História My Secret Life - Mistrust

~14:00pm~

Não contei nada para Jin sobre eu ter sido repreendida por um ato meu bem desrespeitoso com a professora. Depois do almoço eu e Suga fomos pedir desculpas pelo nosso erro e dissemos que uma coisa assim não ia se repetir mais. Prometemos recompensá-lo de algum jeito. Ele, com os olhos em nós, desculpou-nos e sorriu, com o sorriso que eu gosto de ver em seu rosto, aquele que não me dá medo, o que é bem diferente do frio e obscuro olhar dele.

E aqui estamos nós em pleno inverno novamente na escola, desta vez, pesquisando sobre os Bagunceiros, nossa última esperança ((ou não, ainda tem os Populares, mas creio que ninguém dali, seria o Agente V)). Antes de entrar na escola, desativamos todo o tipo de energia que possui na escola, câmeras, alarmes, etc. Como é inverno, as pessoas mal vem à escola na parte de tarde, isso facilita as nossas buscas. Mas nem tanto. A escola fica trancada e os alunos que quiserem entrar para fazer algum trabalho escolar ou pegar alguma coisa, precisa ligar para a diretora e se justificar, segundo as normas. Nós não fizemos isso, quebramos as regras, mas tudo foi por um bem, pela proteção do nosso país, pulamos o muro da escola e entramos.

Está tudo em silêncio e os únicos seres que andam por aqui é eu e Suga. Primeiro estamos indo para nossa sala, investigar pra ver se achamos rastro de qualquer coisa que envolva a OPM. Uma rápida lembrança trouxe Taehyung na minha mente e logo quando entro na sala, vou para a cadeira dele, Suga vai procurar em outras cadeiras que pertencem aos Bagunceiros. Acho vários papéis, mas nenhum me chama atenção, apenas anotações, entre outras. De repente vejo um papel grudado na perna da mesa, bem escondido, como se estivesse camuflado para ninguém ver, e realmente, ninguém ia conseguir ver aquele pequeno papel ali. Descolei o papel e me assustei com que havia escrito com uma letra quase perfeita. Taehyung tem a letra assim?, pensei e sorri, apesar de estar em choque com que havia lido.

“Destruir, armas, dinheiro, isso nos faz rir. O amor não é para nós, isso fica por último em nossa lista de felicidade..”

Leio e releio para ver se não fiquei doida e sinto uma pontada muito forte no meu coração, aquilo de alguma forma me atingiu. Só não sei dizer o por quê. Suga percebeu que eu tinha achado alguma coisa e, descobrindo a senha de um dos armários de um, falou comigo.

- Minah? O que achou? – Conseguiu abrir o armário e começou a remexer as coisas do garoto dono do armário, o qual eu ainda não sei quem é.

- .... – Não respondi.

- Me fale.

- Isso... Não sei mas... Isso me parece muito estranho... – Entrego o papelzinho para ele e ele deixa de lado o armário do menino, vendo melhor o que está escrito. – A parte do... Destruição e Dinheiro. Parece muita coisa da OPM. – Na mesma hora que falo isso, lembro do que Taehyung me disse hoje de manhã. Planinhos do Mal... Não... Não pode ser... Tudo se liga na minha mente mas eu não tenho provas o suficiente para acusar ele. Não disse nada a Suga do que aconteceu hoje de manhã, só expliquei a parte da confusão que tinha me metido. Suga coloca o papel no bolso e eu o olho com repreensão. – Tah ficando doido?!? Não podemos pegar assim. Ele vai desconfiar. Vai saber que alguém pegou.

- É verdade... – Tira o papel do bolso e me dá, vou até a mesa de Taehyung e colo o papel onde o mesmo estava. – Quem escreveu? – Suga me pergunta e volta a remexer o armário de antes.

- Kim Taehyung... – Me levanto e vou direto para o armário de Taehyung, coloco meu dispositivo de achar senhas e em segundos o armário abre e eu, igual Suga, começo a remexer o armário.

- Ah tah, estranho mesmo. Puta que pariu Minah! – Fala surpreso e tira um saquinho cheio de chumbinho e um maço de cigarro de outra marca, que não é da Coreia de dentro do armário que ele estava remexendo.

- O que foi menino?! Nossa... – Ponho a mão na boca escondendo a surpresa que se estampava em minha cara. – Eu poderia falar de novo que não podemos levar as coisas deles mas... precisamos saber de onde vem isso Suga. Tenho certeza que não é da Coreia, não tenho experiência nesse tipo de coisa, então não posso afirmar nada sobre isso, temos que levar pra OPEC e investigar a fundo nisso. – Pego o saquinho e observo bem qualquer tipo de sinal. Devolvo para Suga que coloca no bolso o saquinho e o maço e eu volto a examinar o armário de Taehyung. Mal bato os olhos para dentro do armário e vejo um tipo de compartimento secreto, abro e tiro de lá uma bala reserva, a qual eu não sei de qual arma pertence, não acredito que tirei daqui de dentro isso. – Suga olha isso... – Mostro para ele.

- Aish... Esses Bagunceiros... Vamos fazer o seguinte: levamos os respectivos objetos que se consideram pistas para descobrirmos o Agente V e analisamos eles o dia inteiro. Amanhã chegaremos mais cedo que todo mundo e os devolvemos em seus devidos lugares. – Diz e pega a bala de minhas mãos. – Como cada um achou pistas de alguém. Eu fico com Gong Gi Jo e você fica com Kim Taehyung, não vamos decepcionar Seokjin dessa vez.

- Okay. Concordo contigo Suga. Então, como irei ficar com Kim Taehyung – Roubo a bala de suas mãos. -, isso deve ficar comigo. – Guardo no minha bolsa preta. – Vamos embora?

- Vamos. – Saímos da sala e enquanto Suga ia até a sala principal programar para quando sairmos tudo se ligar e voltar ao normal, eu fui até a sala de históricos e guardei os que nós tínhamos pegado e peguei o de Kim Taehyung. Me retirei de lá e sai da escola, esperando Suga do lado de fora do portão, não demorou e ele aparece, pude ouvir bips dos alarmes sendo ligados quando entrei no carro, Suga deu partida e fomos para casa.

Em poucos meninos chegamos em casa e cada um foi para um lado conseguir o que podia descobrir. Não vi para onde Suga foi, mas provavelmente deve ter ido para o laboratório investigar sobre seus objetos e de onde vieram.

Vim para meu quarto e tranco a porta para que ninguém me interrompa, ligo o meu notebook e transfiro todo o histórico de Taehyung para ele. Até agora, nada anormal. Não há registros de quase nada. Taehyung é o que mais bagunça de toda a sala... Isso não é novidade, percebi desde quando entrei na escola. O mais interessante que achei é que, apesar de bagunçar muito, é raro ele ir pra detenção ou ser punido. Parece ser respeitado ou muito conhecido; respeitado, não sei... Um sorriso despercebido nasce no meu rosto por lembrado dele e estranho meu próprio riso. Por que eu to assim? Aish... Esse menino não tem nada haver comigo e ainda deve ser meu inimigo.

Acabo de reescrever suas informações em meu notebook e o desligo. Guardo seu histórico na minha gaveta, pego a bala de dentro da minha bolsa e fico a encarando com atenção. Sei bem quem pode me ajudar nesse caso, mexer com armas é a sua especialidade. Saio de meu quarto e vou para a área de treinamentos, ele não está lá, merda de azar. Nem sei onde esse menino pode se enfiar. Penso no que vou fazer e vou para a sala principal, a sala que Jin usa para chamar os espiões, normalmente apenas ele pode usar, então devo tomar cuidado e ver se ele não está por aqui. Olho toda a OPEC pelas câmeras e, com sorte, Jin não está. Se eu conheço bem o pessoal daqui, eles não vão contar porque são meus amigos e sabem que eu to em uma missão, mas com certeza Yang irá, por não gostar de mim, mas depois resolvi isso, ela não vai me impedir.

Ligo os sons e posiciono o microfone certo na minha boca. Com tanta formalidade chamei a pessoa de quem eu precisava de ajuda.

- J-Hoooooooope! – Grito no microfone, o grito ecoou em todas as partes da OPEC até chegar em Hoseok.

Senti os passos ligeiros de Hoseok atrás de mim vindo até a sala onde estou. Bateu na porta e eu mandei ele entrar, entrou com a respiração ofegante e cansado após a corrida que tinha dado.

- Meu Santo G-Dragon! Menina quer me matar de susto? Pensava que era Sr. Seok! E não precisava gritar desse jeito! – Colocou a mão no coração.

- Eu não estava te achando Hope. – Ri.

- Ya! Não necessitava de tanto escândalo. Eu só tava no meu quarto.

- Tah bom. Da próxima vez vou lá. – Sorri.

- Hum. Tah. Agora me diz. Por que me chamou? Deve ser muito importante pra eu ser chamado assim. – Cruza os braços.

- Na verdade sim. Preciso da sua ajuda em uma coisa. Você lembra que estou na mesma missão que você sim?

- Claro! Em falar nisso, eu e Yang já estamos preparando ataques secretos.

- Que bom. Então, voltando à minha parte. Eu e Suga encontramos algumas pistas de quem pode ser o Agente V e ele poderá nos levar até a OPEC. – Fiz uma pausa. Não queria explicar tudo de uma vez só.

- Continue.

- Suga achou as pistas dele e eu as minhas. Tenho minhas dúvidas mas tem uma coisa que eu não tenho experiência e que apenas você pode me ajudar... – Tiro a bala do bolso e mostro para ele. – Pode me dizer a que arma isso pertence?

- Meu Senhor! Minah onde conseguiu isto? – Disse com os olhos arregalados.

- Sou boa no que faço. Diz logo Hoseok.

- É uma Uzi Submachine Gun. – Disse com a boca entre-aberta vidrado na bala.

- Diga-me mais detalhes. – Peguei um bloco e anotei o nome da arma.

- É uma das armas mais letais de todo o mundo. Mais usadas com policiais para se defender, mas criminosos também usam muito em seus assaltos. Minah, essa arma tah meio que extinta aqui na Coreia, apenas a.... apenas a OPM que vem conseguindo o uso dessas armas aqui. – Engoli seco e anotei tudo o que Hope disse. Aí meu Deus... Taehyung... isso é seu mesmo?, penso. Apesar do medo, não deixo transparecer nada para Hoseok, que ainda está fitando a bala como se fosse uma pedra preciosa. – Você precisa me dar isso.

- Não. – Pego a bala de sua mão. – Muito obrigada por me ajudar Hope. Suas informações são bem úteis para mim. Annyeong. Até mais. – Sorri e acenei indo embora, ele fez o mesmo mas tenho quase certeza que seus pensamentos estão na bala, inclusive, os meus também.