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História My ruin - Bday


Escrita por: Ali_

Notas do Autor


Oi meus amores! Eu sei que vocês querem me matar, e eu juro que entendo, só peço que leiam as notas finais!
Bjs

Capítulo 14 - Bday


Engoli em seco, sentindo todo meu corpo alarmado. 

De que merda ele está falando?

-O.. que? -Murmurei, dando alguns passos para trás. 

Um sorriso apavorante se formou em seus lábios, enquanto se aproximava. Seus olhos azuis brilhavam com uma luz maldosa.

Me sentia paralisada, como se tivesse 16 anos novamente.

-Fui demitido por causa de você, sua vagabunda. -Falou, gospindo as palavras com raiva.

Tomei toda a coragem dentro de mim, o olhando nos olhos.

-Minha vida não é de sua conta. -Falei, o mais firme que pude, me virando para seguir meu caminho.

Senti uma mão forte segurar meu pulso, o girando.

Gemi de dor, me virando novamente para encara-lo.

-Se prepare Olívia. -Murmurou, antes de me soltar.

Um sorriso perverso escapou novamente de seus lábios, antes de ele se virar de costas para mim.

Observei boquiaberta enquanto sua figura encapuzada se afastava, se camuflando pela multidão nas ruas de Nova York.

Que merda tinha acontecido?

Quase automaticamente, meu corpo me guiou até a empresa. Sem ousar olhar para as pessoas, segui até o elevador.

Apertei aquele maldito botão.

Eu sabia com quem precisava falar.

As lágrimas se acumulavam em meus olhos, fazendo com que ardessem. Mordi meu lábio com força, olhando para o teto.

Eu me sentia aérea, quase como se minha mente estivesse em outra dimensão. Minhas mãos tremiam muito, e parecia que tudo que eu fazia era por puro extinto.

Quando a porta do elevador se abriu, encarei diretamente o balcão da recepção.

Megan, a secretária, estava parada mexendo em alguns papéis.

Sua feição se tornou de total desdém quando me viu, mas eu não tinha cabeça para me importar minimamente com ela.

Atravessei a sala em passos firmes, em contraste com minhas mãos trêmulas e meus olhos marejados.

-A senhorita não pode entrar aí! -Ela gritou, quando abri a porta do corredor com força.

Vi que ela saiu de trás do balcão, me seguindo enquanto eu entrava na sala de Bieber.

Ele estava de costas para a janela, como na primeira reunião que tive com ele. 

Mas, desta vez, não falava ao telefone. Ele parecia apreciar a paisagem da bela manhã de Nova York.

Alguma coisa naquela cena pareceu me aliviar por alguns segundos, me trazendo uma paz enorme. 

Mas logo a realidade voltou a vir à tona.

A mão fina e de unhas compridas de Megan agarrou meu pulso, me puxando com violência para trás, no mesmo lugar que Mark tinha me apertado a alguns minutos.

Puxei minha mão com violência da dela, fazendo com que ela quase caísse. Seus olhos estavam tomados de raiva, e eu sabia o que ela sentia: ciúmes.

Seus lábios tremiam violentamente enquanto ele me encarava, tentando retomar o ar enquanto arrumava seu terno preto e justo.

-Ela entrou, senhor. Não consegui impedir esta selvagem. -Falou, cuspindo suas palavras com raiva.

Olhei para Justin, que nos encarava.

-Deixe ela, Megan. E não fale mais assim da senhorita Olívia. -Murmurou, em um tom sério.

Megan engoliu em seco, parecendo dez vezes mais furiosa agora. Seu rosto estava perto de ficar vermelho.

Um sorriso falso saiu de seus lábios rosados enquanto ela me lançava um olhar mortal, desaparecendo pela corredor.

-Bom dia, Liv. -Murmurou, me lançando um sorriso.

Senti as lágrimas virem à tona, escorrendo com violência pelo meu rosto. Levei minhas mãos até meu rosto, tapando meus olhos.

Eu odiava chorar na frente dos outros.

Logo senti mãos firmes em volta de mim, me segurando em um abraço.

-Está tudo bem. O que aconteceu? -Ele murmurou, parecendo preocupado e apavorado.

Respirei fundo algumas vezes, apoiando meu rosto na curvatura de seu pescoço, inalando seu cheiro maravilhoso.

-Você... -falei, me afastando dele. -Demitou Mark.

Olhei para cima, encarando seu rosto.

Seus olhos ficaram mais escuros e sua mandíbula estava travada, me deixando um tanto assustada.

-Eu te ouvi nos seus sonhos, Olívia... -Falou. -Depois daquele dia na cafeteria, eu pesquisei tudo sobre ele. Quando ouvi você chamando seu nome, foi só ligar um mais um.

Senti a saliva prender em minha garganta, e um medo terrível crescer em meu peito.

-Você não sabe... de nada. -Murmurei. -do que ele é capaz.

Justin flexionou seu ombro, me encarando com uma expressão séria.

-Ele não vai machucar você. -Murmurou, tão sério que senti um arrepio percorrer toda minha espinha.

-Você não sabe de nada. -Repeti, sentindo as palavras travando em minha boca.

Encarei o chão, fechando meus olhos com força e negando com a cabeça. Eu não acredito que este pesadelo está começando de novo.

-Então você deveria me contar. -Ele falou, me puxando com delicadeza pelo braço, fazendo com que sentasse no sofá de seu escritório.

Ele se sentou do meu lado, me olhando nos olhos.

-Eu... não sei. -Falei.

Era constrangedor demais falar sobre isso.

-Tudo bem. -Ele falou, me lançando um sorriso reconfortante.

Como eu esperava que ele fosse me ajudar se não lhe contava nada, afinal?

Talvez eu precisasse dividir isto com alguém além de Cassie. Alguém que fosse me ajudar com o que preciso de verdade.

Mordi meus lábios com força, entrelaçando meus dedos. Como ele consegue ter tanta paciência comigo?

Ele não precisa de mim, claramente. Em um piscar de olhos ele conseguiria mulheres muito melhores em seus pés.

Mas ele ficou do meu lado. Ele merece alguma coisa.

Eu mal acreditava que aquilo ia realmente sair da minha boca, enquanto tentava formular uma frase em minha cabeça.

É impossível falar sobre isto de maneira suave, ou com palavras bonitas.

Eu sei que o resultado sempre é catastrófico.

Levantei meus olhos mais uma vez para encarar seu rosto. Ele tinha uma expressão serena, mas sua testa estava levante franzida.

-Eu estive em um relacionamento abusivo com Mark. -Falei, vendo a expressão de Justin já ficando séria. -Nós estávamos no ensino médio. Ele me afastou de todos, me bateu algumas vezes, e... quando eu terminei com ele, divulgou fotos minhas... pelada, para a escola.

Respirei fundo, de tão rápido que aquelas palavras voaram da minha boca. Eu sabia que não conseguiria pronuncia-las de maneira devagar.

-Ele o que... desgraçado! -Gritou, dando um soco no sofá.

Dei um pulo, sentindo meu coração acelerar.

Flashback on:

-Eu te falei para não ir naquela merda de festa! Por que você não me escuta? -Gritou, enquanto eu me encolhia cada vez mais contra a parede gelada.

-Ele é meu amigo! Eu não posso mais ir em uma festa de aniversário agora? Eu não sou seu brinquedinho!

Senti uma dor enorme em minha bochecha, acompanhada de um alto estalo. O gosto de sangue em minha boca tornava o que tinha acabado de acontecer ainda mais real.

-Sua vadia!

Flashback off.

-Você está bem? -Justin perguntou, parecendo preocupado. -Não quis te assustar, me desculpa.

Concordei com a cabeça, incapaz de falar qualquer outra coisa.

-Eu sei que deve ser difícil para você... se relacionar com alguém. -Murmurou, passando seus dedos pelo seu cabelo. -Eu não posso te prometer um romance.

Era isto que eu esperava. Nada sério, sem compromisso. Então por que alguma ​parte de mim parecia despedaçada?

-Eu não quero romance, Justin. -Murmurei, sentindo minhas palavras quase se esvaindo com minha falta de forças. -Só preciso de prazer, que eu nunca tive.

Um sorriso malicioso surgiu em seus lábios carnudos, enquanto eu sentia minhas bochechas esquentando.

-Bem, para sua sorte, isto eu posso te dar de sobra.

Lancei um sorriso convincente para ele, mas continuando paralisada.

É estranho alguém, além de Cassie, saber sobre isto. Foi algo que afetou tanto meu relacionamento com meu pai e minha irmã.

Por que eu derrepente me afastei tanto deles, tentei de todas as maneiras possíveis dar o fora rápido daquela cidade, até que consegui.

-Não se preocupe com aquele filho da puta, Liv. -Murmurou, levando sua mão até a minha, mexendo seu polegar em círculos.

Fechei meus olhos, soltando um suspiro longo, enquanto tentava ao máximo aproveitar aquela sensação.

-Ele vai vir atras de mim. -Falei com convicção, sem ter coragem de olhá-lo.

-Ele pode tentar, mas não vai conseguir fazer nada com você. -Ele falou, sua voz estava em um tom ameaçador que fez um frio percorrer todo meu corpo. 

-Você pretende andar comigo vinte e quatro horas por dia? -Murmurei.

-Se necessário, sim. -Ele falou.

...

-Eu vou matar esse filho de uma puta! -Cassie gritou, atirando o livro de moda que estava lendo na parede com uma força impressionante, causando um alto estrondo.

-Você enlouqueceu? -Falei, a encarando enquanto ela bufava, seus cabelos loiros espalhados pelo seu rosto, que estava completamente vermelho de raiva.

-Eu estou falando sério, Olívia! -Ela gritou, vindo até mim e me pegando pelos braços, me sacudindo com violência. -Nós precisamos fazer o que devíamos ter feito a muito tempo! 

-O que? Você quer acender umas tochas e caçar ele na rua? -Perguntei, puxando seus braços para baixo, fazendo com que ela me soltasse.

-Você sabe do que eu estou falando! Devíamos ir em uma delegacia agora e fazer ele ser preso!

Senti meu sangue gelar, e paralisei no lugar, enquanto Cassie voltava a respirar normalmente, se acalmando.

-Você ficou louca. -Falei devagar. -Imagina o que aconteceria com meu pai? Ele nunca se perdoaria.

-Pelo amor de Deus, Olívia! Seu pai ficaria feliz em saber que você está segura! -Ela gritou.

Lagrimás já escorriam de meu rosto, e eu me amaldiçoava por ter aberto minha maldita boca. Eu sei que Cassie me ama, e que ela se importa comigo como uma irmã.

Mas, apesar de sempre ter cuidado de mim, ela não entende totalmente pelo o que eu passei, e seria impossível exigir isto dela. Só estando na minha pele.

Eu sei o quanto meu pai se odiaria se soubesse pelo o que eu passei calada no ensino médio, e por que eu precisei deixar minha cidade para trás.

Anastasia provavelmente ficaria confusa e apavorada, duas coisas que uma garota de quinze anos definitivamente não precisa.

-Desculpa, Liv. -Ela falou, em um tom calmo, me abraçando.

Enterrei minha cabeça no ombro dela, soluçando.

-Eu estraguei a quinta da pizza de novo, merda. -Murmurei, ouvindo ela dar uma risadinha.

-Você sempre espera a quinta para fazer as revelações bombásticas.

Soltei uma risada, me afastando dela e me arrumando no sofá, colocando uma grande fatia de pizza na minha boca.

-Me prometa que, se ele tentar chegar perto de você de novo, você vai fazer alguma coisa. -Ela murmurou. -Vou te levar no trabalho todos os dias.

Concordei com a cabeça em silêncio, fechando meus olhos.

-Você não me contou muito sobre a viagem., exceto suas experiências sexuais com o bonitão. Fala agora. -Ela falou, em um tom autoritário, me fazendo rir alto.

-Eu já te falei que ele tem uns amigos bem gatinhos? Você devia ter ido junto. -Murmurei, sentindo uma almofada atingir a lateral da minha cabeça com força.

-Se você tivesse me avisado, eu tinha entrado em um avião no mesmo segundo! 

-Um dia nós precisamos ir lá juntas, eu juro. -Murmurei, enquanto ela sorria. 

-E os pais do Justin. Você conheceu?

Engoli em seco, ficando séria.

-Eles estão mortos, Cass. -Murmurei, engolindo em seco. -Justin não gosta muito de falar sobre isso.

Ela ficou em silêncio, encarando a parede.

-Coitado. -Murmurou, enquanto eu apenas concordei com a cabeça.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, enquanto eu tentava focar no programa que passava na TV, mas era impossível. 

Minha cabeça não saia dele, e do quanto eu o queria.

-Vamos em uma balada amanhã, certo? -Cassie falou, me fazendo franzir a testa. -Você esqueceu, sua babaca?

Meu aniversário de vinte e um anos, cacete.

-Sim, eu tinha esquecido. -Murmurei, coçando a testa. -Não, pelo amor de Deus.

-Deixa de ser uma idosa só por uma noite, por favor! -Ela falou com raiva, dando um tapa em meu braço enquanto eu tentava me afastar.

-Eu prefiro uma janta bem calma. -Murmurei, e Cassie revirou seus olhos.

-Se for com o chefe gatão, eu até concordo. -Ela murmurou, deixando um sorriso pevertido aparecer entre seus lábios.

Joguei uma almofada em seu rosto, enfiando mais uma mordida de pizza na boca.

-Certo, você venceu. Balada. -Murmurei, tentando fingir que olhava distraidamente para a TV.

-Você prefere encarar uma balada do que uma janta com Bieber? -Ela gritou, parecendo apavorada.

Revirei os olhos novamente, querendo que ela esquecesse aquilo por um segundo.

Seria estranho convidar ele para uma janta de aniversário, considerando que ele tinha deixado bem claro que não queria nada de romance comigo.

-Cass... -Murmurei, sem desviar meus olhos da TV. -As coisas não são tão simples.

Ela bufou.

-Você faz com que as coisas não sejam simples, Olívia.

Fiquei em silêncio alguns segundos, escutando as vozes da TV que se misturavam as buzinas de carros nas ruas, em mais uma noite agitada na cidade que nunca dorme.

Cassie também ficou em silêncio, o que é um tanto raro.

-Não é isso, Cassie. Eu sei o que eu quero com isso, e acredite, não envolve jantares românticos de aniversário. -Murmurei.

-Você está magoada, Olívia. Eu consigo sentir na sua voz. -Ela falou baixo.

Respirei fundo, me sentindo completamente incapaz de avaliar o que sentia. Era um turbilhão de emoções aflorando ao mesmo tempo.

Tudo que eu deixei contido por muitos anos explodindo em um só instante, tudo misturado, me deixando tonta.

Assim como eu sentia um inegável desejo de liberdade, de saber que isto que eu tenho com Bieber, seja lá o que for, não irá me prender, nem me machucar, me aliviava de certa forma.

Mas, ao mesmo tempo, alguma coisa parecia errada. Como se faltasse algo, como se eu estivesse me restringindo de um amor.

Neguei com a cabeça em silêncio, afastando aqueles pensamentos idiotas da minha cabeça. Eu não posso sentir nada por ele.

Eu não posso me destruir mais uma vez.

-Eu sei o que estou fazendo. -Respondi, e Cassie não falou mais nenhuma palavra sequer. -Por favor, me deixe fazer as coisas do meu jeito.

Eu não queria ser rude com Cassie, de nenhuma maneira.  Ela é a pessoa que mais me ajudou em toda a minha vida.

Eu sei que ela pode estar certa, no final das contas. Mas talvez eu precise fazer as coisas de maneira errada uma vez em minha vida.

...

O celular tocava insistentemente em minha escrivaninha, enquanto o sol atravessava as cortinas, atingindo meus olhos.

Soltei um grunhido, pegando meu telefone para desligar meu habitual despertador.

Forcei meus olhos a se abrirem contra a claridade, vendo que se tratava de uma ligação.

E era de casa.

-Bom dia, Liv! -A voz animada da minha irmã soou do outro lado da linha, aquecendo meu coração.

Me sentei na cama, coçando os olhos, enquanto um sorriso preguiçoso escapava dos meus lábios.

-Bom dia, Anastasia. -Falei. Desde seu aniversário não tínhamos nos falado, e ela parecia não estar zangava comigo.

-Feliz aniversário! -Ela falou.

-Obrigado. Papai está aí? -Perguntei.

-Que nada. Ele só acorda às onze horas, e olhe lá! -Falou, me fazendo rir. -Preciso ir para a escola, mas te ligo depois. Tchau

-Certo. -Falei. -Tchau.

Desliguei o celular, me levantando rapidamente e escolhendo uma roupa no meu armário: um vestido branco com algumas flores vermelhas, junto com sapatilhas pretas.

Lavei meu rosto e fiz minha higiene matinal, sentindo o cheiro de café invadir meu quarto.

Andei até a cozinha, onde Cassie fazia um omelete de forma atrapalhada, xingando a frigideira diversas vezes.

-Essa bosta gruda que nem merda! Eu te mandei comprar a anti-aderente! -Ela berrou, jogando o omelete com raiva em um prato, me fazendo rir.

-Bom dia para você também, raio de sol! -Falei, me sentando na mesa e me servindo de panquecas.

Cassie assoprou uma mexa de cabelo loira que tinha caído em sua testa.

Então, subitamente, um sorriso se abriu em seu rosto e ela correu até mim, praticamente se jogando em meu colo.

-Parabéns! -Ela gritou, me apertando com força enquanto eu ria.

-Obrigado, Cass. -Murmurei, enquanto ela saia de cima de mim e se sentava na minha frente, tomando um gole de café com um sorriso grande em seus lábios. 

...

Ninguém na empresa sabia que era meu aniversário, e eu não dava a mínima, para ser sincera. 

Quando Cassie me deixou na frente da empresa, meu único medo que Mark estivesse me esperando.

Mas ele não estava.

Eu não posso ficar paranóica.

-Bom dia, Hanna. -Falei, e ela me lançou um sorriso por trás de balcão, enquanto falava com alguém pelo telefone.

Larguei minha bolsa na mesa, sentindo meu coração quase sair pela boca quando olhei para cima da minha mesa.

Uma rosa vermelha estava colocadas cuidadosamente em cima do teclado do computador, junto com um envelope branco.

Estiquei minha mão trêmula, vendo que Hanna não prestava atenção em mim, abrindo o envelope e lendo seu conteúdo.

Achou que eu ia esquecer? Te busco a sua 20h30, a não ser que já tenha planos. 

                     Bieber.

Um sorriso idiota escapou dos meus lábios enquanto eu colocava rapidamente o bilhete de volta no envelope, o guardando junto com a flor dentro da minha gaveta.

Bem, pelo menos não vou precisar ir na balada com a Cassie.

O dia se passou de maneira rápida, talvez pelo o quanto eu estava entusiasmada. Isso não é algo típico de mim, realmente.

Mas passei o dia todo com um sorriso idiota em meus lábios.

Justin não apareceu no escritório, mas eu entendia o por que. Já não bastasse a cena com Megan.

Eu tinha dito para ele que não queria atrair atenção, e ele estava me respeitando

Quando eram cinco horas, quase pulei da minha cadeira.

Guardei alguns papéis em minha bolsa, desligando o computador e pegando minha bolsa.

-Que pressa toda é essa! -Hanna gritou, me lançando um sorriso malicioso.

Soltei uma risada, acenando para ela enquanto entrava no elevador, com um sorriso que crescia cada vez mais.

Nem me importei de pegar aquele ônibus lotado maldito até o apartamento. Nem por um segundo sequer o medo de que Mark pudesse aparecer passou pela minha cabeça.

Eu sabia que estava errado.

Eu podia me ferrar muito por estar me deixando levar.

Mas é a porra do meu aniversário. Acho que posso me deixar será iludida uma vez no ano.

-Vou jantar com o Bieber. -Falei para Cassie, que estava sentada na sala vendo TV.

-Mas que reviravolta é essa? -Ela gritou, ficando de pé no mesmo instante.

Me esforcei para manter uma expressão de "tanto faz" em meu rosto, enquanto ela corria até mim, dando praticamente pulinhos.

-Eu vou te fazer colocar aquele meu vestido vermelho, mas há se vou! -Ela falou, me puxando para seu quarto e abrindo seu armário, enquanto eu me sentava na cama, tentando não ter um ataque de risos.

...

O vento batia nos meus ombros nus enquanto eu tremia de frio, na entrada do prédio. 

Ele está vinte minutos atrasado.

Ele não vai vir.

Deve ser uma pegadinha de Megan, tentando me magoar.

Se era, ela conseguiu.

De longe vi um carro se aproximando. Meu coração acelerou, e dei mais alguns passos até o cordão.

Então o bendito carro passou reto.

Eu não iria ligar para ele. Se tivesse sido Megan, de verdade, eu pareceria a pessoa mais idiota deste mundo.

Nem ficaria ali, naquele frio.

Uma lágrima idiota escorreu do meu rosto enquanto eu me virava para voltar ao prédio. Assim que pus meu primeiro pé nos degraus da entrada, Senti meu telefone vibrar.

-Pai? -Atendi, controlando ao maximo minha voz de choro.

-Querida, me desculpe não ter te ligado antes! -Ele falou. -Feliz aniversário!

-Obrigado, papai. Eu amo você. -Respondi, fungando.

-Eu também. Preciso ir agora, mas nos falamos depois, sim? -Ele disse.

-Claro. Tchau.

Desliguei o celular, voltando a caminhar para o hall de entrada.

Então uma mão quente entrou em contato com meu pulso, fazendo com que meu corpo todo se arrepiasse.

Me virei imediatamente, vendo seus olhos caramelo em um tom preocupado. 

-Eu me atrasei muito. Me perdoa. Meu carro estragou na rua lá de baixo eu tive que vir... -Ele começou, atropelando as palavras.

Não esperei um segundo sequer antes de pular em seu pescoço, dando um beijo com força em seus lábios rosados.

-Bem, acho que estou perdoado.


Notas Finais


Então, estou no meu ano do vestibular, e as coisas estão bem corridas. Eu me apavorei bastante nos últimos meses, mas agora espero conseguir voltar a escrever regularmente.
Espero que tenham gostado, e tem supresa no próximo cap!!!


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