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História My Sassy Girl - We Could Get Lost (Parte I)


Escrita por: SrtAnonymous

Notas do Autor


Olá, leitores :)
Decide que iriei dividir esse capitulo em duas partes e como me senti muito inspirada, o que dificilmente acontece, escrevi toda essa primeira parte hoje e resolvi postar logo porque não gosto de fazer ninguém sofrer por atualização.
Espero que gostem *_*

Capítulo 5 - We Could Get Lost (Parte I)


Fanfic / Fanfiction My Sassy Girl - We Could Get Lost (Parte I)

Lauren's Point Of View 

 

Como já era previsto, todas as chances que tinha de trabalhar na Business Inc. haviam se aniquilado junto com minhas esperanças de um futuro promissor. Cheguei minutos depois do represente ter ido embora. Eu era mesmo uma azarada. Dizem que quando você sonha tanto com uma coisa o universo conspira a seu eu favor para seu sonho se torne concreto, pois eu discordo. Acredito que ele torna as coisas ainda mais difíceis, só para ter o prazer de rir de nossas caras e eu não detesto por isso, afinal que graça teria a vida se houvessem somente linhas retas a serem seguidas, sem curvas para nos desafiar e amedrontar? Morreríamos de tédio. E acho que fora em uma dessas curvas perigosas que cruzei com o furacão chamado Camila.

Minha mente desobediente insistia em manter meus pensamentos voltados sempre a um único retrato, o retrato de Camila adormecida em meus braços, serena e despreocupada. Estar com ela sempre me causa um conflito interno, a todo momento sua presença estremecia as firmes e, até então, inabaláveis paredes, que arduamente havia construído, para esse frágil órgão que guardamos em nosso peito, que inexplicavelmente parecia dançar a uma batida frenética, sempre que meu corpo entrava em contato com o da latina.  Meu coração e cérebro travavam a batalha do século quando se tratava de Camila, fazendo a única vítima desse duelo a minha sanidade. 

Vi meu celular vibrar sobre a cadeira e seu visor piscar, mostrando-me uma nova mensagem. Discretamente, deslizei um único dedo sobre a tela abrindo a mensagem.

“Eu sei que você está evitando o assunto, Lauren. Mas você precisa enfrentar isso e ajudar quem precisa, como sua tia. Ela gostaria de ver você novamente. Você sabe o que sua proximidade com Klaus significa para ela. Vocês sempre foram tão parecidos.... Vá visitá-la, sua tia precisa de você. E caso você não queira ir, veja isso como uma ordem e obedeça sua mãe.

Beijos e se cuide, filha...”

Ótimo! Se não bastasse a pressão que já venho sofrendo com toda essa mudança que vem transformado meu presente e, consequentemente, meu futuro, ainda terei que lidar com demônios do passado. Eu não estou pronta para isso. Suspirei cansada tirando os olhos do meu celular para encontrar com Camila entrando em minha Sala. Seu olhar vagava sutilmente por todo aquele espaço fechado e vi um sorriso satisfeito brotar em seus lábios quando seus olhos caçadores capturaram os meus. “O que ela está fazendo? ” Meus pensamentos tronaram-se mais confusos do que nunca quando a vi entregar um bilhete para meu professor enquanto, timidamente, com as mãos secava o canto dos olhos. “Ela está chorando? ”. O professor aproximou os ouvidos de sua boca para se fazer ouvir, mas sem que ninguém mais escutasse e logo depois a vi passar pela mesma porta que a levara até ali.

–Lauren Jauregui? – A voz envelhecida do professor ecoou pela sala e instantaneamente olhares que nunca sequer deram-se ao trabalho de me notar, mantinham a exclusividade de sua atenção em mim. Prontos para testemunhar o que estivesse por vir. Sempre que um professor chama por seu nome, ainda mais se você ser for aquele tipo de aluno que não faz questão de ser notado, é inevitável não se sentir apreensiva.

–Sou eu... – Levantei minha mão para que ele pudesse finalmente me perceber. Minhas palavras transpareciam toda a insegurança que eu tinha por ter que me identificar. A vontade que tive foi de permanecer no anonimato, ainda mais sabendo que tem o dedo de Camila nisso, mas o os olhares dos meus colegas de turma eram tão acusadores que seria impossível fingir minha inexistência.

–Você pode sair! – Sem rodeios me comunicou, indicando a porta com um menear de cabeça. Me senti desorientada com suas palavras e sem perceber já estava pondo-me de pé. Não questionei, apenas acatei suas ordens. Afinal, a resposta para essa situação estava no lado de fora, esperando por mim.  

–E Lauren... – Diante da porta, com as mãos sobre a maçaneta ouvi mais uma vez a voz dele me chamar. Me virei e o professor Davis me olhava com a mesma expressão reprovadora que mantinha ao corrigir nossas provas – Cuide bem dela, ela precisa de você.

–Tudo bem... –Sem entender o porquê de suas palavras apenas concordei para logo me retirar.

 

Como era de se esperar, Camila estava em pé escorda a parede do longo corredor com um ar de quem tinha alcançados seus objetivos. Usava uma calça jeans na cor preta e na parte de cima seu corpo era coberto por um belo casaco vermelho, enquanto um cachecol acinzentado se dava ao trabalho de manter seu pescoço aquecido, uma roupa totalmente adequada para o clima frio que o final de outono trazia, avisando a chegada do inverno. E como sempre seus cabelos esvoaçados lhe dando um ar rebelde, que de fato, que lhe pertencia. 

–Oi! – Cantarolou e senti em sua voz uma sutil felicidade escapar, dando-me a certeza de que ela estava melhor do que a primeira vez que a vi.

–O que você...

–Vamos sair, Lauren. – Segurou em minha mão e a maldita batida desritmada pulsou em meu peito. –Está um lindo dia lá fora para nos perdemos. Me diga, Lauren: Você já se perdeu alguma vez?

–Bem...em minha primeira vez em Nova Iorque, mas isso não vem a caso agora a Camila. – Ela me fazia perder foco facilmente. Isso assustava minha mente racional e mimava meu insensato coração. Meu corpo se tornou um verdadeiro paradoxo. –Primeiro, eu estava no meio de uma... –

–Eu sei, eu sei! Já resolvi isso. – Acompanhei suas palavras enquanto a mesma fazia um gesto despreocupado com mão.

–Sim, você resolveu! – A encarei com um olhar acusador. –O que dizia o bilhete?

–Nada demais... – Sua voz saíra amedrontada.

–Nada demais? Tem certeza? Porque esse “nada demais” me fez sair de sala. O que estava escrito nele, Camila? – Segurei em seu braço direito fazendo-a parar seus passos em meio ao corredor vazio. Suspirou rendida.

–Dizia que acabei de descobrir uma doença terminal e que você se recusava a passar mais tempo comigo... – Suas palavras fluíram tão despreocupadas como se estivesse em uma conversa totalmente descontraída.

–O QUE? – Certamente meu grito causaria uma perturbação as salas de aulas próximas.

–Não grite! Só vai piorar as coisas. –Ergueu as mãos pondo-as sobre meus ombros em uma tentativa de conter minha euforia.

–Não gritar? Tem ideia do que você fez? – Não existia outra palavra para descrever meu estado do que indignação. Dei as costas para ela e comecei a caminhar de volta para a minha sala. – Não dá pra acreditar que você...

–Ok, não foi certo! – Ouvi sua voz as minhas costas. E seu tom era de alguém que acabara de se arrepender. –Mas não pode voltar para lá agora...– Meus passos foram tornando-se mais lentos a medida em que lhe dava atenção. –Mas pode passar o resto do dia comigo. – Apontava para si mesma como se estivesse enaltecendo algum tipo de prêmio, como se passar o dia com ela fosse uma grande conquista. 

–Por que não consigo ver nenhuma vantagem em passar meu tempo com você? – Perguntei descrente e ela fez uma cara de falsamente ofendida abrindo a boca em um perfeito ‘O’.

–Você não respondeu corretamente a minha pergunta, Lauren.

–Que pergunta?

– Alguma vez já se perdeu? E quando digo isso não me refiro a não saber onde estar e sim se apenas uma vez em sua vida você não se importou com absolutamente nada, se alguma vez você parou de tentar planejar um futuro incerto e viveu o presente, se alguma vez você simplesmente desejou ser outra pessoa.... Se perder por apenas um dia....  – Suas sentenças eram como balas carregadas em uma arma chamada lamentação e atingiam fatalmente cada pedaço de mim. Suas palavras eram tão claras em minha mente, eu entendia sua dor sem ao menos saber do que se tratava, compreendia perfeitamente porque via a mim mesma em suas frases. A Lauren que só vivi dos “E se”, nunca se arrisca, nunca se entrega. Olhei em seus olhos e senti meu coração errar a batida ao ver os dela marejados. Instintivamente levei minha mão até seu rosto e sequei um fio de lágrima que se atrevia a molhar seu rosto. – Eu não sei muito sobre você, você não sabe nada sobre mim e talvez essas interrogações possam tornar as coisas mais fáceis... –Fez uma breve pausa parecendo estudar as próximas palavras a serem ditas. – Nós poderíamos nos perder juntas hoje... – Um sorriso incerto florou em seu semblante entristecido.

–Estamos perdendo nosso tempo aqui... – Segurei firme em suas mãos e lhe sorri. – A partir daí eu tive certeza que cuidar de Camila fazia parte da minha vida e era algo do qual não se poderia escapar, mesmo que eu tentasse, de algum jeito nos encontraríamos em alguma das curvas de nossas vidas. E se for para vê-la sorrir, que seja eu a roubar seus sorrisos, se for para vê-la chorar que sejam os meus abraços a consolá-la. Ela intensificou o aperto de nossas mãos e sei que naquele simples gesto havia um silêncio de gratidão.  

–Já que seremos outra pessoa hoje, talvez devêssemos nos chamar por outros nomes... – Seu pedido era cauteloso, como se já esperasse por minha reprovação. Seu olhar travesso delatava suas intenções e eu sabia bem o que ela queria. Mas, se não pode com ela, junte-se a ela. – Lo-Lo... – Sibilou e o movimento de seus lábios eram tão atraentes que o apelido nem ao menos me incomodou.

–Tudo bem, pode falar. Grite se quiser. LOLO, LOLO, LOLO. – Entrei em sua brincadeira e fiz o que eu já mais achei que faria. Definitivamente juntei-me a ela e ação teve como consequência a gargalhada mais doce que meus ouvidos já tiveram o prazer de ouvir. –Hoje você será... – Fiz uma pausa buscando por um apelidado adequado a ela e logo me veio o que considerei perfeito. –Camz... Hoje você será Camz, gostou? – Perguntei enquanto caminhávamos para o exterior da universidade.

–Já fui chamada de Mila, Karla, Kaki, Cancho.... Mas Camz? Nunca! Sem dúvida é meu favorito. – Ela riu deixando seus alinhados dentes a amostra. Tão cativante, até sua fisionomia mudara, estava radiante. Ela se perdeu e agora se encontrara em Camz, mas espero que um dia ela possa ser simplesmente Camila, que em meio a essa libertação sua dor e desesperança tornassem apenas sentimentos desaparecidos e irrecuperáveis.  

(...)

 

–Eu acho que vou vomitar... – Falei ao mesmo tempo em que minhas mãos tentavam inutilmente acalmar meu estômago.

–Não seja tão fracote, Lolo. Foram só duas viradas de ponta cabeça, confesso que esperava algo mais radical... – Enquanto Camila parecia ainda mais revigorada do nosso passeio de montanha-russa, meu estômago ainda parecia estar em um loop infinito de piruetas. – Você não deveria ter comido tanto algodão doce. – Me repreendeu e quase me senti com minha mãe em tempos de quermesse, quando ainda morava em Fredericksburg. Camila havia me arrastado para o Luna Park, em Coney Island, onde passamos praticamente amanhã toda. O parque estava bem tranquilo, por se tratar de uma quinta-feira e o frio que fazia só intensificava a calmaria do lugar. –Wow, olhe só para esses hot-dogs... – Camila se aproximou de uma barraquinha onde um simpático senhor preparava os hot-dogs mais incorporados que já vira, fiquei assustada só de pensar no que se poderia encontrar naquele recheio. Camila até parecia um cachorro babando em frente a qualquer comida que lhe parecesse apetitosa. –Você vai querer, Lolo?

–Não, obrigada. – Meu estômago não suportaria essa bomba de calorias.

–Um, por favor. –Camila pediu sorridente.

–Completo? – Perguntou o senhor a ela.

–Sim! –Respondeu juntado as mãos como se implorasse para que o contrário disso não fosse possível.  

–Onde você quer ir agora, Camz? – Perguntei sentindo-me um pouco melhor do enjoo que me maltratava.

–Ver o mar... –Respondeu ao mesmo tempo em que pegava o lanche em uma mão e na outra entregava o dinheiro para o vendedor.

–Ok... –Ergui minha mão para ela que a segurou suavemente, como se o gesto já fosse um habito em nossas vidas. Cuidar de Camila fazia com que eu esquecesse de mim e até o momento isso me fazia bem, mas a batalha entre razão e emoção continuava incansavelmente dentro mim, lembrando-me que alguma hora esse dia chegaria ao fim. Lolo e Camz voltariam a ser Lauren e Camila. E o que aconteceria depois ainda era incerto.  


Notas Finais


Desculpe qualquer erro, ainda não revisei e se sinta a vontade pra expressar sua opinião sobre a fic.
Até o próximo capitulo :)


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