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História My Sassy Girl - I Wanna Take Care of You


Escrita por: SrtAnonymous

Notas do Autor


Oi Oi *_*
Desculpa a demora pra atualizar e para quem acompanha a fic, gostaria muito de saber opinião de vocês. Então se você puder deixar um comentário simbólico, eu ficaria muito feliz.

Boa leitura :)

Capítulo 4 - I Wanna Take Care of You


Fanfic / Fanfiction My Sassy Girl - I Wanna Take Care of You

Lauren's Point Of View

Me pergunto se cuidar de Camila seria minha sina e se algum dia conseguiria conversar com ela por mais de uma hora sem ela estar bêbada. A conheço um pouco mais de vinte e quatro horas e a garota já está indo dormir pela segunda vez em minha casa. Depois de ligar para Lucy, para que pudesse me ajudar com meu habitual problema, chegamos em casa segurando Camila uma de cada lado, seus pés vinham arrastando-se. Parecia mais um cadáver do que uma simples pessoa com alto teor alcoólico no sangue.

–Senhor, essa garota come o quê? – Lucy queixou-se do peso de Camila, que apesar de magrinha, era inacreditavelmente pesada. Deitamos a jovem sobre minha cama e ao mesmo tempo liberamos lentamente o ar cansada presos em nossos pulmões, recuperando o folego que Camila havia nos roubado. Um sorrisinho vitorioso surgiu em nossos lábios, como se acabássemos de cruzar a linha de chegada de uma longa e árdua competição e não era para menos, carregar Camila exigia um perfil atlético que Lucy e eu estávamos há anos luz de ter.

–Agora imagine ela em suas costas. – Falei ao lembrar do desastroso dia em que nos “conhecemos” na estação de metrô.

–Você é uma verdadeira guerreira, Jauregui. – Respondeu tocando em meu ombro com aquele ar de uma mãe cheia de orgulho. Eu apenas sorri. –E agora? O que vai fazer?

–Por hoje? Só dormir. Amanhã verei o que faço com ela. – Apontei para a garota sobre minha cama.

–Ok! Então já vou indo para meus aposentos. Meu maravilhoso e confortável sofá está a minha espera. Tenha um boa noite ao lado de sua agradável companhia. – Falou debochadamente adquirindo uma postura metida e de nariz em pé. Como se fizesse parte da família real, o que me fez rir por saber exatamente quem Lucy é. Sua família até era rica e cheia de requintes e formalidades, mas ela não seguia o estilo de vida que era lhe imposto. Lucy era rebelde uma sem causa e a única coisa que se permitia usufruir da família era o dinheiro, que apesar de gastos excessivos, parecia nunca chegar ao fim.

–Boa noite, Vives. – Respondi enquanto a via fechar a porta do meu quarto.

Depois de ficar alguns minutos de pé somente observando-a, comecei a me sentir perdida. Não sabia se deitava com ela, ou se pegava somente um edredom e me deitava no chão ao lado da cama. Porém considero essa última alternativa muito injusta. Por que eu deveria sofrer no chão frio e nada confortável se era ela a única causadora dos meus problemas? Se ela vai achar impróprio acordar comigo ao seu lado, que assim seja, mas não abrirei mão do aconchego da minha cama por ela.

–Enjoo... – A ouvi murmurar ainda desacordada e seu rosto se contrair em uma expressão de dor. Deixei escapar uma risada zombeteira. Era inacreditável. Mesmo inconsciente, Camila conseguia ser uma reclamona e exigente.

Lembrei dos remédios que havia comprado para ela aquela manhã e fui busca-lo. Serviria para evitar alguns sintomas da ressaca, que provavelmente, sentiria ao acordar. Já com o medicamento e um copo de água em mãos, os deixei sobre o criado-mudo ao lado da cama e senti-me ao seu lado. Com muito cuidado, levantei seu tronco e me posicionei abaixo dela, deixando sua cabeça descansar sobre meu colo. Voltei a pegar o remédio e delicadamente abri sua boca depositando o pequeno comprimido. Segurei sua cabeça e levei o copo de água até sua boca, virando-o lentamente, com muito cuidado para não a engasgar. Mesmo dormindo ela parecia saber o que estava acontecendo, uma vez que, por si só ingeriu o comprimido, sem que de alguma forma eu precisasse força-la a beber. Com a manga do moletom limpei ao lado de sua boca por onde havia escorrido um pouco de água e sem perceber passei a observar cada detalhe do seu pequeno rosto. Seus longos e volumosos lábios, seu nariz fino e alongado, sua pele era reluzente e pintada em um tom de oliva maravilhoso, reparei até mesmo em um pequeno sinal, quase escondido entre os cabelos, que tinha na extremidade da testa. Cada detalhe seu, aos meus olhos, eram de uma aparência celestial. Diria estar diante de um anjo embriagado. Apesar de parecer tão tranquila, no fundo eu sabia que ela carregava uma grande tristeza em seu peito e que essa paz, que aparenta enquanto dorme, só lhe era concebida através de seus porres.

–Durma bem, Camila... – Murmurei ao mesmo tempo em que afagava seus macios cabelos antes de retira-la do meu colo. Me deitei de frente para ela, mantendo uma considerável distancia de seu corpo, não quero a deixar pensar que de alguma forma poderia estar me aproveitando. Feito isso, suavemente meus olhos foram se fechando junto a um pensamento que me ocorria, que até poderia parecer precipitado, mas é o que estava sentindo. “Eu quero curar a sua dor, Camila...”

(...)

Senti meu corpo ser envolvido por abraços afetuosos, o contato de nossos corpos era tão caloroso, a sensação fazia com que eu desejasse dormir para sempre em seus braços. A respiração quente batendo contra meu pescoço e a boca tão macia tocando a minha pele, senti vontade de unir ainda mais nossos corpos. Era um sonho delicioso.

–Lauren...– Bem distante ouvir meu nome ser chamado, mas não via ninguém. –Lauren! – Dessa vez o chamado se tornou mais agressivo e senti meus braços serem sacudidos. –Lauren, acorda! 

–Lucy? O-o que? – Abri os olhos e a confusão se instalou em minha cabeça, eu não estava apenas sonhando, de fato eu estava sendo abraçada, mas por Camila. A latina tinha os braços agarrados a minha cintura, e cabeça enterrada ao meu pescoço. Estava quase fundindo seu corpo ao meu de tão colocada que estávamos.

–Eu não quero atrapalhar o casal, mas já são nove horas e você ainda tem aula.

–NOVE HORAS? – Me levantei em um sobressalto deixando Camila reclamando pela ausência do meu corpo ao seu lado. –Droga, logo hoje que um representante da Business Inc. vai até a universidade, eu não posso perder essa chance. – Disse tudo em fôlego enquanto tirava a blusa. Precisaria de um banho antes de correr daqui para a universidade.

–Calma, Lauren você ainda tem tempo.

–Água... – A voz rouca de Camila chegara aos nossos ouvidos fazendo meu olhar ir em sua direção. O semblante sonolento, cabelos emaranhados e até mesmo o jeito como ela se espreguiçava a deixava fofa. E fofa era um adjetivo do qual eu jamais atribuiria a Camila conhecendo-a, até agora.

–Por favor, cuide dela. – Pedi a Lucy tirando o restante de minhas roupas e indo para o banheiro. 

 

Camila's Point Of View

Por incrível que parece eu acordei bem, como não acordava há tempos. Nem mesmo a maldita ressaca, que vinha me acompanhado ultimamente, eu estava sentindo. Me sentia estranhamente disposta a mais um dia. Vi Lauren apenas de roupas íntimas entrar no banheiro. Ainda não estava raciocinando a situação direito, mas ela parecia apressada.

–Oi... – Uma garota de cabelos amendoados lisos e um corpo esguio acenava para mim com os dedos.

–Oi, você é....? – Perguntei olhando-a curiosa.

–Lucy e você é Camila, certo?

–Então já ouviu falar sobre mim? Espero que coisas boas. – Brinquei.

–Na verdade, eu ajudei Lauren a trazer você pra cá ontem à noite...você sempre bebe tanto assim? – Perguntou intrigada.

–Nem sempre... – Minha voz saiu em um sussurro. Lembrei-me o motivo que me levara a beber tanto e senti a pontada no coração, aquela dor que parecia nunca ir embora, sempre que possível estava ali me torturando, bastava uma palavra chave ser mencionada para desencadear um mar de sentimentos angustiantes. “Quando isso vai passar...? ” Pensei, perdida em memórias do meu tempo com ele.

–Você está legal? Parece até que está chapada. – Lucy perguntou estanhando meu silêncio, provavelmente eu estaria com uma cara de quem anda se drogando, mas era assim mesmo que me sentia, drogada. Álcool era nada perto da droga que era amar alguém e não estar com ela, me tornei depende das lembranças e cada vez que me pegava a pensar nelas mais eu me mantinha presa aquelas alucinações que a droga amor me proporcionava.

–Sim, só estou com fome. – Sorri para ela esfregando a mão no estomago e ela pareceu acreditar, pois abriu um sorriso em seu rosto.

–Vem! Eu não sou a melhor cozinheira do mundo, mas faço excelentes ovos com bacon.

–Eu amo ovos com bacon. – Sorri entusiasmada e meu estômago até pareceu entender o que Lucy disse, pois no mesmo instante começou a roncar.

Chegamos a cozinha e Lucy prontamente se pôs a cozinhar, enquanto eu apenas assistia as suas habilidades culinárias sendo postas em prática. O apartamento era pequeno, um único balcão dividia a cozinha da sala, porém o que o lugar tinha de pequeno tinha aconchegante e bem decorado. Passei a observar cada cantinho da casa, e era óbvio que havia o dedo de Lauren em quase tudo, cada detalhe expressava uma pouco de sua personalidade. O estilo clean do lugar, transmitia a sensação de um ambiente futurístico e as cores claras transmitiam uma calmaria, assim como Lauren me passava quando estava com ela. Era inexplicável, mas eu gostava de estar ao seu lado, mesmo que descordada, me sentia segura. Talvez ela seja algum tipo de anjo da guarda com esmeraldas no lugar dos olhos.

–Você também mora aqui? –Perguntei a Lucy que mexia os ovos ao mesmo tempo em passava os bacons na frigideira, mostrando toda sua agilidade na cozinha.

–Não, eu não aguentaria Lauren todo os dias. – A garota falou arrancando uma gargalha tão espontânea, me fazendo estranhar o ato, já que nem lembrava mais como era rir assim.

–Ela não pode ser tão ruim. Afinal, ela cuidou de mim e posso afirmar, com toda propriedade, que ninguém me aguenta por mais de dois dias.

–Ela ainda tem tempo para desistir. – Disse olhando para o relógio em seu pulso. Lucy tinha talento em me fazer rir.

–Eu gosto do seu jeito, Lucy. – Disse em meio a risadas.

–Normal, todos gostam... – Deu de ombros.

–Ok, senhorita convencida.... Me conte mais sobre a Lauren. – Apoiei os cotovelos sobre a bancada e a mãos servindo de apoio para meu queixo. Pronta para ouvir tudo o que Lucy tinha a dizer sobre meu anjo da guarda.

–Lauren é legal... na verdade muito legal, não quero que ela me ouça dizer isso então... – Se aproximou de mim já com os pratos nas mãos e como se confidenciasse algo falou uma pouco mais baixo. – Lauren é muito focado nos estudos, não que isso seja ruim, mas sinto que ela está perdendo a chance de aproveitar mais sua vida e isso me preocupa. Acredite, mas você foi a coisa mais agitada que aconteceu em sua vida nos últimos meses. Garota, você desestabilizou toda a rotina dela, e mesmo ela não admitindo, no fundo eu sei que ela gostou. –Lucy falava tudo tranquilamente e senti um nuance de esperança presente em sua voz, como se eu pudesse ser a solução para a vida de Lauren, mas acho difícil, eu não conseguia ter nem mesmo a solução para os meus próprios problemas. Eu provavelmente só faria mal a Lauren. –Obrigada por sacudir a vida dela, Camila. – Concluiu com aquele olhar de quem diz “te devo uma” e eu apenas assenti. Todos dizem que tenho esse poder de bagunçar a vida das pessoas, tirar tudo de ordem, mas sempre de uma forma ruim, de um jeito devastador. Mas essa é a primeira vez que alguém me agradece por isso e devo confessar que me fez bem saber que de um jeito torto eu estava fazendo a coisa certa.

–Lucy, eu preciso que você vá me deixar. – Ouvi aquela maravilhosa rouquidão, que sua voz tinha, chegar aos meus ouvidos e inevitavelmente meu olhar seguiu para o encontro dos seus. Ela estava tão linda, usava uma jaqueta de couro, calça rasgada e coturnos, a aparência de uma bad girl, mas suas intenções eram de anjo. –Hey, está melhor? – Perguntou descansando seu olhar preocupado sobre mim.

–Sim, bem melhor e me desculpe por ontem...

–Tudo bem...Lucy pode te dar uma carona se quiser também. – Falou enquanto brincava com as mãos, parecia nervosa.

–Sim, é claro que eu posso. Eu esqueci de dizer que também sou motorista particular da Lauren, Camila. – Lucy respondeu debochando da amiga.

–É só uma carona, Lucy! E eu sei que você não tem nada melhor para fazer. Então sem drama.

Touché! – Lucy suspirou cansada se rendendo ao pedido de Lauren e indo pegar as chaves do carro, deixando Lauren e eu sozinhas. Um estranho silencio pairou sobre o ambiente, me sentia estranhamente nervosa e pelo visto ela também.

–Er...Você não vai comer? –Perguntei apontando para o prato ao meu lado.

–Não vai dar tempo, mas termine o seu, por favor.

–Eu não quero fazer você se atrasar ainda mais, Lauren.

–Não tem problema, eu provavelmente já perdi minha chance... – Sua voz saiu extremamente triste e uma culpa colossal pesou sobre mim.

–Me desculpe, Lauren! A culpa é minha, eu não...

–Não, Camila! É sério, a culpa não foi sua, mesmo que você não estivesse aqui eu com certeza me atrasaria. Eu tinha esquecido completamente desse compromisso. – Meus olhos não conseguiam desviar dos dela. Seu olhar era hipnotizante, intenso e eu sentia o mais íntimo dos meus segredos sendo expostos diante daqueles imponentes e ao mesmo tempo acolhedores faróis verdes. Seu olhar queimava minha pele e aquecia minha alma.

–Aqui estão as chaves! – Lucy apareceu rodopiando o chaveiro entres os dedos e quebrando o nosso contato visual –Vamos?

–Vamos... –Respondi limpado o canto dos lábios com um lenço de papel e levantei-me.

(...)

Lucy estacionou em frente ao campus de Lauren, que saíra às pressas do carro, mal dando tempo para se despedir, apenas depositou um beijo desajeitado no rosto de Lucy e para mim acenou junto de um “Até logo, Camila. ”. Senti em sua voz a vontade dela em ver novamente e isso me deixou completamente eufórica, mas não me permiti sentir isso tão intensamente. Eu não posso gostar da Lauren. Não agora.

Posteriormente dei meu endereço a Lucy e ela, de bom grado, me deixara em casa. Para minha infelicidade fui recebida por meus pais, prontos para começaram os seus julgamentos. Os dois na sala, sentados em suas poltronas, só lhes faltavam os martelos de madeira, para eu os declarar juízes dispostos a me condenar. Passei rapidamente por ele sem ao menos os cumprimentar, mas minha tentativa de fuga fora em vão.

–Onde pensa que vai? – A voz de Sinu fez meu corpo travar perante a escada.

–Qual o foi o meu crime dessa vez? – Perguntei e meu tom de voz era agressivo e sarcástico para eles.

–Veja bem como fala com sua mãe, Camila! – Foi a vez de Alejandro se pronunciar, ele era rigoroso, mas já não me causava mais medo. Medo era algo se tronara desconhecido para mim. O medo te impossibilita de descobrir os seus limites e eu estava passando por uma fase onde estou testando cada um deles. Até onde meu emocional é capaz de se manter equilibrado, até onde meu corpo pode suportar essa dor, até quando eu iriei manter a sanidade? Até que ponto a minha bebedeira pode me deixar a beira morte? Ultrapassar meus limites não seria um erro. Ultrapassá-los seria minha salvação, desde que me levassem a outra vida. Pode parecer mórbido, mas são essas sensações que me consomem a cada minuto da minha vida. Menos quando estou na presença dela. “Lauren.” Sem querer seu nome rompeu os pensamentos melancólicos que me atingiam. ­ –Olhe só para você, Camila! Está mais do que obvio que você encheu a cara novamente.

–Eu estou sem paciência para vocês. Com licença. – Subi as escadas praticamente correndo, sem dar a chance de eles dizerem qualquer outra coisa. Esse julgamento será adiado até segundas ordens e, obviamente, essas ordens partiriam de mim. Adentrei o meu quarto, já tirando as roupas sujas do dia anterior. Eu precisava urgentemente de um banho e, mais do que nunca, da Lauren.


Notas Finais


Eu sei que o capitulo foi meio chatinho e não teve muita interação camren, mas não estou me baseando somente no filme, então algumas ideias demoram a surgir. Mas espero que tenham gostado e até o próximo cap.


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