubo. Suspirei, caminhando lentamente até a louca que já devia estar em uma camisa de força, pronta para ir para um hospício de força máxima.

— Dhia… — Parei ao seu lado e a vi me olhar pelo canto dos olhos.

— Por que você não vai se… — Calou-se, fechando os olhos fortemente, sua respiração falha foi amenizada aos poucos. — Sei lá! Some! — Seu olhar encontrou o meu e eu vi tristeza no mesmo. Eu nunca a vi assim.

Parece que dias ruins são para todos.

— Some você, vai atrás do Ryan. — Apoiei-me no balcão e peguei sua bolsa que estava jogada ao seu lado. — Sei lá! Some! — Repeti suas palavras com sarcasmo e na esperança dela fazer tal ato.

— Queria. — Seu sussurro baixo me fez estranhar seu comportamento. Dhia Willa D’Blanc, a mimada, nojenta, chata e patricinha. Uma mulher bonita de vinte e cinco anos, bem sucedida por causa dos pais, trabalha em uma das maiores empresas de Los Angeles, na qual é apaixonada pelo seu chefe, porém ele não a vê como uma mulher e sim, uma secretária particular, que é a profissão dela.

Nossa! Que vida triste! — Gritou sarcasticamente meu subconsciente. 

— Estou ficando cansado. — Pronunciei-me. Seu olhar se direcionou para minha mão que balançava lentamente sua bolsa de grife, com toda certeza valia mais de cinco mil dólares. Sempre esbanjando luxo, mas nunca, realmente, feliz.

Quem sou eu para falar de felicidade?

— Eu quero beber. — Suas palavras saíram arrastadas. Pendendo a cabeça para o lado, ela sorriu largo. Colocando sua bolsa de volta no mesmo lugar, chamei Carl com um aceno e prontamente ele apareceu sorridente. — Traga algo que preste. — Dhia tomou a palavra antes mesmo de eu pensar no tal ato.

— Sua namorada é bravinha, né, JB? — Carl deu um sorriso divertido e eu neguei rindo.

— Namorada uma ova! — Protestando impacientemente, Dhia levantou sua mão negando como uma louca. — Deus! — Olhou para cima, suplicando para o nada. — Deus me livre! — Olhou para Carl, que apenas ria de sua loucura. — Amém! Amém, né, JB? — A ironia era totalmente visível. Meu olhar pousou no seu — ela estava séria —, mas isso durou alguns segundos, logo riu escandalosamente sem nenhum motivo.

— Trarei o de sempre para começar bem a noite, enquanto isso, se resolva com a sua garota. — Carl saiu rindo. Sentei-me no banco posto à frente do balcão, ao lado de Dhia. 

— Você ainda não disse amém. — Sua voz saiu mais sóbria. Ele se faz de louca na frente dos outros? Eu preciso de um manual para entendê-la!

— Por quê? — Sua mão foi de encontro ao meu ombro, logo me chamando atenção para olhar em seu rosto. Dhia tem traços finos, rosto desenhado milimetricamente, com linhas suaves, porém marcadas — tudo isso a deixa mais bonita. Olhos azuis que complementam com a sua pele clara, juntamente com lábios rosados, naturais e carnudos.

Esses lábios fariam uma tortura em certo lugar.

— Porque… — Ela riu fraco olhando para algo atrás de mim, mas logo voltou a me olhar nos olhos. — Eu nunca ficaria com você. — O sorriso largo estampado em seu rosto me fez concordar sem pestanejar. Mas, é claro, ela é uma mulher com desenvoltura. E eu? Apenas um homem que roubou uma empresa mundialmente conhecida.

Como daria certo? Não daria.

— Aqui. — Carl apareceu em nossa frente com alguns shots de tequila. — Para você e a sua namoradinha se alegrarem. — Acenei como forma de agradecimento e peguei um dos shots, vendo Dhia fazer o mesmo.

— Alguém avisa para esse homem que eu não sou sua namorada? — Balbuciou, após tomar sua bebida e fazer uma careta.

— Acostumada a tomar vinho? — Sorri sínico, ignorando sua pergunta de segundos atrás.

Dhia semicerrou os olhos me olhando divertida.

— Pelo menos eu tomo vinho entre outros mais caros, e você toma água. — Sempre curta e grossa. Ri fraco, virando um copo de tequila para ignorá-la. — Se bem que você agora pode tomar algo caro, não é? — Questionou irônica, levando o limão até sua boca, passando-o pelos seus lábios, comprimindo-os em seguida. — Uh? — Um estalo fora feito com seus lábios carnudos. Mordi meu lábio inferior, ignorando meus pensamentos de beijá-la. Porra, Dhia! Colabora para eu te odiar!

— Não sei. — Dei de ombros olhando para a tv posta no alto da parede, atrás de Dhia. Ela ainda acha eu irei confessar com todas as palavras. Nunca. Ela pode ter visto, ter fotos e vídeos, mas da minha boca nunca sairá a confissão de que fui eu quem roubou Chris.

— Ah, mas você sabe. — Um arrepio tomou conta de meu corpo quando senti suas unhas arranhando de leve minha nuca. — Sua tatuagem, bem essa aqui. — Contornou o desenho com suas unhas medianas. — De asas, te entregou. Traíra ela, né? — O tom de sua voz era de puro deboche.

— Dhia, por que você não vai achar o que fazer? — Questionei após tirar sua mão da minha nuca. — Sei lá, some. — Passei a língua pelos meus lábios, esperando ela perceber que eu não a queria por perto. — É sério que você não pode ir atrás de Ryan? — Seus olhos se fecharam e ela relaxou sobre o banco.

— Infelizmente, não. — Toda a sua pose de mimada e superioridade se foi assim que a vi limpar o rosto, fungando em seguida. — Ele… — Os olhos azuis procuravam por qualquer coisa, menos encarar-me de verdade. — Por quê? Eu sou feia? — Vi as lágrimas escorrendo de seus olhos, e, por um segundo, senti culpa. — Eu sou tão horrível assim? — A sua voz baixa me fez ter pena uma vez na vida. Se bem que, com Dhia, é sempre bom manter um pé atrás.

— Você não é horrível… É só um pouco chata. — Mesmo chorando, ela me fuzilou com o olhar. — A verdade dói, porém é sempre a melhor maneira de fazer o certo. — Desviei meu olhar para o pequeno copo vazio em minha frente, brincando com a borda do mesmo. A verdade… E se eu e Madê tivéssemos contado a verdade? Sem nos importar com Lindsay ou Ryan? Madê estaria viva? Ryan seria o homem rico e sucedido de hoje? Todos nós seguiríamos a nossa vida com o dinheiro roubado? Ou seríamos pegos?

Eu nunca terei a resposta.

— Por que ele não gosta de mim? — Questionou para si mesma. Sem pensar duas vezes, puxei seu rosto, a encarando profundamente. Seus olhos eram tão bonitos, mas eram feios quando estavam cheios de lágrimas e, pior ainda, quando eram lágrimas derramadas por aquele idiota.

— Ele é burro. — Minhas palavras a fizeram sorrir timidamente. — Mas por que você gosta dele? — Dhia desviou seu olhar, suspirando em seguida.

— Sabe… — Procurou as palavras como se elas estivessem escritas na parede. Soltei seu rosto calmamente, à procura de mais um shot de tequila. Talvez ouvi-la não me deixe enlouquecer ao ver o meu passado. Porra! Eu sei que não é Madê! Não é. É Lindsay, eu sei. Não posso ficar louco sabendo que ela já se foi. — Eu fui trabalhar para ele quando a empresa já estava formada, meu pai, com todos os seus contatos, me apresentou Ryan. — Ela pegou o shot da minha mão tomando-o rapidamente, seguido de uma careta. Ri nasalado e peguei outro, mas dessa vez quem bebeu fui eu. — Ryan foi atencioso comigo e minha mãe disse que ele estava interessado em mim. — Ela sorriu, provavelmente se lembrando. — Eu fiquei animada e então comecei a pensar na hipótese. Quando percebi, já era tarde demais. — Seu olhar foi de encontro a suas mãos, que estavam inquietas. — Ele havia começado a namorar e foi quando eu caí na real. Eu estava apaixonada por ele há tempos. — Dhia parecia mal resolvida consigo mesma, mas o problema não é ela, e sim Ryan.

Ele sempre foi o problema.

— Não te julgo por gostar dele. — Ela me olhou atentamente, mordendo o lábio superior lentamente. — Ele… Ele é sujo. — Minhas palavras saem com total nojo e desprezo. — Arrogante, prepotente, metido, mesquinho.

— Ei, calma. — Dhia colocou sua mão sobre a minha, que estava fechada em punho. Com toda certeza, se Ryan estivesse em minha frente, eu o mataria, o encheria de porrada, assim como ele fez com ela. Por que caralhos ele teve de matar Madê? Não aceitou ser trocado e a levou embora apenas para matá-la? Desgraçado. — Por que não me conta o que aconteceu para você ter tanta raiva dele? — Incentivou-me, na esperança de eu contar algo.

Ela não desiste nunca.

— Não sou só eu. — Dhia me olhou confusa, suspirando e deixando minha mão de lado. Chaz também é outro que quer vingança, mas Dhia não deve saber de mais ninguém além de mim.

— Tantos segredos. — Balbuciou. Sim, Dhia, e eles me atormentam de tal maneira que acho que vou enlouquecer a qualquer segundo. — Por que todos fazem questão de mentir? — Encarou-me como se eu tivesse a resposta.

Talvez eu tenha. 

— O que foi? — Franzi o cenho.

— Nada. — Desviou o olhar para suas unhas, pintadas em um tom de vermelho escuro. — Nós não íamos beber? — A alegria em sua voz, me fez rir fraco. Dhia é definitivamente uma pessoa bipolar. Acho que essa é a primeira vez que conversamos normalmente, sem gritos histéricos dela e meus também. Dhia faz qualquer um perder a paciência, sempre mandona e arrogante, superior a todos. Ela sempre foi assim? Às vezes, tenho dó de seus pais por aturá-la desde pequena.  

Encarei-a, imaginando como ela deve ter vivido sua vida. Talvez toda essa pose seja por carência, ou idiotice mesmo. Ela gosta de ser tratada de igual para igual, principalmente quando sua conta financeira se iguala a dela. Por mais que eu não a suporte, por enquanto tenho de mantê-la por perto e calada de preferência. Se ela der com a língua nos dentes, já era tudo. E eu não estou fazendo tudo isso para ser pego. Não mesmo. Eu quero tudo que é meu, mesmo que uma delas, talvez até a mais importante, ele já tenha me tirado.

(...)

Dhia riu extremamente alto, quando tropeçou nos próprios pés. O escândalo em pessoa. Estávamos rindo sem motivos, na verdade, estávamos bêbados. O que tequila, vodka e entre outros, não fazem, não é mesmo? Suas mãos agarraram com força meus ombros, se segurando para não ir de encontro ao chão.

— Dhia, tira esses sapatos. — Alertei-a de um possível tombo pela nona vez. Já percebi que teimosia é o seu forte.

— Não. — Sua voz saíra enjoada. Bom, ela sempre fora enjoada. — Eu consigo caminhar. — Dessa vez ela virou o pé e quase caiu, se não fosse por eu ter a segurado a tempo.

— Eu estou avisando, Dhia. — Rindo alto, ela me abraçou, me apertando mais contra seu corpo. Ainda desnorteado, a abracei também, fechando os olhos e sentindo o cheiro bom que vinha de seus cabelos. Ela tinha cheiro de baunilha.  Até nisso ela é chata! — Já deu, né? — Tentei tirar seus braços, que estavam praticamente colados ao redor do meu pescoço, mas sem sucesso. — Dhia… — Minha paciência estava por um triz. Talvez eu ainda estivesse um pouco sóbrio.

— Não seja ranzinza. — Resmungou, suspirando pesado. — Parece até Cout. — Riu fraco. — Por falar nisso, você se parece muito com ele, sabia? Meu pai é a tua cara, sem contar que é chato igualzinho você! — Encarou-me sorrindo largamente e eu senti um calafrio percorrer por meu corpo com tamanha proximidade de nossos corpos e rostos. Encarei seu rosto desejando por algo a mais e para provocar, Dhia passou a língua pelos lábios, os deixando úmidos. Meu rosto se aproximou mais do seu, com o intuito de colar meus lábios nos seus, que pediam para ser beijados. Percebi que podia beijá-la quando a mesma fechou os olhos e se aproximou minimamente, esperando eu tomar atitude. Meu ato quase foi completado se não fosse o barulho do meu celular, indicando que algum filho da puta estava ligando.

— Porra. — Resmunguei baixo e Dhia sorriu de lado, deitando sua cabeça em meu peito. Peguei descompassadamente meu celular no bolso da calça e o atendi, sem ver quem estava empatando minha futura foda.  

— Porra, Justin! — Revirei os olhos ao ouvir a voz de Chaz. Esse arrombado não tem ninguém para foder, não?

— Porra digo eu! Que caralhos tu quer comigo? — Minha voz entregava o quão irritado eu estava. Dhia me apertou mais contra si, suspirando calmamente, então notei que devia baixar meu tom de voz. — Fala logo, Chaz. — Eu ainda estava na esperança de continuarmos de onde nem havíamos começado.

Eu estava desejando Dhia, assim como desejei Madê, e ambas são de Ryan.

— O segurança... — Notei o desespero em sua voz e bufei, passando minha mão nas costas de Dhia, fazendo um leve carinho, tentando me acalmar para a futura merda que estava por vir. Que caralhos aconteceu com aquele arrombado?

— O que aconteceu? — Minha mente já pensava em várias possibilidades, e, entre elas, era meu plano indo por água abaixo. Dhia ergueu seu rosto na altura do meu, brincando com os dedos em minha boca. — Dhia… — Sussurrei baixo a fim de repreendê-la. Tentativa falha.

— Está com ela? — A voz de Chaz soou, despertando-me.

— Sim, agora fala logo que porra aconteceu com aquele idiota. — Sorrindo fraco, Dhia depositou selinhos em meu maxilar, subindo até minhas bochechas.

Eu preciso odiar essa mulher, mas é impossível.

— Ele está de volta. — Congelei por alguns segundos, mas logo me dei conta do que Chaz havia dito e o quão desastroso podia ser para nós. Se ele fosse até a delegacia e falasse de onde tirou dinheiro para “viajar”, eu estava fodido.

— Hm… — Tentei pensar em um rápido e bom plano que nos livrasse de uma cela até o amanhecer. Dhia voltou a deitar sua cabeça em meu peito, fazendo desenhos imaginários com suas unhas sobre a minha camiseta. — Ainda temos tempo? — Questionei baixo, mordendo meu lábio inferior.

— Ele vai ser interrogado amanhã à tarde. — A voz de Chaz parecia estar mais calma, assim como Dhia, que parecia ter dormido.

— Então temos tempo de sobra. — Minha voz também sai calma. — Amanhã nós nos resolvemos com ele. — Apenas ouvi Chaz concordar e assim encerrar a ligação. — Dhia? — Chamei-a, esperançoso.

— Hm? — Balbuciou, me encarando em seguida.

— Nós…

— Nós? Nós aonde? — Sua fala foi rápida em me cortar. — Caridade, Bieber. — Saiu de meus braços, totalmente consciente enquanto eu me encontrava com um ponto interrogação na cara. — Já ouviu falar? — Vi, em seus olhos, o divertimento em me ver na esperança de continuarmos com o futuro beijo. — Tenho que ir. Eu te ajudei a curar a dor de cotovelo? — Ah, Dhia, você me paga.

Ela estava sóbria e fazendo joguinhos. Filha da puta!

— Você é má… — Minha voz sai arrastada, em um tom de divertimento. — Uma garota má. — Ela sorriu grandiosamente, sem se importar.

— Garotas más se divertem mais. — Sua voz provocativa me fez rir em negação, lembrando-me do passado, ou melhor, de Madê. Era essa a frase que a sintetizava.

Coincidência?

Procurando as chaves em sua bolsa e as encontrando, ela seguiu para seu carro, que estava do outro lado da rua, a poucos metros de nós. Virei-me de costas a fim de seguir o caminho para minha casa, mas fui interrompido pelo seu grito. — Bieber! — Sem querer, mas querendo, virei-me novamente, apenas para encará-la. — Achou mesmo que eu ia te beijar? — Questionou-me, riu alto, debochando ainda mais da minha cara, entrando em seu carro.

Ah, querida Dhia, amanhã tenho uma surpresa para você. Butler’s Enterprise me espera.
 

10 years ago.

— Ah, baby… — Sua voz manhosa me fez rir fraco. Madê se sentou em meu colo, abraçando-me com seus braços finos meu pescoço, logo depositando vários selinhos por meu rosto. — É claro que eu não iria com elas. — Suspirou fraco enquanto minhas mãos faziam um carinho em sua perna desnuda e em suas costas, dentro de sua blusa, sentindo sua pele quente. — É a noite das garotas. — Riu fraco, jogando sua cabeça para trás, encarando o teto.

— Você é uma garota. — O óbvio sai claro em minhas palavras e ela me encara risonha. — E era para as garotas estarem protegidas de hoje à noite.

— Não quando se sabe de hoje à noite. — Convencida, ela piscou para mim sorrindo, puxando minha nuca para perto e assim me beijando ferozmente.

É claro que Ryan contou a ela, ela é a namorada dele e não tem medo do que possa acontecer.

— Sempre delicada. — Sussurrei próximo a seu ouvido após romper o beijo, rindo nasalado ela puxou sua blusa por conta, me dando total visão de seus seios cobertos pelo sutiã preto. Sua cor preferida, aposto que a calcinha também é preta, e com renda. Mordi os lábios olhando para seus seios logo subindo para olhar em seus olhos. — Madê, Madê… — Ela se moveu, colocando suas pernas uma de cada lado das minhas, esfregando-se em cima de meu pau, que estava começando a ficar duro. — Olha a hora. — Minhas palavras saem baixas quase como um gemido. Não que eu não quisesse fodê-la, mas, no momento, é arriscado. Temos um roubo pela frente e, ter que me explicar para Ryan o porquê de chegar atrasado, não seria uma boa. Eu falo o quê? “Estava em uma foda com Madê, e, porra, ela é uma puta gostosa”? Minha morte estaria encomendada com toda certeza. — Se eles chegarem ou… — Seu dedo indicador se aproximou de minha boca, fazendo-me calar a boca rapidamente.

— Você é mais produtivo gemendo, Justin. — Suas palavras saem descaradas, assim partindo para chupões em meu pescoço, enquanto suas unhas arranhavam forte minha nuca e ombros. Minhas mãos subiram direto para o feixe de seu sutiã e com rapidez o tirando. Claramente, minha perdição é ela, sem dúvida alguma. Desci meus olhos para seus seios e levei minhas mãos até os mesmos, os apertando, outrora massageando. Madê rebolou com avidez em meu colo, buscando por mais contato. Vadia. Minha boca dessa vez, distribuiu beijos pelo seu pescoço, descendo lentamente até seus seios rígidos e, para provocar, ela gemeu fraco.

— Gosta? — Questionei, erguendo meu olhar até o seu, enquanto a mesma sorria safada. Concordando calmamente, ela foi descendo seus beijos lentamente pelo meu peito, se ajoelhando em minha frente, apertando meu pau por cima do calção, tal ato que me fez soltar um gemido sôfrego.

— E você? — Apertou-me mais forte e nessa hora eu já me encontrava mais que duro. — Gosta? — Repetiu minha pergunta. Concordei, mordendo meu lábio fortemente. — Então irei lhe dar o que tanto gosta. — Suas palavras saem calmas e totalmente insanas. Suas mãos foram rápidas em tirar meu calção, a ajudei, assim tirando minha cueca também. — Hm… — Madê segurou meu membro com uma de suas mãos, lambendo os lábios para provocar. Ela gosta de torturar, ela é uma perfeita vadia. Fechei meus olhos com força ao sentir sua boca quente em meu pau, lentamente Madê passou a língua por toda a extensão, aproveitando cada parte. — É assim que você gosta? — Olhou-me inocentemente, ou ao menos tentando. — Me responda. — Dessa vez sua boca foi ágil em me chupar com vontade, sem ao menos esperar um gemido meu como resposta, porque ela sabe que não tenho condições de responder.

Fechei meus olhos apenas apreciando o quão maravilhoso era sua boca chupando-me com vontade e desejo. Tão maravilhosa. Gemi fraco abrindo meus olhos e vendo Madê intensificando os movimentos, puxei seus cabelos tentando fazer um rabo de cavalo, a fim de lhe ajudar a chupar-me com mais rapidez e sem interrupções.

Madê gemeu abafado e só então percebi o porquê. Enquanto sua mão masturbava o que não cabia em sua boca, com a outra ela se tocava. Porra! Gemi alto ao vê-la fechar os olhos, contendo um possível grito. Sua língua acariciou-me devagar, apenas para me torturar, mas logo abriu seus olhos, encarando-me sem pudor algum. Se ela não fosse má, eu já teria gozado, mas ela é má, uma garota má, que insiste em me fazer sofrer, insiste em me ver implorando pelo seu corpo, sua boca, suas carícias…

— Não seja idiota, Chaz! — A voz alta de Ryan preencheu meus ouvidos e eu congelei. Porra! Que diabos ele está fazendo aqui?

Madê se levantou rapidamente, procurando por sua blusa, a vestindo. Fiz o mesmo com as minhas em uma rapidez incrível. Ela me encarou e mordeu o lábio apreensiva. — Vai logo, Justin! — Sussurrou, empurrando-me para o corredor. — Finge que estava no banho, dormindo, sei lá! Anda!

Eu estava puto e ao mesmo tempo atônito. Ouvi batidas na porta e entrei no meu quarto rapidamente. Madê só pode estar querendo ferrar com minha vida.

— Ryan!

Ouvi sua voz doce, e logo um estalo, provavelmente um beijo. Será que ele imagina que ela estava chupando meu pau há poucos minutos?

Antes de ouvir mais alguma coisa, fui direto ao banheiro — eu precisava de um banho extremamente gelado. Ela deixou o serviço pela metade, então vai ter de recompensar depois, ah vai. Suspirei fraco assim que meu corpo entrou em contato com a água gelada.

Madê, Justin. É culpa dela, meu subconsciente avisou-me.

Por mais culpada que seja, é ela quem eu quero. Lindsay pode ser idêntica até no último fio de cabelo, mas nunca, em hipótese alguma, será ela. Madê é mandona, tem a personalidade forte; Lindsay também, mas ela não chega nem aos pés da irmã. Escutei batidas na porta e despertei-me.

— Barbie? — Reconheci a voz de Chris e bufei pegando a toalha que se encontrava pendurada, próximo ao box. — A Barbie está no banho, lavando as madeixas loiras com mechas rosas, pessoal. — Ele falou mais alto, provavelmente para que todos da sala ouvissem. Filho da puta!

Sequei-me e vesti meu calção, sem me importar com a cueca. Se eles estão aqui é porque algo deu errado. Assim que saí do banheiro me deparei com minha cama toda bagunçada e a porta aberta. Chris tem quantos anos? Dez? Caminhei até a sala e vi Ryan sentado na poltrona com um cigarro em mãos, Chris estava sentado no sofá, onde minutos atrás eu recebia um boquete, que poderia ter terminado maravilhosamente bem.

— O que aconteceu? — Parei na frente do dois. Chris sequer me encarou, mexia no seu celular sem se importar com nada. Diferentemente de Ryan, que me encarou e bufou, dando um trago em seu cigarro.

— Os filhos da puta não trocaram. — Demorei alguns segundos para processar. Os seguranças não haviam sido trocados.

— E agora? — Cruzei os braços esperando e logo Madê apareceu com um pote enorme cheio de pipocas e logo atrás Chaz bebendo uma cerveja. Madê se sentou no colo de Ryan e sorriu para me provocar; já Chaz foi para a varanda, provavelmente ligar para Alissia, pois ele não vive sem ela.

— Esperamos até amanhã, estamos todos prontos, é só roubar. — Ryan suspirou simples.

Claro é roubar, minha consciência falou, me advertindo. É simples, roubamos, esperamos a poeira abaixar e vamos embora. Não há como dar errado, tudo está bem planejado. Quem disse que não existe plano perfeito precisa ver o nosso, pois está redondamente enganado.

É roubar, Justin, mais uma vez repetindo para mim mesmo.


Notas Finais


eu sei, tá shawntinho, rs, mas é só para vocês "saberem" um pouco da história
comentem aí, façam uma garota (eu) pular e explodir de amor e alegria hasuhsuaus
até o próximo meu amores, fiquem com o nosso maravilhoso e grande Deus sz

Xx, L.


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