Zarah Meline, é uma mulher encantadora, colecionadora de espadas e punhais. Longos cabelos negros, olhos castanhos e puxados, uma mulher baixinha e de poucas curvas, mas o que Zarah não tinha de corpo, tinha de personalidade; doce, carinhosa, atenciosa e excêntrica. Sempre muito animada e espalhando sorrisos por onde ia.
Zarah, aos 16 anos se relacionou com Travis Alexander, um jovem da mesma idade e mesmos gosto que ela. Ambos se conheceram na escola e começaram a namorar e esse namoro durou até os 19 anos, quando Zarah engravidou e Travis decidiu pedi-la em casamento.
O primeiro filho nasceu e três anos depois, o segundo. Zarah queria sair, queria curtir como uma mulher comum de 23 anos, mas Travis não colaborava, era um bom pai e cuidava dos filhos, brincava e comprava presentes mesmo em datas não festivas.
— Travis! Que bagunça é essa?!- Pergunta Zarah indignada após mais um dia cansativo de trabalho.
— Hm? Que foi amor?- Pergunta Travis do quarto do casal.
— Aquela bagunça na sala, brinquedos no chão, comida na mesa, louça na pia, você não tem vergonha não?!- Pergunta ela cruzando os braços e encarando o marido que estava concentrado olhando para a tela do computador.
— Ah dá um tempo, eu fiz a janta e coloquei os meninos para dormir, deveria me agradecer!- Travis diz revoltado com a "ingratidão" da esposa.
— *suspiro* Vou sair um pouco.- Zarah largou sua bolsa no chão e virou as costas.
— E a bagunça?- Perguntou Travis em um tom de voz alto.
— Esta incomodado, então limpe.- Zarah respondeu alto e logo o barulho da porta batendo ecoou pela casa.
Assim que Zarah saiu, teve de arrumar uma forma de aliviar-se do estresse e a única opção, foi tentar algo que ela nunca havia tentado antes. Todas as pessoas que Zarah conhecia fumavam, então ela viu o cigarro e o álcool como uma forma de fugir dos problemas. E assim, Zarah mergulhou nos vícios, vícios que lhe trouxeram problemas.
Zarah começou a ter problemas com depressão e insônia. Sempre que conseguia fechar os olhos mesmo que por segundos, uma imagem lhe perturbava e esta imagem, era de seus filhos e seu marido, todos mortos. Mortos de maneiras horríveis e sangrentas. Isso a atormentou, a perseguiu durante anos.
— E aquela louça na pia?- Travis perguntou à mulher na poltrona, com o cigarro entre os dedos e o copo de wiskey na mão.
— Lave.- Zarah respondeu.
— Porra Zarah de novo! Você não faz mais nada dentro dessa casa! Depois que perdeu o emprego virou uma sedentária! Erga-se para fazer algo, pelo menos coloque as crianças para dormir.- Travis disse revoltado.
— Vou sair, comprar cigarro e abastecer o carro, faça isso você.- Zarah se levantou e quando ia sair Travis segurou seu braço.
— Você está louco?! Me larga!!!- Zarah diz tentando fazer o marido a soltar.
— Zarah você não para mais em casa, os garotos sentem falta de você sabia?- Travis disse encarando a esposa.
— Isso é um problema meu!- Disse Zarah e se soltou do marido, saindo e por fim batendo a porta.
***
Em passos lentos, se aproximou da cama onde um homem loiro dormia serenamente. Ergueu a espada com a lâmina de 60 centímetros. Foi um golpe certeiro, no peito esquerdo, diretamente no coração.
Mesmo assim, Zarah não cedeu e deu mais de noventa facadas a mais no marido, mesmo sabendo que a primeira já havia sido o suficiente. E os filhos? Foram os primeiros a serem mortos asfixiados com o próprio travesseiro.
Após matar Travis, Zarah largou a espada no chão e foi para a garagem, entre lágrimas de arrependimento e desespero, pegou um galão de gasolina que ficava em cima de uma prateleira alta, juntamente pegou um maçarico.
Jogou gasolina no próprio corpo e se sentou no chão. Pegou o maçarico e ateou fogo no próprio corpo. Gritos foram ouvidos, gritos de dor e arrependimento.
A casa fora demolida e construíram um salão de festa onde era a casa. E a alma de Zarah? Bom, ninguém sabe o que aconteceu com a alma dela, mas que até hoje os gritos dela são ouvidos, são. E quem os ouve, nunca mais esquece.
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